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Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

Mais um aniversário

30.04.20 | asal

Acabo de saber que faltava na nossa lista o nome do Manuel Pires Marques, um octogenário a fazer Manuel Pires Marques.jpganos neste 30 de Abril.

Andei à procura de uma foto, e lá descobri esta, do Encontro do Restelo, onde ele aparece com a esposa, Etelvina (uma das que ainda se atirou à Internet e navega pelo Facebook). 

Caro amigo, os PARABÉNS deste grupo no teu aniversário. E que a vida te continue a sorrir.

Contacto: tel. 968161723

 

Aniversário

30.04.20 | asal

Celebra o seu 79.º aniversário o P. Joaquim da Mata Matias, Pároco de Castelo, concelho da Sertã. Joaquim Mata Matias P..jpgLembro-me dele no seminário, sempre de sorriso humilde e simpático. E tive a alegria de almoçar ao seu lado no nosso encontro da Sertã.

Aqui está ele em foto da altura, no meio de dois grandes amigos. Contou-me por alto o que foi aquele episódio das bombas que rebentaram nas suas mãos quando ele queria livrar-se delas para nenhuma criança sofrer. E assim continua humilde e alegre, servindo o nosso Deus.

Aqui ficam os PARABÉNS do grupo dos antigos alunos, com votos de saúde e satisfação pessoal no serviço da Igreja.

Contacto tel.:  968 373 580  

Aniversário

29.04.20 | asal

PARABÉNS, JOÃO!

João Mateus.jpg

Natural da Ameixoeira, onde em 1954 viu pela primeira vez a luz do dia, o João Mateus vive em Vialonga, bem perto de Lisboa. 

Deixamos aqui os PARABÉNS do grupo, com votos de muita saúde, longa vida e felicidade junto da família e amigos.

Contacto: 964 011 182

Aniversários

28.04.20 | asal

Ernesto Jana1.jpg

Celebra hoje o seu aniversário o ERNESTO DELGADO JANA, que vive em Abrantes e nasceu em 36. Falei com ele já neste tempo de Covid-19, lembrámos o seminário, nomeadamente a importância do C.N.E. em Portalegre. Espero uma colaboração dele para o blogue e outra para o livro sobre o Seminário de Alcains. A foto vem do tempo em que ele se gastou ao serviço do Escutismo em Santiago do Cacém.

Grande amigo, PARABÉNS e votos de muita felicidade. Queremos ver-te e ABRAÇAR-TE, assim como a muitos outros. Contacto: tel. 965421295

 

  Elisio Frade.jpgVinte anos depois, nasce outro amigo, o Elísio, este mais novinho!

PARABÉNS, ELÍSIO FRADE nos teus 67 anos!

Aqui ficam os nossos parabéns e votos de longa vida em felicidade e na companhia de família e amigos.

Não temos contacto telefónico.

Aniversário

25.04.20 | asal

joaquim.jpg

Parabéns,  Joaquim Ribeiro Filipe!   

Natural do Freixoeiro, vive em França há muitos anos e esteve ligado à actividade bancária.

Daqui lhe enviamos as nossas saudações amigas e os nossos PARABÉNS no dia do seu 77.º aniversário.

Que sejas muito feliz, amigo Joaquim!

