Desde o Encontro da Sertã em 2019, não mais este grupo pôde juntar-se em grande número. O Covid empurrou-nos para casa e por ali andámos com medo e com muita precaução para não ficarmos ainda mais diminuídos.
Mas não parámos! Como pude referir na sessão da tarde, o blogue ANIMUS SEMPER foi religando os amigos, despertando sonhos e algo pudemos fazer. Não vou demorar:
1 - O José de Jesus André - Zeca - propôs-me que eu avançasse com uma campanha para conseguir apoio monetário e levar a Estrasburgo a obra poética e artística do António Colaço numa carrinha cheia de objetos a que o artista deu novo significado. Queria ele mostrar aos portugueses da grande cidade francesa, no Palácio Josephine, uma mostra artística e cultural distinta das atividades habituais, ele que durante muitos anos foi o animador-mor daquela associação.
Conseguimos os 2.014 € que ele achou suficientes (talvez seja pouco!) e amanhã é esta carrinha que leva o património mais significativo para França. O Zeca veio a Castelo Branco e amanhã parte de Mação, começando a ser o "chauffeur" a palmilhar mais de 2.000 km. Que grandes vontades encontramos no meio de nós!...
No próximo sábado, é inaugurada a expo do Colaço, que de lá promete uns diretos.
Diz o Zeca: A viagem começou ontem em Sevilha. É esta carrinha que vai levar a obra do nosso Amigo Colaço até Estrasburgo.
2 - O segundo projeto foi a feitura do livro "Seminário de Alcains - História e Memórias", com o labor do Florentino na pesquisa histórica e arrumo final, trabalho coadjuvado pelo João Lopes. O ANIMUS SEMPER "animou" a tarefa, conseguindo que 28 colegas escrevessem testemunhos e que 84 doadores pudessem juntar os 4.634,00€ necessários para a sua impressão. Também juntámos fotos recentes dos nossos Encontros após o Pergulho em 2009.
DEIXEM AGORA OS TEXTOS E DELICIEM-SE COM AS IMAGENS CAPTADAS PELO ANTÓNIO COLAÇO.
É verdade! Desde a Sertã em 2019 que não nos encontrávamos a nível diocesano. A pandemia quebrou as nossas rotinas e ainda fez mossa contundente nesta iniciativa da Associação dos Antigos Alunos dos seminários da diocese de Portalegre-Castelo Branco.
Na Sertã em 2019 ou em Castelo Branco no ano de 2016, éramos uns 125 participantes. Na realidade, desta vez ficámos pelos 56 no almoço e sessão da tarde no hotel Meliá. De manhã, na Igreja de N.ª Sr.ª do Valongo, ainda estiveram mais algumas caras que eu pude abraçar…
Durante um mês, andámos a contar com mais nomes (75?), uns a sair da lista e outros a entrar nela, com o Covid a martirizar-nos de modo violento. E até nas vésperas houve cinco ou seis que ficaram “PROIBIDOS” de se juntarem a nós. E o mais rotundo NÃO veio de Sesimbra, onde o nosso chefe, o Joaquim Mendeiros, também foi apanhado nas malhas de algum sopro vírico…
Os quatro que sobravam da Comissão – João Lopes, Florentino Beirão, António Martins da Silva e António Henriques – lá foram “levando a carta a Garcia”… Quem escreve este texto espera que outros critiquem o que aconteceu. Pessoalmente, saí de lá de cara alegre e muito feliz pelas horas que passámos juntos. O que cada um pensou escreva-o, que o blogue está disponível para os comentários de todos… O email é asal.mail@sapo.pt.
De manhã, a Eucaristia uniu-nos em oração, orientados pelo Sr. Bispo, que, na sequência das leituras, falou da importância dos líderes numa comunidade, a que por vezes não se dá a devida importância. Chamar quem pode ajudar, mesmo que não sejam exemplares em tudo (!), vai enriquecer o conjunto. Lembrámos os 16 colegas que nestes três anos partiram para o Pai. E até o Coro fez bonita figura (um misto de fiéis locais e antigos alunos, com maestro e tudo, acompanhados pelo rico órgão bem tratado pelo Colaço(!). Antes, sofremos muito ao vermos ficar “covidado” quem se ofereceu para dirigir o grupo…
Almoço no Hotel Meliá, num ambiente de alegre e franca camaradagem, tão cheia de recordações que durou mais uma hora do que o previsto. Sessão da tarde a começar só às 16h, mas nem por isso deixámos de cumprir o programa. Em vez de terminar às 17, avançámos até às 18 horas, pois então. E ninguém se queixou!
Num ambiente de distensão real, falámos e falámos pela boca de vários, o que animou a sessão. Pudemos assim ouvir o João Lopes a comentar o “nosso livro” com a mestria que todos reconhecem e o seu autor, o Florentino Beirão, a dizer coisas interessantes sobre os motivos fundos da construção do Seminário de Alcains, insinuando a força do movimento de figuras socialmente relevantes que tentavam restaurar a diocese de Castelo Branco, quando o Sr. D. Agostinho nem podia ouvir falar da cisão da sua diocese (referiu o Manuel Bugalho).
Muito ativos estiveram também o Mário Pissarra, o António Colaço, o P. Manuel Mendonça e o Alves Jana, quer situando o momento (os seminários funcionam de outro modo agora) quer insistindo na dinâmica do nosso grupo, que continua a congregar gente de valor e a unir vontades. O Colaço foi mesmo quem mais “internetizou” o encontro com vários diretos para os ausentes provarem o que nele se passava. Até eu fui apanhado…
Com muito à vontade, ouvimos com gosto o meu vizinho Francisco Simão a falar dos testemunhos escritos no livro, ressaltando o ambiente no seminário, onde não faltava a música anglo-saxónica, a preparação para os exames no liceu e o valor dos professores, referido por vários colegas.
Foi assim, com a partilha da palavra por muitos, que o Relatório dos anos anteriores fui aprovado, sem votos contra(!). Mendeiros, como vês, cumprimos o programa!!!
O tema final é que ficou um pouco maltratado! Dizia simplesmente: «Eleição da Comissão Administrativa para o triénio 2022/2024»! Já tinha soado que o António Henriques não queria continuar para além dos seis anos passados, fiel ao espírito associativo que manda renovar energias e permitir que outras despontem. E então o Martins da Silva fez ali um finca-pé forte, levado pelo Mendeiros que estava longe, que “tu não podes sair, tu fazes falta, só tu é que mexes no blogue, etc, etc,…” E vieram palmas a confirmar… E o António Henriques, com toda a calma a dizer que a Comissão não pode ficar com quatro elementos – Joaquim Mendeiros, João Lopes, Florentino Beirão e A. Martins da Silva… Antes éramos sete… O João Heitor e o Joaquim Nogueira despediram-se para sempre!
Esta gente não gosta de novidades. Querem que os mesmos continuem! Conclusão: ainda foram abordados alguns nomes, ouviram-se negativas… Pelos vistos, não soubemos tocar nos corações certos… É, por isso, assunto a ser tratado na Parreirinha ou noutro lugar, “depois de bem comidos e bem bebidos”, pode ser que alguém assuma o serviço à comunidade como benefício para os outros e maior benefício para o próprio. Se não concordam, experimentem.
A palavra agora é vossa. Seguem alguns links significativos do Ant. Colaço (obrigado, amigo) e depois virão também fotos e os vossos testemunhos.