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Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

Palavra do Sr. Bispo

22.04.22 | asal
MAIS COMPROMISSO QUE TEORIA DA MISERICÓRDIA

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Celebramos o Domingo da Misericórdia. Há festas litúrgicas na Igreja que devem a sua origem e implementação mais rápida a revelações particulares. Mas sempre sem grande pressa da Igreja em assumir tais revelações já que, para ela, o tempo tem sentido de eternidade. Assim como vai distinguindo os carismas das manias, mesmo no meio da impaciência dos mais devotos e voluntariosos, também põe à prova por longo tempo estas novidades que lhe chegam bem como as formas como elas se apresentam e os conteúdos que propõem. Mas procura agir sempre respeitosamente com todos, pois sabe que não tem o monopólio do Espírito Santo e que Este sopra onde quer, quando quer, como quer, em quem quer e ninguém tem nada com isso. Costuma dizer-se que o seguro morreu de velho e a prudência foi-lhe ao enterro!...
É o caso, por exemplo, das Solenidades do Corpo de Deus e do Sagrado Coração de Jesus. Aliás, no seu comentário teológico sobre a mensagem de Fátima, o então cardeal Joseph Ratzinger, futuro Bento XVI, escreveu que “frequentemente as revelações privadas provêm da piedade popular e nela se refletem, dando-lhe novo impulso e suscitando formas novas. Isto não exclui que aquelas tenham influência também na própria liturgia, como o demonstram por exemplo a festa do Corpo de Deus e a do Sagrado Coração de Jesus”.
Foi pelo ano de 1263 que um Padre de Praga, perante as dúvidas que o assaltavam sobre a presença real de Cristo na Eucaristia, se sentiu agraciado com a evidência do facto quando a hóstia começou a gotejar sangue na presença de todos os fiéis presentes. Este fenómeno que teve lugar em Bolsena, na região de Lácio, por onde o sacerdote passeava, foi devidamente estudado. Diz a tradição que, além do Papa Urbano IV, faziam parte dessa comissão de avaliação São Tomás de Aquino e São Boaventura, e que dois!... Também, neste tempo, já era sobejamente conhecido o famoso milagre eucarístico de Lanciano do século VIII, um dos mais célebres do mundo, cientificamente estudado. O Papa Urbano IV, que antes de ser Papa era arcediago de Liége, foi a pessoa a quem, Juliana de Liège, mais conhecida por Santa Juliana de Mont Cornillon, em 1230 confidenciou as visões que tinha, recebendo dos Céus a incumbência de transmitir à Igreja o desejo divino de se incluir no Calendário Litúrgico uma festa em honra da Santíssima Eucaristia. A festa logo começou a ser celebrada em Liège. Só em 11 de agosto de 1264, Urbano IV instituiu a Festa de Corpus Christi, estendendo a toda a Igreja o culto público à Sagrada Eucaristia que apenas era celebrado em algumas dioceses por influência de Santa Juliana. Clemente V, cinquenta anos mais tarde, tornou obrigatória a celebração dessa Festa da Eucaristia. E o Concílio de Trento, em meados do século XVI, oficializou as procissões eucarísticas, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública de fé na presença real de Cristo na Hóstia Sagrada. Como afirmava São João Paulo II, a Eucaristia é o “tesouro mais precioso herdado de Cristo, o Sacramento de sua própria Presença” em que o povo de Deus “O louva, canta e leva em procissão pelas ruas da cidade” (14/6/2001).
