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Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

O sucesso da vacinação

30.09.21 | asal

Olha esta maravilha num só dia: o comentário do Mário Pissarra ao "Os nossos dias" e agora este texto quase espontâneo do João Lopes são duas pérolas a colorir o "ANIMUS SEMPER". Muito obrigado pela vossa colaboração. AH

 

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Meu Bom Amigo

 Acabo de ver  na RAINews24 um rasgado elogio a Portugal pelo sucesso  alcançado na campanha de vacinação contra a Covid. Durante um quarto de hora, mantiveram a ligação com um médico português de Medicina Familiar que, num Italiano escorreito, explicou  à locutora do Canal  como foi possível termos vacinado até hoje 85% da população com as duas doses.   Uma coisa admirável para um pequeno país! O Médico disse que esta vitória do domínio sanitário se deveu a uma equipa de militares, liderada por um vice-almirante e pelo esclarecimento do povo que, desde a 1º hora, seguiu  as recomendações do governo, rejeitando as sugestões dos negacionistas, residuais no nosso país, ao contrário do que aconteceu com outros, ditos mais evoluídos que nós. 
 Registo que  a TV italiana, muito ciosa do seu espaço, raramente publica notícias deste género de um pequeno país estrangeiro. Como português, sinto-me orgulhoso do desconfinamento geral que nos permite respirar sem medo! 
 Outra questão:  os Taliban voltaram à pratica antiga, de 1996 a 2001, de expor em público os corpos executados pela sua polícia de serviço, tanto em Cabul como em Herat, cidade do oeste, na fronteira com o Irão, de maioria tajique. O Qatar e alguns países árabes já estão a reconsiderar o apoio que deram a este novo grupo. Julgaram-no diferente do 1º e estão muito desiludidos. A questão é tão grave que, nos EUA, Biden e a Casa Branca, que defenderam a rendição sem condições,  andam de candeias às avessas com o Pentágono, que sempre pretendeu deixar lá um contingente militar aí de 3000 operacionais para poder controlar a situação, caso ela viesse a descambar para o crime arbitrário e a perseguição aos jornalistas e colaboradores da NATO, como, infelizmente, está a acontecer. Voltarei a este assunto. em artigo mais extenso, quando puder.
UM Grande abraço do João Lopes

Os nossos dias

30.09.21 | asal

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- Já viram? Há semanas em que o blogue só traz aniversários!... E a culpa desta pobreza é do António Henriques, que não se mexe à procura de temas e textos interessantes.

- Claro, quem assume uma tarefa é responsável! Agora, a questão é saber se ele assume a tarefa sozinho ou se os outros também estão metidos ao barulho...

Por mim, já não me incomodam os julgamentos negativos. Assumo a minha insignificância e nem tenho problemas de consciência, esta menina que nos acompanha sempre e nos vai falando do bem e do mal que fazemos. Com ela vou-me dando bem, o que me ajuda a dormir que nem uma pedra. Só não acontece quando um sonho mais violento me leva a dar um pontapé no vazio ou até a cair da cama para fugir de algum monstro!

Três situações me levam a esquecer um pouco o nosso "ANIMUS SEMPER":

1 - Andar ocupado com outros compromissos sociais que fazem parte da minha história, como é o caso da Casa do Educador do Seixal e da Unisseixal;

2 - Andar mais ocupado com a minha família por acontecimentos extraordinários, uns agradáveis e outros menos bons;

3 - Passar períodos em que não me apetece sair da moleza diária (o "dolce far niente"!), do deixar passar o tempo sem me interessar por nada, coisa que acontece depois de dias muito ou demasiado cheios... E assim sou eu, que Deus me perdoe...

É este menino que se apresenta, por isso já sabem o que esperar dele... Se me substituirem, eu fico grato, mas sempre colaborante, fiquem descansados.

Hoje o tema do escrito nem era este, mas começou assim. O que trago para aqui é a inauguração das novas instalações da Unisseixal no Fogueteiro, uma obra digna de admiração pelas condições que oferece aos seniores do concelho. A Câmara Municipal do Seixal investiu a bonita quantia de 2.400.000 euros na recuperação de um antigo lagar e seus anexos, uma área de 2000 metros quadrados, agora com um 1.º andar, e ofereceu a obra à Casa do Educador, uma IPSS que eu vi nascer em colaboração com outros. E dela nasceu depois esta universidade sénior. Para mim, foram 13 anos de labor e sabor...

Não conheço caso igual em Portugal e até agradeço que escrevam para aqui a contar como as vossas Câmaras atendem as necessidades dos seniores, que querem continuar a viver aprendendo e convivendo.

Em pormenor, já descrevi noutro lugar os espaços que agora sabem a tinta nova e mobiliário acabado de chegar das fábricas. Para os interessados aqui fica o link:

https://www.unisseixal.org/2021/09/18/novos-espacos-da-unisseixal/ 

Decorrem por estes dias as matrículas. Eu também já me inscrevi como aluno e foi-me dito que já agendaram por telefone a sua inscrição mais de 700 pessoas. Coisa bela, sem dúvida!

Assim continuamos a viver. Há muita vida por aí e cada um resolve como pode os seus problemas. Há pouco tempo, um amigo dizia-me que passava os dias num centro social em Lisboa, indo e vindo na carrinha que lhe chegava à porta. Outro modo de viver... Mas continua, mesmo assim, à espera dos almoços na Parreirinha de Carnide.

Ligações afetivas que nos prendem aos dias.

