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Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

Romaria da Senhora do Almortão

20.04.21 | asal
No domingo, foi a missa da festa transmitida pela TVI. E hoje vi os apontamentos do Mário. Aqui vão eles! O P. Adelino foi espetacular a falar e a cantar!  Da TVI copiei algumas imagens. AH

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Curiosidades
 
Quem não é da Idanha é natural que não conheça. A festa são três dias. Domingo de São Romão, Segunda de Romaria e Terça Feira para as pessoas em sofrimento.
No primeiro dia, ia-se para o cais (rua balcão frente à Casa do Marquês) ver passar os romeiros nos carros e animais enfeitados. O domingo de São Romão também era conhecido como dia do fogo. A noite era de muito folguedo. Quem vinha de longe dormia no terreiro e a parte religiosa era a missa e havia muitos sermões, pois as pessoas faziam promessas a Nossa Senhora e ao São Romão, sermões.
No segundo dia, o dia da Romaria, era a festa religiosa (missa e procissão), a que se seguia a merenda debaixo de uma azinheira das redondezas do terreiro. Da merenda faziam sempre parte os pastéis de bacalhau e os ovos verdes. O resto dependia das posses da família. Era o momento grande das famílias e do convívio.
Após o repasto, bem comidos e bebidos, as pessoas espalhavam-se pelo recinto a fazer compras: amêndoas, santinhos e coleiras de pinhões, bem como adquirir uma imagem e uma flor para enfeitar o burro, que fazia parte integrante do ritual. Durante toda a tarde, grupos de peregrinos cantavam em redor da capela. No fim da tarde, havia a despedida.
A despedida mantém-se ainda hoje e até com mais relevo, mas os grupos de peregrinos em redor da capela perderam força e foi em parte substituído pelos cânticos a nossa Senhora no Alpendre. O Sr. Padre Adelino e o Sr. João Carreiro anunciam a quadra seguinte e, ao toque de inúmeros adufes, o entusiasmo dos cantores não esmorece. Por vezes, o cansaço das vozes é já visível.
Quem não ia à romaria, por qualquer razão, ia no final da tarde ver o regresso dos romeiros às suas terras.

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O terceiro dia era um dia mais reservado, mais silencioso. Quase poderíamos dizer sem festa. As pessoas de luto, doentes e em sofrimento também tinham um dia para mostrar a sua devoção à Senhora do Almortão. Sem festas ou folguedos, sem comeretes ou beberetes, mas numa atitude de fé e súplica. O luto ou a doença de familiares próximos, a ausência (na guerra do ultramar ou por imigração) proibia socialmente a diversão e a exuberância festiva e as manifestações exteriores de alegria. Naturalmente que, à medida que este tipo de pressão social se alterou, este terceiro dia foi perdendo força.
 
Mário Pissarra
 

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Aniversário

20.04.21 | asal

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PARABÉNS, GIL!

Hoje faz anos o António Gil Martins Dias, que é da Isna de S.Carlos e professor em Proença-a-Nova, sendo ainda grande colaborador das nossas iniciativas. 

Aqui deixamos os PARABÉNS do grupo, desejando ao amigo as maiores felicidades e muitos anos de vida. 

Contacto telefónico: 964 670 803

Aniversários

19.04.21 | asal

Nos últimos dias, ninguém fez anos. E eu descansei... 

Desta vez, são aniversários no plural. E são mesmo três nesta página de encontros vários, que gostamos de ver viva e a celebrar a Vida!avelino.jpg

- Em primeiro lugar, o menos novo é o P. João Avelino, que nasceu em Sagueiro do Campo em 1942 e hoje vive o seu 79.º aniversário em serviço eclesial em Castelo Branco. Pois, meu caro, PARABÉNS! E que continues a viver com alegria a tua missão ao serviço da comunidade.

E ad multos annos! Quod bonum de te adveniat, beneficium est tibi. É latinório, mas talvez tenha sentido!... "O bem que fizeres reverterá para ti!

Contacto: tel. 962360699


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- Vem depois o António Gil Dias André, que nasceu em 1947 em Cardigos, perfazendo 74 de muita vida e alguma felicidade, mesmo com os achaques que vão aparecendo. 

Meu caro, os PARABÉNS do grupo, que te deseja muita saúde e que sejas feliz.

 

 

- Finalmente, antunes.jpgcom o mesmo gosto anunciamos as 72 primaveras do António André Canhoto Antunes, que vem de 1949... De Cardigos, onde nasceu, passou para Coimbra, estudou e trabalhou em Informática e por lá vai vivendo.

Aqui ficam os PARABÉNS dos amigos deste grupo. Sê feliz e que os teus sonhos se realizem.

Contacto: tel. 962 820 025

Falecimento

18.04.21 | asal
Mais um amigo que nos deixa... 

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Copio de "Paróquia de Oleiros Oleiros" a triste notícia:

 
Faleceu, esta manhã, em Lisboa, o Sr. Luís Filipe Romão Alves de Matos, de 66 anos de idade. As exéquias realizar-se-ão, ananhã, dia 19, na Paróquia de Oleiros com missa de corpo presente às 18h00 na Igreja Matriz.
Rezemos por ele e pela sua família!
Que o Senhor lhe dê o eterno descanso!
 
NOTA: Quando em 17/02 telefonei a dar-lhe os parabéns de aniversário, respondeu-me a esposa a comunicar que ele estava no hospital há meses com um traumatismo craniano. 
 
Temos de aceitar esta dura realidade. Estamos de passagem, com a esperança de um dia encontrarmos a vida eterna. Que a fé nos valha!
Condolências aos familiares...

Palavra do Sr. Bispo

16.04.21 | asal
QUANDO UMA MÃE INSISTE E PERSISTE!...