Igualmente a Festa ao Sagrado Coração de Jesus. A sua devoção já existe desde tempos imemoriais, mas a sua maior difusão e implementação deve-se sobretudo a Santa Maria de Alacoque (1601-1680), uma monja do mosteiro de Paray-le-Monial, em França. Durante anos teve aparições de Jesus que lhe pedia uma particular devoção ao seu coração. Pedia-lhe que comungasse em cada primeira sexta-feira do mês – foi em sexta-feira que Jesus foi crucificado - e que a sexta-feira a seguir à oitava da Festa do Corpo de Deus fosse dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Foi o papa Pio IX, em 1856, quem estendeu a festa do Sagrado Coração de Jesus a toda a Igreja, celebrando-se o coração como órgão humano unido à divindade de Cristo e o amor de Deus pelos homens.
Vamos celebrar o Domingo da Divina Misericórdia, o segundo Domingo da Páscoa. Também se fundamenta em revelações feitas por Jesus a Santa Faustina Kowalska, em Plock, Polónia. Desde o ano 2000, por vontade do Papa São João Paulo II, faz parte do calendário litúrgico da Igreja. Nesse ano, em 30 de abril, o Papa, na homilia da celebração de canonização de Santa Faustina, afirmava ser importante “que acolhamos inteiramente a mensagem que nos vem da palavra de Deus neste segundo Domingo de Páscoa que de agora em diante na Igreja inteira tomará o nome de ‘Domingo da Divina Misericórdia”.
A imagem divulgada do Senhor da Divina Misericórdia representa Jesus no momento em que aparece aos discípulos no Cenáculo, após a ressurreição (Jo 20,19-31), quando lhes dá o poder de perdoar os pecados. O perdão é o sinal mais visível do amor do Pai que Jesus quis revelar em toda a sua vida até ao alto do Calvário. Nestas revelações privadas, Jesus dá muita importância à sua Segunda Vinda, como referem os capítulos 13 e 25 de São Mateus. E os apelos de Jesus são que se fale ao mundo da sua misericórdia, que toda a humanidade conheça a sua misericórdia (cf. Diário 848), pois “Quem não queira passar pela porta de Minha misericórdia, tem que passar pela porta de Minha justiça” (Diário, 1146). O Senhor deixou-nos o sacramento da sua misericórdia, o sacramento da reconciliação com Deus e com os irmãos, o sacramento que faz experimentar a força libertadora do perdão. É a ação da Divina Misericórdia até o fim dos tempos, não podendo deixar de ter o seu lugar central na vida cristã. E a Igreja convida a celebrar a Divina Misericórdia de várias formas, enriquecendo o Domingo da Misericórdia com a Indulgência Plenária “para que os fiéis possam receber mais amplamente o dom do conforto do Espírito Santo e desta forma alimentar uma caridade crescente para com Deus e o próximo e, obtendo eles mesmos o perdão de Deus, sejam por sua vez induzidos a perdoar imediatamente aos irmãos” (Decreto da P. Apostólica, 2002). A interpretação da própria imagem do Senhor da Divina Misericórdia sugerida a Santa Faustina e explicada por Jesus, é um símbolo da caridade, do perdão e do amor de Deus, fonte da Misericórdia. Fazem ainda parte desta devoção o terço próprio da Divina Misericórdia, sendo rezado, se possível, pelas 15 horas, o momento da morte de Jesus. Inicia-se rezando o Pai Nosso, a Ave Maria e o Credo. Nas contas do ‘Pai Nosso’, diz-se: “Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro”. Nas contas das ‘Ave Maria’, reza-se: “Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro”. No final das dezenas, reza-se três vezes: “Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro”.
“A cultura da misericórdia forma-se na oração assídua, na abertura dócil à ação do Espírito, na familiaridade com a vida dos Santos e na solidariedade concreta para com os pobres. É um convite premente para não se equivocar onde é determinante comprometer-se” (MeM20).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 22-04-2022.

