Quando recebemos coisas de mão beijada, como, por exemplo, a saúde, a paz social, o bem estar familiar, regra geral não damos por isso, não as agradecemos nem lhes damos grande apreço. Logo que as perdemos, ficamos lacrimosos como bebés a quem se lhes retira a chupeta da boca! Sem querer ser acusa-pilatos, e desafiando quem quer que seja a atirar-lhes a primeira pedra, Adão e Eva escaqueiraram a harmonia paradisíaca. A riqueza que receberam, e gratuitamente usufruíam, foi por eles mandada às urtigas. Só depois de a terem perdido, é que lhe reconheceram o valor e a falta. Nada custa imaginar que após essa trágica aventura, possivelmente já em tensão um com o outro, tivessem zarpado lá para o fundo do quintal a carpir as mágoas de tal desgraça, sentados por lá numa qualquer pedra filosofal em jeito de poltrona almofadada e com a cobra feita mirone a gargalhar por ter levado a melhor. Assustados e de olhos arregalados até às orelhas, é de crer que se voltassem um para o outro e dissessem, tristes e amargurados: “eia!..., como a vida está difícil!...”.
Segundo a narração, logo ouviram passos no jardim a martelar-lhes a consciência. “Adão, onde é que tu estás?”. Ora, ora, onde é que ele estaria!... Reconhecendo a borrasca do seu gesto, uma desobediência que os coca-bichinhos gostariam de saber em que é que teria consistido, puseram-se ao fresco e ao largo. Foram-se esconder por entre o arvoredo e a vegetação, com medo e vergonha, sem assumir o erro, esgravatando desculpas. Como criaturas, tinham ultrapassado os limites que livremente deveriam reconhecer e respeitar. Não quiseram viver segundo o Criador. Queriam ser como Ele, mas sem Ele ou em vez d’Ele. Aceitar as leis da criação e as normas morais que regulam o exercício da liberdade não foi coisa que apreciassem. Preferiram optar por si próprios. Esqueceram a sua condição de criaturas, agiram contra todo o equilíbrio ecológico e contra o seu próprio bem. A sua dignidade e sentido existencial foram-se às malvas. Perderam a graça da santidade e da justiça originais que tinham recebido, não só para si, mas para toda a natureza humana. Assim, por um só homem entrou o pecado no mundo, e, pelo pecado, toda a criação ficou sujeita à servidão da corrupção e da morte. Embora não cometido por nós, embora fosse uma falta pessoal de Adão e Eva, e não nossa, todos ficamos privados da santidade e da justiça originais. A esta privação chamamos pecado original. Um pecado que se tornou próprio de cada um de nós. Todos nascemos com ele, por propagação, quer dizer, pela transmissão duma natureza humana privada da santidade e justiça originais. Chama-se pecado por analogia, por ser contraído, não cometido, por ser um estado, não um ato. Mas porquê, assim? Porque todo o género humano é, em Adão, como um só corpo dum único homem. De facto, como refere o Catecismo da Igreja Católica sobre esta matéria, que aconselho a ler desde o número 396 a 412, e donde fiz esta síntese sem preocupação de colocar algumas aspas, a transmissão do pecado original é um mistério que não podemos compreender plenamente, mas cujas consequências jamais deixaram de nos bater à porta.
