A Conferência Episcopal Portuguesa decidiu, em finais de 2021, encomendar um Estudo sobre Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa. Coordenada pelo Dr. Pedro Strecht, foi criada em janeiro de 2022 uma Comissão Independente para a sua realização, sob o lema “Dar Voz ao Silêncio” (www.darvozaosilencio.org) .
Uma das principais vertentes do Estudo tem como objetivo recolher testemunhos de vítimas desses abusos, praticados por membros da Igreja ou por leigos que trabalham em organizações sob a sua tutela (colégios, associações, movimentos, atividades paroquiais, etc).
As instituições de formação e educação de crianças e jovens constituem um local privilegiado de atenção e observação.
Estando certos de que partilha connosco (e com a Igreja Católica Portuguesa) a perceção da natureza histórica e relevante deste Estudo, o qual contribuirá para a adoção de mecanismos de proteção e deteção precoce destas situações, vimos solicitar-lhe que divulgue nas associações de estudantes, antigos alunos ou mesmo associações de pais ligadas à sua Escola/Seminário, este apelo ao testemunho – totalmente anónimo – que é sintetizado no cartaz digital que segue em Anexo.
Ficamos à sua disposição para qualquer outro esclarecimento adicional e enviamos-lhe os cumprimentos mais cordiais.
A Comissão Independente – Pedro Strecht (coord.), Álvaro Laborinho Lúcio, Ana Nunes de Almeida, Catarina Vasconcelos, Filipa Tavares e Daniel Sampaio.
Hoje faz 66 anos o P. Carlos Manuel Farinha Gabriel, que a imprensa revela como um grande lutador. Por exemplo, no CM, entre outras informações, vi estas:
« Carlos Manuel Farinha Gabriel nasceu há 50 anos em Vilar do Ruivo, Fundada, no concelho de Vila de Rei. Tem uma irmã. O pai era pedreiro e a mãe doméstica. Inspirado por um sacerdote missionário que vivia na aldeia, entrou para o seminário de Tomar aos dez anos. Foi ordenado padre em 1981 e faz parte dos Missionários da Boa Nova. Trabalhou na Zâmbia 12 anos e está desde 1996 na África do Sul, onde lidera o Fórum Português Contra o Crime. É capelão da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Benoni, Joanesburgo.» O Anuário Católico dá-o presentemente como «Capelão de Emigrantes, em Londres», embora incluído no clero da diocese de Portalegre e Castelo Branco.
A este missionário damos os PARABÉNS, desejando-lhe saúde e energia ao serviço do reino de Deus.
ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DOS SEMINÁRIOS DA DIOCESE DE
PORTALEGRE - CASTELO BRANCO
2.º COMUNICADO ENCONTRO DE CASTELO BRANCO EM 28MAIO2022 (SÁBADO) Caros amigos, Hoje, divulgamos a Ementa do nosso almoço de 28MAIO22, no Hotel Meliá – Colina do Castelo, em sala privada, climatizada e com luz natural, em formato set menu (menu fixo) servido à mesa, com a seguinte composição: - Couvert Regional (salgadinhos, presunto e queijo regional) - Sopa de Peixe à Pescador - Medalhões de Novilho perfumados com vinho do porto (acompanhados de batatinhas e legumes diversos) - Mesa de frutas e doces variados - Bebidas: água mineral, refrigerantes, vinho branco e tinto da região e café Oportunamente, será divulgada uma Circular com o Programa integral P’A Comissão Joaquim Mendeiros
Hoje temos o Paulo Alves! Nasceu em 30-03-1973 e hoje vive no Carregado. Casado e com dois rebentos muito felizes.
Assim, aqui deixo ao Paulo os PARABÉNS deste grupo com raízes nos seminários de Portalegre e Castelo Branco, desejando-lhe as maiores felicidades por uma longa vida. E não esqueças, Paulo, que melhor que as relações virtuais são os encontros reais com os outros que viveram as mesmas experiências. Estarás em Castelo Branco a 28/05?
É bom fazeres parte deste grupo, daqueles para quem o Gavião foi marcante nas nossas vidas, como também tu reconheces na tua página do Facebook!
