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Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

Aniversário

06.05.21 | asal

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Seis de Maio, dia de aniversário do Carlos José Alexandrino Beato, dos Escalos de Baixo e a viver em Castelo Branco. Sportinguista como eu, ligou-se profissionalmente ao Instituto dos Registos e do Notariado. 

Assíduo frequentador dos jantares de Natal dos colegas de Castelo Branco, foi lá que fui buscar esta foto.

Aqui lhe deixamos os PARABÉNS do Grupo dos antigos alunos, desejando ao Carlos muita saúde e felicidade por anos longos.

Não temos contacto telefónico.

Pátria

05.05.21 | asal

Meu Caro Amigo, peço-te o favor de publicares este texto, tamanhinho, no teu grande e magnífico Blogue.  Eu não queria abusar, mas as palavras e o amor de certas temáticas podem mais do que eu. Com um grande abraço, João Lopes

- Insiste, João, que o Pissarra fica todo contente (e eu também...)!!! AH

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 Hoje, dia 5, é o dia da Língua Portuguesa. Assisti a vários debates sobe a grácil e robusta estrutura desta nossa querida Língua. Amanhã, continuaremos a ouvir “ Ele interviu”, Têm  intervido” Começam a haver assaltos por aqui, e outros dislates. Ó que saudades eu tenho da velha Gramática do Prof. Figueiredo. Simples, clara, essencial! Quem aprendesse a conjugação verbal estava protegido para a vida inteira.  Veio depois o Acordo de 1990 eliminar o critério etimológico em proveito exclusivo do factor fonético. Uma trapalhada! Nunca hei-de escrever “conceção” receção ou fato…Seria contorcer-me todo! É que, com a Língua não se brinca. É-nos intrínseca, modela-nos o pensamento, o coração, a boca que não serve só para comer ou beijar, mas também para dizermos flor, amor, ideia, Deus, com a linguagem falada e escrita, dois códigos diferentes e complementares.

       Leio os artigos do jornalista Nuno Pacheco, da Clara F. Alves e do meu grande professor Aguiar e Silva.  Não, não vou pelas gramáticas que me falam do complemento oblíquo, da classe de quantificadores…  E confundem a cabeça dos jovens com as modalidades epistémica, deôntica… Por isso, eles fogem da Gramática e do Português e da nossa Bela Literatura, como o diabo da cruz!  Dêem-me antes a minha antiga Gramática do Liceu dos anos 50 e 60 e não estes livros de bruxaria, iniciática e hermética. Eu entendo-os porque ensinei, com prazer, a sua matéria no Ensino Superior, mas no Secundário e Básico! Que pecado cometeram os rapazes e raparigas para beberem esta medonha triaga?   

 Ah, que linda e bela é a nossa Língua em todas as suas variantes, meridianos e latitudes, solta e livre pelo mundo, uma concertina de sotaques, a cantar as nossas virtudes e a escalpelizar os vícios que muitos são!

  Vénus tinha por nós um fraquinho porque, na língua, revê, com leve alteração, a Latina! Ela é a flor do Lácio, inculta e bela… que tem o trom e o silvo da procela, e o arrolo da saudade e da ternura. Bonito, Olavo Bilac.  “Gosto de ouvir o português do Brasil / Onde as palavras recuperam sua substância total / Gosto de ouvir a palavra com suas sílabas todas / Sem perder sequer um quinto de vogal.      Quando Helena Lanari dizia o “ coqueiro” / O coqueiro ficava mais vegetal Só Sophia podia escrever esta sábia ode ao falar brasileiro.  Eu dizia Pernambuco com o “e” quase mudo. Eles ensinaram-me a abrir PÉRNAMBUCO como o nosso Perna! Assim se falava no nosso séc. XVI!

