Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

A PALAVRA DO NOSSO BISPO

30.07.16 | asal

MOSAICO DE ROSTOS: SINAL DE HARMONIA E PAZ - 28-7-2016

D. Antonino.jpg

 

(Aqui está a palavra do nosso bispo, sempre de leitura fácil e profunda, que respigámos da sua página do Facebook. Obrigado!)

 

Cracóvia acolhe nesta semana a XXXI Jornada Mundial da Juventude (JMJ), um dos maiores acontecimentos promovidos pela Igreja Católica e iniciados pelo Papa polaco, São João Paulo II. A abertura foi presidida pelo atual Arcebispo de Cracóvia, o cardeal Stanislaw Dziwisz, aquele que foi o secretário particular de São João Paulo II.

O programa das jornadas é muito vasto, inclui catequeses, Eucaristias, Reconciliação, encontros, visitas aos campos de concentração de Auschwitz e Birkenau passando pela cela de São Maximiliano Kolbe, a Wadowice terra natal de São João Paulo II, aos Santuários da Divina Misericórdia onde viveu a Irmã Faustina e de Nossa Senhora de Czestochowa Padroeira da Polónia, Festival da Juventude com apresentações artísticas, culturais e religiosas a partir do tema ‘Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia’, etc.

É a paz em movimento, uma festa jovem, religiosa e cultural que, de três em três anos, reúne jovens de todo o mundo, em diferentes partes do globo, em nome de Jesus. A delegação portuguesa é constituída por cerca de 7 mil pessoas, a fadista Cuca Roseta cantou na ‘LusoFesta’ no Centro de Congressos de Cracóvia e fez-se ouvir uma mensagem do treinador Fernando Santos. Depois da oração do Ângelus, no domingo passado, em Roma, o Papa Francisco fez uma saudação especial aos jovens que não podem participar nestas Jornadas Mundiais da Juventude por causa da guerra, de meios económicos e perseguição: “Dirijo um pensamento especial para os muitos jovens que não podem estar presentes em pessoa, e seguem as JMJ através da Comunicação Social. Vamos estar unidos em oração”, disse o Papa. Esta saudação de Francisco reforça o sentido da campanha lançada pela Fundação AIS, denominada “Let’s Be One” (sejamos um), que visa sensibilizar os milhares de peregrinos que estão na Polónia para as JMJ, de que há muitos outros, oriundos de diversos países, que não estão presentes por diversas razões, entre as quais, a perseguição religiosa. Na campanha da AIS, difundida sobretudo através das redes sociais, alguns destes jovens explicam as razões de não irem à Polónia, garantindo, no entanto, que estarão “todos juntos em oração” com os cerca de 2 milhões de participantes nas JMJ. E se alguns destes jovens não conseguiram viajar “por questões essencialmente económicas, outros houve que decidiram ficar nos seus países para prosseguirem o trabalho que desenvolvem e que não pode, de alguma forma, ser interrompido”.

Já antes desta semana, o Papa Francisco se lhes dirigia: “Queridos jovens das várias partes da Europa, África, América, Ásia e Oceânia! Abençoo … os vossos anseios e os vossos passos rumo a Cracóvia, para que seja uma peregrinação de fé e fraternidade. Que o Senhor Jesus vos conceda a graça de experimentar em vós mesmos esta sua palavra: «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt5, 7). Sinto um grande desejo de vos encontrar para oferecer ao mundo um novo sinal de harmonia, um mosaico de rostos diferentes, de tantas raças, línguas, povos e culturas, mas todos unidos no nome de Jesus, que é o Rosto da Misericórdia. E agora uma palavra para vós, queridos filhos e filhas da nação polaca! Sinto que é um grande dom do Senhor poder ir até junto de vós, porque sois um povo que na sua história passou por muitas provações, algumas muito duras, mas avançou com a força da fé, sustentado pela mão materna da Virgem Maria. Estou certo de que a peregrinação ao Santuário de Czestochowa será para mim uma imersão nesta fé provada, que me fará muito bem. Agradeço-vos as orações com que estais a preparar a minha visita. Agradeço aos Bispos e sacerdotes, aos religiosos e religiosas, aos fiéis leigos, especialmente às famílias, a quem idealmente entrego a Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris laetitia. A «saúde» moral e espiritual duma nação vê-se pelas suas famílias: por isso São João Paulo II tinha tanto a peito os noivos, os jovens casais e as famílias. Continuai por esta estrada!”.
Permaneçamos unidos em oração e acompanhemos o mais possível este acontecimento de fé, de paz e de alegria, alegria jovem e contagiante.