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Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

Perguntas

31.01.22 | asal

Meu Caro António

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Julgava eu poder estimular uma graciosa discussão  em torno do "borrego" cego-nato, mas os nossos convivas não ligaram peva, assoberbados que andam por assuntos mais elevados.
Juro que não me motivaram razões partidárias. Gosto  de touradas e só tenho pena de não ter sido um caçador como o meu avô materno, conhecido em Alcains pelo "tio Nicolau", o dono de um forno comunitário.
 Mudemos um pouco de agulha.   
Como se diz em bom Português: "o deputado falou mal e porcamente" ou "o deputado falou mal e parcamente?" E haverá erro na  frase: "nas ruas devem haver raparigas vistosas" ou "nas ruas deve haver raparigas vistosas?"  Ou ainda "os candidatos devem ter ganhado muito com as campanhas" ou "devem ter ganho muito com as campanhas?" 
 Incomoda-me ver o nosso Ânimus vazio que nem um deserto.  Eu percebo que as redes sociais sejam mais coloridas e atrativas pelo exibicionismo  mundano que proporcionam. Não quero, porém, alinhar nessa vaga  de impressões que nos atiram para o caos do saber e das emoções.  UM grande abraço do
João Lopes
 
NOTAS 
1 - Ó João, só tu consegues deitar água fresca nas areias deste deserto que é o ANIMUS SEMPER. É verdade que estes últimos 15 dias foram intensos no chamamento que nos fizeram aos debates das legislativas. Por mim falo, eu que  gostava de me sentir mais informado, sobretudo para descobrir razões por que isto em Portugal não anda para a frente... E a verdade é que os esclarecimentos foram poucos... Resta-me a consolação de agora ter um partido responsável pelo bem e pelo mal que acontecer, com esta absoluta maioria...
2 - Mas este deserto faz-me mossa e não é a primeira vez que eu penso em desistir. Nunca fui homem a levar a carga sozinho. Sempre trabalhei em equipa e, se ela falta, também eu vou faltar.
3 - Quanto às questões do "português", tenho falado e escrito muito sobre isso. Até já disse que, como a língua é feita pelas pessoas, as próprias regras vão sendo alteradas pela oralidade, a ponto de já ninguém achar erro em certas práticas. Incomoda-me ouvir continuamente "ter ganho", "ter gasto", "ter limpo", como me ferem o ouvido palavras com acento tónico na quarta (?!) sílaba a contar do fim (para todos entenderem bem!) como sÉniores, jÚniores, que eu oiço em pessoas que são distintas personalidades - reitores, ex-ministras, etc... No singular, estas palavras já são esdrúxulas...
Se tiverem vontade ou gosto de ler mais sobre este assunto, abram o link abaixo, com o texto escrito há meses.
 
http://oficinaportugues.unisseixal.org/2021/05/03/erros-ou-regra-geral/ 

Aniversário

31.01.22 | asal

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Aqui estamos a saudar os 40 anos do nosso amigo Tiago Pio.Um jovem, muito jovem, com espírito lutador... Pelo Facebook, sabemos que é bombeiro de profissão no agrupamento de Castelo Branco. E estuda...

PARABÉNS, TIAGO! Muita saúde, que é uma preocupação tua! Muitas felicidades, muitos amigos... E que consigas escalar todos os teus objetivos. Abraço deste grupo.

Aniversário

29.01.22 | asal

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Faz hoje anos o Abílio  Delgado, do Vergão Fundeiro, um bancário na reforma e a viver com todo o gosto e muita alegria ali ao lado, na turística Ericeira, onde ainda oferece os seus préstimos à solidariedade social na Ericeira Domus.

Hoje estamos contigo, Abílio, nos teus 73, com os nosso PARABÉNS e votos de muita alegria e saúde por muitos anos. Na foto, com a esposa no magusto do Restelo em 2019.

 

Palavra do Sr. Bispo

28.01.22 | asal
JÁ SABE A MÚSICA?... NÃO?!... OH!...

