Almoço de amizade
É assim a vida. Com o tempo, vamos arranjando novos amigos nos vários encontros que acontecem entre os antigos alunos dos nossos seminários. Há uns anos atrás, nós não conhecíamos o Manuel Inácio e a Fernanda. Eles em Almada e nós na Amora.
Mas com uma amizade a crescer dia a dia, chega-se o momento em que surgem gestos especiais, novas intimidades. E o Manuel Inácio, o nosso decano nos seus 90 anos feitos, exigiu que fôssemos almoçar com eles. E fomos com muita alegria!
É verdade que as limitações já são evidentes, uns com dificuldade de deslocação a precisar de andarilho, outros com ouvidos à moda de Ulisses frente às maldosas sereias, lá nos fomos distraindo os quatro com muita alegria.
Fomos ver o mar à Fonte da Telha, que foi a maior sensação que tivemos, pois eles já não têm carro. Mas também estava muito agradável a sopa de peixe e a cataplana que degustámos.
Momentos para contar a nossa história, o porquê de sair do seminário («descobri esta joia», diz ele; «também foi a única coisa que descobriste», responde a Fernanda com muita graça), o jeito que nos ficou para sermos bons (ele fartou-se de trabalhar nos rotários, conseguindo dinheiro para muitas bolsas e ainda pertence aos Amigos do Hospital Garcia da Orta). E ainda continua a dizer que pode falar pouco nos nossos encontros, mas gosta de estar connosco.
Há gente que não acha graça a estar com os outros, mas que havemos de fazer?
Bem-hajam, amigos, nós ficámos devedores. Mas estas fotos têm muita vida.
AH