Aniversário

22.04.22 | asal

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Faz hoje 53 anos o P. José Manuel Cardoso, Pároco de Ladoeiro, Monforte da Beira, Rosmaninhal, Segura e Zebreira. Da nossa história, faz parte a informação de que ele e outros colegas costumam organizar encontros de antigos alunos da zona da raia. Em maio de 2018 foi o último noticiado no ANIMUS SEMPER. 

Ao jovem e entusiasta P. Cardoso, damos os PARABÉNS deste grupo, desejando-lhe muita saúde, muita realização pessoal em favor da comunidade.

Perguntas

21.04.22 | asal

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Li numa publicação periódica da minha terra - "Oleiros Magazine" -  uma notícia recente onde se alude a citações bíblicas contidas nos caixotões do teto da igreja matriz de Oleiros, que me colocam sérias dúvidas.

Reza assim a notícia: “(…) Cada um dos caixotões da nave central simboliza um tributo à padroeira, evidenciando um emblema e a referência a uma escritura do Antigo Testamento.”

Parece-me gratuito, se não abusivo, afirmar que aquelas inscrições em latim são um tributo à padroeira, neste caso, a Nossa Senhora da Conceição.

Será que o autor das ilustrações dos caixotões se serviu daquelas inscrições para homenagear a Virgem Maria? É, no mínimo, duvidoso. É que apenas uma das citações, extraída do Apocalipse, se refere explicitamente à Virgem. Todas as restantes (com exceção de uma outra, também retirada do Apocalipse) têm origem em diversos livros do Antigo Testamento e, portanto, vêm dum tempo anterior ao nascimento da homenageada. Além disso, algumas delas são versículos do livro sapiencial Cântico dos Cânticos, uma espécie de epitalâmio, onde proliferam elogios às formosuras anatómicas da mulher amada, por vezes com laivos de luxúria, nada condizentes com a pureza da Virgem Maria.

Ocorre-me salientar, embora, neste caso, de somenos importância, que algumas daquelas inscrições contêm erros gráficos e um estranho fraseado, onde, por exemplo, elementos de uma palavra se encontram dispersos no meio da frase, o que talvez se deva à ignorância ou incúria do artesão que copiou as letras, sem a supervisão de um competente conhecedor do assunto.

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Gostaria de conhecer a opinião avalizada dos especialistas na matéria, que não faltam na plêiade de leitores e colaboradores do “Animus Semper”.

Alcino Alves

Obrigado, Alcino, pelas questões que levantas. Para completar o teu texto, anexo o link do "Oleiros Magazine", onde podemos ver melhor a obra de requalificação a operar na bela Igreja de Oleiros.

http://www.oleirosmagazine.com/oleiros-magazine/abril-2022/destaque/chegamos-a-tempo-de-salvar-um-patrimonio-impar.aspx 

E espero que algum amigo possa acrescentar alguma luz aos teus quesitos. AH

Mais um livro

21.04.22 | asal

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Caro amigo António Henriques
Este sábado próximo, 23/4/22, vou apresentar o livro à minha terra Penha Garcia, pelas 15 h no museu S. Pedro de Alcântara. É um livro de crónicas que relata usos e costumes de tempos idos da gente da Raia e a desolação presente de uma paisagem em angústia.
Quando formos até à Parreirinha, levo uns quantos.
Grande abraço e alegria para viver.
João Pires Antunes
 
NOTA: É sempre com alegria que recebo estas notícias. Gente que "tem terra" e por ela se desfaz em trabalho de investigação, tentando projetar para o futuro as memórias de um passado a esvaecer e, infelizmente, sem projetos de nova vida.
Força, João! Eu quero um exemplar. AH

Aniversário

20.04.22 | asal

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PARABÉNS, GIL!

Hoje faz anos o António Gil Martins Dias, que é da Isna de S.Carlos e professor em Proença-a-Nova, sendo ainda grande colaborador das nossas iniciativas. Mas eu esperava mais uns textos neste blogue!...

Aqui deixamos os PARABÉNS do grupo, desejando ao amigo as maiores felicidades e muitos anos de vida. 

Aniversários

19.04.22 | asal

Nos últimos dias, ninguém fez anos. E eu descansei... 

Desta vez, são aniversários no plural. E são mesmo três nesta página de encontros vários, que gostamos de ver viva e a celebrar a Vida!