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Vamos a isso! Sente-se lá ao piano ou puxe pela guitarra, pelo adufe, pelo pífaro, pelo instrumento que tiver mais à mão. Perfile-se, respire fundo. O maestro já está com a batuta na mão. Está junto ao metrónomo e a saltar de bolso em bolso à procura do lamiré ou diapasão. Se o leitor não tem qualquer instrumento nem unhas para tocar viola, mesmo assim, salte do sofá e aceite o convite para o ensaio. Aprender o Hino da Jornada Mundial em Lisboa é uma necessidade urgente.
Não há ensaio?!... Quem é que disse?... Mas como pode não haver ensaio?!... Se, na sua terra, as pessoas, embora muito respeitáveis e sabidas, vivem assim tão distraídas; se vivem debruçadas à janela a ver passar os zabumbas, a banda e a procissão; se apenas olham para dentro e vivem de costas voltadas para o mundo e sobretudo para o mundo juvenil; se não entendem estas dinâmicas para ajudar a viver e a cimentar a vida em valores estruturantes; se são incapazes de sonhar e de fazerem sonhar, ligue-se à net, amigo leitor, investigue, procure. O “Há Pressa no Ar” está lá. Ouça uma vez, duas, três, as vezes que for preciso. Por fim, ao ouvirem-no cantar muito melhor que um rouxinol, até os seus vizinhos lhe vão pedir que os ensine a cantar tão bela e sonora melodia. Como sabe, os símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude estão aí, à porta, e todos precisamos de si e dos outros, para ajudar, animar, estimular, cantar e rezar com os jovens e pelos jovens. Será que pensa que não há pressa no ar? Pois há mesmo. “Há pressa no ar, há pressa de viver bem, há pressa de viver, há pressa de viver este amor de Deus, há pressa de continuar a caminhar”. Não para fazer tudo de uma vez, angustiadamente. Mas para crescer com alegria, animar, estimular e não passar pela triste figura de ser apanhado pelo carro vassoura. Sacuda-se, venha daí, a juventude jovem e idosa agradece.
Já falei do Tema da Jornada, da Cruz dos Jovens e do ícone Salus Populi Romani que acompanha a Cruz. Hoje vou tornar presente outros dois elementos de cada Jornada Mundial. Trata-se do Hino e do logótipo ou logotipo, conforme queiram acentuar, ambas as formas são corretas. O logotipo e o hino são considerados de muito interesse pelo que envolvem de participação, reflexão, sentimento, imaginação e fé. Também eles, pela sua beleza e arte, têm de fazer com que, em consonância com o tema geral, os objetivos da Jornada Mundial comecem a ser atingidos pela empatia que eles são capazes de gerar. Em Portugal, a sua seleção passou por concursos muito alargados. Para o Hino, fez-se um concurso nacional, aberto à participação de portugueses maiores de idade no qual participaram mais de uma centena de candidaturas. A letra e a música tinham de se desenvolver à volta do ‘sim’ de Maria e da sua pressa para ir ao encontro da prima Isabel. O ‘sim’ desta Jovem revolucionou o mundo. Por causa desse ‘sim’, Jesus revolucionou a História, elevou o homem à sua mais alta dignidade, desafiou-o a metas que transcendem o tempo.
O Hino selecionado tem música de Pedro Ferreira, de 41 anos, professor e músico, da Diocese de Coimbra. A música é agora “de todo o mundo”. E o desejo do autor é que seja tocada por todos, mas “principalmente por cada guitarra que esteja parada em casa”, por “cada teclado a que é preciso tirar o pó”. Disse ele que a sua caminhada de vida está muito ligada às JMJ. Participou em várias, viveu-as intensamente. E confessa: “Quando compus o tema foi mesmo a pensar de como é que eu o interpretaria, de como é que, no meio de tantas pessoas ao meu lado, gostaria de festejar, gostaria de aplaudir, gostaria de repetir vezes sem conta o refrão que creio e temos fé que aconteça em todo o mundo”. E assim, sentado ao piano, sozinho, em finais de 2019, tudo foi surgindo com naturalidade, disse ele. Depois partilhou a música com uns amigos, os da ‘Banda da Paróquia’, da qual faz parte.
A letra do Hino, ao qual deram o título de “Há pressa no Ar”, é do Padre João Paulo Vaz, de 51 anos, Pároco de Pombal, também Diocese de Coimbra. Segundo conta João Paulo Vaz, a letra também tem a sua história. “Tinha um tema ao qual me tinha de cingir, com uma ou outra indicação também que fosse algo leve, jovem, ligeiro. Lembrei-me naturalmente que seria muito importante não só pegar no tema da jornada mas fazer o caminho. É uma ideia que me agradou de início fazer o caminho desde o Panamá até Lisboa passando também pelas jornadas intermédias em cada ano”. Com estes propósitos, “não alterando em nada a melodia, e com a guitarra na mão, fui escrevendo, como costumo fazer”, disse ele. Quando lhe telefonaram a comunicar a canção selecionada, ele estava fora do país. “As jornadas mundiais da juventude são um marco na minha vida. Perceber que a letra que fiz ia ser cantada pelo undo inteiro foi uma enorme alegria”, referiu ele.
Os arranjos musicais do Hino são da autoria do músico Carlos Garcia, de Lisboa. O autor da melodia disse que o Carlos Garcia, ao ouvir o tema, “acaba por se apropriar da melodia e, num trabalho notável, não lhe mexe na estrutura, na forma, enriquece-a de uma forma única”. Finalmente, o Hino foi gravado em várias línguas, como se desejava: em jeito popular, alegre, juvenil, fácil de aprender e de fácil tradução e adaptação. Esta gravação final envolveu jovens de todo o país, sobretudo aqueles que participaram no concurso nacional mas não foram selecionados. Letra e Música constituem um convite aos jovens de todo o mundo para se identificarem com Maria, saindo, sem demora, ao encontro de todos, dispondo-se ao serviço, à missão e à transformação do mundo, evocando a festa da Jornada Mundial e a alegria centrada na relação com Deus.
Por sua vez, o logótipo da Jornada Mundial de Lisboa foi encontrado através dum concurso internacional promovido pelo Comité Organizador Local, no qual participaram 30 países dos cinco continentes. A primeira triagem foi feita por uma equipa de académicos da Universidade Católica Portuguesa que selecionou 21 das melhores propostas. Estas foram depois avaliadas por profissionais da área do marketing e da comunicação, provenientes de agências de comunicação presentes em Portugal, que elegeram três finalistas. Destas três propostas finalistas, foi a Congregação Romana para os Leigos, Família e Vida, que selecionou a vencedora. A proposta da jovem portuguesa Beatriz Roque Antunes, de 24 anos, de Lisboa, diretora de Arte e Design, foi a selecionada. A autora explica como, juntando todos os elementos que foi pensando, chegou ao resultado final, e cuja mensagem principal é apelar aos jovens “que não se acomodem, que se levantem, que façam acontecer, que construam, e que não deixem o destino do mundo na mão dos outros”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 28-01-2022.

