Caro António Henriques, junto uma outra curiosidade da nossa Língua, TAUTOLOGIA, que se entenderes publica no ANIMUS.
Eu sei que aos nossos caros amigos e colegas que lêem o blogue não venho trazer-lhes novidade, mas, mesmo assim, pode ser que não tivessem atentado devidamente em algumas delas. Um abraço do José Maria
T A U T O L O G I A
Num convívio familiar com alguns amigos, um dos presentes contou que " há anos atrás tinha visitado o Japão".
Sendo pessoa de confiança, fiz-lhe ver que não necessitava de usar naquela frase o advérbio "atrás" porque o verbo haver já, por si, tem sinónimo de passado.
Expliquei-lhe, então, que tal situação tem a designação de TAUTOLOGIA. Trata-se de dizer sempre a mesma coisa em termos diferentes, isto é, repetir uma qualquer ideia com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido ou, então, para expressar uma mesma ideia, traduzindo-se numa redundância.
A palavra vem do grego TAUTO (mesmo) e LOGOS (assunto).
Andei à procura de um maior número de tautologias e aqui vão as que pude reunir, em número de 42.
Meu caro Henriques, aí te envio uma reflexão referente ao contecimento que estamos a viver. Tanto sangue derramado para quê?
A todos os que nos acompanham, o meu bem-haja.
Um forte abraço para ti e família dispersa, neste Dia do Pai.
Sempre unidos,
Florentino Beirão
A Ucrânia a ferro e fogo
Já vai para mais de quatros semanas que a guerra lavra na Europa, tendo sido declarada pela invasão da Rússia à Ucrânia, país independente e democrata. Com um saldo de mais de dois milhões de refugiados e numerosos mortos e feridos de ambas as partes, a cada dia que passa, estes números têm subido em todas as frentes. Esta maldita e escusada guerra, iniciada numa altura em que os países se encontram ainda a tentar vencer a longa pandemia, com as suas diversas variantes. Numa Europa que ainda luta em várias frentes, não há nervos que resistam a tamanhas provas de resiliência.
No momento em que escrevo, talvez se notem já, embora tímidos, sinais de paz. Se o caminho para a alcançar, através de vários encontros entre as partes envolvidas, se encontra por enquanto aberto, os resultados ainda não são visíveis devido às intransigências das partes. Perante este marasmo, até a China já se ofereceu para servir de mediadora no conflito. Um sinal positivo para que a Ucrânia e a Rússia cheguem a resultados satisfatórios para os seus países, envolvidos numa guerra da qual ainda não se vislumbra o fim.
Da parte da Ucrânia, através de uma entrevista dada pelo seu Presidente Zelensky a um canal de televisão americana, este já avançou com um compromisso quanto à Crimeia e para o Donbass que integra as regiões separatistas de Luganski e Donesk. Declarou ainda que a Ucrânia estaria disposta a recuar na sua pretensão de adesão da Ucrânia à NATO.
Por parte da Rússia, insiste-se no reconhecimento da independência das regiões separatistas e numa revisão constitucional que impeça a Ucrânia de poder vir a aderir à NATO, ficando obrigada a manter a sua neutralidade.
Estas linhas definidoras do que cada um dos países envolvidos pode ceder, ainda se encontram muito distantes do que é necessário para se poder colocar um ponto final neste conflito, no qual cada vez há mais gente a sofrer as consequências desta maldita guerra, sobretudo as crianças, os idosos e as mulheres que deixaram as suas casas vazias.
Apesar deste tamanho sofrimento, temos que acreditar que este conflito tem de ter um ponto final porque nada justifica a invasão a um país, livre e independente, dono e senhor do seu futuro. Nada justifica também os sonhos expansionistas do autocrata Putin e dos seus generais, que o acompanham nesta carnificina, à procura dos velhos tempos em que a Rússia mantinha o seu império à custa de governos fantoches impostos pelo Kremlin.
É verdade que, neste momento, ainda estamos longe de conhecer o desfecho desta guerra. Mas sabemos que a Rússia, pela magnitude das suas tropas e dos meios bélicos, que estão ser utilizados por esta potência, pode bem vir a ganhar esta guerra, apesar de todos os países da Nato e da UE serem contra esta invasão. Vai ser muito difícil gerir os dias que se seguem à provável vitória das tropas russas que entraram numa fase de destruição dos edifícios públicos e habitacionais com esta invasão, que viola não só a Carta das Nações Unidas como os princípios da ordem e segurança europeia que ela assinou. E ainda a Ata Final de Helsínquia de 1975, a Carta de Paris de 1990 e a Declaração de Astana de 2010. A estas se junta ainda a violação do Acordo de Budapeste de 1994, em que a Rússia se comprometeu a respeitar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia em troca da sua desnuclearização.