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Desde que Adão e Eva partiram os pratos e foram expulsos daquele jardim à beira rios plantado, a humanidade jamais correu sobre rodas. Segundo a mensagem do Génesis, Adão e Eva não tiveram pai nem mãe, mas foram os primeiros pais a sofrer a morte de um filho: Caim matou Abel, eram irmãos. O Papa João Paulo I, o “Papa do sorriso”, afirmou que "Deus é Pai, mas também é Mãe". Foi Ele quem criou o homem e a mulher. Foi Ele quem esteve junto deles nessas horas difíceis e trágicas da sua vida familiar. Apesar de todo aquele mercadejar entre a serpente, Eva e Adão, apesar de não se poder provar bem bem qual o conteúdo concreto desse ato de corrupção, apesar de ninguém colocar em dúvida a sua existência, apesar de todos estarmos a sofrer as suas pesadas consequências, nunca houve rosas que fizessem esquecer tais espinhos nem tempo que fizesse prescrever esse delito. No entanto, se os penalizou, nunca Deus os abandonou, nem a eles nem a nós, seus descendentes, que apanhamos por tabela. Deus foi-nos falando ao longos dos tempos, como a amigos, para nos reconvidar à comunhão com Ele, ao ponto de nos enviar o seu Filho. A morte de Cristo na cruz é uma morte expiatória, cobre a multidão das corrupções humanas. É uma morte propiciatória, Deus perdoa, torna-se favorável. É um sacrifício vicário, uma morte substitutiva, Jesus morre por todos nós, em nosso lugar. É uma morte redentora, Jesus resgata-nos, reconcilia-nos com Deus, traz vida nova aos que n’Ele creem e vivem em conformidade. Viver em conformidade, é ter consciência daquela fragilidade humana que, se foi original, acabou por ser originante de todas as corrupções humanas. No entanto, mesmo que nem sempre seja fácil fugir aos hábeis truques do mafarrico, sabemos que Deus é fiel e ninguém é tentado acima das suas próprias forças, desde que aceite os meios e a força para suportar e sair da tentação (cf. 1Cor 10, 13). Com a formação humana e a força que brota da cruz, o agir humano é sempre passível de aperfeiçoamento nos caminhos do bem e do respeito pelos outros.
Na reflexão passada, realcei a força da oração do pai, apresentando exemplos de pais que nos aparecem nos Evangelhos. Hoje realçarei sobretudo a importância da oração da mãe, e o seu testemunho, também a partir do Evangelho. Se é importante a presença ativa do pai para o bem da família, não o é menos a da mãe, sem prejuízo, como é evidente, da sua vida social e laboral (cf. GS52).
Embora por lá se encontrem perfis de mães para muitos gostos, a Bíblia apresenta-nos grandes figuras de mães, exemplos de fé, confiança em Deus e oração. A mais importante de todas é, sem dúvida, Maria, esposa de José, a Mãe de Jesus. Nessas grandes figuras de mãe, a fé, a escuta e a aceitação da vontade de Deus na vida, não significou que a vida lhes fosse isenta de problemas, sofrimento e aflições, inclusive à Mãe de Jesus. No entanto, se a fé e a oração não evitam nem minimizam as vergastadas da vida sofridas por tantas pessoas e famílias, essas famílias e pessoas sabem olhar e enfrentar de modo diferente o sofrimento. Acabam por ter uma força interior capaz de tudo ultrapassar e transformar em caminho de santificação, gerando empatia, contagiando.
Todos conhecemos a reação de Jesus tocado pela tristeza e dor da viúva de Naim que levava a sepultar o seu único filho, com grande presença e consternação da comunidade envolvente (Lc 7,11-17). Mas não vou falar dessa mãe. Prefiro apresentar o testemunho orante duma outra mãe, uma mãe sofrida com a grave doença da sua filha. Na linguagem de São Marcos, era uma mulher sirofenícia. São Mateus diz que era cananeia.
Tanto para um como para outro, era uma mulher não judia, pagã. Para mim, é uma das mais belas e comoventes atitudes dum coração de mãe sofrida com a falta de saúde da sua filha. Ela reconhece em Jesus não só uma personalidade humana excecional, mas Alguém que traz algo de novo com autoridade e verdade. E confia plenamente que Ele lhe pode valer, por isso, embora sempre humilde e perseverante, ela dá luta a Jesus. Apesar de ser estrangeira, ela chama-lhe “filho de David”, um título messiânico dado ao futuro “rei de Israel”. Apresenta-se com uma fé inabalável, com uma confiança total em Jesus a quem pede, com humildade e perseverança, a cura da sua filha: “Senhor, filho de David, tem piedade de mim”.
Jesus, porém, parece que tinha acordado mal disposto. Mostra-se duro, dá a entender que não ouve, não lhe dirige uma palavra nem um olhar. Os discípulos, impacientes, acabam por pedir a Jesus que mande aquela mulher embora. Não com pena dela nem da filha, com certeza, mas para se verem livres dela: “Manda embora essa mulher, porque ela vem a gritar atrás de nós”. Jesus, continuando com ares de pouca ou nenhuma graça, lembra que a sua missão se limita ao povo judeu: “Eu fui mandado somente para as ovelhas perdidas do povo de Israel”. A mulher, porém, é que não desarma, ela precisava de ajuda, a sua filha estava a morrer! Por isso, aproxima-se mais um pouco, ajoelha-se diante de Jesus e reitera o seu angustiante pedido: “Senhor, ajuda-me”.
Para os israelitas, os estrangeiros e os pagãos eram considerados como “cachorros”, desconhecedores que eram da lei de Deus. Segundo os chefes israelitas, só Israel era a alegria do Senhor, tinham-se como as únicas pessoas dignas das atenções de Deus. Jesus permanece na sua e testa a senhora duma forma que, para a nossa sensibilidade, até nos parece tremendamente indelicado: “Não está certo tirar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”. A mulher, porém, permanece firme e confiante, ela precisava de ajuda. E perante esta resposta tão forte de Jesus, ela responde com delicadeza: “Sim, Senhor, é verdade; mas também os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa dos seus donos”. Para ela, uma migalhinha caída da mesa de Jesus significava tudo aquilo de que ela precisava naquele momento: o dom, a graça da cura da sua filha que estava às portas da morte. Perante a sua resposta e confiança, Jesus nada mais teve a dizer senão louvar-lhe a sua grande fé e atendê-la: “Mulher, é grande a tua fé! Seja feito como desejas”. E desde aquele momento a sua filha ficou curada” (Mt 15, 21-28; Mc 7, 24-30).
A salvação trazida por Jesus, embora devesse ser anunciada em primeiro lugar ao povo de Israel, que, aliás, foi preparado para isso ao longo dos tempos, não era para ser seu monopólio ou privilégio. Nem tampouco bastava pertencer a esse povo para que alguém fosse considerado justo e bom. A salvação que Jesus trouxe é para todos os que acreditarem n’Ele e na sua missão, em qualquer tempo, em qualquer parte, seja quem for. Na atitude desta mulher, para além da sua fé em Jesus e num mundo novo por Ele anunciado, para além da sua oração, humildade, perseverança e confiança, aplica-se o que diz o Evangelho: “Pedi e ser-vos-á dado! Procurai e encontrareis! Batei e abrir-vos-ão a porta! Pois todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra; e a quem bate, a porta será aberta” (Mt 7, 7-8). Jesus elogiou a fé desta mulher não judia: “Mulher, é grande a tua fé!”. Mas também, noutra ocasião, reagiu perante a pouca fé dos seus discípulos quando a tempestade os assustou: “Porque tendes medo, homens de pouca fé?”. Os momentos de crise e dificuldade na vida são sempre uma espécie de termómetro a medir o grau de consciência que as pessoas ou as famílias têm da presença de Cristo entre elas, é um sintoma da sua maturidade ou infantilidade na fé.
A Exortação Apostólica sobre a Família Cristã afirma que um elemento fundamental e insubstituível da educação para a oração é o exemplo concreto, o testemunho vivo dos pais. Só rezando em conjunto com os filhos, o pai e a mãe, entram em profundidade no coração deles, deixando marcas que os acontecimentos futuros da vida não conseguirão fazer desaparecer. E se, no artigo passado, lembrei o apelo de Paulo VI ao pai de família, hoje lembro o seu apelo às mães: “Mães, ensinais aos vossos filhos as orações do cristão? Em consonância como os Sacerdotes, preparais os vossos filhos para os sacramentos da primeira idade: confissão, comunhão, crisma? Habituai-los, quando enfermos, a pensar em Cristo que sofre, a invocar o auxílio de Nossa Senhora e dos Santos? Rezais o terço em família?” (FC60). E afirma o Papa Francisco: “ser mãe não significa somente colocar um filho no mundo, mas é também uma escolha de vida. O que escolhe uma mãe, qual é a escolha de vida de uma mãe? A escolha de vida de uma mãe é a escolha de dar a vida. E isto é grande, é bonito”.
Como seria belo que a fé de cada filho fosse elogiada como São Paulo elogiou a de seu amigo Timóteo: “Lembro-me da fé sincera que há em ti, a mesma que havia antes na tua avó Loide, depois na tua mãe Eunice e que agora, estou convencido, também está em ti” (2Tm 1, 5). Como é bom entender a palavra de Jesus: “que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se perde a própria vida?” (Mc 8, 36).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 16-04-2021.

