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PARABÉNS, GIL!
Hoje faz anos o António Gil Martins Dias, que é da Isna de S.Carlos e professor em Proença-a-Nova, sendo ainda grande colaborador das nossas iniciativas.
Aqui deixamos os PARABÉNS do grupo, desejando ao amigo as maiores felicidades e muitos anos de vida.
Contacto telefónico: 964 670 803
Nos últimos dias, ninguém fez anos. E eu descansei...
Desta vez, são aniversários no plural. E são mesmo três nesta página de encontros vários, que gostamos de ver viva e a celebrar a Vida!
- Em primeiro lugar, o menos novo é o P. João Avelino, que nasceu em Sagueiro do Campo em 1942 e hoje vive o seu 79.º aniversário em serviço eclesial em Castelo Branco. Pois, meu caro, PARABÉNS! E que continues a viver com alegria a tua missão ao serviço da comunidade.
E ad multos annos! Quod bonum de te adveniat, beneficium est tibi. É latinório, mas talvez tenha sentido!... "O bem que fizeres reverterá para ti!
Contacto: tel. 962360699
- Vem depois o António Gil Dias André, que nasceu em 1947 em Cardigos, perfazendo 74 de muita vida e alguma felicidade, mesmo com os achaques que vão aparecendo.
Meu caro, os PARABÉNS do grupo, que te deseja muita saúde e que sejas feliz.
- Finalmente, com o mesmo gosto anunciamos as 72 primaveras do António André Canhoto Antunes, que vem de 1949... De Cardigos, onde nasceu, passou para Coimbra, estudou e trabalhou em Informática e por lá vai vivendo.
Aqui ficam os PARABÉNS dos amigos deste grupo. Sê feliz e que os teus sonhos se realizem.
Contacto: tel. 962 820 025
Copio de "Paróquia de Oleiros Oleiros" a triste notícia:
As palavras que agora aqui deixo foram escritas primeiro como "NOTA" no final do texto do Florentino. Mas achei que devia dar-lhe mais destaque, isolando-as num novo post. AH
Mensagem do Florentino:
«Meu caro Henriques
Meu caro Florentino,
aproveito para responder à tua mensagem inicial no texto de hoje, sempre simpática e oportuna, a falar dos saltos de alegria que eu dei quando vi terminado o meu afã de conseguir um pesado alforge de euros para o nosso livro "Seminário de Alcains. História e Memórias". Confesso que cheguei a assustar-me e a passar algumas noites mal dormidas (estas preocupações já me tiram o sono - sinal da minha "velheira"!). Mas felizmente a adesão foi maravilhosa e eu agora sinto que estou a passar uns dias de férias.
E repito contigo: Gratidão a todos os que estiveram connosco!
Mas atenção! O obreiro maior desta iniciativa foste tu, amigo Florentino! Se não fossem os meses que passaste em investigação e a redigir a parte histórica do livro, não havia livro... Eu sei que outro amigo, o João Lopes, com o seu habitual jeito de trabalhar na penumbra, esteve a teu lado a facilitar o caminho, a sugerir soluções, mas és tu a assumir o trabalho com todo o teu saber. E ainda és tu que estás no momento a passar horas e dias na tipografia a colaborar na maquetagem do livro para a obra ficar bonita.
Por isso, deixo aqui um louvor pessoal e coletivo à tua dedicação às causas do grupo, tu que há muito és um colaborador especial deste blogue, tarefa que eu agradeço efusivamente como editor. Quantas vezes tenho a boca seca para falar, sem inspiração para redigir qualquer mensagem e lá vens tu com uma colaboraçãozinha, como água na secura do deserto! Obrigado...
Mas estas palavras até ficam deslocadas neste momento alto da nossa vida associativa, nestes dias em que o blogue chega a ter mais de 400 visualizações diárias.
Aos amigos que nos acompanham como leitores ou como colaboradores, eu digo que a vida é muito mais que um blogue, que uma associação, que um texto a escrever para os amigos...