Reformado de motorista nos "Horários do Funchal", o Cipriano Pires vive agora em Castelo Branco. Da idade não falo, pois não sei quantos anos tem, mas pela foto está bem conservado.
Meu amigo, PARABÉNS por mais uma primavera, com votos de longa vida cheia de felicidade. Vê lá se também te juntas ao número daqueles que vão estar na tua terra em 28 de Maio...
- Primeiro, é o José Duque, que celebra a festa com a sua família. Vindo das calendas de 1948, aqui está ele cheio de força e capaz de viver mais uns bons aninhos. O que são 74? Eu passei por lá e tudo correu bem!
Parabéns, amigo! Sê muito feliz e cheio de saúde por muitos anos, com esposa e restante família. E não esqueças: gostamos mesmo de te ver na Parreirinha ou em Alcains, o que há muito não acontece. A culpa não é tua, é do tal Covid... Mas agora começamos a olhar para Castelo Branco em 28 de Maio.
- Depois vem o EUGÉNIO BRANCO!
Nascido em 28-03-49, sabemos que o Eugénio vive em Castelo Branco e dele não temos mais informações. Pode ser que com o tempo saibamos mais. Mas parece que a música é o seu primeiro entretenimento...
Amigo, queremos dar-te os PARABÉNS por mais uma primavera, a dos 73... E que tenhas saúde e felicidade por muitos anos. É em Castelo Branco que nos juntaremos em 28/05. Contamos contigo?
ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DOS SEMINÁRIOS DA DIOCESE DE
PORTALEGRE - CASTELO BRANCO
COMUNICADO
CASTELO BRANCO 28MAIO 2022
CAROS AMIGOS,
PODEMOS, FINALMENTE, ANUNCIAR QUE O NOSSO GRANDE ENCONTRO ANUAL JÁ ESTÁ MARCADO PARA 28 DE MAIO, NA CIDADE DE CASTELO BRANCO.
EM CASTELO BRANCO
, PORQUE O SEMINÁRIO DE ALCAINS AGUARDA O ACOLHIMENTO DE REFUGIADOS DA UCRÂNIA, SE NECESSÁRIO.
NO DIA 28 DE MAIO
, PORQUE NO DIA 21 VAI SER HOMENAGEADO, EM CASTELO BRANCO, D. AUGUSTO CÉSAR, POR OCASIÃO DO SEU NONAGÉSIMO ANIVERSÁRIO, COM A PRESENÇA DE D. ANTONINO DIAS E DO CLERO DA DIOCESE, ESTANDO INDISPONÍVEL, NESSE DIA, A IGREJA ONDE TEREMOS A NOSSA CONCENTRAÇÃO E MISSA - A IGREJA DO VALONGO, NA RUA CÓNEGO ANACLETO PIRES DA SILVA MARTINS (ENTRADA SUL DA CIDADE).
VAMOS APRESENTAR NA SESSÃO DA TARDE, O LIVRO “SEMINÁRIO DE ALCAINS – HISTÓRIA E MEMÓRIAS”, NO HOTEL MELIÁ - COLINA DOS CASTELO -, NA RUA DA PISCINA, ONDE TEREMOS O ALMOÇO.
CONTAMOS COM A PRESENÇA DE D. ANTONINO DIAS, JÁ CONFIRMADA, E COM UM GRANDE NÚMERO DE ANTIGOS ALUNOS PARA ABRILHANTAR A FESTA, DEPOIS DE UM JEJUM DE DOIS ANOS, DEVIDO À COVID-19 (TE INVITATUM VOLO – FICAS CONVIDADO).
OPORTUNAMENTE, DAREMOS MAIS PORMENORES SOBRE O ENCONTRO E O PROGRAMA.
SAUDAÇÕES ASSOCIATIVAS,
PEL’A COMISSÃO
JOAQUIM MENDEIROS
NOTA:
UMA CORREÇÃO:
A celebração do dia 21 de Maio é porque D. AUGUSTO CÉSAR FAZ NESSE DIA 50 ANOS DE BISPO.