António Henriques

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Aniversários

30.09.21 | asal

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Celebra hoje o seu aniversário o Joaquim Antão, do Estreito, Vilar Barroco, terra de gente boa... De Vilar Barroco era também o falecido P. Peres, pároco da "minha" Sobreira Formosa durante muitos anos.

O Joaquim foi bancário, mas agora gosta mais de umas pescarias de achigã e outros que caiam no anzol. Aqui estamos a dar-te os PARABÉNS, AMIGO! E que sejas muito feliz, com saúde e amigos por longos anos. 

Contacto: tel. 961 054 058

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- Hoje também celebra o seu aniversário o Adélio Sardinha, natural de Santo Aleixo - Portalegre e a viver na Fronteira. Nascido em 1974, é um jovem advogado, envolvido também nas forças vivas da terra.

Caro amigo, os nossos PARABÉNS e que a vida te sorria e à tua família por muitos, muitos anos. Um dia havemos de nos encontrar, ou não?

Sem contacto telefónico.

Memórias de infância

29.09.21 | asal
Dia de São Miguel
 

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Era um dia grande. A esperada e movimentada feira de Sã Mguel. A feira decorria no ‘Val Ferreiro’. Havia a feira do gado e a das tendas. Eu gostava de acompanhar o meu pai à feira do gado. Aí o negócio eram vacas, matchos, burros, ovelhas, cabras e porcos.

Gostava de presenciar o apreçar e regatear o preço. O potencial comprador abeirava-se e perguntava: quanto queres/quanto estás a pedir/qual o preço? O vendedor indicava um dado valor. E vinham a seguir os comentários: é uma linda besta, vaca, matcho, junta, parelha,.. mas não vale tanto; nunca os vês; ninguém tos dá. O pedido e a oferta era feita em contos (1000$00) ou notas (100$00). A abordagem era diferente se o ofertante era um negociante profissional de gado ou se era um particular onde o gosto e simpatia por um determinado animal, parelha ou junta tinha um grande peso.
O meu pai levava muitas vezes a sua junta de vacas à feira. Nem sempre era para vender. O orgulho que tinha na sua junta levava para exibir e receber orgulhosamente os elogios. Quando levava bezerros ou novilhos, eram sempre para venda. Durante a feira, por vezes, o meu pai ausentava-se. Eram os momentos mais altos para mim. Vestia a pele de vendedor. Já era um homem! Dizia o preço quando perguntavam e reproduzia alguns comentários ouvidos antes ao meu pai. Não é para me gabar, mas ouvi vários homens dizerem ao meu pai que eu tinha jeito para o negócio.
Estas ausências paternas eram para dar uma volta pela feira para ver quem andava a comprar e estava a vender, para apreçar, fazer comparação do gado à venda, angariar compradores, naturalmente, conversar e trocar impressões.
O mercado do gado era um local, sobretudo, masculino. As mulheres podiam estar por ali a guardar os animais. Havia uma exceção: o local onde se vendiam porcos. Os porcos, as marrãs, os bacoritos, os bácoros e os marrantchos eram especialmente negócio das mulheres ou, quando muito, mistos. Era costume comprar bácoros ou marrantchos para se juntar ao porco e aproveitar os restos, pois o tempo da engorda para a matação estava a aproximar-se. O processo de regatear os preços era similar. Era um processo de descer o pedido e aumentar a oferta. Era comum chegar ao fim com a proposta: «rachamos a diferença ao meio!» Acabam-se as teimosias e selava-se o negócio dando o sinal. Em caso de o comprador se negar ficava sem o dinheiro do sinal. Já o vendedor tinha de dobrá-lo em caso de recusar a venda.
Adorava presenciar todo este fervilhar de vida na feira. Delirava apreciar as diferentes estratégias de quem vendia e comprava. Gostava de aprender naquele laboratório vivo das interações sociais.
Mas o dia de Sã Mguel era também um dia de notícias. Pelo Sã Mguel faziam-se os ajustes e arrendavam-se os terrenos. Os rendeiros mudavam daqui para ali e os arrendatários eram nomeados pelo apelido e as propriedades também elas tinham nome. Os pastores e ganhões ajustavam o ordenado as comedias (comedorias - pagamento em géneros) e as condições (horta, casa, número de cabeças deles, etc.)
Não referi os galináceos e os coelhos porque esses não atingiam a categoria da feira. Eram negócio de praça a par da marouva.
As tendas era o reino das mulheres. A roupa, o vestuário e os cobertores e utensílios domésticos era uma secção autónoma. Eram as crianças a reclamar brinquedos, guloseimas, uma camisola ou uns sapatos. Os homens só eram aí chamados para provar um casaco, uma samarra, um capote.
O lugar em que a separação dos sexos era menos notório era o das ferramentas. Cada um gostava de escolher as suas ferramentas: sachos, entchada, picareta, pá, arreios, etc.

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Um dia grande e cheio. Um dia de muitas memórias.

Um lugar muito apetitoso e cheiroso era junto do forno da ti Rita P’chota: as belas e variadas maçãs de Alcongosta. Até os olhos se arregalavam. Eram para conservar em palha. Perfume natural da casa no Outono.
 

Aniversários

29.09.21 | asal

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Faz hoje 40 anos (viva a juventude!) o P. Alberto Jorge Porfírio D. Tapadas, que é pároco de Longomel e Ponte de Sor e, ao mesmo tempo, é o Assistente Diocesano do Renovamento Carismático Católico, que arrasta muita gente com o seu dinamismo espiritual.