Carta ao Florentino

16.04.21 | asal

As palavras que agora aqui deixo foram escritas primeiro como "NOTA" no final do texto do Florentino. Mas achei que devia dar-lhe mais destaque, isolando-as num novo post. AH

Mensagem do Florentino:

«Meu caro Henriques

Já reparei que deste por aí uns saltos de alegria pelo belo resultado alcançado com a angariação da verba suficiente para deitarmos cá para fora o nosso livro sobre o seminário de Alcains. Belíssimo. Não há palavras!!!
Sempre acreditámos que seria possível e os nossos amigos não nos defraudaram... Nem tudo são más notícias nestes tempos de breu.
Gratidão a todos os que estiveram connosco.
E a ti, o inquietador desta longa caminhada, aquele abraço forte, de um grande vencedor de boas causas.
Florentino»

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Meu caro Florentino,

aproveito para responder à tua mensagem inicial no texto de hoje, sempre simpática e oportuna, a falar dos saltos de alegria que eu dei quando vi terminado o meu afã de conseguir um pesado alforge de euros para o nosso livro "Seminário de Alcains. História e Memórias". Confesso que cheguei a assustar-me e a passar algumas noites mal dormidas (estas preocupações já me tiram o sono - sinal da minha "velheira"!). Mas felizmente a adesão foi maravilhosa e eu agora sinto que estou a passar uns dias de férias. 

E repito contigo: Gratidão a todos os que estiveram connosco!

Mas atenção! O obreiro maior desta iniciativa foste tu, amigo Florentino! Se não fossem os meses que passaste em investigação e a redigir a parte histórica do livro, não havia livro... Eu sei que outro amigo, o João Lopes, com o seu habitual jeito de trabalhar na penumbra, esteve a teu lado a facilitar o caminho, a sugerir soluções, mas és tu a assumir o trabalho com todo o teu saber. E ainda és tu que estás no momento a passar horas e dias na tipografia a colaborar na maquetagem do livro para a obra ficar bonita.

Por isso, deixo aqui um louvor pessoal e coletivo à tua dedicação às causas do grupo, tu que há muito és um colaborador especial deste blogue, tarefa que eu agradeço efusivamente como editor. Quantas vezes tenho a boca seca para falar, sem inspiração para redigir qualquer mensagem e lá vens tu com uma colaboraçãozinha, como água na secura do deserto! Obrigado...

Mas estas palavras até ficam deslocadas neste momento alto da nossa vida associativa, nestes dias em que o blogue chega a ter mais de 400 visualizações diárias.

Aos amigos que nos acompanham como leitores ou como colaboradores, eu digo que a vida é muito mais que um blogue, que uma associação, que um texto a escrever para os amigos...

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Mas estes momentos dão cor, dão vida à nossa vida, com pedacinhos de memória que nos alimentam os dias.

Obrigado a todos! Deixo aqui mais uma flor do meu quintal, primeiro para o Florentino e depois para todos vós, que me ajudam tanto a gostar de viver.

António Henriques

O pluralismo religioso em Portugal (3)

16.04.21 | asal
Meu caro Henriques
Já reparei que deste por aí uns saltos de alegria pelo belo resultado alcançado com a angariação da verba suficiente para deitarmos cá para fora o nosso livro sobre o seminário de Alcains. Belíssimo. Não há palavras!!!
Sempre acreditámos que seria possível e os nossos amigos não nos defraudaram... Nem tudo são más notícias nestes tempos de breu.
Gratidão a todos os que estiveram connosco.
E a ti, o inquietador desta longa caminhada, aquele abraço forte, de um grande vencedor de boas causas.
Florentino

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Do Liberalismo ao Estado Novo

Eliminada que foi a poderosa e maléfica Inquisição em 1621(?1821), a relação do Estado com as religiões em Portugal conheceu novos desenvolvimentos um ano após a Revolução Liberal (1820).