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    “ Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja. Alvejei mira em árvore, no quintal, no baixo do córrego. Por meu acerto. Todo o dia isso faço, gosto; desde mal em minha mocidade.” João Guimarães Rosa,  Grande Sertão :Veredas.  Clarice Lispector dizia nunca ter visto coisa assim. Eu parece-me que já: no ensino da Literatura Brasileira e em certos senhores da nossa Zona do Pinhal, como o Pai do nosso Querido Amigo Assis! ( Ele que me perdoe! Estou a vê-lo: Alto, bem posto, de uma elegância clássica, a recitar Cecília Meireles. Ele, o grande Mestre David Mourão-Ferreira:  Ai palavras, ai palavras,/ que estranha potência, a vossa! / Ai, palavras, ai palavras, / sois do vento, ides no vento/ no vento que não retorna,/ e, em tão rápida existência, / tudo se forma e transforma!

 No princípio, era o VERBO…. 

 Coimbra, João Lopes   

 

Há dias assim

05.05.21 | asal

Hoje, o dia tem sido rico demais, a ponto de não ser capaz de me fechar em concha e nada dizer. Assim se faz associação, penso eu.

De manhã, telefono para a Margarida, viúva do João Heitor, falecido há um ano em plena pandemia. E encontro uma senhora conciliada com a vida, à espera de uma bisneta que devia ter nascido há cinco dias, «mas está lá tão bem que não quer vir cá para fora». É a vida que continua e nós temos de aceitá-la... Olhar para a frente em vez de viver para trás...

Depois, estava eu a mastigar uma feijoada de dieta (não era do restaurante, era da Antonieta!) muito saborosa, quando me telefona o Gil a querer desfazer uma dúvida bem séria. Acabara de ouvir de um vizinho da Palhota (S. Pedro do Esteval) que tinha morrido há uns 10 dias o P. Américo Agostinho. Caramba, não acreditei... Ninguém me tinha dito nada, quando já é normal haver um amigo que transmite estas notícias. De tarde vou investigar...

Mas isto continua. Ontem não consegui dar os parabéns ao P. Marcelino pelo seu aniversário e hoje tentei novamente. Fui encontrar um amigo cheio de alegria, contente com a minha surpresa e a dizer que está sempre disponível para receber os antigos alunos dos nossos seminários. Até me conta uma anedota:

«Mãe e filha dormem na rua... Sabe que horas são no campanário da sua igreja?

- Eu sei lá! Nem o campanário vejo...

- Muito simples: falta um quarto para as duas!»

Entretanto, falo-lhe dum amigo com quem gostava de falar e não tenho n.º de telefone, o João de Deus Tavares, de S.to António das Areias. E não é que, de repente, ele me dita o número?! Milagre...

Vem a seguir uma longa conversa com este amigo de outros tempos, de que não sabia nada desde o Encontro de Marvão. Já tinha pedido o n.º dele nas redes sociais, o Patrocínio deu-me um que já não estava atribuído a ninguém e agora felizmente é um falar sem horas marcadas. Lembrámos vários amigos, cada um a envelhecer para o seu canto sem nada saber dos outros, mas ainda pude saber do Bugalho, disse de outros amigos o que sabia (até discordámos do nome do Fernando Leitão, eu a acrescentar Miranda e ele a dizer que não!), pu-lo a falar com o Manuel Pereira e fiquei com os dados do João para anunciar o seu aniversário em 19/02, curiosamente o dia de anos de um dos meus filhos.

E diz-me o João de Deus: a tua voz faz-te presente, como se estivesses aqui. Olha. eu quero o livro, manda-mo à cobrança, por favor...

E todos ficamos inchados, como se revivêssemos os momentos vividos em Portalegre, em Marvão, na Portagem ou na estação da CP na Beirã, onde um dia me foram buscar vindo de Madrid!

Olha, Gil, foi o João de Deus que me disse que o P. Américo Agostinho está vivo, mas com graves complicações no hospital de Portalegre, onde ainda tentam uma operação ao pâncreas. 

Assim vão os dias: alegrias misturadas com dor e sofrimento e mais intenções para incluir nas nossas preces. E diz-me o Gil: - olha que isso tudo também te ajuda a viver...