Aqui registo, em nome dos antigos alunos, os PARABÉNS DE ANIVERSÁRIO ao amigo P. Alberto, desejando-lhe muita saúde e a realização dos seus projectos.

Contacto: tel. 965 167 984

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- Também hoje celebra o seu aniversário o José Alves Dias, nascido na Amieira em 1940, do mesmo ano do Patrocínio. Formado em Direito, desempenhou a advocacia como atividade e foi muito próximo do Joaquim Nogueira, quer pela profissão  quer pela amizade. Recentemente, publicou uma extensa investigação sobre história de Amieira e Orvalho e sobretudo sobre a sua família até à oitava geração.

Amigo, os nossos Parabéns, com votos de muita saúde e felicidade por longos anos. E que venha a Parreirinha para nos encontrarmos...

Contacto: tel. 938 251 506

Aniversários - 3

28.09.21 | asal

Mais três aniversariantes...

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- Neste dia 28/09, é o João da Conceição Roque que celebra mais uma primavera, completando os 71 anos. Não tenho mais informações.

Caro amigo, aqui deixamos os PARABÉNS DE TODO O GRUPO, desejando-te muita saúde, longa vida e felicidade, na companhia de familiares e amigos. Gostávamos de te ver...

Contacto: tel. 919 630 677.

 

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- Faz hoje 42 anos o Samuel Martins Gaspar, que pertence à geração dos mais novos. O Samuel é um apaniguado das coisas do Porto, onde vive; pelo menos é isso que se vê no seu FB. 

Pois bem, aqui estamos a felicitar o SAMUEL GASPAR, dar-lhe os PARABÉNS e desejar-lhe longa vida cheia de saúde e muita felicidade. 

Contacto: tel. 965 380 151

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- Também hoje celebra o seu 61.º aniversário o José Capinha, de Escalos de Cima. Trabalha em Castelo Branco em empresa ligada ao ramo informático (comercialização de produtos e serviços). Aqui estamos nós a alegrarmo-nos com ele, dar-lhe PARABÉNS e desejar-lhe um ótimo futuro.

Contacto: tel. 917 233 125

Aniversários - 3

27.09.21 | asal

 Ena! Hoje são três, que é a conta que Deus fez!

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- Faz hoje 75 anos o nosso amigo e antigo  professor,   P. Fernando Manuel de Jesus Farinha, natural das Cimadas Fundeiras. Esteve connosco no último Encontro em Portalegre, de onde colhi esta foto, ao lado de outro grande amigo - o João Portela.

Trabalho não lhe falta e nem sei se pode celebrar os seus anos em tranquilidade, pois, além de Arcipreste e Director do Secretariado da Mobilidade Humana: Migrações, Turismo e Minorias Étnicas, é Pároco de Alegrete, Arronches, Degolados, Esperança, Mosteiros e Reguengo.

Contacto: tel.  966 333 353

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- Temos depois o António Raimundo, nascido em 1941, alentejano de gema, que correu seca e meca, professor universitário no Brasil e em Portugal e Director de Escola em Campo Maior... Vive a sua jubilação em Queijas e gosta muito de fugir ao Covid com a sua residência perto de Portalegre. Eh pá, mas aparece mais! Depois da pandemia...

Contacto: tel.  962 332 149

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- Finalmente, temos o Fernando Mendes, nascido em 1974 na Isna, para onde concorre agora nas eleições, trabalha presentemente na Clínica Affidea em Castelo Branco e lá tem também a sua residência. 

Benfiquista ferrenho (?!), esperamos que ele, como fazem os dois anteriores, apareça nos nossos encontros para respirar um pouco da alegria dos nossos tempos de juventude. E também cá vai encontrar muitos benfiquistas...

Contacto: tel. 969 253 569

AOS TRÊS ANIVERSARIANTES DAMOS OS PARABÉNS E DESEJAMOS LONGA VIDA, MUITA SAÚDE E FELICIDADE NA NOSSA COMPANHIA.

Migrantes e Refugiados

26.09.21 | asal

In "7Margens"

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«O Dia Mundial dos Migrantes e Refugiados, que vai já na 107ª edição, tem este ano por tema “Rumo a um ‘nós’ cada vez maior”, inspirado no nº 35 da encíclica Fratelli Tutti, do Papa Francisco.

Na Mensagem para este dia, publicada em 3 de maio deste ano, Francisco refere: “estamos todos no mesmo barco e somos chamados a empenhar-nos para que não existam mais muros que nos separam, nem existam mais os outros, mas só um nós, do tamanho da humanidade inteira”. E aproveita para deixar “um duplo apelo: em primeiro lugar aos fiéis, a quem pede “uma Igreja cada vez mais católica” e, depois, “a todos os homens e mulheres da terra”, apelando a “um mundo cada vez mais inclusivo.»

Aniversário

26.09.21 | asal

José Cardoso.jpgFaz anos hoje o José Cardoso, do Peral, guarda fiscal a viver em Proença-a-Nova. Pelo Facebook, sabemos que nasceu em 26/09/1957. 

PARABÉNS! E muitas felicidades.

Não temos mais informações.                      