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- Em primeiro lugar, o menos novo é o P. João Avelino, que nasceu em Alcaravela em 1942 e hoje vive o seu 80.º aniversário em serviço eclesial em Alcains. Pois, meu caro, PARABÉNS! E que continues a viver com alegria a tua missão ao serviço da comunidade.

E ad multos annos! Quod bonum de te adveniat, beneficium est tibi. É latinório, mas talvez tenha sentido!... "O bem que fizeres reverterá para ti!

 

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- Vem depois o António Gil Dias André, que nasceu em 1947 em Cardigos, perfazendo 75 de muita vida e alguma felicidade, mesmo com os achaques que vão aparecendo. Vive num lar, neste momento.

Meu caro, os PARABÉNS do grupo, que te deseja muita saúde e que sejas feliz.

 

- Finalmente, Ant. Andr Canhoto Antunes.jpegcom o mesmo gosto anunciamos as 73 primaveras do António André Canhoto Antunes, que vem de 1949... De Cardigos, onde nasceu, passou para Coimbra, estudou e trabalhou em Informática e por lá vai vivendo.

Aqui ficam os PARABÉNS dos amigos deste grupo. Sê feliz e que os teus sonhos se realizem.

Novo ciclo político

18.04.22 | asal
Caro Henriques, partilho contigo e com todo os nossos amigos e companheiros as Alegrias pascais. Aleluia...aleluia...aleluia!!!
Um forte abraço
F. Beirão
 

Costa com mãos livres

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Após alguns meses de esperanças, o Presidente da República deu posse ao novo elenco governativo que vai ter 26 homens e 12 mulheres, oito ministros e nove ministras e ainda mais 38 novos secretários de Estado. Um governo mais reduzido, em relação ao anterior, a fim de vir a ser mais ágil e eficaz. Olhando para o conjunto de ministros e dos secretários de Estado, perto de dois terços são homens. Pouco mais de um terço são mulheres. Vários dos secretários de Estado transitam em funções, por vezes mudando de pasta.

Será com este novo elenco governativo que a maioria absoluta de António Costa, com mãos livres, em relação à oposição, irá governar nos próximos quatro anos, em ligação com a Assembleia da República na XV legislatura, com 230 deputados. A maioria do PS, com maioria absoluta, irá decidir o que lhe aprouver, legislando sobre os graves problemas que se arrastam há décadas. Como o Serviço Nacional de Saúde, a Justiça, a Administração Pública, a Pobreza e ainda a tão badalada reforma do nosso Sistema Eleitoral, os quais já não respondem cabalmente aos anseios e caraterísticas dos eleitores de hoje. A revisão dos Ciclos Eleitorais impõe-se de tal maneira que já poucos se reveem no atual sistema.

Hoje, as regiões estão de tal modo mal representadas na Assembleia da República que têm toda a razão aqueles que pensam que não há Justiça na atribuição dos lugares no hemiciclo que a todos nós deveria representar. A grande Casa da Democracia deveria ser formada pelos deputados das várias regiões do país, escolhidos pelos eleitores que os conhecem. Muitos destes paraquedistas são apenas escolhidos pelas cúpulas dos seus partidos. Estes, convenhamos, não poderão representar bem quem não conhece com alguma profundidade e extensão as necessidades locais de cada região do país. Basta discutir e aprovar esta problemática eleitoral, seguindo os bons exemplos de outros países. Não podemos é permanecer em práticas anquilosadas, agarrados a um sistema que já se tornou obsoleto, ao longo dos quarenta anos em que vivemos em democracia.

Acreditamos que o novo Presidente da Assembleia da República (PAR), Augusto Santos Silva, tudo fará para que este empreendimento legislativo não fique mais uma vez fechado nas gavetas do esquecimento. Com apenas uma participação nas eleições com cerca de 50% de eleitores, não deveríamos sossegar, fingindo que não conhecemos esta realidade. A este problema se deve juntar também o que Santos Silva realçou no seu primeiro e bem estruturado discurso que proferiu na abertura do Parlamento, defendendo uma Assembleia Parlamentar patriota e não de fação. O novo líder da AR fez um discurso contra o populismo que os deputados entenderam como sendo dirigido ao partido Chega, agora com uma significativa representação no hemiciclo. A este propósito, Santos Silva deixou muitas críticas e recados aos nacionalistas e populistas sublinhando que o “patriotismo só medra no combate ao nacionalismo”. E rematou dizendo: “o patriota que ama a sua pátria enaltece o amor dos outros pelas pátrias respetivas e percebe que só na pluralidade das pátrias, floresce verdadeiramente a sua”.

