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Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

As melhoras do Zeca

31.05.20 | asal

Há surpresas que nos enchem o dia!

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Falei hoje com a Fernanda, esposa do Zeca, que me comunicou as últimas novidades, sobretudo a alegria de o marido estar a recuperar bem fisicamente, depois dos meses de sofrimento provocados pelo intruso Covid19.  A fisioterapia de manhã e de tarde tem ajudado muito, ele está animado, o coração tem resistido... Entretanto, deu-me a alegria de eu já poder falar para o telefone francês do Zeca, pelo WhatsApp, que ele atendia. Mas que era melhor falar à tarde, que ele estava mais descansado.

"Amanhã à tarde", qual quê?! 

Acabo de desligar a chamada com a Fernanda e surge-me no ecrã o nome "Zeca França", que eu tão bem conheço e há muito estava desligado... Era o próprio Zeca a ligar-me...

Estes momentos fazem-nos a alegria de viver. Ainda por cima, a olhar-nos cara a cara, nós que desde o princípio de Março estávamos incomunicáveis...

Eu vi uma cara bem natural, embora com o tubinho no nariz a ajudar a respiração (acho eu!), a falar comigo da sua cama do hospital, esperançado em recuperar totalmente. Falou das complicações pós-coronavírus, da necessidade de uma convalescença demorada com a massa muscular a reconstituir-se e sobretudo disse-me que se sente muito agradecido aos serviços de saúde de Portimão e Faro, onde sempre se sentiu bem atendido... «Se fosse em França, eu teria morrido», com os problemas que por lá tem havido...

Chegou a dizer-me que a própria alimentação tem sido uma maravilha. «Hoje o meu jantar foi bife com batata doce, vê a benesse!»

Eu disse-lhe que muitos amigos estão a pensar nele e a fazer força para uma sua completa recuperação. E ainda lhe prometi encontrar-nos brevemente em Albufeira. 

- Claro, disse ele, mas ainda vai demorar talvez umas três semanas. É a vida! Hoje faço anos de casado e nem vejo a Fernanda!

Consolei-o com os nossos anos de casados também em casa, os dois sozinhos a beber um copinho de "Porto Velhotes" e mais nada...

Dei-lhe os PARABÉNS, naturalmente, desejando aos dois muitos anos de felicidade conjugal. Melhores dias virão!

A seguir, senti necessidade de voltar a falar à Fernanda a dar-lhe também os Parabéns, com votos de longa e feliz vida a dois...

Permito-me trazer para aqui a foto de Portimão, pelo simbolismo deste momento:

É uma alegria ter amigos, é uma alegria acompanhar a recuperação dos amigos, é uma alegria saber que há gente a pensar em nós. Viva a Vida.

AH

 

Aniversários

30.05.20 | asal

Hoje temos dois aniversariantes a quem damos PARABÉNS:

- O  Cón. Martinho Cardoso PereiraMartinho-2-150x150.jpgde Proença-a-Velha, onde nasceu em 30-05-36. Viveu ligado ao ensino e exerceu como pároco por mais de 30 anos na zona de Oleiros, de que se jubilou em 2014. A idade provoca mudanças e neste momento vive jubilado em Cebolais de Cima sem serviço atribuido.

  Contacto: tel. 966 639 598

 

Francisco Amaro1.jpg

- Temos depois o Francisco Silva Amaro, natural de Juncal do Campo, onde nasceu em 1948, e a viver há muito no Fundão...

Aqui estamos nós a animar-te nos teus projectos, que sabemos te ocupam o tempo... Parabéns! E que a vida te favoreça com saúde e muita felicidade pessoal e familiar.