Deus, porém, nunca desistiu de nós. Foi-nos manifestando a sua presença e cuidado por muitos meios e modos. Como expressão máxima da sua condescendência e pedagogia infinitas, enviou-nos o seu próprio Filho. Jesus é a Palava do Pai, é o Verbo encarnado entre nós! O Criador fez-se criatura para nos falar, para nos revelar o seu amor, para servir a humanidade e dar a vida em resgate de todos, para nos redimir, nos libertar do vínculo da culpa original. E assim, face à unidade de todo o género humano, como pelo pecado de um só veio para todos os homens a condenação, assim também, pela obra de justiça de um só veio para todos a justificação que dá a vida (cf. Rm 5, 18). À universalidade do pecado e da morte, opõe-se a universalidade da salvação em Cristo, onde abundou o pecado, superabundou a graça (cf. Rom 5,20). Todos estamos implicados no pecado de Adão do mesmo modo que todos estamos implicados na justificação de Cristo. Se não fosse coisa séria, como é que Deus Pai, que é infinitamente bom, enviaria o seu Filho à terra sabendo que iria ser morto, por nada, no vexame da cruz? É a partir desta certeza da fé, que a Igreja, em fidelidade a Cristo (Mt 28,18-20), anuncia, aconselha e celebra o Batismo para a remissão dos pecados, mesmo às crianças que não cometeram qualquer pecado pessoal. O Batismo, instituído por Cristo, não se deve adiar sem razão, o Papa Francisco tem insistido nisso. Ele apaga o pecado original, confere a vida da graça, reorienta-nos para Deus, torna-nos membros da Igreja, faz-nos templos do Espírito Santo e socio-cooperadores na construção do Reino de Deus, faz-nos usufruir de todas as graças que o Senhor nos oferece na sua Igreja e pela sua Igreja e das quais não devemos privar as próprias crianças. O Batismo é um dom, e tudo o que é dom de Deus implica colaboração humana. Sim, apesar de redimida por Cristo, a natureza humana ficou e persiste enfraquecida e inclinada para o mal. Dentro da sua liberdade, precisa de se concentrar no essencial, precisa de combate espiritual, precisa de aceitar e seguir a sinalética e as pistas que Jesus apontou para quem quiser trilhar os caminhos duma vida com sentido. Como afirmava São João Paulo II, “Ignorar que o homem tem uma natureza ferida, inclinada para o mal, dá lugar a graves erros no domínio da educação, da política, da ação social e dos costumes”.
Em fim de um ano civil, fazem-se análises e balanços, sempre em busca da verdade. Se há deficit, se há coisas mal feitas, procura-se ver como solucionar e como trepar no futuro. Num outro campo de ação, cada cristão também poderá provocar dentro de si a pergunta que Deus fez a Adão, ouvindo o próprio Deus a chamar-lhe pelo nome e a perguntar-lhe, não já sobre o resultado das empresas e empreendimentos, mas sobre o seu desempenho espiritual: “...onde é que tu estás?” Oxalá não seja a trepar pela infidelidade a Deus, à família, à Igreja, aos deveres laborais e sociais. Oxalá não seja a procurar desculpas para fugir a toda e qualquer espécie de compromisso em favor do bem comum e da boa cidadania. Oxalá ninguém esteja escondido por entre as esquinas do seu dia-a-dia para fazer o que quer e não o que deve. Oxalá ninguém se sinta com medo e vergonha porque despido de dignidade pela vida que leva ou locais que frequenta. Porque ninguém merece destruir-se, é importante dar sentido à vida, estar aberto às surpresas de Deus, agradecer-lhe o seu gesto de misericórdia para connosco e sentir a sua paz, uma paz que nos dinamiza em direção aos outros e na prática do bem.
Por estes dias, lemos, ouvimos e rezamos uma bênção a crescer em três tempos. Segundo os estudiosos da matéria, no original hebraico essa bênção tem três palavras na primeira parte, cinco na segunda e sete na terceira. Na Bíblia, os números ímpares são simbólicos, indicam a perfeição, têm qualidade. Ao iniciarmos um novo ano que todos desejamos seja o mais possível dentro da perfeição e da qualidade, aqui deixo essa bênção em jeito de oração por cada um: “O Senhor te abençoe e te proteja; O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz”.
Os Reis Magos, depois de terem encontrado, adorado e presenteado Jesus, regressaram a casa por outro caminho. Foi sempre assim: quem se deixa guiar pela Estrela e encontra Jesus, regressa sempre a casa por outro caminho, o caminho da conversão, da alegria e da paz dinâmica.
Na nossa história, vai ficar como ano bem doloroso, cansativo e até mesmo trágico. Fechados em casa por um invisível vírus, de nome Covid-19, deixámos de sentir liberdade de circulação, de estar à vontade com familiares e amigos. Muitos sentiram na pele a perigosidade desta pandemia e, aos milhares, não resistiram e abandonaram o mundo dos vivos...
Mas a mudança de ciclo temporal - chega o ano novo! - cria em nós a sensação de que vamos viver a novidade de melhores tempos, respirar novos ares, melhorar o nosso dia a dia... A esperança rejuvenesce os nossos sonhos e todos queremos que se realize o dito "ANO NOVO - VIDA NOVA"...