Mas estes momentos dão cor, dão vida à nossa vida, com pedacinhos de memória que nos alimentam os dias.
Obrigado a todos! Deixo aqui mais uma flor do meu quintal, primeiro para o Florentino e depois para todos vós, que me ajudam tanto a gostar de viver.
António Henriques
Do Liberalismo ao Estado Novo
Eliminada que foi a poderosa e maléfica Inquisição em 1621(?1821), a relação do Estado com as religiões em Portugal conheceu novos desenvolvimentos um ano após a Revolução Liberal (1820).
Tudo levava a crer que os novos tempos se abrissem à aceitação da liberdade para todos os cidadãos face à lei, dado que em princípio todos os cidadãos eram iguais. Só que os políticos liberais, quando elaboraram a Carta Constitucional de 1826, mantiveram a Religião Católica como religião oficial do Reino, para não beliscarem a poderosa e omnipresente Igreja Católica.
Necessitando o governo liberal de manter a integralidade do Estado e enquadrar as populações rurais dispersas pelo território nacional, a rede paroquial continuava a oferecer grandes vantagens à administração pública.
Com o clero paroquial a ser pago pelo Estado, para prestar os serviços de funcionários públicos às populações - registos de nascimentos, de casamentos e de óbitos - a rede da administração pública ficava totalmente assegurada. Deste modo, a relação do Estado Liberal com a Igreja Católica pouco mudou, deixando na penumbra espaço para as outras religiões se implantarem e desenvolverem. A consequência foi a conservação da uniformidade religiosa no país, sob a alçada da Igreja Católica, a fim de se continuar a garantir a coesão social em todo o território nacional.
Mais tarde em 1852, a Igreja Católica acabou por disfrutar de uma situação de pleno conforto, em virtude de um enquadramento legal no Código Penal deste ano, onde se restringiu a liberdade religiosa e foi criminalizada quaisquer ação contra ela. Nomeadamente a celebração de outros cultos e propagação de outras doutrinas. Deste modo, se deu um tiro na liberdade religiosa dos cidadãos e no pluralismo religioso em Portugal, convivendo-se mal com os outros credos. Assim se foi mantendo a hegemonia da Igreja Católica, de mãos dadas com a Monarquia Liberal, apesar de aparecerem algumas vozes críticas acusando o clero de ser um mero quadro administrativo ao serviço do Estado, pago pelo erário público. Esta situação de privilégio, após a Revolução Republicana de 05.10.1910, em parte foi posta em causa conhecendo a partir desta data novos desenvolvimentos legais.
Foi assim que, chegados os republicanos ao poder, como se encontravam imbuídos de uma ideologia maçónica, positivista e anticlerical, decidiram aprovar em abril 1911 a célebre e histórica Lei da Separação do Estado das Igrejas. Com esta legislação radical, os republicanos que se encontravam mais ligados às ideias de Afonso Costa, o autor desta Lei, embora aceitassem a Igreja Católica, queriam subordiná-la ao novo poder político. Mas, por outro lado, aceitavam a liberdade de culto público de qualquer religião, segundo as normas da nova Constituição de 1911 (art.º 8.º.).
Quanto à Igreja Católica, era-lhe exigido que ficasse subordinada ao Estado, com o clero a ser pago por ele, caso os sacerdotes aderissem à nova Lei da Separação. Esta situação deu origem a uma prolongada e dolorosa guerra entre os Bispos, o Clero e a República, até ao governo de Sidónio Pais em 1917. Nesta altura, foi então reformada a Lei da Separação, fazendo-se as pazes entre o Estado, a Igreja Portuguesa e o Vaticano.
Chegados a 28.05.1926, com a queda da República e a instauração da Ditadura Militar, esta situação conheceu novos desenvolvimentos com a aprovação doutra nova Constituição em 1933 sob a tutela de Salazar, dando-se início ao regime ditatorial do Estado Novo. Nesta nova Constituição, continuou-se a garantir o princípio da liberdade religiosa a todas as confissões religiosas, embora as relações entre a Igreja Católica e o Estado merecessem privilégios especiais, incluídos posteriormente na Concordata em 1940 e no Acordo Missionário para as colónias.