Contacto: tel. 964 461 426

Palavra do Sr. Bispo

29.05.20 | asal

COMO TOCHA QUE PASSA DE MÃO EM MÃO

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Se o anúncio da partida de Jesus causou tristeza nos apóstolos, Jesus, plenitude da revelação do Pai, foi-lhes dizendo que era importante que Ele partisse, pois, quando fosse, pediria ao Pai que enviasse, em seu nome, o Espírito Santo, o Espírito da Verdade que lhes ensinaria e recordaria tudo quanto Jesus lhes havia dito e os conduziria à verdade plena. Em continuidade com a obra de Jesus Cristo, a pessoa do Espírito Santo, unida indissociavelmente ao Pai e ao Filho, iria garantir a fidelidade dos discípulos e tornar mais humana a família dos homens e a sua história, dando vida, renovando a face da terra. E a promessa de Jesus foi cumprida:
“Quando chegou o dia da festa do Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído semelhante ao de um vento forte que ressoou por toda a casa onde se encontravam. Foram então vistas por eles umas línguas como de fogo, que se espalharam e desceram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
Encontravam-se em Jerusalém, nessa altura, judeus devotos vindos de todas as nações do mundo. Quando se ouviu aquele ruído, juntou-se muita gente e ficaram todos admirados, porque cada um deles os ouvia falar na sua própria língua. A multidão ficou deveras maravilhada, e diziam uns aos outros: «Estes homens que estão a falar não são todos da Galileia? Como é que cada um de nós os ouve na nossa própria língua? Há aqui gente que veio da Pártia, da Média, do Elam, da Mesopotâmia, da Judeia, da Capadócia, do Ponto, da Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia que ficam perto de Cirene. E alguns vieram de Roma. Uns são judeus e outros convertidos à religião judaica. Alguns, ainda, vieram de Creta e outros da Arábia. Todos nós os ouvimos nas nossas próprias línguas falar das coisas maravilhosas que Deus tem feito.» Estavam todos muito admirados, sem saberem o que pensar (...).
Então Pedro levantou-se com os outros onze apóstolos e disse em alta voz à multidão: «Homens da Judeia e todos os que moram em Jerusalém, prestem bem atenção e escutem o que eu vou dizer. Não pensem que estes homens estão bêbedos, pois ainda são nove horas da manhã. O que aqui se passa é aquilo que está escrito no livro do profeta Joel. “Deus diz: Nos últimos dias, espalharei o meu Espírito sobre toda a Humanidade. Os vossos filhos e filhas profetizarão; os jovens terão visões e os velhos terão sonhos. Espalharei o meu Espírito também sobre os meus servos e servas, e eles hão de profetizar em meu nome, naqueles dias (...). Israelitas, escutem estas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem que teve a aprovação de Deus diante de todos vós, como viram pelos milagres, maravilhas e coisas extraordinárias que Deus fez por seu intermédio, no vosso meio, como bem sabem. Jesus foi entregue conforme o plano previsto na sabedoria de Deus e vocês mataram-no, crucificando-o por meio de homens iníquos. Porém Deus o ressuscitou livrando-o do poder da morte, porque não era possível que ele fosse dominado por ela (...), e nós somos testemunhas disso. Ele foi glorificado ficando à direita de Deus, que lhe deu o Espírito Santo, como tinha prometido, e enviou-o sobre nós. E isto é o que estão a ver e a ouvir. (...) Portanto, que todo o povo de Israel fique bem ciente que a esse mesmo Jesus, que vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Messias.» Quando ouviram isto, ficaram muito comovidos e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: «Irmãos, que devemos fazer?» Pedro respondeu: «Arrependam-se e cada um seja batizado em nome de Jesus Cristo, para que Deus vos perdoe os pecados. E receberão o dom do Espírito Santo. Pois a promessa de Deus é para vós e para os vossos filhos, e para todos os que estão longe: para todos os que o Senhor, nosso Deus, quiser chamar» (cf. At 2, 1-39).
Nesta Solenidade do Pentecostes, peçamos ao Divino Espírito Santo que derrame sobre nós os dons da Sabedoria, Entendimento, Conselho, Ciência, Fortaleza, Piedade e Temor de Deus, para que, iluminados e fortalecidos nos caminhos da vida, sejamos construtores da unidade na diversidade, e possamos dar os frutos de Caridade, Alegria, Paz, Paciência, Benignidade, Bondade, Longanimidade, Mansidão, Fé, Modéstia, Continência e Castidade.
Pela força do Espírito Santo, a Igreja, com uma experiência de dois mil anos, continua a acompanhar as esperanças da humanidade, transmitindo, como tocha que passa de mão em mão, a começar na família, o Evangelho que é Jesus Cristo. Se há sombras que nos possam causar alguns calafrios, há muitos sinais de esperança, tanto na sociedade civil como na eclesial. E se o caminho percorrido ainda é pouco, não se deve à sonolência do Espírito, mas à dureza do coração humano.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 29-05-2020.

Foi há quatro anos

28.05.20 | asal

Enquanto não chegam notícias mais frescas, vamos revivendo o passado.

O mês de Maio é o mês dos grandes encontros de há uns anos para cá. Há quatro anos, estivemos em Castelo Branco, começando pela Igreja do Valongo e passando a maior parte do dia nas instalações do hotel Colina do Castelo.

Ficam aqui as fotos do dia, tiradas pelo nosso grande amigo José Ventura e trabalhadas para o Youtube pelo António Colaço. AH

A Globalização do medo (5)

28.05.20 | asal
Meu Caro Henriques
Confinados embora, não quietos. Sempre vamos escrevendo, para nos ligarmos mais à vida possível. São os sinais dos tempos aos quais nos temos que vergar, para nosso bem e dos outros que têm medo de nós. Uns desconhecidos atrapalhados quando nos temos de cruzar com alguém - surrealista e kafkiano, mas, por enquanto, são estas as normas em vigor neste reino sofredor, mas esperançoso de melhores dias.
Desta vez, vamos, como os profetas, tentámos auscultar as linhas que nos orientarão, num futuro, sempre incerto. Imaginar é também ser humano.
Para ti Henriques, e para todos os que nos seguem no Animus Semper, Ânimo é o que não nos pode e deve faltar.
Florentino Beirão 
 

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Vêm aí tempos de mudança 

 

Hoje, segundo vários comentadores, estamos a viver tempos que irão certamente alterar o nosso futuro, devido às profundas mudanças que já estão a ser implementadas, a nível global. Nada vai ser como dantes, é hoje uma das frases mais repetidas. Esta profecia não nos deve causar grande surpresa. Pelo que a história nos ensina, após a existência das crises virológicas, as sociedades afetadas mudaram substancialmente, com mais ou menos profundidade. Desde as pandemias da Grécia antiga às do Império Romano, das da Idade - Média às do séc. XX, com a pneumónica, a vida dos povos sempre sofreu profundas mudanças. O mundo pós- covid.19, provavelmente, também não será exceção.