Sim, é bem verdade!

António Henriques 

NOTA: Junto fotos de Marvão com o João de Deus no meio da malta, uma com Cón. Lúcio e outra com ele a conversar com o Alexandre Pires.

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IN MEMORIAM JOÃO HEITOR

05.05.21 | asal
Grande João, um filho da freguesia dos Envendos.

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Até sempre!
Um abraço
 
solidário a sua família e em especial à sua inseparável companheira Margarida !!!
Com fotos do
Jose Ventura
António Manuel M. Silva
António Eduardo Oliveira
eis o incansável João no último Encontro dos Animus Semper Antigos Alunos antigos alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco, na Sertã, em Maio de 2019,
Ele que ao longo dos anos, no silêncio do corta e cola das tão pré-históricas quanto saborosas "circulares" a todos nos convocou.
João, um privilégio ter-te conhecido, sobretudo porque me reconheci, mais tarde, o quantas pragas nos terão rogado os nossos amigos, por sermos uns chatos do caraças, sempre preocupados em que nada nem ninguem faltasse aos encontros.
Também te roguei mil pragas, como sabes, mas agora, João, quem nos tratará daquele momento sublime com que terminavam as tuas circulares, prometendo para a despedida dos nossos encontros, o momento mágico do.. "será servido um chá e bolinhos"?!
João, prepara-nos aí na "Casa do Pai", como também costumavas dizer, um chá, bolinhos e...celestiais nuvens de algodao doce.
OBRIGADO, João.
António Colaço (4/05)

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Aniversários

04.05.21 | asal

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Hoje celebra 82 anos o Hermínio Canhoto, um colega muito chegado (entrou no Gavião em 1952), a viver agora na Aldeia de S. Francisco de Assis, a terra do P. Eusébio. O Hermínio passou uns longos 60 anos na Venezuela, de onde regressou há algum tempo. 

Caro amigo, os nossos PARABÉNS, com votos de muita saúde e longa vida em felicidade.

Contacto: tel. 962 388 862

 

Salvé, P. Marcelino Dias Marques!Marcelino1.jpg

Este colega, pároco de Marvão, celebra o seu 56.º aniversário. Bem nos lembramos do seu trabalho aquando do nosso encontro naquele "Ninho de Águias". A foto foi tirada num dos momentos em que com ele estivemos.

Aqui estamos a dar-lhe os PARABÉNS e desejar-lhe muita saúde e longa vida na sua missão de bem-fazer. Pois, que a Vida te cumule de muita felicidade pessoal e felicidade de todos os que serves em missão apostólica.

Contacto: 964078892

Bruxas videntes!

04.05.21 | asal
No seu mural do Facebook, o António Rodrigues aproveita o seu aniversário para contar com muita graça o historial da sua vida. Eu pedi-lhe licença para o trazer para aqui. Parabéns, amigo! AH

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No dia 3 de Maio de 1948, nasceu na Torre de Monfortinho um menino a quem deram o nome de António.
Depois de lavadinho e vestidinho com a roupinha de uma Maia, coitadinho, deitaram-no no seu bercinho de madeira.
Como era costume naquela época, chamaram uma bruxa/vidente muito competente para lhe prever a sua vida futura.
"Pela maneira melodiosa como chora - começou ela a prever -, vai ser uma pessoa muito feliz. Casará com uma mulher da qual nascerão dois filhos lindos, uma menina e um menino.
Quanto a profissões, terá várias: a primeira, como pastor de cabras, que será curta. Depois irá estudar, durante quase oito anos, para ser pastor, mas desta vez de almas. Mas não será esse o seu destino, nem nos três anos seguintes. Estes serão passados, ao serviço da Pátria, que como bom descendente da Padeira de Aljubarrota, não de pá, mas de arma em punho, passará dois anos em África a combater heroicamente.
De regresso à Metrópole, casará com a sua madrinha de guerra e começará a trabalhar como ajudante de despachante na alfândega de Lisboa, mas nunca chegará a ser despachante.
Passados dezoito anos, tentará uma nova profissão, como livreiro. Mas também aí fracassará e será apenas um simples vendedor de jornais e revistas durante catorze anos.
Por fim, vai servir na Cruz Vermelha Portuguesa e, após a reforma, continuará como voluntário na acção social.
Prevejo ainda que haverá uma grande pandemia, durante os anos de 2020 e 2021, que provocará muitas mortes e muita miséria. Como voluntário, o António, que entretanto já será conhecido como o Sr. António da Cruz Vermelha do Seixal, vai ter uma acção muito valiosa na ajuda aos novos pobres.
A partir do fim do ano de 2021, há uma nebulosa que não me deixa prever nada mais".
Agora digo eu: não acredito em bruxas, pero que las hay, hay!!!
António Rodrigues