Depois da invasão deste país e da força utilizada na Geórgia e na Crimeia, o Ocidente, a partir de agora, ficou a saber das intenções de Putin e dos seu generais, para levar por diante novas invasões, que se podem estender desde os países bálticos até ao mar Negro, que confronta diretamente com sete países que já se encontram na órbita da NATO e da União Europeia (Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, Hungria, Eslováquia e Roménia).
Para já, a Rússia ameaçou alguns países neutros: a Suécia e a Finlândia. Perante esta conjuntura política, o grande desafio que se coloca à UE e aos Estados Unidos, segundo o politólogo Severiano Teixeira, “será de se fazer a arquitetura de segurança na Europa e garantir a defesa contra a ameaça russa, sem entrar numa escalada militar com a Rússia, cujo sonho é tentar recompor o seu antigo Império.
Costuma dizer-se que quem meus filhos beija minha boca adoça. Nestas vésperas da Solenidade de São José, não vou falar dele. Acredito, porém, que também ele ficará de boca doce, muito feliz. Porque se aproxima uma data muito importante para nós, portugueses, vou falar de Maria, sua esposa, mas festejando com os dois o dom das suas vidas e a intervenção de ambos no projeto de Deus para a humanidade. São José é o Patrono universal da Igreja, o pai adorável, o homem justo e bom, estimulo para todos os pais em Dia do Pai. Maria, sua Esposa, Mãe de Deus e Mãe da Igreja, também é Rainha e Padroeira de Portugal, uma nobre e distinta Senhora que até sobressai no jeito de se apresentar. Sem andar pelas passarelas da moda, sem se endividar em compras ou comprar fiado, tem um roupeiro invejável, ao ponto de nenhum outro se lhe puder igualar. Em cada invocação que o povo carinhosamente lhe dá, ela veste um vestido diferente, ao gosto da região, da cultura e da devoção dos seus filhos, mas sempre na moda, sempre ‘in’. Apesar de não ser exigente, apesar do povo a vestir até a fios de ouro, convenhamos que, na sua beleza, qualquer trapinho lhe fica bem. Essa beleza encantadora nasce-lhe do interior, das suas virtudes e santidade. Se o leitor for capaz de alistar as invocações da Senhora existentes em Portugal, ou apenas na sua própria região, apreciará também que, sendo sempre a mesma, veste sempre de forma diferente e bela: Senhora da Penha, da Misericórdia, da Alegria, da Cabeça, das Dores, da Vista, da Rocha, da Lapa, do Minho, da Franqueira, da Peneda, do Facho, do Viso, dos Remédios, da Fé, do Parto, do Ó, do Alívio, da Agonia, de Aires, dos Altos Céus, ... vá, continue, por favor, e não se canse, consciente que é sempre a mesma Senhora e que a lista jamais estará completa...
Servindo-me, com a devida vénia, sobretudo da Wikipédia, aproveito para, nesta efeméride que estamos a celebrar, recordar que, por exemplo, a devoção dos portugueses a Nossa Senhora da Conceição vem de muito longe e está muito ligada aos acontecimentos da independência e da identidade nacional. Histórias da história dizem-nos que, aquando da conquista da cidade de Lisboa, em 1147, por D. Afonso Henriques, foi celebrada uma Missa Pontifical de ação de graças, em honra da Imaculada Conceição. São Nuno Álvares Pereira, após a vitória na batalha de Aljubarrota, em 1385, terá mandado construir a igreja de Nossa Senhora do Castelo, em Vila Viçosa, sendo consagrada a Nossa Senhora da Conceição, cuja imagem que lá se encontra ele teria encomendado em Inglaterra. A devoção popular foi crescendo e criando raízes ainda mais fortes em Portugal. Criaram-se irmandades de Nossa Senhora da Conceição, dedicaram-se-lhe igrejas e muitos altares, sendo a irmandade mais antiga a instituída em 1589 na paróquia dos Anjos, em Lisboa. Após a restauração da independência de Portugal, o rei D. João IV, em 25 de março de 1646, após parecer favorável das Cortes gerais, consagrou os «Seus Reinos e Senhorios» a Nossa Senhora da Conceição, diante da imagem existente no Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Proclamou Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal e coroou a sua Imagem com a coroa real, doravante seria a Rainha de Portugal. A partir de então, em sinal de reconhecimento de que Nossa Senhora é a verdadeira Rainha e Padroeira de Portugal, os reis subsequentes nunca mais colocaram a coroa real na sua cabeça, sendo que a coroa, em ocasiões solenes, era apenas posta sobre uma almofada, ao lado direito do rei. Tal ‘Provisão Régia’ foi confirmada pelo Papa Clemente X em 1671. Docentes da Universidade de Coimbra, desde 1646 juraram defender o dogma da Imaculada Conceição, juramento que foi estendido e aplicado a todos os futuros graduados da Universidade. Só após a proclamação do dogma da Imaculada em 1854, se julgou desnecessário continuar a prestar este juramento. Em 1654, D. João IV enviou a todas as Câmaras Municipais do Império Português uma cópia da inscrição comemorativa, em latim, do juramento solene prestado em 25 de Março de 1646 e ordenou que aquela inscrição fosse gravada em pedra e colocada nas portas e lugares públicos das cidades e vilas portuguesas. O Rei D. João V, em 1717, em circular enviada à Universidade de Coimbra e a todos os prelados e colegiais do Reino, recomendou-lhes a celebração anual da festa da Imaculada Conceição nas suas igrejas, recordando o juramento de D. João IV. Por sua vez, o rei D. João VI, em 1818, fundou a “Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa”. Após a proclamação dogmática em 1854 pelo Papa Pio IX, desenvolveu-se em Portugal um movimento que apoiava a construção de um monumento nacional que comemorasse tal facto. Esse primeiro monumento foi erigido no Sameiro, em Braga, em 1869. Posteriormente, no mesmo local, foi construído um santuário dedicado à Imaculada Conceição de Maria, cuja imagem foi coroada solenemente em 1904. Extinta a monarquia e instaurada a república, nunca este ato e este título de Nossa Senhora foi posto em causa.