Passados estes longos meses de guerra contra este inimigo invisível, a espalhar o medo, a doença e a morte pelo planeta e sem perspetiva de o podermos vencer a curto prazo, importa que comecemos a pensar nos tempos que aí vêm, que certamente irão mudar muito as nossas sociedades.  

Comecemos por tentar fazer um breve balanço do que fomos aprendendo ao longo dos penosos e infindáveis meses de confinamento. Segundo experimentámos, fomos sentindo que aquilo que considerávamos essencial para a nossa vida, não era assim tão indispensável, como pensávamos, antes de ficarmos confinados. Pois que, o cuidar dos milhares de doentes infetados pelo vírus e dar sepultura digna a mais de um milhar de mortos no nosso país tornou-se o mais preocupante e urgente.

Felizmente, o comportamento cívico dos cidadãos, da oposição e das várias Igrejas, não se manifestou em movimentos de grande contestação, face às medidas consideradas indispensáveis e sensatas que foram emanando do nosso Governo. Tal não aconteceu noutras partes do globo, como na América do ignorante Trump, e no Brasil do irresponsável Bolsonaro, onde as contínuas telenovelas do diz e desdiz, relativas à pandemia, geraram fortes movimentos de revolta. As suas fracas lideranças acabaram por conduzir uma boa parte das populações à morte, a qual poderia ter sido minimizada.

Face ao que temos verificado, pudemos constatar que o nosso Serviço Nacional de Saúde, servido por heroicos profissionais, tornou-se a boia de salvação nas horas amargas que passámos. A sua resposta, embora com falta de meios, de um modo geral, conseguiu dar resposta às necessidades sentidas. Irmanados no mesmo sentimento de medo, lá fomos descobrindo que a solidariedade entre todos nos tornou mais humanos. Sentindo-nos no mesmo barco, aprendemos que a sorte ou a desgraça de uns tocaria a todos.

Nestes dias, fomos ainda tomando consciência de que tivemos muitas culpas, no modo de como cuidámos dos nossos idosos, fechados em lares, longe das suas famílias, durante muitos dias.

Face a este breve diagnóstico, importa refletir no que poderemos esperar para os dias que aí vêm, após esta pandemia que nos reteve em casa alguns meses.

Face a um futuro imprevisível, salta-nos logo a interrogação, relativa ao futuro da globalização que foi medrando nos últimos tempos. E ainda, quais as formas de trabalho e de ensino que vão ser implementadas no futuro?

Embora lidemos com grandes incertezas, o que já todos estamos a verificar é que muito irá mudar a nível global. Nos países mais ricos e nos mais pobres. Segundo é nossa convicção, o mundo futuro, após esta pandemia, irá construir-se em novos parâmetros.

A nível político, tudo se irá passar num forte confronto económico, sobretudo, entre os Estados Unidos, a China e a Europa. A rota da seda chinesa aí está para desafiar o poderio tradicional dos Estados Unidos, que sai muito enfraquecido desta pandemia, favorecendo a China. A fome, o desemprego e a falta de líderes capazes no Brasil e nos Estados Unidos, não ajudarão estes países que se fecharam na sua arrogância. Quanto à Europa, colocada entre estas duas potências, terá que se reindustrializar, apostar na investigação e nas novas tecnologias, tentando, deste modo conseguir maior autonomia, face às suas necessidades.

A nível social, de um modo assustador, está a formar-se um mundo de vigilância, de controlo e medo, de fome e de pobreza, que não sabemos onde nos poderá conduzir. Por outro lado, desta pandemia também poderá estar a nascer um mundo melhor ou pior. Numa sondagem no Reino Unido, feita em março, os jovens dizem confiar mais em Estados autoritários do que nas democracias, para lidar com as crises. Pensemos neste alerta.

florentinobeirao@hotmail.com

Encontro Improvável em Timor

24.05.20 | asal

Boas tardes!

Quando o Diamantino Ribeiro fez anos, "autocomprometi-me" a escrever umas linhas sobre o nosso encontro em Timor, em 2002. Foi hoje. Envio-as, com algumas fotos, para fazeres o que entenderes.
Abraço.
Tó Manel

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O MUNDO É PEQUENO

Em 2002 a investigação para a dissertação de um Mestrado em História da Educação fez-me deslocar a Timor para continuar no terreno a pesquisa sobre o trabalho dos Padres Seculares de Cernache do Bonjardim, nos finais do século XIX, naquele antigo território português. Apoiado pela Fundação Oriente, com uma bolsa de curta duração, quis a fortuna que a minha estadia na “terra do crocodilo” coincidisse com a independência daquele território e tive o privilégio de assistir às festas nacionais que assinalavam o acontecimento.

