Os amigos José de Jesus André e António Colaço já se encontram no Palácio Josephine, em Estrasburgo, a montar a exposição de arte do Colaço para a sua inauguração neste sábado às 14,30h.
Quem puder, veja em direto pelo Facebook de António Colaço.
Caro António Henriques, tive muita pena de não ter podido ir a Castelo Branco. Uns quantos inesperados acontecimentos sobrepuseram-se naquela sexta-feira, dia 27, que nos fez desistir, eu e o Zé Maria Martins, que tínhamos combinado ir juntos.
Tinha em mente ter oportunidade de conversar com o João Lopes, dar-lhe um abraço e falar-lhe dos encómios que me tem dispensado. Pode ser que ainda tenha vida para o convívio do próximo ano.E viva
No dia 28, sofrendo o incómodo da minha desistência, tive tempo para atamancar esta simples poesia, dedicada ao VENTO.
Se entenderes, publica-a. Um abraço e obrigado.
O V E N T O
O que é o VENTO?
Não se vê, não se apanha, não se guarda,
Nem nasceu no Concílio de Trento.
O VENTO é uma grandeza de Deus,
Empurra as nuvens ferozes que vagueiam nos céus.
O VENTO varre o ecran de noites sem estrelas
E, sorrateiro, entra-nos pelas janelas,
Varre ruas luzidias
No encontro das luzes tombadas dos candeeiros
Quando quer, a qualquer hora, todos os dias.
Varre as pedras casmurras
Varre terras brumosas e longínquas
E quebra a monotonia dos dias cinzentos,
Agitando as árvores propíncuas.
Diz o fado de Coimbra que o VENTO aviva as flores
Como os corações dos namorados, plenos de amores.
Com o VENTO quente:
Os grilos e as cigarras cantam,
As cobras sibilam,
As andorinhas trissam contentes em voos rasantes,
Aquece a parte selvagem da Natureza,
Sacode as colinas,
Agita as florzinhas alvas das boninas.
O VENTO uiva como os lobos pelas frinchas das portas,
Principalmente quando elas são tortas.
O VENTO tem mais nomes que um membro real
Contam-se noventa e sete,
Incluindo o violento Mistral.
VENTOS terminados em " ão " são doze:
Aquilão, Cascarrão, Furacão, Harmatão, Monção
Nortão, Palmeirão, Soão, Suão, Solão, Travessão e Tufão.
O VENTO não tem anos porque já é antigo
Não se sabe como nasceu, não tem umbigo.
O VENTO faz as casas inteligentes
Por passarem tanto tempo, escutando o VENTO.
O VENTO não é rico,
Mas varre a terra dos metais preciosos escondidos.
E o VENTO quando amaina fina-se num desmaio
Como que atingido por um raio.
O VENTO é brincalhão
Brinca com o vapor aquoso
Da bruma decapitada pela luz
Desde o Meridião ao Setentrião.
Peço a Deus que o Vento não acabe,
Ele que enche os pulmões,
Dádiva e Amor aos nossos corações
Zé Maria Lopes
NOTA: Caro Zé Maria, eu sabia que ias ao Encontro, mas a tua boleia ficou "covidada"! Como o teu vento, que "varre ruas luzidias", também o vírus varre as nossas intenções e ficamos presos em casa para não incomodar ninguém, que para nós, felizmente, o incómodo não é muito, graças a Deus.
Serias o decano! Assim, passou a ser o Manuel Pereira o jovem menos jovem, que ele assumiu com toda a energia.
Obrigado pela tua colaboração e continua a surpreender-nos e a acicatar os mais novos a não parar!AH
Segundo a sua página do Facebook, o Victor Domingues é natural de Monsanto (nasceu em 1953) e veio de lá para se apresentar no Encontro de Castelo Branco.
Profissionalmente, esteve ligado aos CTT.
Olhem a força desta cara em 28/05! Ainda pude conversar com ele a lembrar ligações mais antigas.
Aqui lhe deixamos os PARABÉNS e votos de muita felicidade.