Palavra do Sr. Bispo

24.09.21 | asal
SOBRE ORGÃOS SOCIAIS E RESPONSÁVEIS PAROQUIAIS

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 O amigo leitor sabe o que é um papibaquígrafo? É um trava-línguas. Há muitos, e este também é: “percebeste? Se percebeste, percebeste, se não percebeste, faz que percebeste para que eu perceba que tu percebeste, percebeste?” Ora, dado este rigoroso e total esclarecimento, mesmo que alguém me olhe de soslaio e eu finja não perceber, vou mesmo parlengar. Sobretudo para ver se ajudo a destravar outras ideias e outro modo de estar em quem, na matéria em título, descarrilou.... Vou falar sobre o papel de Responsáveis disto ou daquilo, mais daquilo do que disto. Não de Órgãos Sociais, ou Equiparados, que o são com todos os pergaminhos. Perante esses, e pela parte que me toca, curvo-me respeitosamente e tiro o meu chapéu, mui grato pelo seu serviço e sentido de corresponsabilidade!... Também não me refiro aos órgãos sociais de instituições meramente civis, como associações humanitárias, culturais, desportivas, fundações, sociedades anónimas ou seja lá o que for. Cada uma dessas organizações sabe bem com que linhas se cose e que espécie de águas por lá correm: se saudáveis, se inquinadas, se turbas ou assim-assim. Refiro-me aos Órgãos Sociais de pessoa jurídica canónica ou de pessoa jurídica canónico-civil, como, por exemplo, Paróquia, Irmandade/Confraria, Centro Social Paroquial... A grande maioria funciona como deve ser, merece os nossos aplausos. No entanto, pode haver certos cozinhados que temos de colocar na beirinha do prato, não apreciamos, é coisa papibaquígrafa! Neste reino de Portugal e dos Algarves, d’aquém e d’além-mar, por vezes bufa uma aragem incómoda que chega a sacudir alguns jornais. Leva a crer que há Responsáveis de uma ou de outra dessas instituições, que o são de direito, mas, de facto, nunca o foram, não o são, são-no de fachada ou do faz de conta! Embora eleitos ou propostos e homologados pela autoridade competente com toda a seriedade, confiança e esperança no seu trabalho, logo são tidos como verbos de encher por quem tem dificuldade em entender que o exercício da presidência reclama comunhão corresponsável e respeitosa. Ou, então, são eles mesmos que, por indigna subserviência, falso respeito ou confiança mal entendida em quem preside, logo se dispensam de assumir o seu lugar e função. Quem aceita ser eleito ou nomeado, é nomeado ou eleito para verdadeiramente assumir e exercer a missão em causa. Não raro, porém, em discreta informação ou em estardalhaço de guerra aberta, ecoa, de facto, o mal-estar de quem tem as responsabilidades atribuídas mas se sente marginalizado ou impossibilitado de as levar a cabo, de forma colegial e complementar. Sabemos que há quem invente, deturpe, exagere, seja de difícil trato ou de difícil inserção em equipas de trabalho onde sempre gosta de falar alto, de se impor ou manipular. Por isso, tudo se ouve com delicadeza e atenção, deita-se água na fervura, não se tiram conclusões precipitadas. Mas, sem grande demora, incrédulos, crentes ou na dúvida, lá se procura auscultar o que, no terreno, na verdade se passa. Nem sempre tal alarido corresponde à verdade, as razões são outras, nem sempre as mais sadias. Noutras vezes, porém, a coisa é mesmo verdade, fica-se triste, sente-se o dever de agir, às vezes sem saber bem como... É muito difícil lidar com pessoas que se julgam donas da verdade e intocáveis. Estão sempre prontas a inventar desculpas ou a escavar razões sem qualquer espécie de razão!...
Entre Conselhos Económicos de Paróquias, Irmandades/Confrarias e Centros Sociais Paroquiais, cujos dirigentes são homologados pela Bispo diocesano, há mais que muitos. É verdade que os Conselhos para os assuntos económicos das paróquias, pela força do Direito Canónico são consultivos, mas, na prática, pelo respeito que nos merecem e pelo serviço que prestam ao povo de Deus e aos próprios párocos, que são quem os apresenta ao Bispo para serem homologados, devem ser tidos e respeitados como se de Órgãos Sociais se tratasse, embora diferentes na sua constituição e missão. Ora, todas as instituições têm direito à boa imagem e à boa fama, mas também têm o dever de fazer por isso. O mesmo se diga de quem as serve, generosa e dedicadamente, com espírito de serviço e boa vontade. O documento que acaba de nos chegar às mãos sobre o próximo Sínodo convocado pelo Papa Francisco, também coloca essa questão: “como são vividos na Igreja a responsabilidade e o poder”? Como se convertem “preconceitos e práticas distorcidas que não estão enraizadas no Evangelho”?
O burburinho que se gera à volta desta ou daquela instituição (Paróquia, Irmandade/Confraria ou Centro Social Paroquial), fazendo correr cobras e lagartos sobre ela e sobre quem as dirige, mesmo que possa ser mentira, pode ter origem na forma de agir, ou de não agir, dos seus Responsáveis. Podem existir muitos vícios acumulados a provocar, mesmo sem maldade, falta de transparência e nervosismo em quem, generosa e retamente, se apresentou a colaborar dentro do normal funcionamento das coisas. De facto, pode haver membros de Órgãos Sociais ou de Conselhos para os assuntos económicos de paróquias que nunca exerceram o cargo para o qual foram eleitos ou propostos e homologados. Tesoureiros que nunca exerceram tal lugar, mas assinam de cruz! Secretários que nunca fizeram uma ata, mas assinam de cruz! Pode haver quem, por sua própria culpa, não tenha ou não conheça os Estatutos ou o Compromisso pelos quais a instituição se rege. Ao aceitar o cargo, era pressuposto tê-los e conhecê-los, sabendo qual é a sua missão e lugar, bem como qual é o espírito da Instituição e o perfil pessoal que ela reclama. Pode haver responsáveis, de uma ou de outra destas instituições, que nunca reuniram, nunca avaliaram, nunca programaram colegialmente, deixam que tudo vá correndo ao sabor dos ventos, de qualquer forma, sei lá se até ao fracasso total. Se alguma coisa conversam entre si sobre algum assunto referente à instituição, é capaz de não ir além de uma mera conversa no café ou no caminho. Por esse falso respeito, subserviência daninha, ou seja lá o que for perante quem preside (leigo/a ou sacerdote), os outros membros da direção, que têm consciência da missão e responsabilidade que lhes foram confiadas, apesar de sofrerem com isso, deixam-se andar até que o mandato acabe para se irem embora. Não querem fazer barulho, não contestam as atitudes de quem preside ou manda, embora reconheçam que ele ou ela se serve deles ou delas como se de joguetes ou de títeres se tratasse. Promove-se o “eu”, ignora-se o “nós”. Entre nós, porque é difícil conviver com isso, até se tem feito formação para que se tenha consciência da igual pertença, para que essa maneira de ser e estar não aconteça, ou, se existe, seja banida, e haja corresponsabilidade no cuidado a ter com pessoas, património, obras, arquivos, inventários.... Além disso, todos os membros dos Órgãos Sociais e Equiparados sabem que são responsáveis e respondem pelos atos que a instituição realiza, pequenos ou grandes, mesmo quando eles, porventura, partam das ordens arbitrárias de um só. As boas regras e o senso comum, mandam que, de facto, tudo seja falado e decidido colegialmente e lavrado em ata para a sua real legalidade e defesa de todos. Esta praxe, mesmo que o trabalho e as decisões não sejam muitas e o dinheiro a gerir ainda seja menos, não existe porque os membros da Direção desconfiam uns dos outros, se têm como inimigos ou se julgam imprevisíveis. Acontece porque todos se estimam e respeitam, no muito e no pouco, e têm consciência de que a instituição que representam deve construir a sua história com toda a dignidade e respeito. É possível que haja instituições com uma história rica e bela pelo bem que fazem à comunidade, com apreço e garbo. No entanto, pode acontecer que, desde há anos, não tenham dados para escrever a história: as atas deixaram de existir, nada fica escrito, é pena!
Se saltarmos para o espaço da corresponsabilidade pastoral, também temos de reconhecer quão difícil é a escuta e a programação da mesma em itinerário e modelo sinodal: “como forma, como estilo e como estrutura da Igreja”. Como é difícil este “processo eclesial participativo e inclusivo”, não só em relação “àqueles que, por vários motivos, se encontram à margem”, mas também em relação àqueles que estão dentro e próximos, mas cuja cultura é colocar-se ao lado, deixando “de contribuir para colocar em movimento as ideias, as energias e a criatividade”. Há uma cultura demasiadamente passiva e preconceituosa, promovida, aliás, ao longo dos tempos. A solicitude pastoral, se assim a posso chamar, não raro, dispensava os outros e baseava-se mais no querer, no poder e no mandar, mesmo quando não se sabia. Os efeitos prolongam-se, e porque custa virar o bico ao prego, continua-se a perguntar se a culpa não será de Adão, ou de Eva, ou da cobra.... A nossa fragilidade é muito criativa em artimanhas dessas!...
Seja como for, o Papa Francisco mostrou-se mais uma vez de mangas arregaçadas e a deitar as mãos ao arado. Ele insiste, oportuna e inoportunamente, a que dêmos as mãos nesta tarefa de uma nova sementeira, uma sementeira que comprometa, promova e dê frutos de liberdade e salvação. Se também deitarmos as mãos ao arado, sem olharmos para trás, até não faltará quem comece a repetir bem e muito mais depressa papibaquígrafo e outras coisas mais.... As surpresas de Deus são constantes e gratificantes!...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-09-2021.