Contacto: tel. 00 33 686670744

Palavra do Sr. Bispo

24.04.20 | asal

O RUÍDO DAS LIBERDADES DE ABRIL

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A consciência da liberdade e da dignidade do homem, de mão dada com a afirmação dos direitos inalienáveis da pessoa e dos povos, é uma das características predominantes do nosso tempo. Antes do cristianismo era impensável, mesmo que agora ainda se possa fomentar de modo errado! A comunicação que Deus fez de si mesmo aos homens tornou Jesus Cristo o acontecimento da História de maior relevância para a Humanidade, ao ponto de dividir a História no antes e no depois de Cristo. Inverteu os valores, fez resplandecer a dignidade pessoal de cada indivíduo, deu aso à formulação dos direitos humanos mesmo que ainda muito espezinhados. “No mundo pré-cristão, procuraríamos em vão semelhante visão do Homem: nem Platão, que fala de forma sublime do eros, nem nos tratados de Aristóteles e de Cícero sobre a amizade, nem nos escritos dos estoicos se poderá encontrar qualquer atenção à pessoa humana, à qual só se dará fundamento a partir da revelação cristã” (Hans Urs von Balthasar). Jesus, figura dominante da História, veio dar-lhe o seu significado autêntico, a sua direção permanente e definitiva. Não com armas e opressão, mas comprometendo-se com a sorte do homem, em amor e misericórdia. Ateus, crentes, filósofos, escritores, artistas, pessoas de todas as áreas do saber, do poder e do saber fazer, ninguém, ninguém ficou nem fica indiferente perante o que Ele disse e fez, perante o encanto da sua pessoa e da sua doação até ao extremo. Assim aconteceu com todos quantos se cruzaram com Ele ao longo da sua vida terrena e depois da sua Ressurreição, o Grande Dia para toda a Humanidade, a Páscoa. Sim, o Grande Dia, acredite-se ou não! À volta da sua pessoa, ontem e hoje, quantos encontros e desencontros, quanta alegria e entusiasmo, quantas certezas e dúvidas, quantas inquietações e esperanças, quantos, quantos amores apaixonados até ao martírio, quanta vida, quanto testemunho, quanto bem fazer, quantas expressões extraordinárias de arte e beleza em todas as áreas da atividade humana. No entanto, como perante Ele ninguém fica indiferente, também houve e há rejeições. E quantas delas por mera ignorância ou preconceitos como aquele que chegou ao ponto de mandar gravar uma cruz na sola dos sapatos para O espezinhar continuamente. Quanta mentira ou iniciativa para O desmitificar, quantas banalizações e ofensas, quantas apropriações indevidas até para fazer guerras, quantas perseguições, quantos escritos para negar a sua divindade. “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!”, rezou Cristo na Cruz (Lc 23,34).