Hoje, está de parabéns o Felismino Prata dos Santos, de Cafede, que terá entrado no Seminário do Gavião em 1954. Trabalhou na Direcção Geral das Alfândegas e agora vive em Castelo Branco.
PARABÉNS, Felismino Prata. Que tenhas muitos e bons anos, com saúde...
Há muito que não nos encontramos. Que vida esta!!! Mas acredito que nos vamos abraçar em Alcains ou Castelo Branco em Maio e teremos a alegria de olhar para as nossas mãos com o livro sobre a história e memórias do Seminário que nos acolheu durante alguns anos.
Numa Carta dirigida aos Bispos de todo o mundo, com data de 21 de março, o Papa Francisco afirma que “Nesta hora escura, a Igreja é fortemente chamada a interceder junto do Príncipe da Paz e a fazer-se próxima a quantos pagam na própria pele as consequências do conflito. Nesta linha, sinto-me agradecido a todas as pessoas que estão a responder, com grande generosidade, aos meus apelos à oração, ao jejum e à caridade. Agora, acolhendo também numerosos pedidos do Povo de Deus, desejo confiar de modo especial a Nossa Senhora as nações em conflito (...) Quer ser um gesto da Igreja universal, que neste momento dramático leva a Deus, através da Mãe d’Ele e nossa, o grito de dor de quantos sofrem e imploram o fim da violência e confia o futuro da humanidade à Rainha da Paz. Por isso, convido-o, querido Irmão, a unir-se ao referido Ato, convocando os sacerdotes, os religiosos e os outros fiéis para a oração comunitária nos lugares sagrados, no dia de sexta-feira 25 de março, de modo que o santo Povo de Deus faça, de modo unânime e veemente, subir a súplica à sua Mãe. A propósito, transmito-lhe o texto da própria oração de consagração para poderem recitá-la, ao longo desse dia, em união fraterna (...) Que Jesus vos proteja e a Virgem Santa vos guarde. Rezai por mim”.
TEXTO DO ATO DE CONSAGRAÇÃO
AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
“Ó Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, recorremos a Vós nesta hora de tribulação. Vós sois Mãe, amais-nos e conheceis-nos: de quanto temos no coração, nada Vos é oculto. Mãe de misericórdia, muitas vezes experimentamos a vossa ternura providente, a vossa presença que faz voltar a paz, porque sempre nos guiais para Jesus, Príncipe da paz.
Mas perdemos o caminho da paz. Esquecemos a lição das tragédias do século passado, o sacrifício de milhões de mortos nas guerras mundiais. Descuidamos os compromissos assumidos como Comunidade das Nações e estamos a atraiçoar os sonhos de paz dos povos e as esperanças dos jovens. Adoecemos de ganância, fechamo-nos em interesses nacionalistas, deixamo-nos ressequir pela indiferença e paralisar pelo egoísmo. Preferimos ignorar Deus, conviver com as nossas falsidades, alimentar a agressividade, suprimir vidas e acumular armas, esquecendo-nos que somos guardiões do nosso próximo e da própria casa comum. Dilaceramos com a guerra o jardim da Terra, ferimos com o pecado o coração do nosso Pai, que nos quer irmãos e irmãs. Tornamo-nos indiferentes a todos e a tudo, exceto a nós mesmos. E, com vergonha, dizemos: perdoai-nos, Senhor!
Na miséria do pecado, das nossas fadigas e fragilidades, no mistério de iniquidade do mal e da guerra, Vós, Mãe Santa, lembrai-nos que Deus não nos abandona, mas continua a olhar-nos com amor, desejoso de nos perdoar e levantar novamente. Foi Ele que Vos deu a nós e colocou no vosso Imaculado Coração um refúgio para a Igreja e para a humanidade. Por bondade divina, estais connosco e conduzis-nos com ternura mesmo nos transes mais apertados da história.