Fui buscar o crescimento de uma flor (um minuto da sua vida) para vos dizer que realmente a vida continua a puxar por nós, a exigir esforço de crescimento, perseverança, mesmo que os escolhos perturbem o nosso caminhar. Mas vale a pena teimar!
Venha o ano de 2022... Viva o 2022, com promessas de mais saúde, liberdade, sucesso e alegria!
E que, finalmente, possamos viver todos o ENCONTRO de 21 de Maio, no Seminário de Alcains, aquele seminário que nos marcou e do qual conseguimos publicar o livro da sua história de 90 anos, com testemunhos de vida... E a pandemia não nos deteve! Abraço a vocês todos!
Em 31 de Dezembro de 1970, quase a cair para o novo ano, nasceu o António Jorge Mendes Dias. Natural do concelho de Oleiros, frequentou os seminários de Alcains e Portalegre durante sete anos, depois cursou a Universidade de Oxford e hoje pugna pelo bem-estar das populações oleirenses.
PARABÉNS, António Jorge, no teu 51.º aniversário. Desejamos-te o melhor em saúde, realização pessoal e felicidade.
Por informação do Arménio S. Duque, soubemos que ontem (29/12) fez 88 anos o P. António Marques Neto, que não constava dos nossos ficheiros. Reside no Estreito, sem serviço pastoral distribuído...
Para ele vão os nosso PARABÉNS atrasados, com votos de um 2022 com saúde e felicidade.
Ao Vítor Manuel Fernandes Diogo, um albicastrense a viver hoje na Póvoa de Santa Iria, aqui bem perto de Lisboa, estamos a dar os PARABÉNS pelos seus 69 anos, neste 30 de Dezembro, desejando-lhe saúde e alegria por muitos anos.
E que o 2022 te encha a ti e a nós de muitas felicidades,,,
"Roubei" ao Agostinho Pissarreira este texto, cheio de vigor e riqueza literária e a defender a importância das nossas raízes, sem as quais estiolamos. AH
Nasci em terra ingrata, num berço de pedra, nos abismos da vida e no precipício das emoções. Talvez por isso (só) consiga sobreviver agarrado com afinco aos penhascos das paixões íngremes, irruptivas, irresistíveis. Das paixões instáveis e dolorosas. Das paixões imponderáveis. Das paixões impetuosas. Das paixões absolutas. Das paixões brutas. Das paixões a pique. Das paixões suspensas nos gumes da alma.
A natureza de cada um está, em (grande) parte, enraizada no local e meio ambiente em que veio ao mundo e foi criado, alimentado, protegido, cuidado, amado.
Somos o berço da nossa infância, os sonhos da nossa juventude e a consistência da nossa adultícia. Somos a medida das nossas aspirações, o apogeu das nossas conquistas, a concretude das nossas realizações, a consonância e diversidade das nossas vivências.
Somos as raízes do nosso coração, o tronco da nossa alma, os ramos dos nossos sentimentos, a clorofila das nossas emoções, a fotossíntese das nossas relações, a copa dos nossos afectos, o fruto dos nossos desejos, a colheita das nossas vontades, a floresta das nossas vivências, a árvore da nossa vida. Transportamos na seiva da vida o oxigénio do nosso nascimento,
o sopro da existência, o grito da liberdade, o sangue da criatividade com que pintamos as perplexidades do mundo, a plenitude do nada e da simplicidade que é o tudo indefinível e indecifrável, a harmonia primordial, a libertação perene!
Agostinho Pissarreira
(Foto: arbusto no Pico Tiñosa, Parque Natural de Sierras Subbéticas, Província de Córdoba, Andaluzia, Espanha)
PARABÉNS a este amigo, nascido em 1978, que, depois de passar por Goa, vive agora no Fundão. Peço desculpa pelas deficiências da nossa informação. Um dia que ele apareça poderá iluminar as nossas incertezas. Quem sabe se não será já em Alcains a 21de Maio?! Se o raio do Covid deixar... Muitas felicidades é o que lhe desejamos.
