Todos conhecíamos o Xico Cristóvão pelo seu riso amável e gracioso, gentil e capaz de nos fazer rir com o seu sentido de humor bem apurado. Um homem que parecia sentir-se bem com a vida e com os outros. Tantos de nós se riram com a sua piada fácil e as acrobacias gestuais que visavam sempre parodiar uma situação ou uma personagem eclesiástica dos tempos áureos de Marvão.
Agora, que o Senhor o chamou a Si, esperamos que experimente os resplendores do Riso de Deus.
O texto que segue foi reescrito na peugada do seu exemplo, de alguém que, sem ser histriónico, deixa-nos um legado de alegria, boa disposição, amor à vida e aos outros. Alguém que conheceu a insustentável leveza do Ser e o prazer de estar em companhia, sabendo aligeirar uma conversa séria e pesada com um simples sorriso ou um dito de espírito.
Nunca cedeu à poluição do espírito e que torna a nossa cara menos sorridente, mais sisuda e concentrada, que nos leva a não cumprimentar os outros e a evitar olhá-los no rosto. A máscara veio acentuar esta tendência para o ensimesmamento e para a indiferença. É tão fácil dizer: quero lá saber da tua vida, da tua história, se já a minha me basta. Habituámo-nos ao punho fechado e não às mãos abertas. Julgamo-nos superiores por um tiquinho de nada.
Um dia, vi o Xico dirigir o coro dos teólogos numa Missa Nova. Que mestria, que sensibilidade musical, que sentido do ritmo! E, no entanto, o Xico Cristóvão, com tantas qualidades, era a simplicidade franciscana em pessoa!
Hoje, dia 16, crescem os números de inscritos para o Encontro de Castelo Branco. Telefonou o Victor Domingos, de Monsanto, a inscrever-se e a anunciar mais um colega para os próximos dias. Que bom!
E já lá vão 74 primaveras... É uma vida cheia de vida, todos nós sabemos isso! Mas espero que a tua actividade não se ressinta e continues pujante a filosofar aí por essa Abrantes querida...
Aqui ficam para ti os PARABÉNS do grupo e os votos de boa saúde, muita alegria e felicidade, desfrutando dos valores da Vida. Obrigado pelo muito que já fizeste por este grupo. E até Castelo Branco, onde vamos abraçar-nos.