Por isso recorremos a Vós, batemos à porta do vosso Coração, nós os vossos queridos filhos que não Vos cansais de visitar em todo o tempo e convidar à conversão. Nesta hora escura, vinde socorrer-nos e consolar-nos. Repeti a cada um de nós: «Não estou porventura aqui Eu, que sou tua mãe?» Vós sabeis como desfazer os emaranhados do nosso coração e desatar os nós do nosso tempo. Repomos a nossa confiança em Vós. Temos a certeza de que Vós, especialmente no momento da prova, não desprezais as nossas súplicas e vindes em nosso auxílio.
Assim fizestes em Caná da Galileia, quando apressastes a hora da intervenção de Jesus e introduzistes no mundo o seu primeiro sinal. Quando a festa se mudara em tristeza, dissestes-Lhe: «Não têm vinho!» (Jo 2, 3). Ó Mãe, repeti-o mais uma vez a Deus, porque hoje esgotamos o vinho da esperança, desvaneceu-se a alegria, diluiu-se a fraternidade. Perdemos a humanidade, malbaratamos a paz. Tornamo-nos capazes de toda a violência e destruição. Temos necessidade urgente da vossa intervenção materna.
Por isso acolhei, ó Mãe, esta nossa súplica:
Vós, estrela-do-mar, não nos deixeis naufragar na tempestade da guerra;
Vós, arca da nova aliança, inspirai projetos e caminhos de reconciliação;
Vós, «terra do Céu», trazei de volta ao mundo a concórdia de Deus;
Apagai o ódio, acalmai a vingança, ensinai-nos o perdão;
Libertai-nos da guerra, preservai o mundo da ameaça nuclear;
Rainha do Rosário, despertai em nós a necessidade de rezar e amar;
Rainha da família humana, mostrai aos povos o caminho da fraternidade;
Rainha da paz, alcançai a paz para o mundo.
O vosso pranto, ó Mãe, comova os nossos corações endurecidos. As lágrimas, que por nós derramastes, façam reflorescer este vale que o nosso ódio secou. E, enquanto o rumor das armas não se cala, que a vossa oração nos predisponha para a paz. As vossas mãos maternas acariciem quantos sofrem e fogem sob o peso das bombas. O vosso abraço materno console quantos são obrigados a deixar as suas casas e o seu país. Que o vosso doloroso Coração nos mova à compaixão e estimule a abrir as portas e cuidar da humanidade ferida e descartada.
Santa Mãe de Deus, enquanto estáveis ao pé da cruz, Jesus, ao ver o discípulo junto de Vós, disse-Vos: «Eis o teu filho!» (Jo 19, 26). Assim Vos confiou cada um de nós. Depois disse ao discípulo, a cada um de nós: «Eis a tua mãe!» (19, 27). Mãe, agora queremos acolher-Vos na nossa vida e na nossa história. Nesta hora, a humanidade, exausta e transtornada, está ao pé da cruz convosco. E tem necessidade de se confiar a Vós, de se consagrar a Cristo por vosso intermédio. O povo ucraniano e o povo russo, que Vos veneram com amor, recorrem a Vós, enquanto o vosso Coração palpita por eles e por todos os povos ceifados pela guerra, a fome, a injustiça e a miséria.
Por isso nós, ó Mãe de Deus e nossa, solenemente confiamos e consagramos ao vosso Imaculado Coração nós mesmos, a Igreja e a humanidade inteira, de modo especial a Rússia e a Ucrânia. Acolhei este nosso ato que realizamos com confiança e amor, fazei que cesse a guerra, providenciai ao mundo a paz. O sim que brotou do vosso Coração abriu as portas da história ao Príncipe da Paz; confiamos que mais uma vez, por meio do vosso Coração, virá a paz. Assim a Vós consagramos o futuro da família humana inteira, as necessidades e os anseios dos povos, as angústias e as esperanças do mundo.
Por vosso intermédio, derrame-se sobre a Terra a Misericórdia divina e o doce palpitar da paz volte a marcar as nossas jornadas. Mulher do sim, sobre Quem desceu o Espírito Santo, trazei de volta ao nosso meio a harmonia de Deus. Dessedentai a aridez do nosso coração, Vós que «sois fonte viva de esperança». Tecestes a humanidade para Jesus, fazei de nós artesãos de comunhão. Caminhastes pelas nossas estradas, guiai-nos pelas sendas da paz. Ámen.”