Tudo levava a crer que os novos tempos se abrissem à aceitação da liberdade para todos os cidadãos face à lei, dado que em princípio todos os cidadãos eram iguais. Só que os políticos liberais, quando elaboraram a Carta Constitucional de 1826, mantiveram a Religião Católica como religião oficial do Reino, para não beliscarem a poderosa e omnipresente Igreja Católica.

Necessitando o governo liberal de manter a integralidade do Estado e enquadrar as populações rurais dispersas pelo território nacional, a rede paroquial continuava a oferecer grandes vantagens à administração pública.

Com o clero paroquial a ser pago pelo Estado, para prestar os serviços de funcionários públicos às populações - registos de nascimentos, de casamentos e de óbitos - a rede da administração pública ficava totalmente assegurada. Deste modo, a relação do Estado Liberal com a Igreja Católica pouco mudou, deixando na penumbra espaço para as outras religiões se implantarem e desenvolverem. A consequência foi a conservação da uniformidade religiosa no país, sob a alçada da Igreja Católica, a fim de se continuar a garantir a coesão social em todo o território nacional.

Mais tarde em 1852, a Igreja Católica acabou por disfrutar de uma situação de pleno conforto, em virtude de um enquadramento legal no Código Penal deste ano, onde se restringiu a liberdade religiosa e foi criminalizada quaisquer ação contra ela. Nomeadamente a celebração de outros cultos e propagação de outras doutrinas. Deste modo, se deu um tiro na liberdade religiosa dos cidadãos e no pluralismo religioso em Portugal, convivendo-se mal com os outros credos. Assim se foi mantendo a hegemonia da Igreja Católica, de mãos dadas com a Monarquia Liberal, apesar de aparecerem algumas vozes críticas acusando o clero de ser um mero quadro administrativo ao serviço do Estado, pago pelo erário público. Esta situação de privilégio, após a Revolução Republicana de 05.10.1910, em parte foi posta em causa conhecendo a partir desta data novos desenvolvimentos legais.

Foi assim que, chegados os republicanos ao poder, como se encontravam imbuídos de uma ideologia maçónica, positivista e anticlerical, decidiram aprovar em abril 1911 a célebre e histórica Lei da Separação do Estado das Igrejas. Com esta legislação radical, os republicanos que se encontravam mais ligados às ideias de Afonso Costa, o autor desta Lei, embora aceitassem a Igreja Católica, queriam subordiná-la ao novo poder político. Mas, por outro lado, aceitavam a liberdade de culto público de qualquer religião, segundo as normas da nova Constituição de 1911 (art.º 8.º.).

Quanto à Igreja Católica, era-lhe exigido que ficasse subordinada ao Estado, com o clero a ser pago por ele, caso os sacerdotes aderissem à nova Lei da Separação. Esta situação deu origem a uma prolongada e dolorosa guerra entre os Bispos, o Clero e a República, até ao governo de Sidónio Pais em 1917. Nesta altura, foi então reformada a Lei da Separação, fazendo-se as pazes entre o Estado, a Igreja Portuguesa e o Vaticano.

Chegados a 28.05.1926, com a queda da República e a instauração da Ditadura Militar, esta situação conheceu novos desenvolvimentos com a aprovação doutra nova Constituição em 1933 sob a tutela de Salazar, dando-se início ao regime ditatorial do Estado Novo. Nesta nova Constituição, continuou-se a garantir o princípio da liberdade religiosa a todas as confissões religiosas, embora as relações entre a Igreja Católica e o Estado merecessem privilégios especiais, incluídos posteriormente na Concordata em 1940 e no Acordo Missionário para as colónias.

Relativamente às religiões implantadas em Portugal durante o Estado Novo, foram sempre mal vistas ao longo deste regime, onde pontificavam os amigos Cardeal Cerejeira e António Salazar.

Apesar do regime de ditadura não ser muito hostil em relação às outras religiões, impedindo a sua expansão, na realidade porém algumas delas nomeadamente o protestantismo, foi sendo hostilizado pelos setores mais conservadores da Igreja, sobretudo nas homilias dominicais e em alguma imprensa local dirigida pela Igreja.

 Nos finais do Estado Novo, ainda foi aprovada a Lei n.º 04/ 21.08.71 que estendeu a liberdade religiosa, embora o clima de suspeição entre o Estado e alguns grupos religiosos tenha impedido a sua aplicação. Com o 25 de abril de 1974, chegaram novos tempos.

florentinobeirao@hotmail.com

Lista final de doadores

13.04.21 | asal

Aqui estamos mais uma vez para nos alegrarmos com todos e gritar bem alto que atingimos a meta e até a ultrapassámos. Conseguimos reunir 4530.00 €, que devem ser suficientes para pagar a impressão de 300 exemplares a cores do nosso livro "Seminário de Alcains, História e Memórias". Estamos à espera do último orçamento por o livro ter passado de 260 para 280 páginas.

E digo mais: são já 84 os que quiseram antecipar dinheiro para o nosso projeto. Quase todos deram 30 ou mais euros, embora alguns tenham ultrapassado a normal generosidade e tenham sido uns pesos pesados que levaram a conta para patamares bem altos.

Dou os PARABÉNS a todos e ainda um BEM-HAJAM por acreditarem na iniciativa. Que maravilha!

Agora posso continuar a dizer coisas bonitas, se me permitem:

1 - A capa é uma foto a cores de todo o complexo do Seminário, foto tirada por um drone. E esta, hen?!

2 - Vai predominar o verde nos títulos, mas é só sinal de esperança e nada tem a ver com o Sporting de muitos de nós. Eu aí não meti o bedelho...

3 - A Comissão, em conversa telefónica entre nós, concordámos em avançar mais uma oferta: todos os que ofereceram 30 € ou mais vão dispor de dois livros grátis para deles fazerem o que quiserem.