O borrego do meu amigo

28.01.22 | asal
São histórias de vida, mesmo que seja de um borrego... Obrigado, José Raposo Nunes! AH
 
O borrego do meu amigo Zé Santana é cego.

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Quis Deus e a natureza que o pobre fosse castigado logo à nascença, para mal dos seus pecados, o que é de uma tremenda injustiça que, de tão novo, nem tempo teve ainda para pecar...
Quando o vi sair atrás da mãe mas sem se desviar da cancela que vedava o local onde antes desfrutavam da pastagem fresca e verde, desconfiei que algo estaria errado. Ora chocava contra a cancela, ora contra o tronco da laranjeira, ora contra qualquer obstáculo no seu caminho, ziguezagueando sem norte.
- Zé, o borrego é cego, coitado.
- Pois é, nasceu assim.
Descobri então que tem uma audição e talvez um olfato muito apurados, o que lhe permite seguir a sua mãe, ultrapassando, por tentativas, todas as dificuldades.
Quando finalmente se encosta ao corpo daquela corpulenta ovelha, lã na lã, sua progenitora, e a sente como sua, aí sossega e volta a pastar normalmente, por saber que onde está a mãe, está um lugar seguro. É que para comer sem visão, não precisa de ver, basta sentir o aroma fresco da erva e a proximidade da sua protetora.

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Mãe é mãe, claro. E o pobre borrego sem ela, teria uma vida ainda mais difícil.
Então eu, comovido e com pena da malfadada criatura, disse ao Zé:
- Tens que o matar (consciente da crueldade das minhas palavras), ao que ele respondeu que sim, que é uma obra de caridade, mas tem que o deixar crescer mais um pouco, porque um borrego, mesmo cego, ainda faz um rico ensopado.
Há vidas que nascem na escuridão e vivem na escuridão. Vidas negras.

Aniversário

28.01.22 | asal

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Hoje é o dia de anos do Celestino Pinheiro, do Vale da Mua, nascido em 28-01-1955. Frequentou as Universidades do Porto e Católica, leccionou na Secundária de S. João da Madeira, onde vive, e presentemente goza a sua jubilação, sem ter parado ainda, pois continua ligado à Universidade Sénior da sua terra. Bonita vida! Sim, eu bem o sei...Meu caro, aqui vão os PARABÉNS DO GRUPO, com votos de muita saúde e alegria de viver... 

Aniversários

27.01.22 | asal

Mais dois amigos em festa

Celebra hoje o seu 77.º aniversário o P. Joaquim Martins Valente, Diretor in solidum do Secretariado

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Diocesano das Missões e das Obras Missionárias Pontifícias; Pároco in solidum (moderador) de Alpalhão, Amieira do Tejo, Arez, Gáfete, Montalvão, Nisa (Espírito Santo e Senhora da Graça), Santana, São Matias do Cacheiro, São Simão do Pé da Serra e Tolosa.

No meio de tanto espaço, desejamos ao P. Valente muita energia para a sua missão se cumprir ao gosto dos seus fiéis. Aqui ficam os nossos PARABÉNS e a nossa amizade.

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MAIS UM ANIVERSARIANTE, O LUÍS COSTA

Aqui registamos o evento: O Luís Costa, de Castelo Branco, faz hoje 70 primaveras. Deixamos um abraço de PARABÉNS e votos de muita saúde e felicidade por muitos anos. 

EDUCAR HOJE-AMAR e REZAR

26.01.22 | asal
Pela sua importância e até novidade, copio do Sr. Cón. Assunção as palavras do Papa. AH
 
A Palavra do Papa Francisco é pensada e cheia de compaixão....