E concluiu afirmando que “o nacionalista odeia a pátria dos outros; quer fechar a sua ao contacto com os demais. Discrimina quem é diferente e, em vez de hospitalidade, promete ostracismo”.

Nesta hora, de tanta dor e sofrimento, a escorrer da Ucrânia, o que seria dessas pessoas se a política de abertura aos outros não estivesse, felizmente, já a mostrar os seus bons frutos? Como sabemos, mais de quatro milhões de pessoas refugiadas, sobretudo crianças e mulheres mães e pessoas idosas, estão a chegar em massa à União Europeia trazendo consigo profundas feridas nas suas almas, sofredoras e destroçadas. Esta a grande conquista da Europa de raízes cristãs e de grande humanismo a demonstrar ao mundo a grandeza de espírito de tantos e tantos que, generosamente, têm ajudado os que procuram noutros países o que o seu hoje não lhes pode assegurar. Paz e segurança serão os maiores bens que podemos oferecer a todos aqueles refugiados que, de mala na mão, se fazem às estradas, enfrentando múltiplos perigos, procurando quem os acolha no seu regaço, com amor e carinho. No novo ciclo político que agora arrancou no nosso país, estas problemáticas não podem ficar esquecidas. A solidariedade não deverá ser uma palavra vã e sem sentido.  

florentinobeirao@hotmail.com

COISAS DA LÍNGUA

18.04.22 | asal

 T R A V A  -  L Í N G U A S 

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É um divertimento linguístico, popular e estimulante.
Consiste em dizer, com clareza e rapidez, versos ou frases com composição de sílabas difíceis de pronunciar.
Trata-se, então, de uma série de palavras onde a pronúncia, quando feita rapidamente, se torna difícil. É o caso de TRÊS TRISTES TIGRES ou TRÊS PRATOS DE TRIGO PARA TRÊS TIGRES TRISTES.
Há pessoas que têm dificuldade em pronunciar os "erres" no início ou meio das palavras e pronunciam-nos como "rê" apiculado em vez de gutural.
Para ajudar a essa transformação é óptimo o seguinte exercício: RAIVOSO O RATO ROÍA O RABO DO RODOVALHO DO REI DA RÚSSIA. Ainda este: A RITA ROSA REIS RAMOS RAMALHO. DE VER O RATO ROER, REBOLA DE RASTOS NO BORRALHO E RASGA O ROUPÃO ROXO DA ROSALINA.
E, ainda, mais estes:
A RÃ ARRANHA A ARANHA, A ARANHA  ARRANHA A RÃ.
SE O PAPA PAPASSE A PAPA, SE O PAPA PAPASSE O PÃO, SE O PAPA TUDO PAPASSE SERIA UM PAPA PAPÃO.
UM NINHO DE MAFAGAFOS COM CINCO MAFAGAFINHOS, QUEM DESMAFAGAFIZER OS MAFAGAFOS, BOM DESMAFAGAFIZADOR SERÁ.
Há um trava-línguas algo conhecido de origem italiana que é assim:
SE O ARCEBISPO DE CONSTANTINOPLA SE QUISESSE CONSTANTINOPLIZAR,  QUEM DESCONSTANTINOPLIZARIA O ARCEBISPO DE CONSTANTINOPLA?
Quando frequentei o ISA em Castelo Branco, tive um professor que, por graça, dizia que a definição de História era: UMA SUCESSÃO SUCESSIVA DE SUCESSOS QUE SE SUCEDEM SUCESSIVAMENTE SEM CESSAR. Não dá para classificar como trava-línguas, mas podemos considerar como um primo afastado.
Zé Maria Lopes
 
NOTA: Meu caro Zé, assim nos vais distraindo e ensinando, trazendo para aqui as tuas leituras e investigações. Obrigado e continua a cultivar essa cabecinha de 90 anos a ressumar juventude. AH

Boas Festas Pascais

17.04.22 | asal

Boas Festas de Páscoa!