Aquele “Tudo está consumado” dito por Jesus no alto do Calvário, não foi uma declaração conformada com o fim de tudo. Não foi uma humilhante rendição porque tudo fracassara. Não, não foi um cruzar de braços perante uma derrota. Foi um vigoroso Sim à vitória da vida sobre a morte, um Sim para restituir ao homem a dignidade perdida e indicar a toda a Humanidade o caminho da Liberdade, da Dignidade e do viver com sentido e esperança. Jesus falou e continua a falar com a simplicidade da sua vida, com a sua humanidade, com a sua obediência ao Pai, com a sua coerência, com a sua fidelidade à verdade e com o seu amor a toda a gente, sem fazer aceção de pessoas, dando prioridade aos que sofrem e aos esquecidos à margem da vida. Foi n’Ele e por Ele que o homem adquiriu plena consciência do sentido da sua vida, da sua dignidade e do valor transcendente da própria humanidade.
Cada país tem o seu Dia Nacional, o qual, infelizmente, nem sempre é o dia da conquista da liberdade, dentro daquela Liberdade e Dignidade de filhos de Deus. Por paradoxal que pareça, esses dias nacionais vão-se sucedendo uns aos outros, tal como aquelas afirmações que são tão verdade enquanto não vem outro e diz o contrário. Parece que cada tempo tem de ter forçosamente os seus heróis. Mudam-se os tempos mudam-se as vontades, sobretudo quando os que governam se esquecem da sua verdadeira missão ao serviço do povo. O último acontecimento mais digno de registo ou tido como revolucionário, para o bem ou para o mal, é sempre o único, o mais nobre e o mais importante para quem o levou a cabo, mesmo que o seja para desgraça de um povo. E sempre há gente que está com quem está, quer quando o regime se apoia na razão da força, quer quando se pauta pela força da razão. O virar da casaca é imediato, num esfregar de olhos. A subserviência aos da nova situação é tal que nunca os deixa livres para avaliarem qualquer dos sistemas. E como a fama é um objetivo apetecível, há quem, dentro da façanha revolucionária, não passando de um mero e suplente apanha bolas devido às circunstâncias do momento e das quais porventura não conseguiu fugir, há quem não se canse de gritar ao mundo a fazer crer que foi um grande craque no relvado, um herói indispensável na hora da mudança e a merecer lugar de sócio correspondente e de número na academia da história pátria, quiçá, um cantinho no panteão! Ai estes bípedes humanos que engraçados que somos!...
E assim, uns, como é o nosso caso, festejam com alegria o dia em que a liberdade foi conquistada e se instalou a democracia e os direitos de cidadania. Há festa, vestem-se os fatos de domingar e calçam-se os sapatos de ir à missa, como soe dizer-se, para se entrar no Salão Nobre e florido da República onde os representantes do povo têm a sua cátedra de diagnóstico das maleitas e do receituário para as doenças do Nação. Há discursos empolgados com esticadas reflexões, há palmas e aplausos. E bem, é preciso comemorar e fazer festa. Há conquistas inesquecíveis a merecer festa em qualquer tempo e a qualquer pretexto, com terno e gravata. A ferir a história dos povos, idênticas manifestações também fazem as ditaduras, com desfiles militares a quererem assustar o mundo, discursos empolgados a olhar para o umbigo, aplausos e palmas a aquecer as mãos e a atordoar os ouvidos. Os demagogos encontram aí uma grande ocasião para espraiarem o seu ego por entre discursos inflamados a ecoar por mundo fora. O povo, esse, e conforme os casos, ou se manifesta livremente na alegria e gratidão de ter a liberdade, ou na obrigação de fingir e repudiar a tristeza que lhe vai na alma. Nas próprias escolas, a história última que se estuda, é sempre a história feita pelos últimos vencedores, por aqueles que se encontram ao leme dos países, quer seja a construída pelos que conquistaram a liberdade, quer seja a feita pelos que a esconjuraram. Para uns e outros, importa denegrir o passado como nada tendo de bom, e empolgar o presente como maravilha sem igual. Mas isto também acontece, em democracia, dentro dos partidos que se alternem no poder. Nenhum consegue viver sem denegrir o do turno anterior para que possa engrandecer o que ele agora está a fazer. A história humana, que é cíclica, lá se vai desenvolvendo por entre tais enredos, tantas vezes com a humilhação do povo, do qual, quem manda, se julga dono e senhor, esquecendo que o seu poder é um poder delegado pelo próprio povo, em nome de Deus. E disse Pilatos a Jesus: “Não sabes que tenho autoridade para Te soltar e autoridade para Te crucificar?” Jesus respondeu: “Não terias nenhuma autoridade sobre Mim se ela não te fosse dada do alto” (Jo 19,10-11).
Portugal, nos últimos tempos, saboreou ambos os momentos. Quem agora se apresenta como presa fácil às garras desse traste que é o covid-19, sabe apreciar bem a diferença. Muita gente festejou - ou suportou ver festejar! -, com gosto ou sem gosto, contrariado ou por obrigação, o 28 de maio. Mesmo que o Dia da Restauração e o da República estejam dormentes nos braços de Morfeu, festejemos o 25 de abril, que, neste ano, já deu água pela barba àqueles que, quando falaram sobre os festejos, de tal modo falaram que até as andorinhas suspenderam o voar e as árvores se torceram para os escutar. Mas não gostaram, o efeito foi fraco e era escusado! Esperemos que o povo, que sabe rir dessas horas menos boas dos seus Servidores, não deixe de viver, com gosto e ao seu jeito, e como melhor o conseguir fazer, esse Dia Nacional que a todos nos orgulha e enobrece o país.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-04-2020.

Boas notícias

24.04.20 | asal

Acabo de receber esta mensagem da Fernanda, esposa do Zeca:

Zeca+Fernanda.jpg

 

Bom dia amigos

As notícias do vosso amigo são cada vez melhores. A infecção ( vírus ) começa a desistir de lutar contra ele.

Este mês é um mês muito significativo para ele, no qual ele meteu muito empenho e dedicação; infelizmente ele não estará muito "activo " aos nossos olhos, mas a continuar a lutar pela sua "liberdade" para muito rapidamente se juntar ao grupo e a todos.