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É duma sintonia e ternura com os pais... que emociona e ...
Vale a pena ler ver e ouvir
e Rezar
 
Penso neste momento em tantas pessoas que estão esmagadas pelo peso da vida e já não conseguem ter esperança nem rezar. Que São José as ajude a abrir-se ao diálogo com Deus, para encontrar luz, força e paz. E penso também nos pais diante dos problemas dos filhos. Filhos com muitas doenças, filhos doentes, inclusive com enfermidades permanentes: quanto sofrimento nisto. Pais que veem orientações sexuais diferentes nos filhos; como gerir isto e acompanhar os filhos e não se esconder numa atitude condenatória. Pais que veem os filhos que vão embora, morrem, por causa de uma doença e também – é mais triste, lemos todos os dias nos jornais – jovens que fazem leviandades e acabam num acidente de carro. Os pais que veem os filhos que não rendem na escola e não sabem o que fazer… Muitos problemas dos pais. Pensemos em como os ajudar. E a estes pais, digo: não vos assusteis. Sim, há o sofrimento. Muito. Mas pensai como José resolveu os problemas e pedi a José que vos ajude. Nunca condeneis um filho. Sinto tanta ternura – também em Buenos Aires – quando ia de autocarro e passava diante da prisão: havia uma fila de pessoas que esperavam para entrar e visitar os encarcerados. E estavam ali as mães, faziam-me sentir tanta ternura: face ao problema de um filho que errou, foi preso, não o deixavam sozinho, encaravam o problema e acompanhavam-no. Esta coragem; coragem de pai e de mãe que acompanham os filhos sempre, sempre. Peçamos ao Senhor que conceda a todos os pais e a todas as mães esta coragem que deu a José. E depois rezar a fim de que o Senhor nos ajude nestes momentos.
A oração, no entanto, nunca é um gesto abstrato nem intimista, como querem fazer aqueles movimentos espirituais mais gnósticos do que cristãos. Não, não é isto. A oração está sempre indissociavelmente ligada à caridade. Só quando unimos a oração com o amor, o amor pelos filhos, como o caso que acabei de mencionar, ou o amor ao próximo, somos capazes de compreender as mensagens do Senhor. José rezava, trabalhava e amava – três ações boas para os pais: rezar, trabalhar e amar – e por isso recebeu sempre o necessário para enfrentar as provações da vida. Confiemo-nos a ele e à sua intercessão.
São José, vós sois o homem que sonha,
ensinai-nos a recuperar a vida espiritual
como o lugar interior onde Deus se manifesta e nos salva.
Retirai de nós o pensamento de que rezar é inútil;
ajudai cada um de nós a corresponder ao que o Senhor nos indica.
Que o nosso raciocínio seja irradiado pela luz do Espírito,
o nosso coração encorajado pela Sua força
e os nossos receios salvos pela Sua misericórdia. Amém.

Aniversários

26.01.22 | asal

PARABÉNS A DOIS!

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- Nos Montes da Senhora nasce em 26-01-1946 o P.e Ilídio Alberto Ribeiro Mendonça, meu vizinho (quase que te via do Ripanso!), que, além de  Assistente do Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar, é presentemente Pároco de Alcains, Caféde, Escalos de Baixo e de Cima, Lardosa, Lousa, Mata, Póvoa de Rio de Moinhos, Sobral do Campo e Tinalhas.

Deita o coração ao largo, que o que tu não podes fazer nessas tantas terras, será Deus a fazê-lo! Claro, como é que tu podes vir aos nossos encontros? Com tantas ovelhas a pastorear... Olha, manda o teu irmão a representar-te! 

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- Vem a seguir o João da Silva Inácio, nascido na Sertã em 26-01-46,  bancário, a viver em Almada (tão perto de muitos de nós - e por telefone já descobri que temos amigos comuns aqui na Amora!).

           PARABÉNS AOS DOIS AMIGOS! SEJAM FELIZES...

Quanto vale meio dia de férias?

25.01.22 | asal

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Hoje, publiquei esta imagem como pensamento do dia. Entre os comentários surgiu o do António Henriques: «Escreve lá uma viagem para o blogue. Abraço.» Despachar abraços e parabéns virtuais é coisa fácil. Sentar-se e teclar uma viagem exige percorrer os labirintos da memória, ter disposição e tempo e condimentar tudo com algum esforço e gosto. Para mim, o mais difícil é sentar-me e começar. Depois, o tormento da releitura.

Viajemos, pois.

Ainda está no segredo dos deuses o que levou os padres no Gavião a atropelar as regras de partida para férias. Em vez de sair pela manhã, como era habitual, foi permitido sair na véspera de tarde. Um grupo de raianos decidiu sair o mais cedo possível. Sempre se ganhavam umas horas dessas tão desejadas! Tudo normal até à estação de Belver. Chegou-se a meio da tarde, mas só havia comboio por volta das 19.00h.

Por ali se andou por aquele deserto -- não havia vivalma na estação --, todos os recantos e buracos foram furados. Vamos explorar a linha para o lado da barragem, sugere alguém. E assim se fez. Passados umas centenas de metros, o olhar fugidio de um colega para o Castelo, propôs: «E se fôssemos ao assalto do Castelo?» Proposta aceite, de imediato. Foi necessário voltar à estação, informar os menos afoitos do plano e da maior demora. Passados estes 60 anos não sei se eram os menos afoitos, se os mais comodistas ou de mais juízo.