Relativamente às religiões implantadas em Portugal durante o Estado Novo, foram sempre mal vistas ao longo deste regime, onde pontificavam os amigos Cardeal Cerejeira e António Salazar.
Apesar do regime de ditadura não ser muito hostil em relação às outras religiões, impedindo a sua expansão, na realidade porém algumas delas nomeadamente o protestantismo, foi sendo hostilizado pelos setores mais conservadores da Igreja, sobretudo nas homilias dominicais e em alguma imprensa local dirigida pela Igreja.
Nos finais do Estado Novo, ainda foi aprovada a Lei n.º 04/ 21.08.71 que estendeu a liberdade religiosa, embora o clima de suspeição entre o Estado e alguns grupos religiosos tenha impedido a sua aplicação. Com o 25 de abril de 1974, chegaram novos tempos.
Aqui estamos mais uma vez para nos alegrarmos com todos e gritar bem alto que atingimos a meta e até a ultrapassámos. Conseguimos reunir 4530.00 €, que devem ser suficientes para pagar a impressão de 300 exemplares a cores do nosso livro "Seminário de Alcains, História e Memórias". Estamos à espera do último orçamento por o livro ter passado de 260 para 280 páginas.
E digo mais: são já 84 os que quiseram antecipar dinheiro para o nosso projeto. Quase todos deram 30 ou mais euros, embora alguns tenham ultrapassado a normal generosidade e tenham sido uns pesos pesados que levaram a conta para patamares bem altos.
Dou os PARABÉNS a todos e ainda um BEM-HAJAM por acreditarem na iniciativa. Que maravilha!
Agora posso continuar a dizer coisas bonitas, se me permitem:
1 - A capa é uma foto a cores de todo o complexo do Seminário, foto tirada por um drone. E esta, hen?!
2 - Vai predominar o verde nos títulos, mas é só sinal de esperança e nada tem a ver com o Sporting de muitos de nós. Eu aí não meti o bedelho...
3 - A Comissão, em conversa telefónica entre nós, concordámos em avançar mais uma oferta: todos os que ofereceram 30 € ou mais vão dispor de dois livros grátis para deles fazerem o que quiserem.
4 - Pelas contas do Florentino, esperamos que o livro possa chegar às nossas casas (aqueles que lhe derem o endereço) na segunda quinzena de Maio.
Por hoje ficamos por aqui. Uma boa semana para todos. "Cuidem-se"! "Se cuidem", "Take care", "Cave"...
António Henriques (com uma flor do meu quintal!)
LISTA completa de doadores - 84
Abílio Cruz Martins
Abílio Delgado
Agostinho Pissarreira
Adelino Américo Lourenço
Adelino Neves Mateus
Adérito José Alves Mateus
Agostinho Gonçalves Dias
Alexandre Lourenço Nunes
Alvarino Carmo Barata
Aníbal Rodrigues Henriques
António Barata Afonso
António Batista Martins - reforço
António Cruz Patrocínio
António Dias Henriques - reforço
António Gil Martins Dias
António José Pires - reforço
António Leonor Marques Assunção
António Lopes Luís
António M. Romeiro Carvalho
Antonio Manuel L. Alves Martins
António Martins da Silva
António Martins Ventura
António Pequito Cravo - reforço
António Pereira Ribeiro
António Rodrigues Lopes
António Santos Lopes Xavier - reforço
Armindo Ribeiro Luís
Armindo Santos Batista
Artur Lopes Pereira
Assis Ribeiro Cardoso
Augusto Matos Rei
Bernardino Mateus
Bonifácio dos Santos Bernardo
Carlos Filipe Marques
Carlos Oliveira Diogo
Ernesto Delgado Jana
Eurico Pires Grilo
Eusébio Firmino da Silva - reforço
Fernanda Maria Barata