Acabo de telefonar para vários amigos a enviar um abraço de amizade e a formular votos de Santa Páscoa. Dirijo-me agora a todos vós, que frequentais estas páginas.

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Pois, meus amigos, da minha reflexão destes dias quero deixar a todos um voto de confiança no futuro, sabendo com certeza que a vida se reveste de sofrimento, de luta, de tentativa constante na recuperação e ultrapassagem de metas, para podermos usufruir de mais saúde, de mais satisfação pessoal, de possíveis novos estádios de riqueza pessoal e grupal.

Da Cruz para a Ressurreição, é todo um caminho longo a vivenciar. Mas tenhamos fé no Jesus, que carregou nossos pecados e nossas preocupações e nos deu a esperança na vida de ressuscitados, sem nos tirar o compromisso de tudo fazermos para vencer ou contornar obstáculos. 

A natureza ensina-nos também a viver com serenidade o presente, a renascer, mesmo que os ossos já não nos deixem fazer o que antes fazíamos. Para que serve andar a queixar-nos, se os anos já se carregam em grande número?! Do passado vivamos as alegrias que conseguimos, e o futuro é o nosso presente vivido em calma, amizade e ainda alguma esperança em melhorar. 

Renova-se a natureza, renovem-se também as pessoas.

BOAS FESTAS EM CRISTO RESSUSCITADO!!!

António Henriques

Palavra do Sr. Bispo

17.04.22 | asal
MORTO NO CALVÁRIO – EM AUSCHWITZ – NA UCRÂNIA – EM...