Aniversário

03.05.21 | asal

António Rodrigues.jpgMAIS UM ANIVERSARIANTE

Desta vez é o António Rodrigues, nascido em 3 de Maio de 1948. Sei que vive no Seixal, mas ainda não nos cruzámos. Um dia destes será.

Aqui se registam os PARABÉNS do grupo, com votos de vida prolongada, com saúde, junto de familiares e amigos. 

Não temos contacto telefónico.

Dia da Mãe

02.05.21 | asal

Pequeno Poema

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Quando eu nasci, 
ficou tudo como estava. 

Nem homens cortaram veias, 
nem o Sol escureceu, 
nem houve estrelas a mais... 
Somente, 
esquecida das dores, 
a minha Mãe sorriu e agradeceu. 

Quando eu nasci, 
não houve nada de novo 
senão eu. 

As nuvens não se espantaram, 
não enlouqueceu ninguém... 

Pra que o dia fosse enorme, 
bastava 
toda a ternura que olhava 
nos olhos de minha Mãe... 

Sebastião da Gama, in 'Antologia Poética' 

NOTA: na simplicidade da vida, na humildade do dia a dia, na normalidade dos nossos gestos, acontecem os milagres que as mães provocam nos seus filhos. É o amor no seu melhor. Louvor às nossas mães! AH

O pluralismo religioso em Portugal (4)

01.05.21 | asal
Amigo Henriques
Ainda bem que me lembraste que me encontrava em falta. Para saldar a dívida, aí te envio mais uma colaboração que desejo útil aos nossos amigos e fiéis leitores do ANIMUS.
Com esta reflexão termino a série de quatro reflexões relativas a uma breve história do nosso pluralismo religioso, com os seus altos e baixos.
Na linha do nosso Presidente da República, temos de examinar toda verdade da nossa História Pátria, com as suas glórias e misérias. A nível religioso, esta constatação encontra-se também bem patente na nossa caminhada como povo tolerante e inquisitorial. Conhecê-las e assumi-las é nosso imperioso e sadio dever de cidadãos.
Com um longo abraço, até sempre...

Florentino4.jpgFlorentino Beirão

 

A democracia abriu portas às minorias

A inesperada e festiva Revolução dos Cravos, ocorrida em 25 de abril de 1974, ao derrubar a longa ditadura do Estado Novo de Salazar, trouxe consigo um regime democrático, aberto às marginalizadas e perseguidas minorias religiosas do país. A partir desta altura, já puderam afirmar-se, por força da “Lei da Liberdade Religiosa”, consagrada juridicamente na nova Constituição da República, aprovada em 1976. No seu art.º 41º, é consagrada a “liberdade de consciência, religião e culto que são invioláveis e ninguém pode ser perseguido ou privado dos seus direitos, pelas suas convicções ou práticas religiosas”.

Com base neste princípio constitucional, a partir desta altura, as minorias religiosas passaram a gozar de total liberdade, convivendo livremente com a maioritária Igreja Católica, com total liberdade de atuação na democracia portuguesa. Deste modo, a aceitação e o respeito pelas crenças de cada um dos cidadãos tornou-se um direito inquestionável, no nosso ordenamento jurídico.