Em 1946, no dia 25 de Março, comemorou-se o tricentenário da proclamação da Imaculada Conceição como Padroeira de Portugal, com a consagração de Portugal à Virgem Maria, Mãe de Deus. Na Visita Apostólica do Papa São João Paulo II a Portugal, ocorrida nos dias 12 a 15 de Maio de 1982, ele visitou o Santuário de Fátima, o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro e o Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.
O Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos da Mariologia organizou para este mês de março o congresso intitulado: “Mulher, Mãe e Rainha. Nos 375 anos da Coroação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal”. Terá lugar de 24 a 26 de março, em Fátima. No dia 27 de março, Domingo, e já na véspera, o encerramento deste ano jubilar dos 375 anos da coroação de Nossa Senhora será em Vila Viçosa, no Santuário ou Solar da Padroeira. Presidirá Salvatore (Rino) Fisichella, arcebispo italiano presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. Também serão expostas conjuntamente as três coroas de Nossa Senhora, a de Vila Viçosa, de Fátima e do Sameiro, bem como alguns mantos da Padroeira de Portugal.
Na sua divulgação, lê-se que o congresso, para além de reunir conceituados especialistas em várias áreas do saber, pretende ser um fórum de estudo abrangente, nas temáticas, nas visões e nas abordagens, esperando-se os diferentes contributos relativos ao objetivo em vista. Mas também está aberto à participação ativa de quantos quiseram associar a sua investigação através de comunicações autopropostas, dentro das áreas do Congresso. É inegável que o Povo português tem uma forte identidade mariana, que no Congresso melhor se quere conhecer, nos seus fundamentos e expressões. Além do Congresso, o referido Instituto assumiu “construir um dicionário sobre a Virgem Maria, um dicionário em português, a partir de fontes históricas, mas também das novas realidades contemporâneas”.
No momento em que escrevo, os caças do czar estão atacando a linda Kiev, e as sirenes de ataque aéreo estão ecoando por toda parte. “Quem acreditou em nossa mensagem” declara o profeta Isaías: os combatentes de Vladimir Putin estão atacando Kiev, não Tbilisi, Yerevan, Berlim, Paris ou Istambul, e certamente não Nova York. Na verdade, o czar russo quer se vingar dos ucranianos... e de sua própria história.
Ele está destruindo o berço de sua própria civilização, nunca o berço da civilização ocidental que lhe causa nojo e náusea. Ele está destruindo a Kiev da antiguidade com sua majestosa laura de cavernas que foi estabelecida no século 11 e é considerada a mãe da igreja russa e seu santuário. Milhares são abençoados diariamente com seus ossos que emanam mirra. Ele está destruindo uma Kiev que se orgulha de sua igreja de Santa Sofia que nos remete para o génio do cristianismo eslavo e do seu profundo enraizamento cultural que vem de Bizâncio, precisamente de Constantinopla, das margens do glorioso Bósforo e dos sóis que lá dançam nas ondas.
Kiev teceu os primórdios da civilização do povo russo. Ali, a partir do cuidado e da diligência dos monges helénicos e seus discípulos abençoados, os russos começaram a lançar as bases de sua civilização: livros, arquitetura e ícones onde a luz mora em seu colorido e o significado transparece. Portanto, o ataque que hoje é conduzido pelo mestre do Kremlin ao seu vizinho, ao seu “ponto fraco”, como alguns tolos gostariam de chamar, não é medido apenas por interpretações políticas e económicas; além disso, assume consequências culturais de longo alcance. De facto, a destruição de civilizações não é uma questão passageira, nem uma consequência inevitável de guerras inexoráveis.