Fernando Cardoso Leitão Miranda - reforço
Fernando Manuel de Jesus Farinha
Florentino Vicente Beirão
Francisco Alves Lopes Ruivo
Francisco António Correia
Francisco Luís Moura Simão - reforço
Ilídio Alberto Ribeiro Mendonça
Isidro Rodrigues Pedro
Jaime Nunes Gaspar Júnior
João Ferreira Torres
João Mendes Gregório
João Oliveira Lopes - reforço
João Luís Portela
Joaquim Dias Nogueira
Joaquim Mendeiros Pedro
Joaquim Ribeiro Filipe
Joaquim Silvério Dias Mateus
Jorge Lopes Nogueira
José António Cardoso Pedro
José Antunes Figueira
José de Jesus André
José Eduardo Alves Jana
José Farinha Alves
José Henrique Silva
José Manteigas Martins
José Manuel Barata Centeio - reforço
José Maria Lopes - reforço
José Maria Martins
José Pereira Caldeira
José Ribeiro Andrade
José Ventura Domingos - reforço
Manuel Carmona Pires Lourenço
Manuel Carreiro Pires Antunes
Manuel Domingues
Manuel Lopes Cardoso
Manuel Lopes Mendonça
Manuel Pereira
Manuel Pires Marques
Maria da Graça M A Nunes
Mário Clemente Delgado
Monsieur Joaq (???)
Narciso Cordeiro Fernandes
Nuno Pedro S. Dias da Silva
Paula Maria Nunes Silva
Saul Joaquim Nunes Valente
(outra flor do meu quintal)
Hoje, 13/04, é o aniversário do Armindo de Jesus Dias!
Nascido em 1952, são assim 69 anos, o que representa já uma boa idade!
E por aí anda a fazer pela vida, não esquecendo os amigos e o nosso grupo. Fui apanhá-lo hoje no Porto, para onde se mudou para gozar a proximidade dos filhos.
E nós alegramo-nos contigo, Armindo! Parabéns e votos de longa e feliz existência.
Contacto: tel. 917 237 023
Novamente o concelho de Oleiros em evidência através de dois amigos, um da Isna de Oleiros e outro do Estreito. Os dois singraram pelo direito, um na carreira judicial como juíz do Supremo Tribunal de Justiça e outro servindo como assessor da Provedoria da Justiça, entre outros serviços. Peço desculpa se não explico bem...
- Sempre presente nos nossos encontros, o Armindo Lopes Luís, agora juíz conselheiro jubilado, celebra hoje o seu 80.º aniversário. Aposentado, vive agora em Portalegre.
Ao novo octogenário damos os nossos parabéns, desejamos-lhe muita saúde e muitos anos de felicidade.
Contacto: tel. 919 135 946
- Amigo da última hora, o Bernardino Mateus ligou-se há pouco tempo ao nosso grupo e nele entrou de rompante com uma boa oferta em dinheiro para o livro sobre o Seminário de Alcains. Vive em Lisboa, o que permite novos encontros. É já octogenário como eu, vindo das calendas de 1937.
Ao Bernardino também damos os parabéns, com votos de longa vida na fruição de saúde e bem-estar. E vamo-nos vendo por aí, quando o Covid permitir, pois é em convivência que melhor se aprecia a vida.
Contacto: tel. 218 148 003
Celebra hoje o seu 37.º aniversário o , um jovem...Diogo Luís
Vive na Sertã, casado com a Carla Luís, e ainda há poucos anos eles foram pais de duas bébés, o que significa alegria a dobrar e também algumas preocupações a mais.
Ao Diogo, um abraço especial de PARABÉNS e votos de muita saúde e felicidade.
Não temos contacto telefónico.
O Martins da Silva acaba de me enviar nova lista de doadores nestes últimos dias. Os bancos nem todos demoram os mesmos dias a fazer as transferências. O contributo do Agostinho Dias ainda não chegou à conta, mas vamos já incluí-lo na nossa lista, pois eu sei quem tu és!!!