Também para vocês que pilotam a Associação, os Votos de um Natal Feliz, cada um com as suas famílias, transmitindo as nossas crenças e magias, e um Ano Novo que seja verdadeiramente Novo, sem este espectro do Vírus que tanto mal já fez e que infelizmente ainda continua a pesar nas nossas vidas e nos nossos convívios. Um grande abraço. Zeca
Muito obrigada em meu nome e no do Francisco.
Festas Felizes e seguras!
Abraço. Rosário
Agradeço e retribuo votos de boas festas para todos os amigos. António Luís
Muito obrigado! Retribuo os votos de Boas Festas. As maiores felicidades. Isidro Pedro
Agradeço e retribuo com o Cartão preparado para estas paróquias
Agradeço e retribuo. Um Santo Natal e um bom ano de 2022, é o que desejo a todos os membros da Comissão Administrativa.
O meu abraço,
António Barata Afonso.
Santo Natal para todos, bênçãos do Menino encham todos de felicidades, sãos, doentes pobres e abastados e,sobretudo, os que acreditam na Salvação do nosso Deus tb os que não acreditam Francisco Ruivo
Parabéns pela iniciativa!!! Os pequenos gestos não deixam de ser importantes por serem pequenos! A idade aumenta as recordações...
Boas Festas e um abraço dum velho companheiro!
António Xavier
Boa noite amigos. A caminhada está a ser difícil mas a solidariedade é ainda maior. No final a Luz do Natal ha-de iluminar-nos a todos. Santo e Feliz Natal para todos com um abraço do Manuel Bugalho.
Muito obrigado à Comissão por tudo quanto têm feito para unir por este e outros meios um grupo de pessoas reconhecidas por um tempo das suas vidas passado nos nossos Seminários.
Obrigado também pelas Boas Festas que nos desejam, mais ainda no actual contexto. É muito bonita a mensagem, que tomo a liberdade de citar, é mesmo assim: "o mundo não acabou. Tenhamos esperança em dias melhores, que é uma das lições do nascimento do Menino Jesus e dos outros meninos. Tenhamos fé em dias de mais amor e comunhão entre todos, que é outra lição da vinda de Jesus Salvador".
Desejo igualmente um Santo Natal e um Bom Ano Novo para todos, mesmo com algumas condicionantes.
Um abraço para o António Henriques, Comissão e para todos os antigos alunos dos nossos Seminários.
P. Manuel Mendonça
Agradeço e retribuo.
Boas Festas.
Feliz Natal e um 2022 cheio de coisas boas.
Jana
Também para vós um Santo Natal e Ano Novo Feliz.
P. Ilídio Mendonça
Muito obrigado. Boas festas para todos e familiares. Um grande abraço.
José Ribeiro
Eu, manuel, desejo manifestar a todos a minha presença. Transporto no coração as indizíveis situações individuais, familiares e sociais. Mantenho a esperança na humanidade, em cada um de vós, semeadores da presença de Jesus, nosso guia, nosso tudo.
Até ao fim do caminho o mais importante é o que vem a seguir: coragem.
Nascido em 26-12-60, faz anos hoje o Manuel Mendonça Esteves, Diácono Permanente a viver na Sertã.
Desempenha a função de Diretor do Secretariado Diocesano do Ensino da Igreja nas Escolas (SDEIE) e é adstrito ao serviço das Paróquias de Cabeçudo, Cumeada, Marmeleiro, Mosteiro, Sertã e Troviscal.
Damos os PARABÉNS a este amigo e desejamos-lhe saúde e alegria no serviço pastoral a que se dedica.
Hoje, no mesmo dia do Menino Jesus, faz anos o António Silva Jorge, nascido em 1972, não me lembro já onde ele nasceu(!!!), mas no Seminário fez pelo menos o 12.º ano do secundário, licenciou-se em Coimbra e já há anos que leciona Português numa escola secundária de Santarém.
Em conversa, fiquei a saber que ele tem um grupo que anualmente se encontra e almoça no 25 de Abril (também assim se celebra a liberdade!), encontrando-se ora em Coimbra, ora em Portalegre, ora em Penha Garcia, ora onde um deles organiza o repasto de amizade.