Aniversário

24.09.21 | asal

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PARABÉNS, MANUEL MARQUES PIRES!

Este amigo nasceu em 1942. Frequentou os 12 anos do Seminário e cedo fez crescer uma costela germânica que o marcou ao longo da vida. Hoje, dia 25, faz 79 anos.

Serviu a Diocese e foi mesmo laureado com o título de cónego. A saúde é que não ajudou e presentemente vive jubilado na Alemanha a abraçar com dor as agruras da vida. Assim tenho ouvido, e peço desculpa se estou a errar. 

Aqui deixo os PARABÉNS dos colegas do seminário, desejando ao Sr. Cónego saúde, felicidade e boa disposição. Deus te abençoe!

Herzlichen Glückwunsch und die besten Wünsche!

Contacto: tel. 932 766 852

Casa de bravos - 1

22.09.21 | asal

Meu Bom António

Já passaram por nós muitos nevões. Já ouvimos o cantar do cuco muitas. muitas manhãs! E quantos salmos já rezámos!  Estamos velhos, mas não temos ainda a mente  com ferrugem... O mundo, o vasto mundo, ocupa-nos o coração. Enquanto assim for, estamos vivos. Fora com a modorra sonolenta e indiferente! Quando olho para o Papa Francisco, quase da nossa idade, fico mais animado. 
Peço desculpa pelo meu atrevimento, mas julgo podermos beneficiar de uma informação mais vasta sobre o Afeganistão, esta terra - mártir, um dos países mais pobres do  mundo, mas, justamente, cognominado " cemitério de impérios" pela braveza das suas gentes. Ali se joga atualmente a sorte da humanidade. Se vencer o diálogo intercultural, o futuro será mais risonho; se triunfar o ódio e o poder das trevas...   Tenho estudado a história  deste POVO.  Disponho de alguma matéria para mais três ou quatro textos. Mas, quando disserem stop, é mesmo stop! Um abraço agradecido do João Lopes
 
AFEGANISTÃO -“Casa de Bravos”

afghanistan-3.jpg        “ As sociedades atuais são palco de muitas injustiças, em que os seres humanos são maltratados, explorados, ignorados, mortos ou deixados a definhar em campos de emergência humanitária.” Cardeal Parolini, na 76ª Sessão da Assembleia Geral da ONU (Setembro, 2021)

           “ A conversa passou inevitavelmente para os talibãs.- É tão mau como dizem? – Nay, é pior. Não nos deixam ser humanos.” Khaled Hosseini,  O Menino de Cabul, Ed.Presença 2007,p.186.