Conheci e privei com várias individualidades da vida militar e política nacional timorense, portuguesa e internacional. Contudo, o encontro que mais fundo ficou registado foi o que passo a descrever.

Depois sair dos Vales na manhã de uma sexta-feira e de três dias em aeroportos (Lisboa, Londres, Singapura, Darwin), chego no domingo seguinte a Dili. Descanso merecido. No dia seguinte, faço os primeiros contactos e um deles marca encontro na esplanada de uma cervejaria relativamente perto da casa onde fiquei hospedado.

À hora combinada, chego ao local “apalpando o terreno” e certamente com aquele ar típico de quem procura alguém, que logo um tipo integrante de grupo de 12/14 pessoas me chama e pergunta:

- “Você é que chegou ontem? Olhe, isto é tudo malta amiga. Aquele ali até é seu conterrâneo. Sente-se e mande vir alguma coisa que as apresentações estão feitas.”

Integração mais simples e menos burocrática era impossível. É óbvio que o “meu conterrâneo” mereceu a minha especial atenção e fui-me sentar ao lado dele que logo me perguntou:

- Então você é de Proença?

- Não. Dou lá aulas mas sou de Cardigos.

-De Cardigos? Andei a estudar nos seminários diocesanos com um tipo de Cardigos mas não me lembro agora do nome dele.

Fui avançando com alguns nomes mas não encaixavam. Até que lhe perguntei:

- Oiça lá, esse indivíduo era mesmo de Cardigos ou de alguma aldeia lá próxima?

- Acho que era de uma aldeia. O pai já tinha uma certa idade e tinha sido emigrante no Brasil. Ele jogava à bola, à baliza”, lá na equipa do seminário.

- No Brasil ou nos EUA?

-Isso, nos EUA.

Problema resolvido. Afinal, o meu “conterrâneo”  referia-se  à minha pessoa!

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Era o DIAMANTINO RIBEIRO, dos Montes da Senhora, Proença-a-Nova. Tinha feito a tropa em Timor como militar português. Tinha constituído família por lá e estabelecera-se como empresário em Timor. Quando a Indonésia invadiu o território, fugiu para a Austrália e estava ali, nas vésperas da independência, como enviado do governo australiano com a missão de formar equipas para colaborar na limpeza e arranjos de espaços públicos para ajudar a dignificar as festas da independência. Um desses espaços era o Estádio Municipal de Dili, que visitei várias vezes e era o palco privilegiado para as jogatanas de um clube local que era filial do meu querido “Belenenses”.

Ora digam lá se o Mundo não é pequeno. Trinta e tal anos sem nos vermos. E, de um momento para o outro… ali, lado a lado, no outro lado do mundo, a mais de 15.000 kms das nossas terras de origem!

Escrevi vários textos sobre a História de Timor, fiz palestras sobre o trabalho dos Padres Seculares de Cernache e sobre o triste fim de Maggiolo Gouveia, comandante da PSP em Dili, aquando da invasão da Indonésia, escrevi relatórios, publiquei textos em jornais… Reuni bastante bibliografia sobre Timor e captei centenas de fotos sobre a minha estadia em Timor.

Deixo aqui “meia dúzia”, todas bastante significativas. Cada uma delas capaz de contar uma história particular. Especialmente a do barco de guerra 515, da Indonésia…

(No mapa vão assinaladas as principais localidades que visitei. E mais treze fotos)

António Manuel M. Silva

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Palavra do Sr. Bispo

23.05.20 | asal

MÉDICOS ADOTAM TERAPIA HÁ MUITO TESTADA

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Sejam quais forem as ferramentas que cada pessoa tem de usar no seu trabalho, desde o delicado bisturi ao pincel, do teclado ao tubo de ensaio, do pensamento à vassoura de rua, dos telescópios às panelas da cozinha, da máscara de carnaval à da pandemia (e mais pode acrescentar o leitor!...), seja qual for essa ferramenta, será bom aceitar o conselho de Anselmo de Cantuária: “Ó homem, deixa um momento as tuas ocupações habituais. Entra um instante em ti mesmo, longe do tumulto dos teus pensamentos. Põe de parte os cuidados que te apoquentam e liberta-te agora das inquietações que te absorvem. Entrega-te uns momentos a Deus, descansa por algum tempo na sua presença. Entra no íntimo da tua alma. Remove tudo, exceto Deus e o que te possa ajudar a procurá-lo no silêncio”.