Fernanda Martins

NOTA: Sem dúvida, esta é uma boa notícia, embora fiquemos a saber que o vírus é mesmo um inimigo potente, a pedir a cada um de nós a melhor atenção. AH

PARA LAVAR E DURAR…

22.04.20 | asal

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Uma reflexão oportuna para todos nós. A foto do autor é do Encontro da Sertã. AH

Ainda estamos muito longe de percebermos o êxito ou o fracasso do plano português de combate à pandemia COVID-19 mas parece já adquirido que caminhamos para um regresso progressivo à normalidade possível.
A estratégia executada até ao momento baseou-se no confinamento para evitar um afluxo demasiado ao sistema de saúde por forma a não o fazer colapsar, para que pudesse dar resposta às necessidades. Privilegiou-se a dimensão da SAÚDE e, neste aspecto, tem sido um êxito.
Em contrapartida, a ECONOMIA tem sofrido um abalo considerável que se pode revelar catastrófico. Por isso, começa a ser urgente “voltar ao trabalho” aliviando um pouco e progressivamente as medidas restritivas.
Por outro lado, dizem os especialistas em epidemiologia que só teremos uma solução estável para a pandemia quando uma grande percentagem da população estiver “vacinada”, ou por ter estado naturalmente em contacto com o vírus ou por ter sido vacinada. Como a vacina ainda não existe, aguardemos que a contaminação natural faça o seu caminho. Só que o confinamento e as demais restrições ao relacionamento social, a par com a higiene, tornam esse caminho demasiado lento e corremos o risco de, tão depressa, não conseguirmos a “imunidade social natural”.
Parece-me que as autoridades de saúde na maior parte da Europa optaram pelo velho método da TENTATIVA e do ERRO. Vão começar a levantar as restrições, limitando-as às pessoas de maior risco, e ver o que acontece e que pode muito bem ser um aumento das contaminações. Se isso acontecer, voltam a repor as restrições. (Entretanto, mais uns milhões ficaram imunes a uma segunda vaga.) Depois, novamente menos restrições e mais imunidade. Tudo na esperança que os sistemas de saúde vão aguentando sem bloquear e que, entretanto, apareçam as anunciadas vacinas…
Meus amigos e minhas grandes amigas, entre a SAÚDE e a ECONOMIA, preparemo-nos porque isto está PARA LAVAR e DURAR.

António Manuel M. Silva

Aniversário

22.04.20 | asal

José Man. Cardoso.png

Faz hoje 51 anos o P. José Manuel Cardoso, Pároco de Ladoeiro, Monforte da Beira, Rosmaninhal, Segura e Zebreira.

Da nossa história, faz parte a informação de que ele e outros colegas costumam organizar encontros de antigos alunos da zona da raia. Em maio de 2018 foi o último noticiado no ANIMUS SEMPER. 

Ao jovem e entusiasta P. Cardoso, damos os PARABÉNS deste nosso grupo, desejando-lhe muita saúde, muita realização pessoal em favor da comunidade e muitos anos de vitalidade.

Contacto: tel. 963 070 772

Aniversário

20.04.20 | asal

gil dias.png

PARABÉNS, GIL!

Hoje faz anos o António Gil Martins Dias, que é da Isna de S.Carlos e professor em Proença-a-Nova, sendo ainda grande colaborador das nossas iniciativas. 

Aqui deixamos os PARABÉNS do grupo, desejando ao amigo as maiores felicidades e muitos anos de vida. 

Contacto telefónico: 964 670 803

E a vida continua

19.04.20 | asal

Para que serve este post?

Flores3.jpg

Só para dizer que estamos vivos nesta monotonia medonha. Mas a primavera aí está, puxa pela natureza e nós aqui andamos a olhar para esta beleza, que antes estava reservada aos passarinhos. E atrás de uma rosa outras despontam. Que maravilha!

Hoje quisemos ir até Setúbal assistir à Missa, mas descuidámo-nos um pouco (era às 10h) e já não chegámos a tempo. Ficámos por Lisboa, na Igreja da Portela, onde não vimos nem Abílio, nem Chico Correia, nem Artur, nem Mário... Uma confusão: igreja linda e vazia?! Mas tivemos uma maestrina a cantar...