     O Afeganistão será ainda por muito tempo o tema do dia. Muitos perguntas aguardam uma resposta convincente: Em Outubro de 2001, os EUA decidiram invadir aquele país com o propósito de capturarem Bin Laden, chefe da Al Qaeda, responsável pelo ataque aéreo aos centros nevrálgicos dos norte-americanos. Tinham a certeza de que os talibãs lhe haviam dado guarida. E, vai daí, bombardearam a terra dos afegãos, como se fossem eles os autores de um crime que assombrou o mundo. Não localizando o alvo, com precisão, por que continuaram a tarefa da destruição? “Ah, mas ele, o malvado, anda por aqui.” Passados 10 anos, 10 anos! matam-no num recanto do vizinho Paquistão. Estratega finíssimo, Bin Laden pretendia que a superpotência americana se arrastasse na sua perseguição, permanecendo na região e obrigando-a a justificar perante o mundo a sua intervenção destruidora, percecionada como uma retaliação pelos atentados de 11 de 9/ 2001. Para, de algum modo, contrariar essa ideia, vem a seguir a fase da reconstrução de um Estado à maneira ocidental ( a New State building). Ergueram-se instituições políticas, governo e presidente de uma república laica; reformaram o sistema de saúde com novos hospitais; fundaram-se escolas e universidades, e, sobretudo, reconheceram-se os direitos humanos devidos às mulheres, que assumiram lugares importantes no Parlamento e no funcionalismo público. Algumas foram até eleitas presidentes da Câmara das cidades do interior. ( Ver no Público de ontem o texto de Sofia Lorena sobre a ativista Zarifa Ghafari) Criaram-se novos ministérios e organizaram um grande exército com mais de 300 mil efetivos. Cabul, a capital, reconfigurou-se totalmente com novos bairros de edifícios, praças e estradas.

  Tudo parecia caminhar sobre rodas de acordo com o modelo ocidental das democracias. O dinheiro do ocidente drenava para Cabul, com facilidade e em abundância.

   Entretanto, algumas coisas não batiam certo com a pureza dos ideais e propósitos. Para já, os famigerados talibãs, perseguidos, encenaram uma fuga para o Paquistão, tendo ficado a maioria no seu país, escondidos e confundidos com a população do interior rural, insatisfeita por não beneficiar das vantagens que os cidadãos das grandes cidades, e, sobretudo, Cabul, desfrutavam. Depois, o descontentamento começou a lavrar nas forças armadas afegãs, por se sentirem discriminadas em relação aos seus colegas estrangeiros, mercenários inclusive. Oficiais havia que nem o soldo recebiam. Notícias de grande corrupção causaram o alarme. Quem estava a ganhar com a nova situação eram as grandes cadeias de empresários americanos, fabricantes de material bélico e das construções desenhadas para renovar o país.  Até os bolsos dos governantes e presidentes se enchiam do dinheiro, desviado do seu real objetivo humanitário. Um fartar vilanagem, encoberto com os ideais e virtudes da democracia.

         A situação tinha o seu quê de estranho e inédito.  Especialistas em Estudos Culturais começaram a interrogar-se sobre a viabilidade de uma democracia ocidental num país historicamente esfacelado pelas divisões e rivalidades tribais, com chefias que competiam entre si pelo domínio absoluto de regiões, acantonadas num vasto território, de relevo altamente acidentado, de 652 mil Km quadrados. Tudo agravado pela diferenças religiosas entre sunitas e xiitas, causa de não pequenos confrontos e vinganças com ameaças de extermínio, como se pode ler na obra do escritor afegão K. Hosseini. O projeto dos EUA e dos seus aliados não teria sido por demais precipitado, sem uma leitura prévia da complexa realidade cultural?

   A pouco e pouco, o regime, tutelado pelos EUA e seus aliados da NATO, corroído pela frustração, falta de diálogo com as culturas tribais dominantes, apesar do último presidente eleito, ser um antropólogo, mas, sobretudo, pela gangrena da corrupção sem freio, começa a dar sinais de fraqueza. A situação agudiza-se com a conjugação de dois factores: a mudança na política americana com Trump e Biden a renunciarem à missão de messias da mensagem democrática em povos tradicionalmente alheios a esse modelo ocidental e o avanço mais do que previsível dos talibãs sobre Cabul em 15 de agosto (mais do que previsível apesar de Biden ter alegado o efeito-surpresa, para salvar a pele da humilhação sofrida). Há muito que os combatentes talibãs (55 mil), financiados  pela Arábia Saudita, irmanados pelo mesmo islamismo sunita, rígido e radical, preparavam o cerco e o assalto ao governo de Cabul, cujas fragilidades conheciam. Os americanos, porém, pareciam ignorar o perigo. E, sem consultar os seus parceiros da NATO, não se deram ao trabalho de concertarem uma estratégia decente de transmissão do poder.  Resultado: uma retirada vergonhosa, uma fuga aérea caótica, a capitulação de um exército de mais de 300 mil militares, desmotivados e maltratados, e o abandono à sua sorte de milhares de colaboradores! Uma página negra na história americana, caricaturada pelos talibãs vencedores, de muitas maneiras, desde a chacota à exibição do equipamento militar made in USA, em paradas pelas ruas de Kandahar. E uma fratura no poder americano com acusações mútuas entre a Casa Branca e o Pentágono!