Este autor do século XI aconselha o homem a pedir a Deus que ensine o seu coração a saber onde e como o procurar e encontrar. E coloca o homem a fazer perguntas para saber quem o poderá ajudar, como, com que sinais, com que aspeto poderá ele encontrar Deus!
Li, há dias, no “Ecos do Sameiro”, o testemunho de um jovem médico da Lombardia, Julian Urban, de 38 anos, um dos testemunhos compilados por Gianni Giardinelli, e que, com a devida vénia, aqui transcrevo. Diz ele: “Nunca, nos meus piores pesadelos, eu imaginei ter uma experiência como a que estou a ter, nas últimas semanas, no hospital onde trabalho. O pesadelo continua – o rio está cada vez mais caudaloso. No princípio vieram alguns pacientes, depois, dezenas – por fim, centenas. Neste momento já não somos mais médicos: tornámo-nos uma espécie de ‘classificadores’ na ‘linha de montagem’, decidindo quem vive e quem é enviado para casa para morrer – mesmo aqueles que durante toda a sua vida pagaram os seus impostos ao Estado italiano. Até há duas semanas atrás, eu e os meus colegas éramos ateus; isso era o mais normal, pois como médicos aprendemos que a ciência exclui a presença de Deus. Sempre trocei do facto de os meus pais irem à Igreja. Um pastor, já idoso, de 75 anos, veio ter connosco há 9 dias atrás, era um homem afável, de modos gentis e estava com sérias dificuldades em respirar, mas trazia uma Bíblia consigo e ficámos impressionados com ele ao lê-la aos moribundos, segurando-lhes as mãos. Estávamos todos cansados, desencorajados, física e mentalmente exaustos, quando, finalmente, tivemos tempo para o ouvir. Agora, temos de admitir: como seres humanos chegámos ao limite, não podemos fazer mais – mas as pessoas estão a morrer diariamente, e cada vez mais. E estamos exaustos: dois dos nossos colegas já morreram e há outros que estão infetados. Chegámos à conclusão de que o que quer que seja que o homem pode fazer, precisamos de Deus – e começamos a pedir-Lhe ajuda, sempre que temos alguns minutos disponíveis. Falamos uns com os outros e é incrível como nós, ateus empedernidos, estamos agora diariamente em busca da nossa paz, pedindo ao Senhor para nos ajudar a resistir, a fim de podermos cuidar dos doentes. Ontem, o idoso Pastor de 75 anos morreu – e apesar de termos tido mais de 120 mortes aqui, nas últimas semanas, e estarmos todos exaustos, destruídos, aquele Pastor trouxe-nos paz como nós nunca pensámos ter nesta altura, apesar das nossas condições e dificuldades. O Pastor partiu para estar com o Senhor e bem depressa nós iremos também, seguindo-o se as coisas continuarem como até aqui. Há seis dias que não vou a casa; nem sei quando comi pela última vez e estou a tomar consciência da minha ociosidade na terra. Quero dedicar o meu último sopro de vida a ajudar o meu próximo. Estou feliz porque me voltei para Deus, novamente, rodeado do sofrimento e da morte dos meus concidadãos”.
Eis um exemplo, um sinal, um aspeto pelo qual podemos encontrar Deus. Ele serve-se de tudo para que o possamos encontrar!... É particularmente sensível à vida humana, sejam quais forem os seus caminhos, êxitos e fracassos. Conhece-nos, chama-nos pelo nome, dá ânimo ao cansado e firmeza ao enfraquecido, estende-nos a mão mas sem nos obrigar a que Lhe dêmos a nossa. Porque respeita a liberdade de cada um e cada um nem sempre a sabe usar, o bem e o mal coexistem, o trigo e o joio crescem juntos, lado a lado, até à ceifa (cf. Mt13,24-30). E, se, porventura, nos parece que o mal e o joio predominam, isso não acontece porque Deus é indiferente ou nos abandona. Acontece, sim, porque nós o abandonamos, porque entendemos que a liberdade é fazer o que quero, o que me dá na gana, e não fazer o que devo. Deus não nos esquece, não foge nem se esconde, acompanha-nos, respeitando a nossa liberdade, tantas vezes confundida com libertinagem! Esta atitude de Deus parece-nos estranha. Sim, é estranha! Conforme lemos na Sagrada Escritura, é uma sabedoria demasiado profunda para nós, tão sublime que não temos capacidade para ela (cf. Sl 139,6).
No entanto, Deus, na sua condescendência infinita, deu-nos um sinal por excelência, um sinal para o encontrarmos. Enviou-nos o seu Filho, para nos falar, para nos dar a conhecer o próprio Pai e o seu amor por nós. Para isso, Jesus assumiu a nossa condição humana, trabalhou com mãos humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com coração humano, tornou-se verdadeiramente um de nós e morreu por cada um de nós, para nos salvar (cf. GS22). Sentiu fome e sede, cansaço e sono, sentiu a dor e a tristeza, a alegria e a traição, a perseguição e o abandono, chorou. Porque sempre falava do Pai e com o Pai, um dia, Filipe, entusiasmado com a conversa de Jesus, saiu-se com esta: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta!”. Disse-lhe Jesus: “Há tanto tempo que estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como dizes tu: ‘Mostra-nos o Pai!’? Não acreditas que Eu estou no Pai, e o Pai está em mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por mim mesmo; o Pai, que permanece em mim, realiza as suas obras. Acreditai em mim: Eu estou no Pai, e o Pai em mim. Se não, acreditai por causa das obras em si” (Jo 14, 8-11).
Cristo é, de facto, o Sinal, o Sacramento do Pai, o Filho de Deus, o Caminho a conhecer e a trilhar! Quantas vezes Ele já nos terá tocado no ombro!... Quantas vezes teremos feito de conta que não percebemos!... Adotar o conselho que a CP nos dá nas passagens de nível, pode ser um bom método para perceber os sinais que Deus nos vai dando para que não sejamos trucidados pelas rodas da vida: PARE, ESCUTE E OLHE...