Pela idade, o António Jorge pertence à geração dos mais novos, a quem eu e muitos de nós apelamos a que pelo menos nos enviem notícias ou tomem conta do grupo. Os da minha geração são cada vez menos e já fazemos amizade com colegas de diferentes idades, pois os que estudaram connosco já quase todos morreram.
PARABÉNS, António Jorge, por mais um aniversário e muitas felicidades e sucesso pessoal para a tua vida.
Não vejo anjos a anunciar o nascimento de ninguém. Não oiço pessoas a falar de um qualquer acontecimento extraordinário. Os pastores, com frio, ficaram nos seus casebres e não se deslocaram à manjedoura onde o milagre do menino nascido aconteceu. Até o boi e a vaca se estenderam preguiçosamente e não aqueceram Jesus!
Também não vi estrelas a marcar o céu com lancinante linha a apontar o presépio de Belém. Todos os fenómenos celestes apontam para a normalidade da sua existência, embora deixem pasmados aqueles que os olham na sua grandeza e misteriosa magnificência...
E que vejo eu?
As pessoas estão cansadas de tanto correrem à procura da prenda que irá mimosear aquele familiar ou amigo. Depois é preciso limpar a casa, preparar a roupa, comprar alimentos e confecionar refeições para uma casa mais habitada do que habitualmente. Descansar, só depois de Natal...
Noutros tempos, também eu corria. Agora fico-me mais na pacatez dos dias, contando que outros sejam os responsáveis por as coisas acontecerem. Já não há pachorra nem ligeireza de movimentos para fazermos a diferença. É a terceira idade, meu caro! Ou será já a quarta?!
Mas à minha volta vejo pais-natal por todos os lados, alguns a subir paredes e outros a descer de telhados e gente entusiasmada com estas imaginações. Vejo renas e trenós deslocados das terras geladas para locais mais temperados. É preciso acreditar, é preciso imaginar e cada qual escolhe o objeto da sua crença. Eu tento mais acreditar que Jesus Cristo é mesmo o grande revolucionário da história e conta comigo para criar paz e justiça em meu redor. Não posso fazer muito, mas vou tentando...
A família é por estes dias o grande móbil das nossas movimentações. E, se o Covid não tivesse estragado tudo com a infeção do nosso filho, era a família que nos fazia deslocar para a Polónia, para criar proximidade entre as duas partes, para nos conhecermos e nos alegrarmos por ver jovens felizes que se amam e que apostaram na vida a dois por esse mundo fora. Neste momento, é na Arábia Saudita que eles vão trabalhar... Era por a família ser importante que fazíamos o sacrifício de irmos para a neve e frio polacos para conhecermos a família da nossa nora. Da nossa parte, bem nos preparámos... Mas não foi possível!
Assim, é da Amora que envio um abraço de amizade e de esperança a todos os que passam pelo "ANIMUS SEMPER", desejando-vos muita saúde, muita felicidade e muita paz entre todos. Vale a pena ter fé e esperança em melhores dias, confiando na luz do Menino Jesus a iluminar a nossa caminhada, mesmo que ela já seja trôpega...
Individualmente, em família e em comunidade, celebramos a grande solenidade do nascimento de Jesus, o acontecimento mais sublime de toda a história da humanidade. Celebrar o Natal de Jesus faz vir ao de cima sentimentos de gratidão por tudo quanto veio trazer à história da humanidade, à vida de cada família e de cada pessoa. Embora, na liberdade que lhe assiste, o mundo moderno queira endeusar o homem e construir uma humanidade nova sem Deus, não é lícito nem saudável negar, esquecer, minimizar ou querer substituir aquele que tudo fez e continua a fazer pela humanização e salvação da humanidade, apresentando-se como o príncipe da paz, o caminho, a verdade e a vida. Sempre que Deus tem sido ignorado ou se tenta manipular, o homem é desprezado e a história fica escrita com sangue, sofrimento e morte que a todos envergonha.
Logo a seguir do Natal de Jesus, temos a festa da Sagrada Família, a família de Jesus. Uma família migrante e pobre, das periferias. Uma família sofrida, mas feliz e cheia de esperança. A sua aliança de amor e fidelidade a Deus, de um ao outro, e de ambos a Jesus, mesmo no meio da fragilidade, “ilumina o princípio que dá forma a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da história”. A vida desta Família ensina “o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu carácter sagrado e inviolável” (AL66).