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Um preso de Auschwitz escreveu sobre um dos muitos e terríveis enforcamentos a que assistiu nesse campo de concentração, de horror e extermínio. Enforcamentos solenemente sádicos e horrorosos, cruéis e intimidatórios. Naquele dia enforcaram três: dois adultos e um rapazito. Elie Wiesel escreveu assim: “Os três condenados subiram juntos para as três cadeiras. A cabeça, dos três, foi introduzida ao mesmo tempo dentro dos nós corrediços. “Viva a liberdade”, gritaram os dois adultos. O pequeno, porém, ficou calado. “Onde está Deus? Onde é que Ele está?”, perguntou alguém atrás de mim. A um sinal do chefe do campo, as três cadeiras foram deitadas por terra. Silêncio absoluto em todo o campo. O sol ia-se pondo no horizonte. Em seguida, começou o desfile. Os dois adultos já não estavam vivos. Tinham a língua pendente, inchada, azulada. A terceira corda, porém, continuava a mover-se; como era tão leve, o miúdo continuava vivo…Manteve-se assim durante mais de meia hora, debatendo-se entre a vida e a morte, agonizando lentamente sob o nosso olhar. E nós tínhamos de olhá-lo bem no rosto. Ainda estava vivo, quando passei à sua frente. Tinha a língua vermelha e os olhos ainda não se tinham vidrado. Atrás de mim voltei a ouvir o mesmo homem, que perguntava: “Onde é que Deus está, neste momento?” Então ouvi dentro de mim uma voz que lhe respondia: “Onde está Deus? Ei-lo ali, pendurado naquela forca…”. (in “As sete últimas palavras” de Timothy Radcliffe).
Os que se julgam donos e senhores de tudo e de todos continuam a crucificar e a matar Jesus na cruz: “O que fizerdes aos outros é a mim que o fazeis”, disse-nos Ele. E porquê que isso acontece?
Como recordávamos na Missa da Última Ceia, o Senhor disse a Pedro, relutante em que Cristo lhe lavasse os pés: “Se eu não te lavar os pés, não terás parte comigo”. Dois mil anos depois de Cristo acontece o mesmo. Ainda há quem, na sua importância, tenha preconceitos de autossuficiência e se recuse a que Jesus lhe lave os pés. Isto é, rejeita deixar-se lavar e purificar por Cristo, com a sua graça, com o seu perdão, com a sua misericórdia, com a sua palavra, com o seu testemunho de amor por todos, incluindo os inimigos.
RECORDEMOS NA FORMA BREVE:
“Naquele tempo, levantaram-se os anciãos do povo, os príncipes dos sacerdotes e os escribas, levaram Jesus a Pilatos e começaram a acusá-lo, dizendo: «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir que se pagasse o tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei». Pilatos perguntou a Jesus: «Tu és o Rei dos judeus?». Jesus respondeu: «Tu o dizes». Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão: «Não encontro nada de culpável neste homem». Mas eles insistiam: «Amotina o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui». Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se o homem era galileu; e, ao saber que era da jurisdição de Herodes, enviou-O a Herodes, que também estava nesses dias em Jerusalém. Ao ver Jesus, Herodes ficou muito satisfeito. Havia bastante tempo que O queria ver, pelo que ouvia dizer d’Ele, e esperava que fizesse algum milagre na sua presença. Fez-Lhe muitas perguntas; mas Ele nada respondeu. Os príncipes dos sacerdotes e os escribas que lá estavam acusavam-no com insistência. Herodes, com os seus oficiais, tratou-O com desprezo e, por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico e remeteu-O a Pilatos. Herodes e Pilatos, que eram inimigos, ficaram amigos nesse dia. Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes, os chefes e o povo, e disse-lhes: «Trouxestes este homem à minha presença como agitador do povo. Interroguei-O diante de vós e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O acusais. Herodes também não, uma vez que no-lo mandou de novo. Como vedes, não praticou nada que mereça a morte. Vou, portanto, soltá-lo, depois de O mandar castigar». Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da festa. E todos se puseram a gritar: «Mata Esse e solta-nos Barrabás». Barrabás tinha sido metido na cadeia por causa de uma insurreição desencadeada na cidade e por assassínio. De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar Jesus. Mas eles gritavam: «Crucifica-O! Crucifica-O!». Pilatos falou-lhes pela terceira vez: «Mas que mal fez este homem? Não encontrei n’Ele nenhum motivo de morte. Por isso vou soltá-lo, depois de O mandar castigar». Mas eles continuavam a gritar, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores aumentavam de violência. Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam: soltou aquele que tinha sido metido na cadeia por insurreição e assassínio, como eles reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.
Quando O conduziam, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para a levar atrás de Jesus. Seguia-O grande multidão de povo e mulheres que batiam no peito e se lamentavam, chorando por Ele. Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes: «Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos. Pois dias virão em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram’. Começarão a dizer aos montes: ‘Caí sobre nós’; e às colinas: ‘Cobri-nos’. Porque se tratam assim a madeira verde, que acontecerá à seca?». Levavam ainda dois malfeitores para serem executados com Jesus. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-no a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem». Depois deitaram sortes, para repartirem entre si as vestes de Jesus. O povo permanecia ali a observar. Por sua vez, os chefes zombavam e diziam: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei dos judeus».
Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo das nossas más ações. Mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso». Era já quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da tarde, porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. E Jesus exclamou com voz forte: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». Dito isto, expirou. Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus, dizendo: «Realmente este homem era justo». E toda a multidão que tinha assistido àquele espetáculo, ao ver o que se passava, regressava batendo no peito. Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia, mantinham-se à distância, observando estas coisas”.
+++++
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 15-04-2022.