Por aquela ravina acima, de pedregulho em pedregulho, com uma grande algazarra lá se foi subindo a colina. De permeio, alguns arranhões e escorregadelas na procura de lugares por onde se pudesse passar. Medo de sardões, lagartos e cobras são coisas dos copinhos de leite da cidade. Não eram problema para rurais rijos como o granito e habituados a estas andanças por serras e montes. Gente que andou aos ninhos e não respeita os animais, dirão os citadinos do PAN e quejandos. O calor e a falta de água incomodavam, os muros intransponíveis dos socalcos das oliveiras eram um obstáculo, mas a alegria da aventura tudo superava. O entusiasmo não diminuiu até chegar à porta do Castelo.

A visita fora agendada na subida, pois havia tempo e era necessário matá-lo. A frustração foi a descoberta da porta fechada e da ausência do casteleiro, o sr. Joaquim. Lembro-me do nome dele porque no ano anterior havíamos feito uma visita e ele foi o guia. Fixei o relevo dado à talha toda trabalhada à navalha. Não era dourada. Era tão valiosa, dizia ele, que os americanos a quiseram comprar e levar para os USA. No meio dessa visita, o sr. Joaquim virou-se para um aluno e diz-lhe: «tu és muito esperto! Esses teus olhos de perdiz não enganam!» Quanto mais tenho de engolir os pensamentos mais eles resistem a fugir pelos alçapões do esquecimento. A minha vontade de rir foi tanta que tive de me esforçar para não desatar o baraço. Esse aluno havia chumbado no ano anterior e na minha turma revelava algumas limitações e dificuldades de aprendizagem. Lá se foi a minha crença na história de os americanos quererem comprar a talha. Pensei com os meus botões: quem consegue descobrir a inteligência de uma pessoa pelos olhos também é capaz de enobrecer uma narrativa com a imaginação. Mais lhe valera ter comparado a beleza dos olhos de perdiz à beleza da talha. Pois ,…, Mas ele não conhecia São Tomás para quem a Beleza é id quod visu placet. Até me custa a admitir que São Tomás tenha dito isto na qualidade de santo. Qualquer parolo para a contemplar a beleza física, chegando a atropelar o trânsito, mas não há olho que veja a beleza interior. Aliás, se não há olho para ver essa beleza, como sabemos que ela existe e está presente? Paro por aqui, não vá alguém dizer-me que o pior cego é aquele que não quer ver. Seja como for, neste caso o trânsito continua.

Na descida viemos por dentro de Belver estrada abaixo até à estação. Aí aguardamos o comboio antecipando a noite que se avizinhava. Da viagem até Castelo Branco não registei nada de especial. A novidade era o reboliço e agitação interior onde se misturavam expetativas, planos, receios sobre a dormida na sala de espera da estação de Castelo Branco. Poderíamos ficar lá a passar a noite era a grande incógnita. Assim aconteceu, dado o chefe da estação assim o permitir. Uma longa noite sem dormir em cadeiras de suma-pau. A tasca da estação tinha fechado pouco depois das 21.00h. Quase logo após a nossa chegada. Os tostões contados para a carreira da manhã seguinte não permitiram que nos adiantássemos na compra de alimentação. A partir de uma certa hora, com a fome a apertar, já sem posição para estar, a par do cansaço e do esmorecimento surge o frio. Lá tivemos de abrir as malas, desarrumá-las, ou melhor dar-lhe outra desarrumação,  e procurar agasalhos. Nem todos resolveram o problema satisfatoriamente. As hostes só voltaram a animar por volta das cinco da manhã. Os primeiros a partir foi por volta das seis.

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Não direi que foi uma bela e cómoda viagem. Mas foi uma grande e rica aventura. Um punhado de raianos sonhou transformar a Nau Catrineta em carruagem de comboio. Não enjoaram, mas tiveram muito que contar.

Mário Pissarra

 

NOTA: Obrigado, Mário! Sempre nos ocupamos uns aos outros, agora que é perigoso juntarmo-nos. Hoje fui a Setúbal, pensei logo no João Far. Alves, mas não disse nada... Triste vida esta! Temos de nos distrair de outro modo. Vivam as redes sociais! E agora qual é o que se segue? AH

Memórias de criança

24.01.22 | asal

Dedico este texto ao Gil (com o seu texto é que me lembrei de escrever) e ao José Maria Lopes (com quem tenho grandes conversas sobre a língua portuguesa e de quem espero retribuição para o blogue). AH

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Quando me ponho a ler textos de amigos a falar da nossa terra ou da nossa meninice, imediatamente a minha imaginação dá voltas e começa a visitar locais significativos de há muitos anos atrás. É um exercício rejuvenescedor, sem dúvida! Por isso, começo a escrever!

Eu nasci em 39, o começo da 2.ª Guerra Mundial, cujos efeitos daninhos também cá chegaram, mesmo que o monumento a Cristo-Rei em Almada seja um agradecimento por Portugal não ter entrado na guerra.