Em Nazaré, cada um dos esposos é o companheiro de coração do outro, um cúmplice na história e na caminhada da sua vida. É um companheiro por excelência, com quem se enfrentam as alegrias e as tristezas da vida em saudável intimidade. Há um projeto comum estável, assumido numa decisão do coração e a envolver toda a existência. Há um amor mutuamente prometido, capaz de superar os mal entendidos, os conflitos e os possíveis sentimentos ou estados de ânimo. Acima de todas as vergastadas que a vida vai infligindo, acima de toda e qualquer circunstância menos boa, há neles um querer-se bem mais profundo a manter viva a decisão de se amarem, de se pertencerem, de partilharem a vida inteira, amando-se, perdoando-se, continuando a amar-se e a perdoar-se, celebrando cada nova etapa com alegria e esperança, com carinho e ternura.
A família, constituída por um homem e uma mulher e aberta à vida, não é uma realidade estática, é dinâmica, é um caminho de crescimento, sem idealismos utópicos nem pessimismos que entorpeçam . É uma tarefa sempre inacabada e sempre em construção por todos os seus membros. Reclama pormenores de qualidade e arte no trato. Exige ternura e delicadeza de gestos. Pede criatividade em surpresas mútuas que gerem alegria e bem estar. É um espaço sagrado, um lugar de refúgio, uma escola onde se fomenta a cultura da entreajuda, do respeito pela diferença e pelas diversas gerações. É a primeira escola do diálogo, da amizade, da compreensão, da tolerância, da delicadeza, do perdão, da paciência. Ali se transmite o amor à Igreja, se reza e ensina a rezar, se aprende o sentido da partilha, da generosidade, da gratidão, do apoio aos fragilizados, do saber esperar, da troca de experiências que ajudam a crescer, do interesse e compromisso pela construção do bem comum, da cidadania responsável. A família que se ama, se constrói e reconstrói com alegria e esperança, é lâmpada que não se pode colocar debaixo do alqueire mas bem alto no candelabro. Aí, sendo em Cristo esperança e luz do mundo, ela alumia a todos como boa nova para o futuro da humanidade.
Na véspera do Natal, damos os PARABÉNS ao Agostinho Pissarreira, que nasceu ali para os lados de Abrantes, vivendo agora na Amadora. Nasceu em 1954. Depois do Seminário, sabemos que estudou no Liceu de Abrantes e no ISCTE.
Que o Menino-Deus te ajude a viver por muitos anos com saúde e felicidade. E escreve, que nós gostamos dos teus textos!
Para aliviar esta tristeza de "variantes" epidémicas ( ainda se fossem as célebres Variações de Goldberg do Bach ...), envio-te em jeito de brincadeira uns pobres mas alegres versinhos. Ora aí vão eles :
Foi enviada esta mensagem para todos os antigos alunos de quem temos email. AH
«Bons Amigos
Nesta quadra especial de comunhão mais intensa entre as pessoas, com o presépio, a árvore de Natal, as iluminações das ruas e as compras a fazer-nos pensar mais nos outros, vimos também chegar-nos a todos vós, companheiros de jornada e colegas dos nossos seminários, para vos entregar uma saudação de Boas Festas e o voto de que se encontrem bem de saúde, sem complicações especiais.
Naturalmente, lembramo-nos de alguns que tiveram de alterar os seus hábitos e foram encontrar conforto em lares e residenciais por velhice ou por doença. Outros vão passar os dias de Natal mais sozinhos pelas restrições que a pandemia provocou. A maioria de nós continua a lutar e “a fazer pela vida”. Outros ainda já se despediram para a casa do Pai do Céu…
Mas o mundo não acabou. Tenhamos esperança em dias melhores, que é uma das lições do nascimento do Menino Jesus e dos outros meninos. Tenhamos fé em dias de mais amor e comunhão entre todos, que é outra lição da vinda de Jesus Salvador.
Deixamos um abraço de saudade, à espera de nos podermos encontrar em maio no Seminário de Alcains. E que o Menino Jesus nos abençoe a todos!
Boas Festas, um Feliz Natal e um bom Ano Novo para todos!