Diz-se que aqueles que destruíram Beirute no início da guerra civil libanesa (1975-1990) eram camponeses que guardavam rancor contra a majestosa cidade por causa de suas riquezas, brilho e ritmo louco, o que causou incómodo e confusão para esses moradores do campo. Diz-se também que a beleza de Paris foi salva quando um oficial nazi rebelde se recusou a seguir as ordens do Führer de queimar a “cidade adormecida no jardim de seu flerte (namorico)”, quando os sinais da derrota nazi começaram a aparecer no horizonte. Certamente, vale a pena perguntar o porquê àqueles que se quiseram vingar de Homs, Aleppo, Damasco e suas áreas e, portanto, deliberadamente os desfiguraram e semearam a destruição em seus bairros antigos.
Quanto ao novo czar hoje, ele se vinga das fontes de sua própria história. Ele atinge a geografia onde floresceu a civilização de seu próprio povo, apesar de se estar a aventurar numa guerra contra a Ucrânia em nome do próprio nacionalismo russo; mas é um nacionalismo dismórfico, misturado com os velhos sonhos imperiais e a arrogância da ideologia soviética que Putin serviu na primavera da sua juventude. Evidentemente, ele não leu história, pois idiotas impenitentes não lêem. Mesmo que ele tenha lido um fragmento da história de sua nação, seu ódio o impediria de se curvar com reverência perante todos os ucranianos que participaram na criação da mesma identidade russa da qual ele hoje tanto se orgulha. Ele porfiou em acreditar que agarrar-se desajeitadamente a essa identidade podia restaurar as antigas glórias da Rússia ou alimentar os pobres com pão.
Quando o Sr. Tsar anunciou a invasão da Ucrânia de sua torre alta, confiando fortemente em seu gigantesco exército, assustador e ameaçador, ele era como alguém que ansiava por uma era longínqua que produziu a União Soviética e permitiu que um bando de tiranos desprezasse a liberdade das pessoas e pisasse seus sonhos de Irkutsk a Cabul. Putin não percebeu que o Muro de Berlim agora se tornou uma mera atração turística, e que a história não volta atrás.
No entanto, o mais importante no caso deste novo czar é que ele parece ser o primeiro tirano que conduz uma guerra contra sua própria história, sua própria civilização e contra si mesmo, golpeando Kiev, a cidade mais autêntica da história do povo Russo, mesmo que ela seja hoje a capital da Ucrânia.
Assaad Elias Kattan é um teólogo ortodoxo libanês e professor de Teologia Ortodoxa no Centro de Estudos Religiosos da Universidade de Münster, Alemanha.
Desta vez, é o António Silva Duque a celebrar a vida!
Caro amigo, com os nosso PARABÉNS, aqui deixamos os desejos sinceros de que continues a desfrutar de saúde, felicidade e muitos amigos, celebrando cada ano com muito gosto pessoal e na companhia dos familiares.
E nós gostamos de te ver por aí, nos nossos encontros, dando parabéns aos colegas quase diariamente e, servindo-te de uma memória prodigiosa, falando de muitos eventos da nossa juventude, com que comunicas felicidade. Vamos a ver se nos encontramos em Alcains nos finais de Maio ou noutro lugar qualquer, saboreando histórias do livro sobre o Seminário. Já não é sem tempo!
E os mais idosos não esquecem os companheiros mais novos a quem deixámos a nossa carteira de estudo e de aula, o nosso espaço no recreio, o lugar nos bancos da capela...Por isso não vos esquecemos e continuamos a felicitar-vos nos aniversários. Podemos até nunca nos termos cruzado, mas temos elos que nos levam, em sinceridade, a dizer: Muitos parabéns!
Porque não há notícias frescas, porque a guerra continua a martirizar os ucranianos e todos nós, façamos uma pausa para respirar. Este "Cielito lindo" merece um visionamento.
Não sou, de longe, a melhor pessoa para evocar o Jorge Silva Melo. Estive com ele meia dúzia de vezes, sempre sem demora. No entanto, havia nele uma generosidade capaz de estabelecer laços de proximidade, mesmo em curtas conversas dechatde facebook. Numa dessas conversas falei-lhe da primeira vez, em 2005, em que o vi presencialmente, na estreia dePerdoar Helena, de Tolentino Mendonça, no Teatro Taborda, na Costa do Castelo, onde então estavam sediados os Artistas Unidos. Ele, fundador e director da companhia, encenador da peça, estava à entrada da sala a verificar os bilhetes dos espectadores. Contei-lhe isso e ele comentou: “Gosto muito de fazer essas tarefas aparentemente menores no Teatro.”
De Deus, da Igreja, de sermos católicos, pouco ou nada, além de uma ou outra subtileza, um ou outro piscar de olho. Sobre esses assuntos remeto para a belíssima conversa que teve com Maria João Avillezna Capela do Rato, no dia 21 de Outubro de 2015.