4 - Pelas contas do Florentino, esperamos que o livro possa chegar às nossas casas (aqueles que lhe derem o endereço) na segunda quinzena de Maio.

Por hoje ficamos por aqui. Uma boa semana para todos. "Cuidem-se"! "Se cuidem", "Take care", Estrelícias.jpg"Cave"...

António Henriques  (com uma flor do meu quintal!)

 

LISTA completa de doadores - 84

Abílio Cruz Martins

Abílio Delgado

Agostinho Pissarreira

Adelino Américo Lourenço

Adelino Neves Mateus

Adérito José Alves Mateus

Agostinho Gonçalves Dias

Alexandre Lourenço Nunes

Alvarino Carmo Barata

Aníbal Rodrigues Henriques      

António Barata Afonso

António Batista Martins - reforço

António Cruz Patrocínio

António Dias Henriques - reforço      

António Gil Martins Dias

António José Pires - reforço

António Leonor Marques Assunção

António Lopes Luís 

António M. Romeiro Carvalho      

Antonio Manuel L. Alves Martins 

António Martins da Silva

António Martins Ventura 

António Pequito Cravo - reforço

António Pereira Ribeiro

António Rodrigues Lopes

António Santos Lopes Xavier - reforço

Armindo Ribeiro Luís

Armindo Santos Batista

Artur Lopes Pereira 

Assis Ribeiro Cardoso

Augusto Matos Rei

Bernardino Mateus

Bonifácio dos Santos Bernardo

Carlos Filipe Marques

Carlos Oliveira Diogo

Ernesto Delgado Jana

Eurico Pires Grilo   

Eusébio Firmino da Silva - reforço

Fernanda Maria Barata

Fernando Cardoso Leitão Miranda - reforço

Fernando Manuel de Jesus Farinha 

Florentino Vicente Beirão

Francisco Alves Lopes Ruivo

Francisco António Correia

Francisco Luís Moura Simão - reforço

Ilídio Alberto Ribeiro Mendonça

Isidro Rodrigues Pedro

Jaime Nunes Gaspar Júnior

João Ferreira Torres

João Mendes Gregório

João Oliveira Lopes - reforço

João Luís Portela

Joaquim Dias Nogueira

Joaquim Mendeiros Pedro

Joaquim Ribeiro Filipe

Joaquim Silvério Dias Mateus 

Jorge Lopes Nogueira

José António Cardoso Pedro

José Antunes Figueira

José de Jesus André

José Eduardo Alves Jana

José Farinha Alves

José Henrique Silva

José Manteigas Martins

José Manuel Barata Centeio - reforço

José Maria Lopes - reforço

José Maria Martins

José Pereira Caldeira

José Ribeiro Andrade           

José Ventura Domingos - reforço

Manuel Carmona Pires Lourenço

Manuel Carreiro Pires Antunes

Manuel Domingues

Manuel Lopes Cardoso

Manuel Lopes Mendonça

Manuel Pereira

Manuel Pires Marques

Maria da Graça M A Nunes 

Mário Clemente Delgado

Monsieur Joaq (???)

Flor9.jpg

Narciso Cordeiro Fernandes

Nuno Pedro S. Dias da Silva

Paula Maria Nunes Silva

Saul Joaquim Nunes Valente

                                                         (outra flor do meu quintal)

Aniversário

13.04.21 | asal

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Hoje, 13/04, é o aniversário do Armindo de Jesus Dias!  

Nascido em 1952, são assim 69 anos, o que representa já uma boa idade!

E por aí anda a fazer pela vida, não esquecendo os amigos e o nosso grupo. Fui apanhá-lo hoje no Porto, para onde se mudou para gozar a proximidade dos filhos.

E nós alegramo-nos contigo, Armindo! Parabéns e votos de longa e feliz existência.

Contacto: tel. 917 237 023

Aniversários

12.04.21 | asal

Novamente o concelho de Oleiros em evidência através de dois amigos, um da Isna de Oleiros e outro do Estreito. Os dois singraram pelo direito, um na carreira judicial como juíz do Supremo Tribunal de Justiça e outro servindo como assessor da Provedoria da Justiça, entre outros serviços. Peço desculpa se não explico bem...Armindo R Luís.jpg

- Sempre presente nos nossos encontros, o Armindo Lopes Luís, agora juíz conselheiro jubilado, celebra hoje o seu 80.º aniversário. Aposentado, vive agora em Portalegre.

Ao novo octogenário damos os nossos parabéns, desejamos-lhe muita saúde e muitos anos de felicidade.

Contacto: tel. 919 135 946

 

Bernardino Mateus.jpg

- Amigo da última hora, o Bernardino Mateus ligou-se há pouco tempo ao nosso grupo e nele entrou de rompante com uma boa oferta em dinheiro para o livro sobre o Seminário de Alcains. Vive em Lisboa, o que permite novos encontros. É já octogenário como eu, vindo das calendas de 1937.

Ao Bernardino também damos os parabéns, com votos de longa vida na fruição de saúde e bem-estar. E vamo-nos vendo por aí, quando o Covid permitir, pois é em convivência que melhor se aprecia a vida.

Contacto: tel. 218 148 003

Aniversário

11.04.21 | asal

Celebra hoje o seu 37.º aniversário o , um jovem...Diogo Luís.jpgDiogo Luís

Vive na Sertã, casado com a Carla Luís, e ainda há poucos anos eles foram pais de duas bébés, o que significa alegria a dobrar e também algumas preocupações a mais. 

Ao Diogo, um abraço especial de PARABÉNS e votos de muita saúde e felicidade.

Não temos contacto telefónico.

Palavra do Sr. Bispo

10.04.21 | asal
QUANDO UM PAI VIVE A SUA BELA MISSÃO!...