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 22-05-2020.

Aniversário

23.05.20 | asal

Hoje faz anos o P. Miguel  Farinha.

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Natural de Troviscal (Sertã), onde nasceu a 23 de maio de 1942. Entre outros serviços foi capelão militar em Moçambique, professor de Educação Moral e Religiosa Católica na Sertã, coadjutor e pároco da Sertã, pároco de Pedrógão Pequeno, Cabeçudos e Carvalhal.
Atingido pela doença, atualmente encontra-se jubilado e vive em sua casa no Troviscal, com uma familiar que o acompanha.

Possivelmente, ele não chega ao blogue, mas mesmo assim damos-lhe PARABÉNS pelo aniversário e votos de que assuma a vida com paciência.

Contacto: tel.  962 668 907

Aniversário

22.05.20 | asal

PARABÉNS, JOÃO!

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Nascido em 22-05-1946 na turística Penha Garcia, vive hoje aqui perto, em Sacavém, onde se esmera no trabalho social da paróquia como elemento activo no serviço da comunidade.

João Pires Antunes é presença assídua nos nossos encontros, no nosso blogue como articulista e nos almoços da Parreirinha, razão pela qual é bem conhecido da malta. Aqui está ele numa foto da Parreirinha, ao lado de amigos bem conhecidos!  

Assim, aqui te deixamos os sinceros PARABÉNS DO GRUPO, com votos de muita saúde e longa vida (73 é muito pouco ainda, não achas?!), na felicidade e alegria familiar e dos amigos.

Contacto: tel. 919 757 160

Há cinco anos foi assim

21.05.20 | asal

Por vezes deparamos com imagens que nos prendem a atenção. Andava eu a vasculhar o passado, quando dei com um vídeo que marcou muito fortemente os meus últimos cinco anos, a caminho de seis. 

No blogue "Animus60", dizia um título

A CAMINHO DE CASTELO BRANCO ou, quem é quem na nova comissão

Até eu estava esquecido do que realmente se passou. Mas verifico mais uma vez como nesse encontro tudo decorreu na maior das simplicidades, sem partidos a disputar o poder, e a vivermos todos aquele impasse habitual em muitas associações, que é a dificuldade de arranjar quem se ofereça para trabalhar pelos outros.

Eu ando há 20 anos a viver esses impasses aqui na Amora, mas a verdade é que temos conseguido as boas vontades bastantes para os projetos seguirem em frente. E todos unidos fazemos obra que está à vista de todos. Hoje mesmo a Câmara Municipal assinou com a Casa do Educador/Unisseixal um contrato de comodato para a construção de instalações para a Unisseixal, que vão custar à volta de 2,5 milhões. Somos uma associação, onde todos empurram para o mesmo lado... Assim se adoça o caminho para todos.

Em Abrantes, a indigitação de elementos para a Comissão Administrativa, assim chamada nos Estatutos acabados de aprovar na mesma assembleia, foi feita a partir da oferta voluntária de uns tantos, pressionados até pelos amigos que iam lembrando o seu nome.

Pessoalmente, eu tenho a noção de que uma associação é como uma família, onde todos remam para o mesmo lado depois das decisões tomadas. E também entendo que numa associação todos se devem empenhar em contribuir para o sucesso coletivo. Disse muitas vezes aqui na Amora que o Ant. Henriques criou com outros uma associação, não uma fundação. Aqui nunca houve a "fundação antónio henriques". Isto tem consequências no meu modo de estar. A longo prazo, começo a dizer que quero ser substituído, digo isto com toda a clareza. As razões todas ficam para mais tarde. Nem eu sei bem quais serão...

Mas é normal querer ser substituído. Este é o conceito puro de associativismo. Entretanto, vejam o que se passou em Abrantes.

António Henriques

AMIZADES CERTAS NA SERTÃ

21.05.20 | asal

Deixa-me cá roubar este quanto antes, que pode desaparecer... O amigo Colaço lembra a festa do ano passado e nós vamos atrás dele até à Sertã. Que bom!, já que este ano ficámos "in albis"... AH

Escreve António Colaço
Gostei muito de regressar aos ENCONTROS ANUAIS dos antigos alunos Animus Semper Antigos Alunos após uma ausência de três anos.
(Confidenciei ao Joaquim Mendeiros Pedro que depois do meu AVC não desejaria faltar a mais nenhum destes ENCONTROS. E se este Encontro primou pelo aparecimento de caras novas!)

