Pandemia silenciosa
Com atraso de uma semana (o desta semana ainda não me chegou!), leio hoje estes números que o diretor de Reconquista atirou para nos fazer pensar. AH
Segundo o Movimento "Saúde em dia", de fevereiro de 2020 a março de 2021, houve menos 13,5 milhões de contactos médicos do que em março de 2019 a fevereiro de 2020; no mesmo período houve menos 4,5 milhões de contactos de saúde hospitalar (consultas, cirurgias, urgências e internamentos). Por isso, este movimento lançou a 7 de julho uma petição intitulada: “está a surgir uma nova pandemia silenciosa”, pela falta de cuidados de
saúde. Esta pandemia travou 450 mil rastreios de cancro. Segundo a ordem dos médicos, há 1 milhão de portugueses que não têm médico de família e os médicos que há foram desviados para o covid 19. Acontece ainda uma falta de médicos que substituam os que se vão reformando, derivado de a classe ter limitado sempre o número de alunos a entrar nas faculdades de medicina, ter impedido a abertura de novas faculdades, e não terem sido lançados concursos de especialização na carreira durante vários anos. É grave a situação que atualmente se vive no serviço nacional de saúde, sobretudo pela carência de pessoal médico.
Diz o n.º 209 da Evangelli Gaudium: “Jesus, o evangelizador por excelência e o Evangelho em pessoa, identificou-se especialmente com os mais pequeninos. Isto recorda-nos a todos os cristãos, que somos chamados a cuidar dos mais frágeis da terra. Mas, no modo “do êxito” e “individualista” em vigor, parece que não faz sentido investir para que os lentos, fracos, ou menos dotados possam também singrar na vida.
Agostinho G. Dias