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Em nome da igualdade e inclusão – dizem, e lá terão as ‘suas’ razões! - , a universidade de Manchester incluiu um novo guião no livro de estilo da instituição. Por lá consta também banir certas palavras, como, por exemplo, pai/mãe, mulher/homem, mulher/marido... Já que a natureza nos supera e deve ser respeitada, acho preferível apostar na educação para que as pessoas se respeitem e amem na sua dignidade de pessoas e funções, todas iguais mas todas diferentes. Inclusive no respeito pelos tão habituais e queridos termos de pai e mãe, marido e esposa, mulher e homem.
Na viragem do milénio, São João Paulo II afirmava que a Igreja do terceiro milénio deve estimular “todos os batizados e crismados a tomarem consciência da sua própria e ativa responsabilidade na vida eclesial” (NMI46). Ora, se a família é o primeiro espaço a fomentar a cultura do diálogo e da corresponsabilidade, da intervenção e participação, da solidariedade, gratidão e atenção mútua, também é o primeiro espaço de evangelização e crescimento na fé, em metodologia apropriada. Este ministério do pai e da mãe, original e insubstituível, assume as conotações típicas da vida familiar entrelaçada com o amor, a simplicidade, o sentido do concreto e o testemunho do quotidiano. “Só o facto de determinadas verdades sobre os principais problemas da fé e da vida cristã serem retomadas num quadro familiar, impregnado de amor e de respeito, fará muitas vezes que elas marquem as crianças de maneira decisiva para toda a vida. E os próprios pais beneficiarão do esforço que isso lhes impõe, porque nesse diálogo catequético cada um recebe e dá alguma coisa” (CT68). Além disso, este ministério dos pais, se precede toda e qualquer outra forma de catequese, deve acompanhar a vida dos filhos nos anos da adolescência e da juventude, mesmo quando estes contestam ou mesmo rejeitam a fé cristã recebida nos primeiros anos de vida. Como na Igreja – e este serviço dos pais é essencialmente um serviço eclesial – como na Igreja, a obra de evangelização nunca está separada de sofrimento. Por isso, “os pais devem encarar com coragem e com grande serenidade de ânimo as dificuldades que o seu ministério de evangelização algumas vezes encontra nos próprios filhos” (cf. FC53). Os filhos são sempre uma bênção de Deus para os pais e para a sociedade em geral, com todos os seus talentos e capacidade de intervenção e promoção social na diversidade dos sectores de ação.
Nestas próximas semanas, dentro do Ano Família Amoris laetitia e Ano de São José, apontarei como, nos Evangelhos, nos aparece Cristo a escutar a oração de pais e mães pelos seus filhos, de irmãos pelos irmãos, de amigos pelos amigos, de patrões pelos seus servos, de pessoas a orar por si próprias, às vezes em grupo.
Hoje, referimo-nos apenas ao pai de família, e apenas nesta dimensão da formação em família. A Igreja lembra-nos que a oração familiar tem as suas caraterísticas. Ela exprime comunhão, uma comunhão que é fruto e exigência daquela comunhão dada pelos sacramentos do batismo e matrimónio. E Cristo prometeu que, quando dois ou três se reunissem em seu nome para pedir ao Pai alguma coisa, Ele estaria no meio deles e o Pai lho concederia (Mt 18,19...). Mas a oração em comunhão, comunitária, não evita a oração individual, antes pelo contrário, uma completa e reclama a outra. O pai deve ser um pai presente, próximo à esposa e aos filhos, partilhando as alegrias e as tristezas, os êxitos e os fracassos, os projetos e as esperanças. Como refere o Papa Francisco, a proximidade dos pais aos filhos manifesta-se “quando brincam e quando se empenham, quando estão despreocupados e quando estão angustiados, quando se exprimem e quando ficam em silêncio, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando reencontram o caminho; pai presente, sempre. Dizer presente não é o mesmo que dizer controlador! Porque os pais muito controladores anulam os filhos, não os deixam crescer” (cat.2015). E apresentando São José como estímulo, acrescenta: “se há alguém que pode explicar até o fundo a oração do “Pai nosso”, ensinada por Jesus, este é justamente quem vive em primeira pessoa a paternidade. Sem a graça que vem do Pai que está nos céus, os pais perdem a coragem e abandonam o campo. Mas os filhos precisam encontrar um pai que os espera quando retornam dos seus insucessos. Farão de tudo para não admitir isso, para não deixarem ver, mas precisam; e não encontrar isso abre feridas difíceis de curar. A Igreja, nossa mãe, é empenhada em apoiar com todas as suas forças a presença boa e generosa dos pais nas famílias, porque esses são para as novas gerações protetores e mediadores insubstituíveis da fé na bondade, da fé na justiça e na proteção de Deus, como São José”.
Paulo VI, depois de se dirigir às mães, afirmava: “E vós, pais, sabeis rezar com os vossos filhos, com toda a comunidade doméstica, pelo menos algumas vezes? O vosso exemplo, na retidão do pensamento e da ação, acompanhada com algumas orações comuns, tem o valor de uma lição de vida, tem o valor de um ato de culto de mérito particular; levais assim a paz às paredes domésticas” (11/8/1976).
No Evangelho, aparece-nos Jairo, um dos principais chefes da sinagoga, que se aproxima de Jesus a pedir-lhe a cura de sua filha de doze anos que estava a morrer. Entretanto, vieram dizer ao chefe da sinagoga que a sua filha já morrera, que não valia a pena incomodar o Mestre. Atendendo à fé de Jairo, Jesus acompanhou-o a casa, onde, perante o alvoroço e os que choravam a morte da menina, Jesus tomou-a pela mão e ela levantou-se e pôs-se a andar, com grande espanto dos presentes (cf. Mc 5,22–24, 35–43). Jesus atendeu a oração deste pai!
Noutra ocasião, um homem, funcionário do governo, cujo filho estava doente em Cafarnaum, ouviu dizer que Jesus estava próximo. Foi ao seu encontro pedir-lhe que o acompanhasse e lhe curasse o filho que estava às portas da morte, e insistia: “Senhor, vem já, antes que o meu filho morra!”. Jesus disse-lhe que voltasse para casa porque o seu filho ia sobreviver. O homem, crendo em Jesus, voltou para casa e o seu filho ficou curado (Jo 4, 43-54). Jesus atendeu a oração deste pai! Um outro pai abeirou-se de Jesus e pediu-lhe que curasse o seu filho, pois era epilético e tinha ataques tão fortes que muitas vezes caía no fogo e na água. Jesus mandou que lho trouxessem e ficou curado (Mt 17, 14-20). Jesus atendeu a oração deste pai!
Se os filhos são uma bênção de Deus, que cada pai não deixe de agradecer e rezar pelos seus filhos e de os abençoar mesmo com aquela bênção tão frequente na Bíblia: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te favoreça. O Senhor volte para ti a sua face e te dê a paz” (Nm 6, 24-26).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 09-04-2021.