Teria eu três ou quatro anos, faço a primeira grande viagem até às Minas da Panasqueira. O meu pai foi trabalhar, como carpinteiro, naquele empreendimento, que ganhara estatuto de importância, dada a necessidade do volfrâmio para a indústria militar, soube eu mais tarde.

A empresa precisava de mineiros para a extração do tungsténio das entranhas da serra. E contratava carpinteiros para construir habitações para tanto pessoal que ali se empregava. Assim cresceram aquelas casas espalhadas pela encosta da montanha, sendo cada habitação para quatro famílias, duas no rés-do-chão e duas no primeiro andar. Curiosamente, o fogão negro de lenha era coletivo, e as quatro senhoras lá se acomodavam à volta do mesmo fogão, no rés-do-chão, para preparar as refeições…

Tempos de guerra não ajudam as famílias (a guerra civil de Espanha acabara com feridas bem gravosas para a sociedade e a economia! Começa o tempo das senhas para poder comprar um Kg de arroz ou de açúcar…). E o meu pai decide levar a família para as minas para aí ganhar dinheiro, com o qual conseguiu levantar a casinha para albergar a sua família.

Não sei quem nos transportou por aqueles 120 km. Pelo menos até Castelo Branco alguém nos levou de carroça. E lá se fez a primeira grande paragem, dessa me lembro bem. Os pais saem a fazer algum avio e eu fico com as bestas na carroça a dormir. Pois, pois, quando acordo e me sinto sozinho, salto para o chão e começo a gritar pela mãe, chorando por aquela avenida grande, bem diferente das ruelas do meu Ripanso. O movimento era pouco e depressa vejo ao longe os meus pais. Primeira recordação de criança… Hoje seria crime e cadeia para os progenitores, caso a polícia se tivesse metido no assunto!

Do resto da viagem não tenho memória. Só me vejo a brincar no tal bairro dos mineiros, correndo e saltando num espaço junto à habitação, tendo por cima uma estrada por onde de vez em quando passava algum veículo.

E lá vem outra memória: os gaiatos gritavam a qualquer movimento na estrada, a grande distração e novidade na monotonia dos dias. A maior gritaria acontecia com este dito: “lá vem a camioneta da cebola!”. O Tonho ouvia, olhava, olhava para a “camionete da carreira” e cebolas nunca vi! E eu já sabia o que eram as cebolas, que me ardiam nos olhos…

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Olhar diariamente aquela camioneta da carreira era também sonhar com o desconhecido, aquele desejo natural de explorar, ver mundo, que ainda hoje me leva a passar por locais diferentes, inóspitos por vezes, o que muito desagrada à minha mulher. Semelhante atitude tinha eu em Vila Velha de Ródão, aos oito anos, quando corríamos para ver passar ao longe aquele comboio, em que se distinguiam duas carruagens “de prata”, tão branquinhas ao lado das outras mais negras, onde um dia chegou o Sr. Presidente da República, Óscar Carmona, a quem as criancinhas da Escola Primária bateram palmas na estação de Ródão… E eu a sonhar entrar naquela cobra ondeante que tão bem acerta nos carris, mas tive de esperar mais uns anitos…

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Passaram 30 anos. Como professores no Colégio de S.to António em Portalegre, o P. Eusébio convida-me para irmos passar as férias de carnaval na sua Aldeia de S. Francisco de Assis, bem pertinho das Minas da Panasqueira. Com ele fiz outras viagens memoráveis pelo sul de Espanha, mas não posso escrever sobre tudo ao mesmo tempo.

O frio apertava, mas a salamandra da D. Lucinda aquecia-nos até às entranhas. E durante o dia conseguimos licença para entrar naquelas cavernas sem fim, onde os mineiros ganham o pão e a silicose que os levará à sepultura. Trabalho duro, mais duro que o dos carpinteiros…

Em conversa, diz-me o amigo: - esta estrada continua e acaba ali à frente numa terra de nome S. Jorge, que antigamente se chamava Cebola…

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- O quê? Cebola? Agora compreendo. Está desvendado um mistério da minha meninice. Valeu a pena vir até às Minas!

Não tivemos tempo de ir até à Cebola (agora com maiúscula!) porque, entretanto, começa a nevar com tal intensidade que nós decidimos encurtar a estadia e zarpar para Portalegre antes de o nevão nos cortar o caminho.

António Henriques

Aniversário

24.01.22 | asal

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Faz hoje 72 anos o João Barata Serrasqueiro, Diácono Permanente a viver em Castelo Branco. Na pastoral da Igreja, o João é adstrito ao serviço das Paróquias de São Miguel da Sé, São José Operário (Castelo Branco) e Benquerenças. Desempenha ainda a função de Notário do Tribunal Eclesiástico.

A este aniversariante damos os PARABÉNS e desejamos-lhe muitos anos de vida com saúde e felicidade.