Por estes dias, temos encontrado muitos amigos. Há que anos eu não via o Ernesto Jana, dee Abrantes; pois tivemos agora uma longa conversa. Também falámos com o Pissarra, mas foi mais para lhe dar as boas Páscoas. E o Chico Ruivo? Está bem, continua a receber os amigos em Oeiras e disse que passa muitas vezes pelo blogue. Lá mais à frente, na Aldeia de Juso, o José Maria Lopes também está a aguentar esta monotonia com a leitura de jornais, mas já não conseguiu a Máscara do CM - estava esgotado... Muito se lê por cá! 

Também fomos há dias conversar com o João Farinha Alves, ali perto de Setúbal. Ele passou por um susto e esteve no hospital mais de uma semana. Felizmente já passou... Ainda fizemos um desvio por Évora, onde o João Porfírio e a Bé continuam a livrar-se dos males indesejados, que há males que vêm por bem e nós ficamos todos contentes quando a saúde se restabelece. Agora, andam metidos em casa e nem gasolina gastam! Por uma boa causa (as Irmãzinhas dos Pobres!), conversámos com eles, com o Manuel Pereira, o Pequito Cravo, o Pires Antunes e não sei quem mais. E verifiquei que a generosidade é apanágio de muitos.

Também falámos com o Zé Andrade, mas foi uma sequia - nem um wisky me ofereceu. Os empresários andam numa fase má e metem-se com o inglês à procura do "lay-off", mas nem esse lhes tira as preocupações. Pudera, até o Boris adoeceu...

Sinceramente, eu tinha mais viagens a relatar, até podia escrever umas frases em Inglês (todos os dias o Duolingo me leva mais de uma hora de estudo afincado...), o Inglês que uso na Arábia Saudita, mas fico por aqui para não me invejarem muito.

Rica vida esta! Olhem, fiquem com as flores do nosso quintal, que foram as fotos que consegui. Mas a viagem vai continuar.

AH

Aniversários muitos

19.04.20 | asal

Nos últimos dias, ninguém fez anos. E eu descansei... 

Desta vez, são aniversários no plural. E são mesmo três nesta página de encontros vários, que gostamos de ver viva e a celebrar a Vida!avelino.jpg

Em primeiro lugar, o menos novo é o P. João Avelino, que nasceu em 1942 e hoje vive o seu 78.º aniversário. Pois, meu caro, PARABÉNS! E que continues a viver com alegria a tua missão ao serviço da comunidade.

E ad multos annos! Quod bonum de te adveniat, beneficium est tibi. É latinório, mas talvez tenha sentido!... "O bem que fizeres reverterá para ti!

Contacto: tel. 962360699


Ant. Gil Dias André.jpeg

Vem depois o António Gil Dias André, que nasceu em 1947, perfazendo 73 de muita vida e felicidade, para além dos achaques que vão aparecendo de vez em quando. 

Meu caro, os PARABÉNS do grupo, que te deseja muita saúde e que sejas feliz.

Contactável pelo tel. 964 670 803

 

Finalmente, antunes.jpgcom o mesmo gosto anunciamos as 71 primaveras do António André Canhoto Antunes, que vem de 1949...

Aqui ficam os PARABÉNS dos amigos deste grupo. Sê feliz e que os teus sonhos se realizem.