Dessa conversa fica(-me) a sensação de que assume o ser católico como um acto de rebeldia. Um fulgurante acto de rebeldia. Anos mais tarde, numa entrevista saída na edição do Verão de 2019 da revistaLER, quando Filipa Melo lhe pergunta se continua a afirmar-se católico, responde “Foi uma coisa firme. É uma coisa firme. O catolicismo formou-me numa série de princípios, dos quais não abdico.” E não posso deixar de pensar que, no testemunho de solidariedadeque deixou a Mamadou Ba, em Fevereiro de 2021, são esses princípios do catolicismo que o fazem citar um verso deA Internacional– “Uma terra sem amos” – a que acrescenta: “sem acabarmos de vez com o capitalismo, não poderemos nunca ser iguais.”
Depois, o seu fascínio pelo episódio da transfiguração narrado nos evangelhos (Mateus 17, 1-9; Marcos 9, 2-8; e Lucas 9, 28-36), que aparece amiúde referida nas suas obras, como, por exemplo, a personagem que o evoca por duas ou três vezes no filmeNinguém Duas Vezes, de 1984. É com entusiasmo que fala dessa cena, na referida conversa da Capela do Rato, num trecho que não resisto a transcrever: “…e depois há aquela coisa que é o desígnio de todos os artistas (acho eu), que é o São Pedro… que era o mais simpático de todos, sempre com o coração ao pé da boca… o São Pedro que diz ‘vamos é fazer aqui três tendas e… ficarmos aqui para sempre’. Portanto, Jesus terá rompido a matéria e o espaço, São Pedro queria parar o tempo! E parar o tempo é a ambição de todos nós, nas artes. É o famoso verso do Lamartine: ‘Ó tempo, suspende o teu voo’… é ficarmos… sem a deterioração, sem a morte, sem a rosa a cair. Queremos o momento em que está… o esplendor da divindade, da humanidade, o esplendor da flor.”
Intercede por nós, Jorge, aí, junto do Deus do amor e do perdão.
Nasceu em 1972, na Madeirã, este nosso colega, o Pedro Ribeiro, que vive em Castelo Branco e está ligado ao ramo automóvel. Hoje está em festa!
Aqui deixamos os PARABÉNS deste grupo de amigos ao colega que experimentou como nós a vida de internato no seminário. E é bom lermos e ouvirmos o nosso nome da boca de quem nos quer bem... Que sejas muito feliz e que vivas por muitos anos com saúde e alegria!
Mas não é. No dia 29 de Dezembro de 2021, faleceu um dos nossos, o AGOSTINHO LOPES PEQUITO, de 68 anos, residente na Murteira- Pergulho, Proença a Nova.
O AGOSTINHO era rapaz do meu tempo nos seminários. Fez a sua vida profissional em Portalegre e, nos últimos anos, andava atormentado por um “bicharoco” na garganta.
Mais um AMIGO que se foi! Acreditem que me dói a dobrar. Tomei conhecimento do seu falecimento lendo a edição de Janeiro, há dois dias, do “Jornal de Proença”. Por acaso,
Tão amigos, aqui tão próximos e acontece uma coisa destas sem nos apercebermos…
Partilhamos, algum tempo, ideais comuns, em comunidade. Depois, as circunstâncias separam- nos e, cada um de nós, vai refazer a sua VIDA. Alguns de nós, voltam a encontrar- se apenas para partilhar experiências pessoais e viver bons momentos de convívio. Outros, sabe- se deles quando deixam o TEMPO e o ESPAÇO que todos habitamos. Ainda outros, nem neste momento da VIDA encontramos.
"PARECE IMPOSSÍVEL" mas a nossa VIDA é mesmo assim...
Quanto ao nosso ex colega, que esteja em eterno descanso. Pelo menos a corpo - se é como penso - já não o atormenta.
Hoje lembrei-me de olhar para trás e passar os olhos pelos textos saídos no ANIMUS SEMPER em Fevereiro e Março do ano passado. E que riqueza eu encontrei!
Em plena pandemia, a associação continuava a participar no grande projeto que foi a publicação de um livro sobre o Seminário de Alcains na comemoração dos seus 90 anos de vida. Era o Florentino debruçado sobre a história daquela instituição, rebuscando documentos... Era o blogue a pedir testemunhos escritos, para a história ficar com mais vida... Era depois a comparticipação de muitos colegas com a oferta de dinheiro para pagar a impressão do mesmo livro.
Foram meses a matraquear nestes temas, mas valeu a pena! Juntámos mais de 30 testemunhos escritos de colegas e mais de 80 voluntários contribuiram monetariamente para as despesas de impressão do livro. Discutiu-se se a impressão devia ser a preto e branco ou a cores, sendo esta quase o dobro da despesa da primeira. Primou a opinião de que seria melhor o livro apresentar-se com toda a dignidade, com boa apresentação gráfica e melhor atração visual, a começar pelo papel. Tudo se conseguiu a contento e os necessários 4.500 € também chegaram a tempo de cumprir obrigações assumidas.