Aniversários

23.01.22 | asal

HOJE, DAMOS PARABÉNS A DOIS AMIGOS:

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- Ao Florentino Vicente Beirão, que nos habituámos a ver e ler nestas páginas, sempre muito oportuno nos seus temas, grande investigador, atento à vida da nossa associação e elemento activo desta Comissão que assumiu trabalhar pela animação do grupo dos antigos alunos dos seminários de Portalegre e Castelo Branco. Neste momento, descansa do enorme trabalho que realizou na investigação histórica que realizou para o livro sobre o Seminário de Alcains, além de todo o trabalho de recolha de testemunhos e maquetagem tipográfica para o mesmo "Seminário de Alcains - História e Memórias".

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- Também faz anos o Francisco Ferreira Martins, nascido em 23-01-49. Sabemos que trabalhou na Caixa Geral de Depósitos e vive em Oleiros, passeia como benfiquista por aí fora e pertence à Confraria Gastronómica do Cabrito Estonado. Mais não sabemos.

PARABÉNS AOS DOIS ANIVERSARIANTES. Sejam felizes na vida pessoal e familiar e que não vos faltem amigos e muitas razões de viver.

Palavra do Sr. Bispo

22.01.22 | asal
A PALAVRA QUE VALORIZA AS PALAVRAS

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Por estes dias, não há trancas que fechem as portas de casa à força de tanta falação política, e bem. É que, se alguns são mais que conhecidos, outros têm de se mostrar, provar o que valem e dizer ao que vêm. Blablás, arengadas, meias-verdades e verdades inteiras a par com euforias, sorrisos, slogans, saudações calorosas, música, dança folclórica, estandartes e gritarias megafónicas também passam por essas ruas, praças e auditórios com ruído de fazer mossa. Certezas e incertezas, esperanças e dúvidas sobre promessas muitas, até lhe chegar com o dedo, pairam pelos ares, reiteradas muitas vezes e muito alto a dilatar as carótidas. Mentiras, acho que não, mesmo que alguém diga que eles só falam verdade quando dizem mal uns dos outros! Se nessas ocasiões falam verdade, isso não sei, mas que dizem mal uns dos outros lá isso é clarinho, e acho que não é bonito, nem político! Desculpando tais irritações menos felizes, parabéns para todos eles e que não desistam, discordemos ou concordemos com o que dizem ou defendem! Eles todos fazem sacudir o pó da vida e forçar o povo a saltar do sofá que entorpece para abraçar causas que o dignifiquem, o promovam e comprometam na construção do bem comum. É bonito de se ver e ouvir como tudo isso alimenta belos sonhos, projetos imensos a atiçar a vontade de arregaçar as mangas, meter a mão e o braço pela boca do mundo abaixo bem lá até ao fundo, pegar-lhe no rabo e virar o mundo do avesso! Mas..., que desencanto!... Que dor tão atroz!... Todo esse mar de sonhos e projetos se desmorona e vai ribanceira abaixo ao abrir as urnas da inumação dos votos. Grande perda para a humanidade! Dali, com infeliz surpresa, salta o odor da ingratidão do povo cuja generosidade não se fez contabilizar, mesmo quando todos pediam contas certas! No entanto, qual fénix renascida das cinzas, a todos resta a possibilidade heroica de virem manifestar grande força na fraqueza. Tendo perdido, virem dizer que, afinal, não perderam, ganharam, e por muito!... Por isso, caro leitor, mesmo que o seu voto seja um eterno perdedor, mantenha a esperança e não deixe de ir votar, participe.
Ora, no meio de tantas e tantas palavras, vamos celebrar o Dia da Palavra, este ano no dia 23 de janeiro. É o Dia da Palavra, duma Palavra que reclama silêncio interior e refinação dos ouvidos do coração. Da Palavra que veio para todos, mesmo para quem, por estes dias, tem de alimentar imensa verborreia a convencer os indecisos. No Dia da Palavra, é Deus que fala. E se fala para todos também fala aos homens do poder para lhes dizer que o poder que assumem é um poder delegado (cf. Jo 10-11). Um poder para servir e não para serem servidos (Mc 10, 35-45). Um poder cujo exercício requer conhecimento e capacidade de ouvir, ver e julgar bem, de saber discernir o melhor possível entre o bem e o mal para agir e governar o povo com a sabedoria de boa governança (cf. 1Rs 3, 5-15). A Palavra diz que é preciso dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César (cf. Mt 22, 21). Ora, se Deus também dá a César e ao povo o que precisam para cumprirem bem o seu dever e serem felizes, desde que lho peçam com humildade e confiança, também César, que não está acima, nem ao lado, nem fora, deve dar a Deus o que é de Deus e ao povo o que é do povo. Isto acontece tanto mais quanto mais se escutar a Palavra, o Verbo.