Esta é a lista dos contribuintes recentes:
Adérito José Alves Mateus
Agostinho G. Dias
Armindo Santos Batista
Carlos Oliveira Diogo
Eusébio Firmino Silva - reforço
Francisco Luís Moura Simão - reforço
Ilídio Mendonça
Joaquim Silvério Dias Mateus
José Antunes Figueira
Nuno Pedro S. Dias da Silva
Saul Joaquim Nunes Valente
Pelas minhas contas já temos 3.840,00 euros.
E como o Manuel Pereira (aqui na foto que já não cabe no livro!) me prometeu fechar com chave de ouro esta campanha, posso dar como fechada a tarefa de andar aqui a gritar aos quatro ventos para arranjar dinheiro para a impressão do livro a cores sobre o Seminário de Alcains.
É verdade que ainda falta o último orçamento, agora com mais 20 páginas. Mas isso já não nos assusta e ninguém vai ter de avançar dinheiro para saldar a conta.
MAIS UMA VEZ, SOMOS OS MELHORES! Só é pena não nos juntarmos já em maio para celebrar a nossa amizade, a nossa capacidade de unir esforços e visitar aqueles espaços que nos marcaram e vão ser registados em livro para a posteridade. Ah! E com as nossas caras também...
Assim somos uma associação!
António Henriques
Meu Bom António, podes publicar esta humilde homenagem ao grande teólogo dos nossos dias? Para muitos de nós foi a Luz que nos guiou, ensinando-nos a pensar a Igreja em Igreja. UM Abraço no Ressuscitado, João Lopes
A Morte de Hans Kung (1928-2021) - (Em jeito de homenagem)
O grande pensador dos sécs XX e XXI, que, por longos anos, dominou a cena da reflexão teológica, do diálogo entre os crentes de Abraão, conhecido pelo seu espírito combativo e inconformista quanto à necessidade de reformas na Igreja, faleceu na passada terça-feira, dia 6 de Abril, na cidade de Tubinga, em cuja Universidade passou a maior parte da vida, dedicado com zelo apostólico e não menor rigor científico, à grande causa de Deus, das Igrejas e à discussão, sincera e honesta, com o mundo crente e não crente.
Nasceu em 1928, em Sursee, na Suíça. Ordenado sacerdote em 1954, estudou Filosofia e Teologia na Universidade Gregoriana, em Roma, passou por outros Institutos, indo a acabar os seus estudos na Sorbonne. Em Tubinga, por volta de 1959, defendeu a sua tese de doutoramento sobre um tema escaldante que atravessa o coração da teologia protestante e católica: “ A justificação: a doutrina de Karl Barth e uma reflexão católica”- Recorde-se K. Barth como um teólogo protestante, nascido em 1886, que enfatizava o “ regresso” à Sagrada Escritura bem como a adaptação do Evangelho à linguagem do Tempo presente.
A dissertação do jovem Kung rapidamente se tornou uma referência na área do ecumenismo, como o testemunha o nosso professor Carreira das Neves, na sua magistral obra sobre Lutero, Palavra e Fé, Ed.Presença, 2014.
Em 1960, o jovem doutor, de 32 anos, assume o magistério teológico na Universidade de Tubinga, ao lado do seu colega Ratzinger. Apesar das suas posições contrárias, em quase tudo, menos na Fé em Cristo, entre si cultivaram uma profunda amizade. Com frontalidade e clareza, estonteante e dialética, Kung enfrenta, de caras, os problemas do nosso tempo, com um espírito livre e ousado, isento de constrangimentos dogmáticos: o diálogo aberto entra as religiões, sem artifícios ou atalhos, a questão espinhosa da infalibilidade papal, dogma emergente do Vaticano I (1869-1870), um concílio dividido, num ambiente de graves convulsões políticas, entre a facção francesa (reacionária) e a alemão (progressista); o papel das mulheres na Igreja, tão importante nos primeiros tempos do cristianismo, mas, depois, quase desprezado pelas lideranças masculinas, e a não menos decisiva questão da flexibilização do celibato eclesiástico, norma que o poder dos monges impôs à hierarquia.