Manifesto aqui a minha satisfação pelo trabalho e participação de tantos amigos. Veremos agora se o Seminário de Alcains nos pode receber no terceiro sábado de Maio. O P. Manuel Mendonça já nos alertou para a celebração do jubileu do Sr. D. Augusto César que o clero marcou para esse dia. E agora surge a notícia de que o Sr. Bispo tinha disponibilizado o mesmo Seminário para acolhimento dos ucranianos, que sofrem uma guerra a destroçar suas vidas, suas casas e seu futuro - um gesto humano significativo.
Estamos em suspenso. Eu próprio não tenho mais informações a dar neste momento. Quando souber o resultado dos contactos que se efetuam por estes dias, publicaremos as novidades.
António Henriques
Também em Abrantes se fala deste e outros assuntos atuais. Podem ver a amistosa conversa entre o António Colaço e o Mário Pissarra no link seguinte:
Mais uma vez o António Colaço e o Mário Pissarra estão na linha da frente na divulgação do nosso Encontro anual que, este ano, seria, em princípio, em Alcains, mas já podemos adiantar que tal não poderá ser possível uma vez que o Seminário vai acolher dezenas de famílias ucranianas o que impossibilitará a realização do nosso Encontro nesse local.
Assim, estamos a desenvolver todos os esforços no sentido de encontrar uma alternativa, tudo apontando para Castelo Branco como a solução mais apetecível.
Esperamos dar notícias mais concretas na próxima semana.
Vamos preparar bem essa noite em espírito de sinodalidade? Acha que é muito cedo? Nuns lugares talvez seja, noutros não será. Será cedo onde os pastores só têm uma paróquia para servir, coisa raríssima. O desafio que proponho é para os outros. E quem parte cedo pode pensar muito melhor o caminho a fazer, pode ir limpando o chão das possíveis resistências, minas e armadilhas, pode ir andando mais devagar e sentar-se um pouco aqui ou acolá a comer um gelado ou um kiwi, pode escutar bem o que vai ouvindo e apreciar a beleza do que vê, ouve e acontece para melhor discernir sem chegar sozinho, tarde e cansado, mas em pelotão e feliz. Vamos a isso!?
Como todos sabem, nenhuma ação da Igreja se pode igualar à liturgia. A liturgia é um tesouro evangelizador desde que preparada, centrada em si e não nos protagonistas. Se bem celebrada, escutada e vivida com serenidade e fé, por todos os presentes, é de valor incalculável. Fala por si, não precisa de grandes explicações nem de muita azáfama no espaço litúrgico que a possa descentralizar. Mas hoje refiro-me sobretudo à Vigília Pascal, a esta ação sagrada por excelência. Na liturgia celebramos o mistério Pascal pelo qual Cristo nos salvou. Celebramos o mistério da sua Paixão, Morte e Ressurreição “até que Ele venha”, até que “Deus seja tudo em todos”. Por ela, a Igreja realiza e prolonga a obra sacerdotal de Cristo para a santificação dos homens e a glorificação de Deus. A Constituição Dogmática sobre a Sagrada Liturgia ensina que “Na liturgia Deus fala ao seu povo. Cristo ainda anuncia o Evangelho. E o povo responde a Deus, ora com cânticos, ora com orações” (SC33). Inventar, substituir ou inovar em liturgia tem um de dois pressupostos: ou se sabe muito da matéria e se tem autoridade para o fazer, ou se é extremamente ignorante ao ponto de, em nome da inteligibilidade da mesma, dela fazer tábua rasa, manifestando falta de entendimento litúrgico e de comunhão eclesial. A ‘criatividade’ na liturgia está no ser capaz de a preparar bem, interior e exteriormente, fazendo saborear o verdadeiro louvor ao Senhor e tornar presente na vida de cada crente e da Igreja a salvação celebrada.
É verdade que a Vigília Pascal, ao longo dos tempos, foi sofrendo algumas modificações quanto à hora de ser celebrada. Nestes tempos que são os nossos, está ordenado que a Vigília só seja celebrada à noite, pelo menos depois que o sol se ponha e antes do amanhecer do domingo. É a noite das noites, a noite santa, a noite sacramental, a noite do memorial do Cristo Ressuscitado, fonte e centro da Eucaristia e de todas as Liturgias. É a Vigília das vigílias, dela parte toda a espiritualidade da Igreja e para ela tudo converge. E o Catecismo da Igreja Católica afirma que “a Páscoa não é simplesmente uma festa entre outras: é a «festa das festas», a «solenidade das solenidades», tal como a Eucaristia é o sacramento dos sacramentos, o grande sacramento. É «o grande domingo» da Semana Santa, da «semana maior». É o mistério da ressurreição, em que Cristo aniquilou a morte, penetra no nosso velho tempo com a sua poderosa energia, até que tudo Lhe seja submetido (cf. CIgC1169).