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Tive saudades do meu antigo frenesi que me fazia por a malta a falar, a contar as tantas histórias que trazem adormecidas em si.

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Alguma vez poderia sair da SERTÃ sem dois dedos de conversa com a grande novidade deste encontro, o aparecimento do meu querido Celestino Cardoso, o Ronaldo da minha cardiguense adolescência?

Alguma vez poderia ter deixado a SERTÃ sem um diálogo aberto, cara a cara, com os dois expoentes maximos do seminarista exemplar, que o Pe Saraiva nos apontava na minha querida Cardigos, ambos ali presentes, o António Gil André e o António Antonio Martins Silva?

E como foi possível sair da SERTÃ sem assinalar o facto de Cardigos ter sido, provavelmente, a freguesia com mais ex alunos ali presentes, de que destaco, também, os novatos Nuno Santos Silva e Carlos Tavares?!

Alguma vez teria deixado a SERTÃ sem questionar o José Eduardo Alves Jana agora que se lançou na escavação das nossas tantas memórias?

Alguma vez teria saído da SERTÃ sem saudar o reaparecimento do meu querido amigo António Gil e pedir-lhe que nos lesse os últimos poemas?

Alguma vez teria saído da Sertã sem saudar o aparecimento do Zequinha Jose De Jesus Andre e de muitos do seu ano, 1964, como o Luis Lourenço, o Augusto Pissarreira, o Virgílio Moreira (estes dois raptados aos do meu ano!!!).

E o meu querido Fernando Alves Martins Martins que há tanto o desejava ver a sobrevoar-nos os dias (foi co-pilot o aviador)?

Onde é que eu andei para não ter estado na SERTÃ como CERTAMENTE devia lá ter estado?!

Fotos do ZVD

Aniversário

21.05.20 | asal

Hoje o Manuel Inácio faz 91 anos. Mas eu quero homenageá-lo com o texto tão viçoso com que o lembrei no ano passado. É este:    

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«Meus amigos, há gente assim: faltavam três dias para completar 90 anos - 90!, e este menino sai de Almada com a sua Fernanda a caminho da Sertã, para o Encontro Anual dos Antigos Alunos dos seminários da diocese de Portalegre e Castelo Branco.

Apanham boleia do António Lopes Luís até ao autocarro do Campo Grande e lá seguem com os seus companheiros para a festa-convívio na zona do Pinhal. Que razões movem estes convivas?

Assalta-nos uma onda de admiração e de aplausos, ao ver o testemunho vivo do Manuel Augusto Inácio, que pelo seu exemplo nos diz que vale a pena fazer o sacrifício/esforço de sair de casa para estar com os amigos do tempo do seminário. 

Os nossos dias começam a esgotar-se em cada ano que passa, mas enquanto cá estivermos vamos celebrar a vida, a amizade e o gosto de ver outros amigos que nos enchem os dias de nova energia!

PARABÉNS, MANUEL!   PARABÉNS, FERNANDA! 

E façam o favor de continuarem a ser nossos amigos. Olhem, imitem o sacristão da Sertã, que ainda ajuda à missa com 103 anos...»

Contacto: Tel. 966 264 567

O Manuel e a Fernanda vão alegrar-se com a sua cara nas fotos a seguir!

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Aniversário

19.05.20 | asal

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PARABÉNS para o Joaquim Alberto Dias Nunes que hoje celebra mais um ano de vida, ele que vem de 1951.

Além dos nossos PARABÉNS, ficam aqui os votos de muita felicidade, com saúde e muitos amigos, por longos anos.

Contacto: tel. 966 160 748

A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas sentadas e interioresAntónio Manuel M. SilvaO Joaquim Alberto (da Roda, Cardigos) aqui em Alcains 2010, nos aperitivos, na companhia do Fernando Martins (Cimadas, Proença a Nova). Um pouco atrás, à direita, o Tobias Delgado, do Vergão, Proença a Nova. Tudo vizinhos...

ANTIGOS ALUNOS — RECORDAÇÕES

18.05.20 | asal

Mais uma bela súmula de tempos velhinhos. Desta vez, ficamos gratos ao Joaquim Nogueira, quase gémeo do João Heitor, pela descrição do que era a Associação em tempos idos, a perder da memória. E nós sentimo-nos herdeiros desta ideia e desta vontade! AH

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A MINHA COLABORAÇÃO,

A PARTIR DOS FINAIS DOS ANOS SETENTA

Feito o serviço militar em Vendas Novas, onde tirei o Curso de Oficiais Milicianos, fui promovido a Aspirante e colocado no Regimento de Artilharia 3, na FIGUEIRA DA FOZ, nos anos de 1956 – Fevereiro –até Fevereiro de 1957. Estive 14 anos, como Director comercial e industrial, numa empresa portuguesa que se dedicava à exploração de óleo de palma, com 4 fábricas, empregando 2400 trabalhadores, sendo 400 efetivos e 2000 tarefeiros, isto no ex-Congo Belga.