Esta Palavra “é viva, eficaz e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes”. Ela penetra, sonda os sentimentos e as intenções do coração (cf. Hb 4, 12). São Paulo, reconhecendo o valor da Palavra, pedia a Timóteo que se dedicasse à leitura, que se vigiasse a si próprio e ao seu ensinamento, que não descuidasse o dom da graça que estava em si e fosse perseverante (cf. 1Tim 4, 13-16). E mais lhe disse: “proclama a Palavra, insiste no tempo oportuno e inoportuno, advertindo, reprovando e aconselhando com toda a paciência e doutrina. Pois vai chegar o tempo em que já não se suportará a doutrina; pelo contrário, desejosos de ouvir novidades, os homens rodear-se-ão de mestres a seu bel-prazer. Desviarão os ouvidos da verdade orientando-os para as fábulas” (2Tim 4, 2-4). Dv13
O projeto de liberdade e vida que Deus tinha para tudo e todos, foi revelado aos homens através da Palavra. A sua Palavra acontece e faz acontecer, gera acontecimentos, concretiza esse grandioso projeto. Por isso, ouvir a sua Palavra e tornar-se seu aliado em favor da liberdade e vida para todos, manifesta inteligência e sabedoria da parte do homem. Assim lemos na Escritura: “Da mesma forma que a chuva e a neve, que caem do céu e não voltam para lá sem antes molharem a terra, tornando-a fecunda e fazendo-a germinar, a fim de produzir semente para o semeador e alimento para quem precisa de comer, assim acontece com a Palavra que sai da minha boca: ela não volta para Mim sem ter produzido o seu efeito, sem ter realizado o que Eu quero e sem ter cumprido com sucesso a missão para a qual Eu a mandei” (Is 55, 10-11).
E Santo Isidoro no século VII escreveu assim: “Quem deseja estar sempre com Deus, deve orar e ler frequentemente. Quando oramos, falamos nós com Deus; quando lemos, fala Deus connosco. Todo o nosso progresso vem da leitura e da meditação. O que ignoramos, aprendemo-lo com a leitura: o que aprendemos, conservamo-lo com a meditação. É dupla a vantagem que tiramos da leitura da Sagrada Escritura: ilumina-nos a inteligência e, subtraindo-nos às vaidades do mundo, leva-nos ao amor de Deus. Dupla deve ser também a preocupação com que devemos ler: primeiro, procurar compreender a Escritura; segundo, explicá-la para proveito do próximo com a devida dignidade. Naturalmente, só quem procura compreender o que leu estará apto para explicar o que aprendeu. O leitor diligente pensa mais em pôr em prática o que lê do que em adquirir a ciência. É menor desgraça desconhecer um ideal do que, tendo-o conhecido, não o atingir. Lemos para compreender o que é reto, e compreendemos para o pôr em prática. Ninguém pode descobrir o sentido da Escritura Sagrada se não a lê assiduamente, como está escrito: tem-na em grande estima e ela te exaltará; se a recebes, ela será a tua glória. Quanto mais assíduos formos na leitura da palavra divina, tanto melhor a compreenderemos, como a terra que tanto mais frutifica quanto melhor é cultivada. Há alguns que têm boa inteligência; mas são negligentes em ler os textos sagrados; o seu desinteresse mostra o desprezo por aquilo que a leitura lhes poderia ensinar. Há outros, porém, que desejam saber, mas têm pouca inteligência. Estes, com uma leitura assídua, conseguem aprender aquilo que os mais inteligentes, pela sua preguiça, nunca aprenderão. Assim como o menos inteligente consegue, pela sua aplicação, recolher o fruto do seu estudo diligente, assim também aquele que menospreza a inteligência que Deus lhe deu, se torna réu de condenação, porque despreza um dom recebido e o deixa sem fruto” (LH, 4 abril).
Estando a viver a Semana de Oração pela Unidas dos Cristãos, é o Verbo, é a Palavra de Deus que une os crentes na fé e faz deles um só povo. Por isso, todas as Igrejas cristãs, todas as paróquias, comunidades religiosas, grupos de jovens, famílias e fiéis estão convidados a participar nesta iniciativa, rezando, agindo e refletindo na experiência dos Magos que vieram do Oriente para honrar o Verbo Encarnado, Jesus Cristo, o Senhor. Hoje celebramos Santa Inês, uma mártir do século III-IV, que deu a vida pela Palavra de Deus. Hoje, para além daqueles que testemunham diariamente o seu amor à Palavra e a procuram pôr em prática, continuamos a ter o testemunho de muitos mártires da fé.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 21-01-2022.

Aniversários

21.01.22 | asal

HÁ FESTA EM DUAS CASAS!

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Celebra hoje o seu aniversário o P. Adelino Américo Lourenço, nascido em 1940;  é Pároco de Idanha-a-Nova, Idanha-a-Velha, Alcafozes, Monsanto e Oledo. É ainda Diretor do Jornal «Raiano» e, para além das suas funções religiosas, tem-se dedicado também à história e cultura da zona raiana, onde exerce a sua actividade há muitos anos. 

A este amigo deixamos os PARABÉNS do grupo, com votos de saúde e longa vida, para concretizar os seus objetivos de vida.

 

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Também hoje faz anos o Francisco Lourenço Cardosa, que nasceu nas Sarzedas em 1945. Estudou no seminário e na Faculdade de Direito, trabalhou e trabalha para sua realização pessoal e familiar, vivendo agora em Linda-a-Velha.

Aqui ficam os PARABÉNS do grupo no teu aniversário e que sejas muito feliz ao longo da vida.

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