Novos contributos - FIM

09.04.21 | asal

 O Martins da Silva acaba de me enviar nova lista de doadores nestes últimos dias. Os bancos nem todos demoram os mesmos dias a fazer as transferências. O contributo do Agostinho Dias ainda não chegou à conta, mas vamos já incluí-lo na nossa lista, pois eu sei quem tu és!!!

Esta é a lista dos contribuintes recentes:

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Adérito José Alves Mateus

Agostinho G. Dias

Armindo Santos Batista

Carlos Oliveira Diogo

Eusébio Firmino Silva - reforço

Francisco Luís Moura Simão - reforço

Ilídio Mendonça

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Joaquim Silvério Dias Mateus  

José Antunes Figueira

Nuno Pedro S. Dias da Silva

Saul Joaquim Nunes Valente

 

Pelas minhas contas já temos 3.840,00 euros.

 

E como o Manuel Pereira (aqui na foto que já não cabe no livro!) me prometeu fechar com chave de ouro esta campanha, posso dar como fechada a tarefa de andar aqui a gritar aos quatro ventos para arranjar dinheiro para a impressão do livro a cores sobre o Seminário de Alcains.

É verdade que ainda falta o último orçamento, agora com mais 20 páginas. Mas isso já não nos assusta e ninguém vai ter de avançar dinheiro para saldar a conta.

MAIS UMA VEZ, SOMOS OS MELHORES! Só é pena não nos juntarmos já em maio para celebrar a nossa amizade, a nossa capacidade de unir esforços e visitar aqueles espaços que nos marcaram e vão ser registados em livro para a posteridade. Ah! E com as nossas caras também...

Assim somos uma associação!

António Henriques

 

A Morte de Hans Kung

08.04.21 | asal

Meu Bom António, podes publicar esta humilde homenagem ao grande teólogo dos nossos dias? Para muitos de nós foi a Luz que nos guiou, ensinando-nos a pensar a Igreja em Igreja. UM Abraço no Ressuscitado, João Lopes

 

A Morte de Hans Kung (1928-2021) - (Em jeito de homenagem)

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O grande pensador dos sécs XX e XXI, que, por longos anos, dominou a cena da reflexão teológica, do diálogo entre os crentes de Abraão, conhecido pelo seu espírito combativo e  inconformista quanto à necessidade de reformas na Igreja, faleceu na passada terça-feira, dia 6 de Abril, na cidade de Tubinga, em cuja Universidade passou a maior parte da vida, dedicado com zelo apostólico e não menor rigor científico, à grande causa de Deus, das Igrejas e  à discussão, sincera e honesta, com o mundo crente e não crente.

  Nasceu em 1928, em Sursee, na Suíça. Ordenado sacerdote em 1954, estudou Filosofia e Teologia na Universidade Gregoriana, em Roma, passou por outros Institutos, indo a acabar os seus estudos na Sorbonne. Em Tubinga, por volta de 1959, defendeu a sua tese de doutoramento sobre um tema escaldante que atravessa o coração da teologia protestante e católica: “ A justificação: a doutrina de Karl Barth e uma reflexão católica”- Recorde-se  K. Barth como um teólogo protestante, nascido em 1886, que enfatizava o “ regresso” à Sagrada Escritura bem como a adaptação do Evangelho à linguagem do Tempo presente.

 A dissertação do jovem Kung  rapidamente se tornou uma referência na área do ecumenismo, como o testemunha o nosso professor Carreira das Neves, na sua magistral obra sobre Lutero, Palavra e Fé, Ed.Presença, 2014.  

  Em 1960, o jovem doutor, de 32 anos, assume o magistério teológico na Universidade de Tubinga, ao lado do seu colega Ratzinger. Apesar das suas posições contrárias, em quase tudo, menos na Fé em Cristo, entre si cultivaram uma profunda amizade. Com frontalidade e clareza, estonteante e dialética, Kung enfrenta,  de caras, os problemas do nosso tempo, com um espírito livre e ousado, isento de  constrangimentos dogmáticos:  o diálogo aberto entra as religiões, sem artifícios ou atalhos, a questão espinhosa da infalibilidade papal, dogma emergente do Vaticano I (1869-1870), um concílio dividido,  num ambiente de graves convulsões políticas, entre a facção francesa (reacionária) e a alemão (progressista); o papel das mulheres na Igreja, tão importante nos primeiros tempos do cristianismo, mas, depois, quase desprezado pelas lideranças masculinas, e a não menos decisiva questão da flexibilização do celibato eclesiástico, norma que o poder dos monges impôs à hierarquia.

  Apesar ou por causa das diferenças entre os dois mestres de Teologia, o Bom Papa S. João XXIII convidou-os para consultores do Concílio Vaticano II de 1962-65.

  Kung não desistia facilmente da causa ecuménica e do diálogo entre as religiões, que se lhe afigurava fundamental para a paz entre as nações. Vendo no caráter infalível do Papado um sério obstáculo, começa a investigar a fundo as causas políticas, históricas e bíblicas da sua  proclamação.  Por fim, as conclusões publicadas tendem a relativizar tal dogma, senão mesmo a eliminá-lo do horizonte da Fé Católica. Foi a gota de água… O tribunal da Doutrina da Fé, em 1979, retira-lhe a missio canónica, ou a licença de ensinar teologia em nome da Igreja, acusando-o de “ inventar” a sua própria doutrina… Só que o professor Kung já granjeara autoridade académica suficiente para continuar a ensinar e a escrever sem o encosto oficial. A suposta bomba mal o atingiu! Ademais, favorecia-o um método pedagógico, questionador, argumentativo e dialogante, que muito agradava aos seus alunos e leitores. E o legado da sua obra monumental aí está para o demonstrar! Uma Teologia para o 3ºmilénio (1987); Projeto de uma Ética Planetária (1990) origem de uma Fundação homónima; O judaísmo (1991);  o Cristianismo,  Essência e História (1994) e O islamismo, ainda recente. Em suma, três volumes de estudos que cobrem as três religiões do velho Patriarca, apresentados numa linguagem acessível a qualquer leigo, como era a intenção do autor. Por estes e outros como Os Grandes Pensadores do Cristianismo (1994/1999) passa a brisa de uma inteligência fulgurante, uma pesquisa exaustiva, uma ternura inesgotável pelos grandes textos da nossa civilização, e uma vontade enorme de dialogar, de compreender e ser compreendido, tudo brotando de um fundo humanista, habitado pela sede de Deus e o amor dos irmãos, unidos ou desunidos na Fé, mas todos partilhando a angústia de um mundo dilacerado pela guerra, esse absurdo horrível   que, em nome de Deus, (Que Deus!) implanta o inferno na sua própria terra.