Nasceu no concelho da Sertã em 1937, cresceu, estudou, formou-se e serviu a Igreja nos mais variados propósitos e há poucos anos voltou ao mesmo concelho. Na sua provecta idade, continua ativo como Pároco de Ermida, Figueiredo e Várzea dos Cavaleiros; é ainda Vigário Paroquial das Paróquias de Cabeçudo, Cumeada, Marmeleiro, Mosteiro, Sertã e Troviscal. E é um fiel companheiro dos nossos encontros, o que muito agradecemos.
Grande amigo, os nossos PARABÉNS e votos de muita saúde para continuar a servir e a viver em alegria o seu múnus apostólico.
- Temos agora o José Rodrigues Lourenço, que vem de 1949. O José Lourenço, a viver em Lisboa e a exercer a profissão de médico, celebra mais uma primavera cheio de vida. É um moço que gosta de estar nos nossos encontros com a esposa e nós gostamos de os ver e estar com eles...
Hoje, lembramo-nos de ti, amigo, e damos-te os PARABÉNS, com votos de muita saúde e felicidade "ad multos annos".
Andamos atormentados pela crueza e insensatez da guerra, que não nos dá alento para sair da moleza dos dias. Mas a vida continua e há que fazer por ela... De contrário, lá se vai a gozação dos dias, a sensação viral de estarmos vivos, com saúde e prestáveis para algo.
Assim, apetece-me hoje escrever sem rumo, levado pelo pensamento que voa de um lado para outro, como fazem alguns escritores que nos deixam às vezes perdidos no meio das páginas. E começo:
Nos últimos dias, a coluna negra do nosso ANIMUS SEMPER, à esquerda, chama a atenção para os comentários que me vêm chegando, alguns tão ricos que me apetecia pegar neles e criar novas mensagens para os leitores descuidados.
Um deles é da Luísa Nogueira, irmã do grande companheiro destes últimos anos, o Joaquim Nogueira, a quem me ligam momentos especiais que já não voltam. A Luísa foi colega do João Lopes na faculdade (como o mundo é pequeno!) e as primeiras vezes que a vi foi na apresentação dos dois livros do Joaquim, envolvida também na apresentação dos mesmos. Fico a saber que ela é uma das visitas frequentes do nosso blogue (ontem foram 96 Visitas e 277 Visualizações), o que me dá ânimo para investir o meu esforço nesta pequena praça de convívio entre colegas dos mesmos seminários.
Mas os meus pensamentos giram logo para outras paragens, num dia em que o Abílio Martins me envia um email com uma canção africana, que por acaso abro e aprecio do princípio ao fim. Até a trouxe para aqui, pode ser que mais alguém se deleite com estas surpresas africanas, um continente que ainda espera a sua vez para entrar na cena mundial. Eu da África tenho 47 dias, uma férias inesquecíveis, correndo quase todos os cantos, embora me tivesse demorado em Sá da Bandeira, a atual Lubango, onde o meu irmão trabalhava na Acajobel. Porque falas nisto? É que a Acajobel tinha nos sócios dirigentes um Dr. Nogueira, também da família dos Nogueiras da Várzea dos Cavaleiros e de quem estamos a falar aqui. E foi ele que sorrateiramente, escapando às tropas da UNITA, foi ao aeroporto levar umas latas de leite em pó que alimentaram a bebé do meu irmão durante as semanas em que os portugueses fugiram com as tropas sulafricanas para a Namíbia. Acho que o Joaquim Nogueira, quando saíu com a esposa do Congo Belga, também passou por Sá da Bandeira no regresso à metrópole. E lá fez tão boa obra que houve gente desse tempo que me pediu o telefone da irmã para lhe apresentar palavras de pêsames e conforto.
