Hoje foi assim
Neste dia 4 de Julho de 2020, quando resolvemos vir passar uns dias ao Cadaval em casa de familiar, porque é que eu estou para aqui a arengar? Há momentos em que só o compromisso nos move, nos empurra para o trabalho. Hoje é um dia destes. Porque é que eu não deixo o blogue em paz e vou respirar por esses campos fora? É que, mesmo em confinamento, ainda é possível arejar...
Viemos para aqui para mudar de ambiente, se é que isto é passar férias. Viemos ainda para gozar a maresia e o sol benfazejo da Consolação, que nos consola prevenindo artroses e reumatismos. E este passear pelo campo, agora com uma natureza prenhe de vida, com tantas leiras de pereiras, macieiras e videiras em plena fase de crescimento e maturação, é mais importante que tudo...
Assim, hoje de tarde, saimos para o primeiro passeio, depois de uma manhã ao sol da Consolação, e fomos até ao Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal, ele próprio bem convidativo nas suas sombras frescas de uma vegetação circundante. Por ali andámos com toda a calma, olhando para os muitos motivos religiosos que enriquecem o espaço, fixando o olhar também nos azulejos que falam na multidão de romeiros que das povoações em redor caminham nos seus círios até este santuário.
Desta vez, fixei o olhar no quadro da Samaritana com Jesus sentados no poço de Jacob. E lembrei-me que é mesmo aquela água de Vida que todos nós procuramos quando saímos das nossas casas e aparecemos nos encontros (da Sertã, de Portalegre, Castelo Branco ou Alcains...) e ainda nos almoços e jantares em que nos consolamos com a amizade, a bonomia e a aceitação dos colegas.
Atenção, também rezámos! Sentados num banco, meio ao sol meio à sombra, por mim, lembrei familiares e amigos, a saúde e a paz do mundo. E também pedi luz ao nosso Deus, aquela iluminação interior que nos ajuda a discernir o que é melhor para o futuro, que do passado nada se altera!
E olhámos para as árvores centenárias. Até vimos um sobreiro (a cortiça não engana!) com uma ramagem muito diferente do tradicional, esta mais macia e de pequeno formato!
Finalmente, já em casa, vimos o nascer da lua por detrás da Serra de Montejunto, coisa única que a máquina captou.
Tudo isto segue nas 12 fotos que vos apresento.
Amanhã é outro dia. E que dia! O ANIMUS SEMPER faz quatro anos. Quem lhe dará PARABÉNS?
António Henriques