Desde há muito que tenho feito força e dado a entender que é preferível fazer uma celebração digna e serena numa das paróquias que estão confiadas a cada sacerdote do que andar a correr dum lado para o outro, stressados, sem qualquer espécie de proveito para quem quer que seja, e a banalizar o que é tão sério, importante e rico de sentido e conteúdo na vida da Igreja. Embora apele à compreensão dos párocos e diáconos, dos ministros extraordinários da Palavra e de todos os colaboradores e comunidades cristãs, sei que nada disto irá por decreto do Bispo ou por imposição seja de quem for, nem é isso que se pretende. Entendo, porém, que quem tem várias paróquias, devia eleger uma, em metodologia sinodal, para a celebração da Vigília, com os batizados que houvesse, sem obrigar. Este é um desafio que se deveria perseguir colegialmente, fazendo ressaltar nessa caminhada as verdadeiras razões que levam a isso, mudando para melhor. E até poderá acontecer que, de ano em ano, se venha a celebrar rotativamente, se as igrejas das outras paróquias tiverem condições para tal. Na Vigília Pascal lê-se longamente a Escritura, realça-se as prefigurações do batismo, descobre-se melhor o seu profundo significado teológico, sobressai essa vida nova de quem morre e ressuscita com Cristo pelo Batismo. Os cristãos somos filhos da Páscoa, nascemos na noite santa da vitória de Cristo sobre a morte. O tempo pascal, sobretudo ao Domingo, é o tempo mais favorável para a celebração do Batismo, mas a Vigília Pascal é o melhor e mais significativo momento.
Há muitas tradições populares que saíram da celebração festiva e evangelizadora do mistério Pascal. Hoje, porém, em alguns sítios, porque não se renovaram, estagnaram no tempo e tomaram a vez da celebração litúrgica da Vigília Pascal e da própria Páscoa. Muitas destas tradições estão mais ao serviço do turismo e do bairrismo local do que a fazer viver o que lhes deu origem, a sua fonte. As tradições e a piedade popular merecem-nos todo o respeito e atenção, têm alto valor e significado, não estamos contra elas. Sem lhes tirar o lugar e o sentido, porém, devem harmonizar-se com a celebração do que lhes deu vida e sentido mas passou para segundo lugar. Só isso as manterá verdadeiramente vivas e úteis a fazer valer a sua origem e a preocupação de evangelizar de quem as iniciou. Uma coisa não tira a outra, podem coexistir as duas, mas cada uma no seu lugar. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, embora se ajudem mutuamente na preparação e celebração do mistério pascal.
Nesta celebração que proponho, as pessoas que vêm de cada uma das outras paróquias, deveriam trazer o Círio Pascal paroquial para neles se acender o lume novo. É a luz de Cristo que, nesta ditosa noite, gloriosamente ressuscitado, dissipa as trevas do coração, do espírito e do mundo, faz ressoar no templo as aclamações do povo de Deus anunciando o triunfo de tão grande Rei que faz com que a Igreja exulte e cante de alegria porque o céu se une à terra e o homem se encontra com Deus. A Água nessa noite solenemente benzida, se for partilhada pelas outras paróquias para a celebração de próximos batismos, seja transportada com responsabilidade e em recipientes dignos.
Importa preparar bem os leitores para que a celebração não fique estragada por leituras inaudíveis, ininteligíveis, fracas ou feitas com ‘esporas na língua’, apressadas, bem como preparar os acólitos e todos os intervenientes na dinâmica celebrativa, sem esquecer os salmistas e cantores, pensando em todas as coisas e pormenores que sejam necessários. Nas paróquias onde, no Domingo de Páscoa, só haja possibilidade de haver celebração da Palavra, que esta também seja muito bem preparada e celebrada, envolvendo a comunidade. Poder-se-á também introduzir solenemente e explicar à comunidade o significado dos Santos Óleos. Vamos a isso?...
Hoje lembrei-me de olhar para trás e passar os olhos pelos textos saídos no ANIMUS SEMPER em Fevereiro e Março do ano passado. E que riqueza eu encontrei!
Em plena pandemia, a associação continuava a participar no grande projeto que foi a publicação de um livro sobre o Seminário de Alcains na comemoração dos seus 90 anos de vida. Era o Florentino debruçado sobre a história daquela instituição, rebuscando documentos... Era o blogue a pedir testemunhos escritos, para a história ficar com mais vida... Era depois a comparticipação de muitos colegas com a oferta de dinheiro para pagar a impressão do mesmo livro.
Foram meses a matraquear nestes temas, mas valeu a pena! Juntámos mais de 30 testemunhos escritos de colegas e mais de 80 voluntários contribuiram monetariamente para as despesas de impressão do livro. Discutiu-se se a impressão devia ser a preto e branco ou a cores, sendo esta quase o dobro da despesa da primeira. Primou a opinião de que seria melhor o livro apresentar-se com toda a dignidade, com boa apresentação gráfica e melhor atração visual, a começar pelo papel. Tudo se conseguiu a contento e os necessários 4.500 € também chegaram a tempo de cumprir obrigações assumidas.