Olho para África e sofro com as fragilidades e sofrimento dos africanos, mas tenho de confessar que é também com a África que se faz a minha história, não só porque foi de lá que o meu irmão trouxe a rica mulher que muito bem cuida dele, como também foi de África que trouxe a imagem de Nossa Senhora, isto em 1970, que ainda hoje me protege e à minha família, acompanhando-nos no lugar mais íntimo da casa. Aqui ao lado está a Virgem. E como veio parar às minhas mãos? Em Luanda, fui recebido pelo conterrâneo, o Abílio Martins, com quem estive dois ou três dias. Não foi só o P. Horácio a receber a generosidade deste Antigo Aluno. Também a mim chegou a sua presença benfazeja e a oferta desta bela imagem em madeira... E já lá vão 52 anos...
De Luanda, onde também estive com o P. Eusébio, ainda fui de comboio a Vila Salazar estar com o meu colega de curso António Lucas Rodrigues, que faleceu poucos meses depois num brutal acidente de viação, ele que me levou a Malanje, onde pude conviver com outro colega, o P. José Mendes F. Antão. Paz às suas almas!
Para não me alongar, volto ao email do Abílio que me trouxe este vídeo em baixo. Nos últimos tempos, quando o Joaquim Nogueira se sentia debilitado, era a enviar emails que ele comunicava connosco, imagens belas deste mundo lindo. Não sou o único a falar deste seu gesto, embora alguns emails tivessem ficado por abrir por falta de tempo, eu que estava voltado para outros compromissos. Como posso dizer mal das redes sociais se são elas que me ligam ao mundo? Ainda por cima com a prisão covidiana?!
Vá, oiçam esta Avé Maria pelas crianças africanas:
Suponho que todos os nossos leitores conheceram o nosso querido Amigo, Colega, Condiscípulo, Joaquim Nogueira.
Cada um de nós recorda-o, com certeza, de maneira diferente, de acordo com o tempo ou data que o teve por perto.
Desde o meu segundo ano do Seminário, no Gavião, até à minha saída de Alcains, no ano lectivo 1947/48, tivemos um são convívio de amizade e camaradagem.
Como muitos sabem, eu fui funcionário do "Diário de Notícias" e de entre algumas centenas de colegas conheci vários e grandes jornalistas, incluindo um, Viale Moutinho, que trabalhava na redacção do Porto.
De alguns livros que este jornalista publicou, um deles teve por título " Lendas de Portugal".
Ainda no prelo, li algumas lendas já reunidas e chamou-me a atenção uma respeitante à "aldeia" da Sertã. Digo aldeia, porque essa lenda acontece quando a Sertã ainda era aldeia e quase reduzida a um castelo.
Num dos muitos momentos que passei com o Joaquim Nogueira, as conversas são como as cerejas e falámos, por acaso, de histórias e lendas. Foi aí que eu lhe disse saber duma lenda da Sertã, prometendo-me trazer-lha escrita numa próxima oportunidade.
Quando do lançamento do segundo livro da autoria do Joaquim Nogueira, ele lembrou-se da tal lenda que eu lhe havia prometido, mas quis o destino que nunca arranjei oportunidade de lha trazer escrita, embora lha tivesse contado, resumidamente.
Agora que tivemos a infelicidade de o perder para sempre, lembrei-me do assunto e fiquei com a mágua duma promessa não cumprida, daí que peço ao nosso querido Amigo, António Henriques, a publicação, se entender, desta lenda, sendo como que uma homenagem que presto àquele nosso saudoso Amigo.
Pode ser que o seu espírito ande por perto e esteja atento ao nosso blogue. Ficava, assim, saldada a minha dívida.
LENDA DA SERTÃ - A ARMA DA CELINDA
Viriato, assassinado pelo longo e traiçoeiro braço de Roma, foi substituído na defesa da Lusitânia por um homem chamado Sertório, romano exilado. Sila odiava-o desde os tempos em que Sertório apoiara a causa de Mário, e perseguia-o a ele e aos seus amigos lusitanos. Mas das três ou quatro vezes que lhe mandaram legiões para o eliminarem, sempre a estratégia do romano, que sabia como os outros romanos pensavam, os esmagava com a maneira guerrilheira que os lusitanos tinham de lutar. E os Montes Hermínios eram território em que se moviam bem os valentes lusitanos.
