MAIS UMA CRÓNICA
MARVÃO
Terra de recantos de granito, janelas manuelinas, varandas de ferro, ruas estreitas e arcos góticos.
São estes encontros que vão temperando a vida. Foi formidável mas sei o quanto custa realizar este tipo de eventos, muitos contactos, muitas viagens e, depois de tudo garantido, o programa com os horários definidos. A todos os que tiveram intervenção na organização deste encontro, deixo os meus parabéns.
Saímos de Lisboa à hora marcada, prevíamos chegar mais cedo, mas o autocarro não pode ultrapassar o limite da velocidade estipulada por lei e então fomos naquele andamento regular.
À medida que nos íamos aproximando de Marvão a paisagem ia mudando, o colorido dos campos vai-se extinguindo e já em Castelo de Vide com a serra de S. Mamede ao nosso lado, voltamos a admirar os tons verdes dos pinheiros, eucaliptos e castanheiros.
E por entre as ramagens destas árvores vislumbra-se lá no alto, a capelinha da Senhora da Penha, erguida junto à rocha.
E mais à frente, entrando na paisagem mais aberta, começamos a ver o Castelo de Marvão,
e aí, nós passageiros, começamos a ficar inquietos:
- Estamos quase, diziam uns!
- Eh pá, ainda temos muito que subir !
Bem, lá fomos rolando pela estrada e iniciamos a subida em andamento pachorrento, curva e mais curva até que chegamos à entrada da Vila.
O motorista olha em frente e depara-se com um arco, onde o autocarro dificilmente passava.
- Ficamos por aqui, disse o motorista. Saiam que eu vou parquear ali em baixo.
Caminhando lentamente, lá fomos subindo e os nossos queridos organizadores, vieram ao nosso encontro, um abraço a este outro àquele, as gargalhadas e telemóveis a disparar. Tudo era novo, uma paisagem soberba a pedir mesmo belas fotos.
Conduzidos ao Restaurante, a Varanda do Alentejo, sala cheia, caras que não víamos há muito tempo, mesas postas com salgadinhos, sumos, águas e vinho branco fresquinho.
Meus amigos, era croquete numa mão e copo na outra. Foi o máximo, muitos abraços, sorrisos, recordações e por aí fora…
Vieram as visitas ao Museu Municipal, muito interessante, mas no exterior uma paisagem de encher a vista. Fiquei colado a olhar para todos os quadrantes. Se a minha terra tem vistas deslumbrantes, então aqui ficamos maravilhados.
A Eucaristia, concelebrada por vários sacerdotes e presidida pelo Sr. Bispo, D. Antonino, que mais uma vez quis estar connosco, revestiu-se de grande participação de todos nós, como que em agradecimento a Deus por este encontro.
Regressamos ao Restaurante onde nos foi servido um almoço de pratos tipicamente alentejanos, cuja escolha foi em cheio.
Até repeti a sopa de cação e as migas alentejanas.
No decorrer do almoço, o trabalho foi para os fotógrafos. Eles não paravam …. e as fotos estão
soberbas. Podemos considera-las autênticos documentos deste evento.
Regressamos à história, a cidade Romana de AMMAIA junto a S. Salvador da Aramenha, foi um rebuçado deste nosso encontro.
Gostei de ver e apreciar.
Ainda há muito para desvendar debaixo daquelas terras.
Recompostos com um belo lanche, em S. Salvador de Aramenha, encerramos este belo encontro e estamos animados para o próximo ano em Portalegre.
Caros amigos até sempre.
João Antunes
23/5/17