Contacto: tel. 962 820 024

Palavra do Sr. Bispo

17.04.20 | asal

CASQUINADAS DO CONFINAMENTO

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1 - No princípio da semana, no jornal das 8, a TVI teve um rasgo menos feliz ao dizer o que disse. São coisas que acontecem!... Quem anda à chuva molha-se. E, neste caso, molha-se tanto mais quanto o tempo tem pressa e leva a dizer o que se pensa sem se poder pensar bem em tudo o que se diz. A propósito de o norte de Portugal ser a zona mais castigada pelo Convid-19, a TVI quis esclarecer porque é que isso acontecia. Puxou por trunfos demográficos e sociológicos indagados junto de gente que julgou habilitada para o fazer, confiou nos intermediários e a coisa saiu como saiu: “população menos educada, mais pobre, envelhecida e concentrada em lares”. Isto fez chover mosquitos por cordas nas redes sociais. Colocou a paciência dos nortenhos a fazer o pino olímpico, e o coração de muitos ferveu até lhe saltar o testo. Não tardou a vontade de “cevar a arma com os zagalotes” necessários para mimosear a dita cuja com “um tiroteio de palavradas de tarimba”, usando linguagem de Camilo. E foi o que aconteceu! Sem amolgadelas que se olhassem, deram-lhe uma sova de fazer doer e explicar-se. Ela, porém, redimiu-se, reconheceu o erro, chamou-lhe “erro grosseiro”, pediu desculpa pela “construção de uma frase infeliz no ecrã” e pela “parte do texto que a suportava”. Defendeu os pergaminhos da Estação nos serviços que presta, inclusive ao Norte. Se começou mal, acabou bem, a febre baixou, e o estudo sobre a questão continua nas mãos dos especialistas!

Assanhados quanto baste com as diabruras do covid-19, esses piropos atirados assim do alto, mesmo que involuntários, são precioso combustível para a fogueira do protesto. E, como sabemos, o toutiço aquecido, tirado do sério, fica a zaranzar, acredita no pior e faz o que acha melhor. Esperamos que isto não aconteça muitas vezes, senão, qualquer dia, já tão desalentados, pode acontecer-nos como aconteceu ao caixeiro-viajante de Kafka, o Gregor Samsa. Podemos acordar metamorfoseados num inseto gigante ou noutra coisa assim (ao gosto do leitor!). Se nos virem a passear pelas paredes e pelo teto do quarto, se fizermos desmaiar quem nos olhar, não nos incomodaremos muito com isso. A preocupação com as consequências do bichito em que nos tornamos, bem como a preocupação com o trabalho, o emprego, a família e a sua vida financeira a rabiar, não o permitirão. Mas continuaremos a dizer que tudo está bem, mesmo que embalados ao som do violino. Mas não está, e é feio mentir. E, nesta hora, pior ainda, não está mesmo. Com tantos colaboradores admiráveis, e de boa vontade, em frenesim de cuidados e atenções, pode acontecer que, na possível e infeliz hora em que nos batam à porta para que nos expliquemos, é possível que já não tenhamos médico nem marceneiro que nos destranque a porta. Tidos, porventura, como mal educados, pobres, envelhecidos e a viver em lares, talvez que este aranhiço (ou isso!) em que nos possamos transformar, seja repelente e se queiram livrar dele, ou morramos de inanição, ou ferozmente acarinhados ao colo desse bandalho que é o vírus e que nem físico tem para lhe chegarmos a roupa ao pelo. Tenhamos esperança que não, vai ficar tudo bem, fique em casa, não chegará atrasado ao emprego, o trem aguarda!... (Sugiro a leitura de A Metamorfose de Franz Kafka).