Pois as tropas lusitanas atravessavam uma aldeia. Vinham vitoriosas, comandadas por Hirtoleio, questor de Sertório. Esperava-as um período de repouso para retemperar as forças e de novo cairiam com gosto sobre os romanos, que não lhes largavam os calcanhares. E dentre os lusitanos que ali iam, o mais alto deles, um jovem de ombros largos, olhava para as casas com particular atenção. De repente, abriu-se uma porta e uma rapariga correu para ele gritando-lhe o nome:
- Marcelo!
Abraçaram-se. Era Celinda, a namorada do militar. Ela queria que ele ficasse já na aldeia, que era a deles, mas o rapaz tinha ordem de se apresentar pessoalmente a Sertório. Hirtuleio apreciara-o em combate e enviara uma mensagem ao chefe, recomendando que lhe fosse dado um lugar de responsabilidade.
- Só aparecem coisas destas para nos afastar um do outro - queixou-se a rapariga - Quando acabarão estas lutas?
- Quando corrermos com os romanos desta terra.
Nisso Celinda estava de acordo e o pé atrás que tinha contra Sertório não era só porque ele lhe afastava o namorado de casa, mas também porque se tratava de um romano. Amigo dos lusitanos, mas romano.
Daí a alguns dias, quando regressava à sua aldeia, Marcelo trazia a boa nova de ter sido nomeado governador do castelo de lá. Casar-se-ia com Celinda e ali ficariam como sentinelas da Lusitânia, com oficiais e soldados às suas ordens. E os meses seguintes foram calmos e felizes para os recém-casados.
Mas um dia, os romanos aproximaram-se demasiadamente do castelo daquela aldeia e Marcelo saiu a combatê-los. Houve recontros sangrentos e Marcelo foi gravemente ferido. Celinda estava a cozinhar quando os romanos conseguiram entrar no castelo havia já lusitanos descoroçoados. Mas ela, munida de uma sertã com azeite a ferver, deu-lhes combate directo, o que galvanizou de novo as forças defensoras do castelo, que conseguiram expulsar dali os romanos.
Enquanto combatiam, Marcelo, muito ferido, foi introduzido na fortaleza por uma porta falsa e imediatamente tratado. Celinda estava na primeira linha de combate, espantando os romanos por verem uma mulher assim enfurecida contra eles.
A arma da castelã acabaria por dar o nome à então pequena aldeia, hoje uma bela terra - SERTÃ.
A UASP está a organizar, para o próximo mês de julho, uma peregrinação à Terra Santa e ao Monte Sinai.
É um desejo antigo queesperamos concretizar este ano. Aqui se dá a conhecer o programa, condições e preços da peregrinação. As inscrições terminam a meados do mês de Abril.
São dois os aniversariantes de hoje, os dois em serviço ativo à Santa Madre Igreja, um na zona de Castelo Branco e outro na zona de Abrantes.
- O P. Agostinho Gonçalves Dias é Diretor do jornal "Reconquista" e pároco de Freixial do Campo, Juncal do Campo e Salgueiro do Campo. Celebra hoje o seu 78.º aniversário em plena pujança de vida.
Pois, meu caro amigo, conheço a tua coragem em assumir a vida com ambas as mãos, a dizer o que pensas com toda a simplicidade e assombro. Por isso, muitos te admiram! A foto não é muito actual, mas tu és avesso a esta moda!
Neste dia, aqui ficam os PARABÉNS deste grupo de amigos e colegas, com votos de muita saúde e alegria pessoal na realização da tua missão e dos teus sonhos. Ad multos annos!
- Também hoje faz anos o P. Francisco José Esteves Valente, nascido em 1961, que presentemente desempenha as funções de Pároco de Alcaravela, Mouriscas e Santiago de Montalegre; é também Presidente da Comissão Diocesana para os Bens Culturais da Igreja e representante da Diocese no Conselho Consultivo da Casa Museu Padre Belo.
Ao P. Francisco Valente damos os PARABÉNS por mais uma primavera, desejando-lhe saúde e energia bastantes para realizar a sua missão com agrado pessoal e satisfação da comunidade.