 Em 2005, reuniu-se no Vaticano com o Papa Bento XVI para um jantar amigo. Evitaram discutir teologia, como se entre eles isso fosse possível! Dominava-os a devastação da pedofilia do clero, a Cúria e a sua reforma e as grandes questões do nosso tempo, que parece correr à margem da Igreja.

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 Em agosto passado, o cardeal Kasper pediu ao Papa  lhe mandasse a bênção porque o homem que fora seu professor, estava a morrer de Parkinson. Mesmo pensando no suicídio assistido, ele que sempre fora crítico e combativo, não terá deixado de se entregar nas mãos do Pai, que a todos acolhe no seu abraço de amor e perdão. 

João Lopes

Ponto da situação

08.04.21 | asal

Carta enviada hoje aos 249 emails que temos em lista. AH

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Caros amigos

Estamos quase no final da nossa campanha – angariação de dinheiro para a publicação de um livro sobre o Seminário de Alcains, nos seus 90 anos.

Foi a nossa Associação, pela voz da Comissão, que avançou com o projeto. E até agora temos sentido a compreensão e a boa vontade de muitos colegas, sinal de que o Seminário de Alcains ficou como marco positivo na história pessoal de cada um.

Neste momento, estão angariados 3370 €. Foram as dádivas de 68 amigos, alguns com segunda doação como reforço para terem direito a dois livros.

Os próximos dias vão ser cruciais nas decisões a tomar. Que vamos ter um livro de 260 páginas, com impressão a cores, com história e testemunhos de 30 colegas, já está garantido.

Falta saber se vamos ter uma edição de 200 ou 300 exemplares (a diferença é pouco mais de 100 €, mas para ficarem amontoados num qualquer canto à espera dos ratos, valerá a pena?).

Ainda temos outro problema: ao tratar já da maquete do livro na tipografia, o Florentino depara com conteúdo para encher mais umas 40 páginas.

Mas já está decidido o essencial: vamos ter livro, provavelmente já em maio.

Agora a última palavra: sabemos que vários colegas, que não se cotizaram até ao presente, vão querer comprar o livro. Era ótimo que já agora transferissem uns 15€ para poderem garantir o seu. Basta que haja 40 a avançar para acabarmos com todas as dúvidas e peditórios.

Estaremos a pensar mal? Ninguém quer ganhar com isto…

1 - Volto a fornecer os dados para vocês, os 249 de quem temos email, terem o caminho facilitado.

2 - E junto alguns links para alguém poder abrir e saber melhor como vai a nossa campanha.

3 – Em anexo segue a lista de doadores. Pode haver falhas e dúvidas, que queremos todos solucionar a contento.

Em nome da Comissão, com um abraço a todos, António Henriques (7/04/2021)

 

NOTAS:  

1 - O IBAN para as transferências das ofertas é - PT50 0018 0000 0343 5755 0019 8

2 - Os emails para onde devem dirigir a vossa colaboração são:

 - para comunicar o nome do depositante - António Silva  - antonio.m.silva1947@gmail.com

 - para receberem por correio o livro logo após a impressão: florentinobeirao@hotmail.com 

 

Links

https://animussemper.blogs.sapo.pt/um-livro-em-frente-683768

https://animussemper.blogs.sapo.pt/ja-chegaram-respostas-685581

https://animussemper.blogs.sapo.pt/o-nosso-livro-732697

https://animussemper.blogs.sapo.pt/dinheiros-da-pascoa-735284

 

LISTA de doadores

 

Abílio Cruz Martins

Abílio Delgado

Agostinho Pissarreira

Adelino Américo Lourenço

Adelino Neves Mateus

Alexandre L. Nunes

Alvarino Carmo Barata

Aníbal Henriques      

António Barata Afonso

António Batista Martins - reforço

António Cruz Patrocínio

António Dias Henriques - reforço      

António Gil M. Dias

António José Pires - reforço

António Leonor Marques Assunção

António Lopes Luís 

António M.R. Carvalho      

Antonio Manuel L. Alves Martins 

António Martins da Silva

António Martins Ventura 

António Pequito Cravo - reforço

António Pereira Ribeiro

António Rodrigues Lopes

António Santos Lopes Xavier - reforço

Artur Lopes Pereira 

Assis Ribeiro Cardoso

Augusto Matos Rei

Bernardino Mateus

Bonifácio dos Santos Bernardo

Carlos Filipe Marques

Ernesto Delgado Jana

Eurico Pires Grilo   

Eusébio Firmino da Silva

Fernanda Maria Barata

Fernando Cardoso Leitão Miranda - reforço

Fernando Farinha 

Florentino Beirão

Francisco Alves Lopes Ruivo

Francisco António Correia

Francisco Luís Moura Simão

Isidro Pedro

Jaime Nunes Gaspar Júnior

João Mendes Gregório

João Oliveira Lopes - reforço

João Luís Portela

Joaquim Mendeiros Pedro

Jorge Lopes Nogueira

José António Cardoso Pedro

José de Jesus André

José Eduardo Alves Jana

José Figueira

José Farinha Alves

José Henrique Silva

José Manteigas Martins

José Manuel Barata Centeio - reforço

José Maria Lopes - reforço

José Maria Martins

José Pereira Caldeira

José Ribeiro Andrade           

José Ventura Domingos - reforço

Manuel Carmona Pires Lourenço

Manuel Carreiro Pires Antunes

Manuel Domingues

Manuel Lopes Cardoso

Manuel Lopes Mendonça

Mário Clemente Delgado

Narciso Cordeiro Fernandes

Paula Maria Nunes Silva