Porém, a Igreja Católica, a religião mais antiga do país, não deixou de manter o seu estatuto de domínio social e cultural que, mais tarde, viria a ser regulado e consagrado numa nova Concordata, celebrada entre a Igreja e o Estado. Quanto às outras comunidades religiosas, ficaram a gozar de um estatuto de total liberdade, no que diz respeito à sua organização e ao exercício das suas funções e cultos.

Apesar disso, as minorias religiosas não se sentiram totalmente confortáveis com a sua condição subalterna face à Igreja Católica que tinha assinado com o Estado uma Concordata que a privilegiava, em relação a elas.

Face a esta constatação, reconhecida pelo Estado, com algum fundamento jurídico, foi criada uma Comissão de Reforma da Lei da Liberdade Religiosa, por despacho de 08.04.1996. Daqui surgiria, finalmente, a atual Lei da Liberdade Religiosa n.º 16/2001, de 22 de Junho.

Posteriormente, para apresentar pareceres e aconselhar o Governo nesta matéria, foi criada ainda uma nova Comissão de Liberdade Religiosa, em 12.02. 2004. Segundo esta Comissão, o Estado, na sua legislação, teria que levar em conta as confissões mais numerosas e mais antigas do país, em detrimento das mais recentes e menos numerosas. Passemos então aos números.

De acordo com o último censo de 2011 que abrangeu todo o território nacional, existem 3,87% de minorias religiosas, com 6% de cristãos ortodoxos, 21,71% de protestantes, 47,03% de outros cristãos, 0,78% de judeus, 5,94% de muçulmanos e 8,27% de não cristãos.

A Igreja Católica, no mesmo ano, mandou também fazer um inquérito sobre as minorias religiosas, mas apenas no território do Continente. Os resultados recolhidos neste trabalho revelaram que apenas 5,7% dos seus habitantes fazem parte das minorias religiosas as quais incluem 16,28% de cristãos ortodoxos, 21,7% de protestantes, 24% de testemunhas de Jeová, 6% muçulmanos e 0,78% de judeus. Nesta data, as minorias religiosas incluíam em Portugal as seguintes confissões: neopentecostais, espíritas, ortodoxos, testemunhas de Jeová, mórmons, Assembleias de Deus, IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), os muçulmanos de fação sunita, o budismo e o induísmo. Os restantes, a maioria esmagadora, declararam integrar-se, a nível religioso, na religião Católica que, no primeiro censo, a todo o território nacional, atingia 85%. No segundo censo, da iniciativa da Igreja Católica Portuguesa, incluindo apenas o Continente, os católicos chegavam aos 89%.

Pelos dados que conseguimos apurar, as minorias religiosas implantadas em Portugal, desde 1981 até 2001, têm aumentado, consistentemente, no nosso país. Quer através do proselitismo, como as Testemunhas de Jeová e a IURD, quer através dos fenómenos constantes migratórios que transportaram para o nosso país, sobretudo cristãos ortodoxos, vindos dos países do leste da Europa. Vivem sobretudo nas zonas metropolitanas do Porto, Lisboa e região algarvia.

Quanto aos católicos, é notório o declínio das práticas religiosas em todo o território nacional, sobretudo nas cidades. O mesmo se diga do clero, cada vez mais escasso, comprometendo uma assistência religiosa mais próxima das comunidades paroquiais.

Como hoje, algumas minorias religiosas manifestam uma atividade proselitista muito aguerrida, junto de muitos católicos, não é raro que estas continuem a crescer, muitas vezes por deficiente formação catequética da igreja católica.

O constante aumento de divórcios e de uniões de facto revelam bem como a Igreja tem estado a perder vigor no nosso país, onde sociologicamente, a maioria esmagadora da população ainda se diz ser de tradição católica. Após esta pandemia, como se comportará o pluralismo religioso?

florentinobeirao@hotmail.com

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