Apesar ou por causa das diferenças entre os dois mestres de Teologia, o Bom Papa S. João XXIII convidou-os para consultores do Concílio Vaticano II de 1962-65.
Kung não desistia facilmente da causa ecuménica e do diálogo entre as religiões, que se lhe afigurava fundamental para a paz entre as nações. Vendo no caráter infalível do Papado um sério obstáculo, começa a investigar a fundo as causas políticas, históricas e bíblicas da sua proclamação. Por fim, as conclusões publicadas tendem a relativizar tal dogma, senão mesmo a eliminá-lo do horizonte da Fé Católica. Foi a gota de água… O tribunal da Doutrina da Fé, em 1979, retira-lhe a missio canónica, ou a licença de ensinar teologia em nome da Igreja, acusando-o de “ inventar” a sua própria doutrina… Só que o professor Kung já granjeara autoridade académica suficiente para continuar a ensinar e a escrever sem o encosto oficial. A suposta bomba mal o atingiu! Ademais, favorecia-o um método pedagógico, questionador, argumentativo e dialogante, que muito agradava aos seus alunos e leitores. E o legado da sua obra monumental aí está para o demonstrar! Uma Teologia para o 3ºmilénio (1987); Projeto de uma Ética Planetária (1990) origem de uma Fundação homónima; O judaísmo (1991); o Cristianismo, Essência e História (1994) e O islamismo, ainda recente. Em suma, três volumes de estudos que cobrem as três religiões do velho Patriarca, apresentados numa linguagem acessível a qualquer leigo, como era a intenção do autor. Por estes e outros como Os Grandes Pensadores do Cristianismo (1994/1999) passa a brisa de uma inteligência fulgurante, uma pesquisa exaustiva, uma ternura inesgotável pelos grandes textos da nossa civilização, e uma vontade enorme de dialogar, de compreender e ser compreendido, tudo brotando de um fundo humanista, habitado pela sede de Deus e o amor dos irmãos, unidos ou desunidos na Fé, mas todos partilhando a angústia de um mundo dilacerado pela guerra, esse absurdo horrível que, em nome de Deus, (Que Deus!) implanta o inferno na sua própria terra.
Em 2005, reuniu-se no Vaticano com o Papa Bento XVI para um jantar amigo. Evitaram discutir teologia, como se entre eles isso fosse possível! Dominava-os a devastação da pedofilia do clero, a Cúria e a sua reforma e as grandes questões do nosso tempo, que parece correr à margem da Igreja.
Em agosto passado, o cardeal Kasper pediu ao Papa lhe mandasse a bênção porque o homem que fora seu professor, estava a morrer de Parkinson. Mesmo pensando no suicídio assistido, ele que sempre fora crítico e combativo, não terá deixado de se entregar nas mãos do Pai, que a todos acolhe no seu abraço de amor e perdão.
João Lopes
Carta enviada hoje aos 249 emails que temos em lista. AH
Caros amigos
Estamos quase no final da nossa campanha – angariação de dinheiro para a publicação de um livro sobre o Seminário de Alcains, nos seus 90 anos.
Foi a nossa Associação, pela voz da Comissão, que avançou com o projeto. E até agora temos sentido a compreensão e a boa vontade de muitos colegas, sinal de que o Seminário de Alcains ficou como marco positivo na história pessoal de cada um.
Neste momento, estão angariados 3370 €. Foram as dádivas de 68 amigos, alguns com segunda doação como reforço para terem direito a dois livros.
Os próximos dias vão ser cruciais nas decisões a tomar. Que vamos ter um livro de 260 páginas, com impressão a cores, com história e testemunhos de 30 colegas, já está garantido.