2 - Este outro, sim, mesmo que o leitor lhe queira dizer umas tantas por ele ter dito o que disse, ele já não se ralará, não estará recetivo ao contraditório nem presente em qualquer debate. Nem que o debate seja sobre o futebol ou para discutir a relevância do fósforo como acendalha do cigarro. Embora gostasse de viver, já partiu para o outro lado da vida, e partiu bem vivido e humorado. Partiu em dezembro de 2000, com 99 anos de idade, mesmo fumando cachimbo! Acredito que, se lá onde está, memória deste mundo se consente, acredito que, à mesa do banquete eterno, dê por lá, contagiando os convivas, algumas sonoras gargalhadas ao apreciar como estes bípedes humanos se comportam por estas terras, tão desempoeirados em peneiras e quejandos. Chamava-se Louis Leprince-Ringuet, engenheiro, professor catedrático, físico nuclear, historiador, ensaísta, membro da Academia Francesa e da Academia de Ciências de França, detentor de prémios e comendas, com papel importante no Comissariado para a energia atómica e na Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, mais conhecida por CERN, o maior laboratório de física de partículas do mundo. Quem mais souber acerca dele tenha a liberdade de acrescentar, a galhofa dele será maior!... Mas não era mosca morta não senhor, nem tinha vergonha de dizer que a sua fé em Deus lhe justificava a fé no homem e na sua capacidade de transformar o mundo para melhor. Vivia fiel ao princípio de que “o homem só tem luz na medida em que se inclina, a humildade da inteligência é a medida da sua grandeza”. No seu livro “Fé de Físico – o testamento de um cientista”, deixa transparecer muito da sua maneira de ser e estar. Se atento à ciência, não menos à sociedade e à causa pública. Um homem do saber e interventivo. Não apreciava muito os intelectuais descomprometidos, os “de mãos limpas” aqueles que pretendem observar e ver o mundo à luz do candeeiro da sua secretária e vivem em ambiente fechado, preocupados com a publicação dos seus livros, com o reconhecimento do público, com discussões sem fim com os do mesmo cenáculo ou com a passagem num programa de televisão. Ele considerava-os cegos, com uma visão abstrata das coisas. “Lançam grandes ideias, definem largas orientações da sociedade, pronunciam generosamente anátemas, dizem-nos onde, como e quando é preciso pensar, mas preocupam-se pouco com que as suas palavras sejam seguidas em atos”. Se “dão prova de grande habilidade nos discursos que fazem, não conhecem o mundo, não conhecem os outros homens, conhecimento esse que é o fundamento” da cultura. A cultura “não é uma questão de memória, de conhecimento livresco, nem de inteligência e de génio, é uma soma de experiências humanas, de bom senso e de caráter” que permite adaptar-nos e ancorar-nos à vida. A palavra cultura, dizia ele, “é muito mal tratada. Fala-se hoje de ‘cultura da empresa’, de ‘cultura da sanduíche’, de cultura a propósito de tudo e de nada. Os que fizeram estudos literários pretendem-se cultos porque podem ornamentar os seus discursos com toda a espécie de floreados”.
Fez-me lembrar o herói d’A Queda d’um Anjo, de Camilo Castelo Branco, o sr. deputado Calisto Eloy de Silos e Benevides de Barbuda, morgado da Agra de Freimas, natural da aldeia de Caçarelhos, termo de Miranda, e que orçava quarenta e nove anos de vida, segundo o autor. Perguntava ele, no Parlamento, cujo Presidente o interpelou para que se abstivesse de usar frases não parlamentares, perguntava ele se certas locuções repolhudas do deputado sr. dr. Libório de Meireles, do Porto, do discurso do qual tinha entendido quase nada e percebido, “a longes, pouquinhas ideias”, perguntava ele se essas coisas eram parlamentares e onde é que se estudavam tais farfalhices. É que, no seu entender, naquela “casa, onde a nação nos manda depurar a verdade dos falaciosos ornatos com que a mentira se arreia, mister é que sejamos sinceros”. E mais disse em relação à empolgante intervenção do sr. deputado dr. Libório do Porto. Disse que até lhe parecia “que os obreiros da torre de Babel, quando Deus os puniu do atrevimento ímpio, falaram daquele feitio!”. Por isso: “Com aquele dr. Libório do Porto nem para o céu. Tenho medo que Deus o não entenda, e nos ponha ambos fora de cambulhada”, afirmou ele.
Hoje divaguei, a impiedosa clausura dá nisto. Se o leitor porventura não gostou, faça o favor de fazer como eu costumo fazer: mesmo sem vontade, ria-se, ria-se outra vez, e outra ainda, mais outra! Sem comentários para o vizinho, coloque o desgosto, discretamente, na beirinha do prato... e siga em frente, com esperança: do quarto para a sala, da sala para a cozinha, da cozinha para a sala, da sala para o quarto... Se usar máscara, que não seja a do carnaval, os de casa já o conhecem de ginjeira e o vírus não se assusta!
E não se esqueça, ELE ressuscitou e disse a Tomé: “Acreditaste porque viste. Felizes os que acreditam sem terem visto” (Jo 20,29).

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 17-04-2020.

Pequenas notícias

16.04.20 | asal

1 - Começo por falar dos nossos doentes.

Flor.jpg

Alegrou-me muito a conversa com a Margarida, esposa do João Heitor. Ele está a reagir melhor do que o esperado pelos médicos. Depois de operado a uma infeção generalizada, está a reagir bem e já fala pelo telefone com a esposa, perguntando como e onde está ele e a Margarida. Ela própria, que já esperava o pior, está agora muito animada. Mas as energias são poucas e a fisioterapia virá ajudar.

