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Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

Antonieta, obrigado!

16.06.18 | asal

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UMA PERGUNTA INDISCRETA

 

Mas o que é que tu fazes aí em pé, nessa mesa de uma sessão solene, com presidentes, vereadores e elementos da Junta de freguesia? Isto não é sonho, pois não, Antonieta?!

 

 

 

Pois é, nós realmente já fizemos muitas coisas na vida, quer quando trabalhávamos como dedicados professores de uma escola pública, quer já depois da aposentação, coisa que aconteceu há mais de 17 anos… E nestes anos não nos pusemos a olhar para trás a contemplar o que foi feito. Quisemos andar sempre para a frente, saber mais para fazer melhor e sonhar com a felicidade na dedicação aos outros, a começar pelas nossas famílias, em que tu és a aglutinadora dinâmica das relações pessoais, mesmo que isso te custe os olhos da cara com o trabalho que tal acarreta. Ainda me lembro de dizer, na inauguração da nossa casa, que esta só tinha sentido na sua amplidão de espaço com a presença dos amigos e familiares… E assim tem acontecido realmente, com a tua convocação oportuna das gentes para muitas e variadas festas, encontros ou simples acontecimentos diários em que alguém tem de resolver o caso com um bocadinho de sacrifício e sempre muita boa vontade…

Mas não nos ficámos na família. Entregámo-nos aos afazeres paroquiais na catequese, no Centro de Preparação para o Matrimónio, na Escola da Fé, nas reuniões de casais. Depois de aposentados, criámos, com outros voluntários, a dinâmica Casa do Educador do Seixal, com as suas valências - Universidade Sénior do Seixal e, por fim, a Cesviver, todas juntas a ser frequentadas por umas mil pessoas.

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Chegou agora a vez de celebrar o X aniversário da CESVIVER. E lá foram os actuais responsáveis chamar à liça a fundadora e primeira Responsável deste projecto. Sim, foste tu que investiste nos contactos, na formação, na criação de estruturas e regulamentação implícita num projecto social voltado para a comunidade, especialmente para os idosos que se debatem na solidão e não têm ninguém a chamar-lhes pelo nome. Quando deparámos com tanta gente dedicada, capaz de se dar aos outros, voltámos a Casa do Educador do Seixal (CES) para o serviço comunitário. Depois da Unisseixal, foi a CESVIVER, que nada mais significa que a CES a querer dar vida aos que a estão a perder.

Os teus 10 minutos de intervenção calaram fundo, assim como a dos restantes oradores, porque foram histórias com vida, pormenores que poucos conhecem mas com os quais se tocou na vida de muita gente. A emoção perpassou por todos, o carinho e envolvimento pessoal que a Cesviver continua a dinamizar faz daquela gente toda gente feliz, alegre, agradecida. E como foi bonito homenagear as três responsáveis do projecto (Antonieta Henriques, Judite Bentes e Rosa Duarte, actualmente) com um ramo de flores… E gostei muito que tivesses falado do logótipo, nas suas cores dourada e rosa, símbolos de sabedoria e de afectividade e carinho, com que o seu “designer” quis batizar os nossos professores…

De tarde, ainda tivemos almoço e música, envolvidos todos (umas 60 pessoas) na mesma alegria do encontro, que permite adoçar os dias da velhice com amizade e colaboração.

Parabéns, Antonieta, por este dia nos trazer tantas recordações envolvidas em amor, como disseste no teu testemunho. Mais podia dizer, mas ficam algumas coisas só para o nosso remanso familiar.

Aos amigos e colegas que me lerem, peço desculpa por esta invasão familiar, mas quem há três semanas se sente incapacitado por umas indecentes e ciumentas canadianas que me protegem o joelho operado e me impedem de colaborar em casa, tenho razões de sobra para olhar para a minha companheira, cozinheira, enfermeira, vigilante, motorista e, porque o filho pede, ainda empresária de obras em casas para arrendar!

Tenho dito!

António Henriques

 

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