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 Apesar do desastre americano, com consequências sinistras para o povo afegão, como hoje estamos a ver, (Editorial do Público de ontem), há que reconhecer as sementes da liberdade lançadas no chão daqueles povos, durante os 20 anos de permanência do Ocidente. Com efeito, a nova consciência política, adquirida pelas mulheres e outros cidadãos, não é um valor menor. Este tempo de liberdade e de um certo respeito pelos direitos humanos, bem ou mal geridos, ficará para sempre como um legado cultural irrevogável. E sobreviverá às guerras entre os talibãs e o seu rival ISIS-K, filial afegã do Daesh, que já começaram, segundo informações da Imprensa de hoje.  ( Continua)

 João Lopes, no dia da Festa de S. Francisco de Assis, o santo do diálogo entre povos e culturas.

UASP - avaliação

21.09.21 | asal
União das Associações dos Antigos Alunos dos Seminários Portugueses

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Ainda condicionados pela pandemia, que determinou uma sessão comemorativa do 10.º aniversário da UASP via plataforma electrónica Google Meet, reuniram, em 19.09.2021, as várias associações que a integram no sentido de assinalar a data da sua fundação formal, que ocorreu em 17 de Setembro de 2011, embora a sua direcção executiva tenha estado reunida, em conjunto, no Centro Pastoral de Nossa Senhora da Piedade de Ourém, de onde o encontro foi transmitido electronicamente.
 
Havia sido concedida a possibilidade de presenciar o encontro naquele Centro Pastoral a quem assim pretendesse, mas imperou a cautela e apenas dois antigos alunos estiveram presentes no local além do Presidente da Direcção, o Rev. Pe. Armindo Janeiro, o seu vice-presidente António Agostinho, estando também representado o secretariado pelo Luís Matias.
 
De assinalar que das doze associações de antigos alunos que a integram, apenas a Associação dos Antigos Alunos do Seminário do Funchal não esteve representada, certamente por dificuldades de comunicação.
 
Aberta a sessão, cantou-se o hino da associação, o Presidente da Direcção deu as boas-vindas, assinalou a data saudando os presentes e os ausentes, sobretudo os já falecidos, previamente a uma oração que se seguiu por todos que, de alguma forma, têm contribuído para o sucesso associativo, designadamente o dr. Amilcar Mesquita, nesta caminhada para a Vida Eterna.
 
A sessão havia sido estruturada em duas partes. A primeira para reflectir sobre o passado e a segunda para projectar o futuro.
 
Todos foram unânimes quanto ao sucesso da associação nestes primeiros dez anos de vida, que cumpriu exemplarmente o seu objecto fixado nos Estatutos, sendo realçado, em particular o projecto “Por Mares Dantes Navegados” que levou a UASP em Missão por terras de S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné, Angola e Madeira, lamentando-se o, por enquanto, não realizado projecto de demandar Moçambique que e pandemia Covid-19 tem adiado. Alguém dizia: - “É pelo sonho que vamos e chegamos”.
 
Mas tantas outras foram as suas realizações, designadamente, fóruns, momentos culturais, concertos. Mais pormenorizadamente poderá ser consultada toda a miríade de realizações num vídeo, alojado em https://www.youtube.com/watch?v=ChL7fYzGNP4,
que revisita os caminhos percorridos, e que o Alfredo Monteiro apelidou de “bonito, excelso e cheio de coração”.
 
Foi também dado enfoque à sua génese e aos autores da ideia de congregar todas as associações de antigos alunos numa organização de cúpula, após o diagnóstico feito no livro “Seminários – Da Memória à Profecia”, um projecto em que muitos colaboraram, mas a essência assentou no trabalho do Pe Armindo e na disponibilidade de Mons. Luciano Guerra.
 
Em suma, acrescentou-se valor às casas que nos formaram, enfocou-se a “consciência do tempo”, citou-se Santo Agostinho, para mitigar as dificuldades esplanadas pelas associadas: “Conhece-te, aceita-te e supera-te”, recordou-se sentidamente o Pe. Rocha Monteiro, autor do hino da UASP, já falecido.
 
Após uma resenha da primeira parte, enfocou-se o futuro. E se alguns ainda evidenciaram uma grande esperança, (… temos gente para a aguentar mais de quarenta anos) outros estiveram mais cépticos porque a idade não perdoa e nota-se o claro envelhecimento da maioria dos presentes, que anos a fio estão à frente dos destinos das suas associações sem se vislumbrar forma de substituição. À parte Vila Real que tem mantido rotação nos cargos dirigentes e ainda muita matéria-prima para prosseguirem fortes e coesos.
 
Mesmo assim, globalmente, foi ainda manifesta a esperança de que a associação se aguente mais uns anos, bodas de prata pediam, pelo menos, alguns, até porque há ainda algumas dezenas de seminários que não têm representação na UASP e a sua inclusão poderia trazer sangue novo, mas não tem sido fácil integrá-las. Os seminários são agora diferentes, têm poucos alunos, o que leva necessariamente ao repensar a UASP rumo ao futuro. Houve quem falasse num novo 2.º Congresso, como meio de renovação.
 
