ELEGIA OUTONAL
29.09.19 | asal
Mais uma vez, poesia ao sabor da época! O autor mudou de nome... Adivinhem quem é! AH
Folhas outonais desprendidas
Da planta mãe que as criou.
Rolam tontas, amarelecidas,
Ao sabor de quem as soltou.
Caem no chão desamparadas,
Ignorando seu destino fatal.
Rodopiam aflitas, assustadas,
Loucas, a caminho do pantanal.
Lembram gentes desintegradas
Duma sociedade que as traiu,
Almas sem vida, desesperadas.
Vítimas de vitupérios e traição,
Seres que a maldade destruiu,
Vendaval de lixo e podridão!
António Naio