Falta saber se vamos ter uma edição de 200 ou 300 exemplares (a diferença é pouco mais de 100 €, mas para ficarem amontoados num qualquer canto à espera dos ratos, valerá a pena?).
Ainda temos outro problema: ao tratar já da maquete do livro na tipografia, o Florentino depara com conteúdo para encher mais umas 40 páginas.
Mas já está decidido o essencial: vamos ter livro, provavelmente já em maio.
Agora a última palavra: sabemos que vários colegas, que não se cotizaram até ao presente, vão querer comprar o livro. Era ótimo que já agora transferissem uns 15€ para poderem garantir o seu. Basta que haja 40 a avançar para acabarmos com todas as dúvidas e peditórios.
Estaremos a pensar mal? Ninguém quer ganhar com isto…
1 - Volto a fornecer os dados para vocês, os 249 de quem temos email, terem o caminho facilitado.
2 - E junto alguns links para alguém poder abrir e saber melhor como vai a nossa campanha.
3 – Em anexo segue a lista de doadores. Pode haver falhas e dúvidas, que queremos todos solucionar a contento.
Em nome da Comissão, com um abraço a todos, António Henriques (7/04/2021)
NOTAS:
1 - O IBAN para as transferências das ofertas é - PT50 0018 0000 0343 5755 0019 8.
2 - Os emails para onde devem dirigir a vossa colaboração são:
- para comunicar o nome do depositante - António Silva - antonio.m.silva1947@gmail.com
- para receberem por correio o livro logo após a impressão: florentinobeirao@hotmail.com
Links
https://animussemper.blogs.sapo.pt/um-livro-em-frente-683768
https://animussemper.blogs.sapo.pt/ja-chegaram-respostas-685581
https://animussemper.blogs.sapo.pt/o-nosso-livro-732697
https://animussemper.blogs.sapo.pt/dinheiros-da-pascoa-735284
LISTA de doadores
Abílio Cruz Martins
Abílio Delgado
Agostinho Pissarreira
Adelino Américo Lourenço
Adelino Neves Mateus
Alexandre L. Nunes
Alvarino Carmo Barata
Aníbal Henriques
António Barata Afonso
António Batista Martins - reforço
António Cruz Patrocínio
António Dias Henriques - reforço
António Gil M. Dias
António José Pires - reforço
António Leonor Marques Assunção
António Lopes Luís
António M.R. Carvalho
Antonio Manuel L. Alves Martins
António Martins da Silva
António Martins Ventura
António Pequito Cravo - reforço
António Pereira Ribeiro
António Rodrigues Lopes
António Santos Lopes Xavier - reforço
Artur Lopes Pereira
Assis Ribeiro Cardoso
Augusto Matos Rei
Bernardino Mateus
Bonifácio dos Santos Bernardo
Carlos Filipe Marques
Ernesto Delgado Jana
Eurico Pires Grilo
Eusébio Firmino da Silva
Fernanda Maria Barata
Fernando Cardoso Leitão Miranda - reforço
Fernando Farinha
Florentino Beirão
Francisco Alves Lopes Ruivo
Francisco António Correia
Francisco Luís Moura Simão
Isidro Pedro
Jaime Nunes Gaspar Júnior
João Mendes Gregório
João Oliveira Lopes - reforço
João Luís Portela
Joaquim Mendeiros Pedro
Jorge Lopes Nogueira
José António Cardoso Pedro
José de Jesus André
José Eduardo Alves Jana
José Figueira
José Farinha Alves
José Henrique Silva
José Manteigas Martins
José Manuel Barata Centeio - reforço
José Maria Lopes - reforço
José Maria Martins
José Pereira Caldeira
José Ribeiro Andrade
José Ventura Domingos - reforço
Manuel Carmona Pires Lourenço
Manuel Carreiro Pires Antunes
Manuel Domingues
Manuel Lopes Cardoso
Manuel Lopes Mendonça
Mário Clemente Delgado
Narciso Cordeiro Fernandes
Paula Maria Nunes Silva