Adeus, Eunice

15.04.22 | asal
IN MEMORIAM EUNICE…

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MARGARIDA CARPINTEIRO, outra grande Senhora dos palcos, residente nos Vales, freguesia de Cardigos, concelho de Mação, recorda EUNICE MUÑOZ, falecida na madrugada deste dia 15 de Abril.
Desde a sua casa, nos Vales, acompanhada pelo marido AMÍLCAR CARPINTEIRO, esta tarde, MARGARIDA despede-se de EUNICE e destaca o seu contributo para a cultura portuguesa.
QUE EUNICE DESCANSE EM PAZ!
 
(clicar no link)

https://www.facebook.com/antoniomanuel.m.silva/videos/942177813111844/?notif_id=1650038118784977&notif_t=nf_video_story&ref=notif 

António Manuel M. Silva

Por amor

15.04.22 | asal

Ferido por cravos e espinhos,

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chagado por meus pecados. 

Sou eu a lança na mão

do soldado que feriu Seu Sagrado Coração.

     

Despido diante dos olhos da mãe que tanto o amou.

Sou eu o beijo que O traiu, toda dor que Ele sentiu,

a cruz que Ele carregou.

   

Morreu pregado no madeiro romano,

por mim sofreu a dor de um simples humano.

E por amor tomou meus pecados

e me fez digno de ter salvação.

Crucificado por minha rejeição

como uma rosa esmagada no chão.

E por amor tomou meus pecados

e me fez digno de ter salvação.

Aniversário

13.04.22 | asal

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Hoje, 13/04, é o aniversário do Armindo de Jesus Dias!  

Nascido em 1952, são assim 70 anos, o que representa já uma boa idade!

E por aí anda a fazer pela vida, não esquecendo os amigos e o nosso grupo. Por certo, vamos vê-lo em Castelo Branco, no encontro de 28 de Maio.

E nós alegramo-nos contigo, Armindo! Parabéns e votos de longa e feliz existência.

Falecimento

12.04.22 | asal

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Por indicação do amigo António Ventura, soubemos que faleceu o P. Miguel Farinha, que já há muito vivia em sofrimento na sua casa do Troviscal. Chegou a sua hora, passando para o reino da fé, junto do Pai do Céu.

O funeral será já amanhã, no Troviscal, às 10,30 horas, com a presença do Sr. Bispo e colegas sacerdotes. Se puderem aparecer, que os antigos alunos acompanhem também estes momentos de dor e despedida. 

Paz à sua alma. Requiescat in pace. AH

NOTA:  Devido a autópsia, o funeral vai ser adiado.

ÚLTIMA HORA: Neste dia 14, está a decorre o velório do P. Miguel Farinha. O funeral, com a participação do Sr. Bispo, será amanhã, dia 15, pelas 10,30 horas, no Troviscal. R.I.P.

Aniversários

12.04.22 | asal

Novamente o concelho de Oleiros em evidência através de dois amigos, um da Isna de Oleiros e outro do Estreito. Os dois singraram pelo direito, um na carreira judicial como juíz do Supremo Tribunal de Justiça e outro servindo como assessor da Provedoria da Justiça, entre outros serviços. Peço desculpa se não explico bem...Armindo R Luís.jpg

- Sempre presente nos nossos encontros, o Armindo Ribeiro Luís, agora juíz conselheiro jubilado, celebra hoje o seu 81.º aniversário. Aposentado, vive agora em Portalegre.

Ao novo octogenário damos os nossos parabéns, desejamos-lhe muita saúde e muitos anos de felicidade.

 

Bernardino Mateus.jpg

- Amigo da última hora, o Bernardino Mateus ligou-se há pouco tempo ao nosso grupo e nele entrou de rompante com uma boa oferta em dinheiro para o livro sobre o Seminário de Alcains. Vive em Lisboa, o que permite novos encontros. É já octogenário como eu, vindo das calendas de 1937.

Ao Bernardino também damos os parabéns, com votos de longa vida na fruição de saúde e bem-estar. E vamo-nos vendo por aí, quando o Covid permitir, pois é em convivência que melhor se aprecia a vida.