Não devemos renunciar ao sonho de continuar e ajudar os que mais precisam dentro de cada associação, conhecendo a situação de cada um. O desinteresse associativo nos moldes tradicionais é evidente pelo actual estilo de vida das maiorias: - Antes organizava-se tudo à volta das escolas! Hoje é à volta dos bares!
 
Todos juntos seremos mais fortes, dizia o José Amorim. 
 
Finalmente, em jeito de conclusão quanto ao futuro rematou o Pe Armindo ter bem a consciência das dificuldades mas que não lhe trazem angústia nem falsa esperança. Ainda há caminho para andar mas foi adiantando que a renovação é essencial, por isso há que pensar bem no futuro, até porque a pandemia pode trazer consequências.
 
Américo Vinhais, AAACARMELITA
Gabinete de Comunicação da UASP

Aniversário

21.09.21 | asal

Jorge M. Farinha Nogueira.jpg

Hoje é o aniversário do Jorge Miguel Farinha Nogueira,  nascido em 21 de Setembro de 1972. Natural da Sertã, cursou Teologia na Universidade Católica e dedica-se ao ensino no Agrupamento de Escolas Damião de Goes, zona de Alenquer.

Amigo, PARABÉNS neste dia especial. Que sejas muito feliz, com uma longa e saudável existência.

Contacto: tel. 919 484 603

BORA LÁ SAI DO SOFÁ!

20.09.21 | asal
Aqui se partilha o que sairá no Jornal "Voz da Minha Terra" do corrente mês de setembro.  A. Assunção

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BORA LÁ - SAI DO SOFÁ!             TEMPO PARA … SAIR DO SOFÁ

Esta expressão foi usada várias vezes pelo Papa Francisco para motivar os jovens na linha do compromisso humano e social e também cristão e missionário. A primeira vez foi na Vigília da Jornada Mundial da Juventude no Campo da Misericórdia, nos arredores de Cracóvia – Polónia, em 30 julho 2016, exclamando: “Caros Jovens Não fiquem no sofá, sejam protagonistas da História”.
Daí para cá muitas outras vezes esta expressão foi usada em tantas outras circunstâncias por ele próprio, por cardeais, bispos, padres, religiosas e religiosos e mesmo pelos próprios jovens que caminham pastoralmente com outros jovens.
Sim! O Papa Francisco confia nos jovens e por isso os desafia e estimula, como o voltou a fazer neste mês de setembro no vídeo que preparou para a intenção do Apostolado da Oração, sobre “um estilo de vida ecossustentável”, afirmando: “Fico muito feliz em ver que os jovens têm a grandeza de empreender projetos de melhoria ambiental e social, já que as duas coisas caminham juntas. Nós, adultos, podemos aprender muito com os jovens, porque os jovens em tudo o que diz respeito ao cuidado do planeta, os jovens estão na vanguarda. Aproveitemos o seu exemplo, especialmente nestes momentos de crise, crise sanitária, crise social, crise ambiental e reflitamos sobre o nosso estilo de vida, sobre o modo como nos alimentamos, nos deslocamos, consumimos ou que uso fazemos da água, da energia e do plástico e de tantos bens materiais que muitas vezes são prejudiciais à Terra. Vamos escolher mudar! Vamos avançar com os jovens para estilos de vida mais simples e que respeitam o meio ambiente. E rezemos para que todos nós tomemos as decisões necessárias para uma vida mais sóbria e ecossustentável, sendo inspirados pelos jovens que estão comprometidos com esta mudança. E eles não são tolos, porque estão comprometidos com o seu futuro. É por isso que eles querem mudar o que vão herdar num tempo em que nós cá não estaremos”.
Com igual impulso e motivação também as Dioceses mobilizam os jovens para as iniciativas a realizar na preparação da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) a celebrar em Lisboa em 2023, com iniciativas quer a nível paroquial, quer arciprestal, quer diocesano. E quantos já saíram do sofá… e esperam e motivam outros para que façam o mesmo e “Não vegetem no sofá da vida”… mas troquem o sofá por sapatos para mudar a própria vida e com o seu exemplo ajudarem outros jovens e também os adultos a fazerem o mesmo.
Neste contexto deparei-me com duas curiosidades na atual campanha eleitoral autárquica. Primeiro, fui surpreendido por este cartaz publicitário referente às eleições “AUTÁRQUICAS 2021 com o logotipo de 16 associações que além de imagem bem curiosa tem a seguinte legenda BORA LÁ SAI DO SOFÁ! Liga-te ao que importa! Escolhe hoje o mundo de amanhã.” Achei curioso o uso desta expressão lançada pelo Papa Francisco, ele que define a boa política como serviço à Paz (cf Mensagem para o DIA MUNDIAL DA PAZ - 1º DE JANEIRO DE 2019, com o tema «A BOA POLÍTICA ESTÁ AO SERVIÇO DA PAZ»).
Em segundo lugar, o poder ver nos cartazes das candidaturas autárquicas, rostos de gente jovem e mesmo muito jovem, alguns dos quais me testemunharam a sua inclusão nas referidas listas, como resposta concreta e comprometida com a linha da política proposta pelo Papa Francisco.
Que não desanimem nem se desencaminhem nos seus propósitos. A. Assunção
 
NOTA: Domingo, 26 de Setembro, vamos todos votar. AH

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