Manifesto aqui a minha satisfação pelo trabalho e participação de tantos amigos. Veremos agora se o Seminário de Alcains nos pode receber no terceiro sábado de Maio. O P. Manuel Mendonça já nos alertou para a celebração do jubileu do Sr. D. Augusto César que o clero marcou para esse dia. E agora surge a notícia de que o Sr. Bispo tinha disponibilizado o mesmo Seminário para acolhimento dos ucranianos, que sofrem uma guerra a destroçar suas vidas, suas casas e seu futuro - um gesto humano significativo.
Estamos em suspenso. Eu próprio não tenho mais informações a dar neste momento. Quando souber o resultado dos contactos que se efetuam por estes dias, publicaremos as novidades.
António Henriques
Também em Abrantes se fala deste e outros assuntos atuais. Podem ver a amistosa conversa entre o António Colaço e o Mário Pissarra no link seguinte:
Mais uma vez o António Colaço e o Mário Pissarra estão na linha da frente na divulgação do nosso Encontro anual que, este ano, seria, em princípio, em Alcains, mas já podemos adiantar que tal não poderá ser possível uma vez que o Seminário vai acolher dezenas de famílias ucranianas o que impossibilitará a realização do nosso Encontro nesse local.
Assim, estamos a desenvolver todos os esforços no sentido de encontrar uma alternativa, tudo apontando para Castelo Branco como a solução mais apetecível.
Esperamos dar notícias mais concretas na próxima semana.
Ontem visitei a minha antiga escola primária, que já não existe. Fui lá com minha mãe para fazer
análises, que é uma das poucas funções que o local agora desempenha. Já lá não ia há uns anos e senti uma certa nostalgia. Não é aquela saudade de um sítio onde fomos muito felizes, mas apenas o reavivar de um tempo que nos marca até ao fim.
Transportamos a nossa escola primária para sempre no nosso coração.
Da antiga escola resta o espaço e a escadaria de granito por onde subiram pela primeira vez as batas brancas novinhas que vestiam de medo e descoberta o desabrochar de tantas vidas que ali ficaram gravadas. Lembro-me, como se fosse hoje, de tudo o que lá existia na altura e que foi destruído. Ou melhor, substituído, o que para o efeito, é a mesma coisa. Agora já só existe nas nossas memórias.
Já não existe aquele chão de sobrado, a secretária de madeira do professor, as carteiras com um tinteiro branco de porcelana, o alçapão, o vestíbulo, o alpendre circundado por muros de granito e coberto de um mini telhado que protegia a entrada. Já lá não está aquela baracinha pendurada no teto da sala, com um objeto na ponta, que eu nunca cheguei a saber o que era. A gaiatada, na altura, dizia que era a orelha de um aluno que o professor lhe tinha arrancado. Ora vejam bem! Que susto. Que medo. Claro que não podia ser, digo eu agora, passados tantos anos...mas sei lá...
Do local desfruta-se de uma paisagem fantástica, com vista para o Moradal, a Gardunha e a Estrela. Só por isso, os alunos deviam sentir-se uns privilegiados, mas na verdade, ninguém queria saber de mais encantos que não fossem as brincadeiras dos intervalos e sem saberem que estavam a escrever páginas da história de cada um, para hoje recordar.
Do bom e do mau, que de tudo isso se fazem as memórias.
Ficaram esta tarde fechadas as principais coordenadas que nos levarão até ao Pavillon Josephine (mandado construir pela Imperatriz Josephine, esposa de Napoleão), em Estrasbourg, de 4 a 5 de Junho, com uma versão reduzida da Exposição CINQUENTA ANOS A FAZER P.ARTE, que encerra aqui a itinerância iniciada em Lisboa, em Abril de 2019.
Adiada há dois anos, devido à pandemia que a todos tolheu os passos, tal iniciativa deve-se à persistência do meu querido amigo Zeca, José De Jesus André, da Associação Cultural Portuguesa de Estrasburgo. O Zeca, aliás, seria das primeiras vítimas do Covid. Pregou-nos um susto. Salvou-se.
Quase não acredito ainda que, desta vez, o tirano Putin não nos saia ao caminho em modo de tresloucado botão vermelho (credo!)...
Retomando a notícia, à falta de tempo para pintar um Peugeot, como aquele que os primeiros emigrantes portugueses adquiriam com as suas primeiras economias por terras de França, decidimos, hoje, por divina inspiração do Zequinha, eleger a MALA DE CARTÃO como objecto icónico desses tempos em que os portugueses partiam "para a França" à procura de melhores dias.
Aqui fica uma primeira encenação do Catálogo /Cartaz com a imagem da Catedral de Estrasburgo por pano de fundo.
Voltarei para mais notícias. Seguem imagens dos primeiros contactos em Mação, por ocasião da visita do Zeca.