Voltei para Portugal em meados de 1970, tendo sido convidado para jantar em casa do Rodrigues Jorge, em que a sua mulher Cândida tinha, como prato principal, feijão frade e petingas que era o nosso pequeno almoço do seminário.

Fui convidado para a Associação e, com o Heitor, passei a ter uma colaboração ativa. Começou, então, uma atividade que se estendeu até hoje, com reuniões, encontros, excursões e outras atividades como passo a resumir:

REUNIÕES

Foram muitas as reuniões que tive com o Heitor e outros colegas mais interessados, como o Patrocínio, o Carrilho, o Alberto Duque, o Manteigas Martins e outros de que não me recordo.

As reuniões tinham lugar ou no meu escritório da Defensores de Chaves, ou no escritório do Manteigas. Nessas reuniões tentava dar-se execução ao deliberado na reunião anual, designadamente a sardinhada e o magusto. Delineávamos as circulares, cujo texto final era feito no meu escritório, dactilografado e feitas fotocópias que eu levava a casa do Heitor onde fazíamos envelopes para os colegas, escritos à mão, e enviadas as circulares nos envelopes que entregávamos no correio de Carnaxide.

O  MAGUSTO E A SARDINHADA

Era eu quem comprava e levava as sardinhas e as castanhas. Apanhávamos cisco e acendalhas na serra de Monsanto e fazíamos fogueiras. Alguém trazia vinho ou água-pé e era uma ALEGRIA. Que trabalheira, mas que prazer sentíamos nestes convívios. Tempo que não volta! Esquecia-me de dizer que fazíamos churrasco de febras, entremeada e frango. As nossas mulheres levavam bolos caseiros e arroz doce. Coisas que se compravam e, no fim, dividia-se a conta, por cabeça.

E N C O N T R O S

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1 - Todos os anos se fazia um ENCONTRO na casa de retiros da  BURACA. Durava o dia todo. Às 11 horas, começavam a chegar e ficávamos no paleio até ao meio dia e meio, hora da EUCARISTIA.

Seguia-se o almoço fornecido pelas Irmãs, sendo nós quem ia buscar as terrinas e pratos de comida ao postigo da cozinha. No fim era anunciado, pelo Heitor, o custo fixado pelas Irmãs, acrescentando que, quem não pudesse, não pagava.

À saída do refeitório, um de nós aguardava com um saco de papel para nele cada um depositar o que entendesse. No fim contava-se o dinheiro e sobrava sempre, indo eu e o Heitor pagar às Irmãs o que tínhamos combinado.

Na parte da tarde havia a chamada SESSÃO SOLENE, em que se discutiam problemas candentes e se tomava conhecimento do decorrer da vida do seminário.

Era nomeada nova comissão – sempre a mesma! – e passava uma folha para, quem quisesse, contribuir para o Seminário.

Terminava-se com chá e bolinhos.

2 - Outros encontros houve, como os que se faziam nos seminários por altura das excursões anuais.

E  X  C  U  R  S  Õ  E  S

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  1. - Excursão às CAVES DO BARROCÃO. O DONO era amigo do Alberto Duque. Almoçámos leitão nas próprias caves e bebemos do “néctar” das garrafas e pipas que nos rodeavam. Esta excursão teve lugar devido aos conhecimentos e amizades que o Alberto tinha na zona.
  2. – excursão à zona de ALMEIRIM/CHAMUSCA – o NOSSO colega MANUEL FARINHA convidou-nos para uma sardinhada na sua casa de campo. Bem-recebidos e foi um dia memorável.
  3. – Sei que fizemos outras excursões. Lembrei-me agora de uma que fizemos a AVEIRO e fomos comer uma caldeirada de peixe, com o Marcelino, que era, então, bispo da diocese.
  4. – Não me recordo de outras, mas sei que fizemos mais.

A logística das excursões era feita no meu escritório, sendo encarregado do autocarro o Patrocínio.

  1. – Falta-me referir as excursões, eu diria anuais, que fazíamos ao Seminário de Alcains.

As excursões eram feitas de autocarro, tratado pelo Patrocínio, e as inscrições passavam pelo meu escritório.

Vou terminar esta descrição em virtude do meu estado de saúde ser periclitante e creio ter dito o mais importante.

Não posso deixar de agradecer a quem comigo colaborou e a todos os antigos colegas, desejar SAÚDE, PAZ, ALEGRIA E AMOR.

LISBOA, 18 de Maio de 2020

JOAQUIM NOGUEIRA

NOTA: Vemos o jovem Joaquim Nogueira com t-shirt azul às riscas nas duas fotos. AH

Aniversário

18.05.20 | asal

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Ao Manuel Alves damos os PARABÉNS DO GRUPO e desejamos-lhe muita saúde e felicidade, na companhia de família e amigos. 

Não temos deste amigo mais informações...

Que seríamos nós sem os outros? Dependemos de tanta gente...

Gostávamos de te ver, mas... Só depende de ti!

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