Também falei com a Fernanda, esposa do José André (Zeca). A fase mais perigosa deste terrível Covid-19 já passou, mas ele continua em coma induzido e os médicos esperam que agora a reação do seu próprio corpo faça o resto. 

Do Leonel C. Martins não consegui mais notícias, pois ele não atendeu o telefone.

Para todos os nossos amigos doentes vai um voto profundo de boas melhoras e a nossa continuada oração.

2 - As notícias têm-nos chegado em catadupa. Começa a ser muito preocupante a falta de dinheiro e géneros para atender as necessidades urgentes. É a Cáritas, é o Banco Alimentar contra a Fome que já não conseguem atender satisfatoriamente todos os pedidos.  E também recebi outro pedido, que me toca diretamente por ter lá a minha irmã a viver.

«Lisboa - 14.04.2020
Soube e confirmei que as Irmãzinhas dos Pobres de Campolide estão a passar por gravíssimas dificuldades... têm cerca de 100 velhinhos a cargo, muitos acamados, alguns infectados e elas próprias e pessoal de apoio também infectado.
Estão praticamente sózinhas, quase sem comida, sem fraldas, sem tudo....


Do pouquíssimo dinheiro que tinham tiveram que pagar testes covid19...inacreditável ).
Vamos ajudar ?

CONTRIBUIR COM DINHEIRO :
IBAN
IRMAZINHAS DOS POBRES
PT 50 0007 0012 0014 7640 0017 9
Quem quiser recibo as Irmazinhas dos Pobres passam e podem ser apresentados no IRS.

SE QUISEREM OFERECER BENS:

O que as Irmãzinhas mais precisam: papel higiénico, Guardanapos de papel, frangos, leite, cafe solúvel, ovos, Nestum, Papas de aveia, Manteiga, Azeite, Fraldas e resguardos...

CONTACTOS:
Irmã Silvia
Rua de Campolide, 163
Telef. 213807380

Passem palavra, pois nem que seja deixar 1 lt de leite à porta ou 1 pacote de fraldas fará toda a diferença !

Obrigada !»

NOTA: Eu confirmei o n.º de telefone e o IBAN.  Quanto às infeções não é bem certo, assim concluimos por informações da Junta de Freguesia.

Mas, nos meus contactos de ontem, pude alegrar-me por saber que logo em poucas horas foram transferidos pelo menos 600 €.

A generosidade é a nossa salvação neste momento... AH

A globalização do medo (2)

16.04.20 | asal
Meu Caro Henriques
Embora confinados, cá vamos teclando, para aproveitar o tempo abundante que nos é dado viver, envolvidos nesta maléfica pandemia.
Aí te envio um artigo que procurar reflectir sobre esta situação pandémica. Vamos tentando vencer estes momentos, algo dolosos, para a humanidade que geme a dor do parto, na esperança de melhores dias, radiantes de um mundo outro.
Com um forte abraço solidário para ti e para os que nos acompanham...ANIMUS SEMPER a todos que estão connosco. Cuidemo-nos, cuidando.
Florentino Beirão

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Visões sobre epidemias

Na semana em que aqui escrevemos, sobre o covid.19, tentámos dar uma breve visão histórica de epidemias que assolaram a humanidade, ao longo dos séculos. Face aos dados recolhidos, concluímos que os múltiplos fenómenos epidemiológicos dizimaram milhões de vidas humanas. Mais ou menos derrotado, o ser humano lá foi sobrevivendo às múltiplas calamidades. Desta vez, face a esta nova e violenta pandemia, também confiamos que em breve nos iremos libertar desta situação que nos tem mantido confinados em casa, há quatro longas semanas.

Hoje, vamos apresentar algumas das reações dos nossos antepassados, face às epidemias com que se tiveram de confrontar, em situações semelhantes à nossa.

O grupo dos mais fanáticos estava convencido de que se tratava de um merecido castigo de Deus, devido aos pecados da humanidade. É o que se poderá concluir de uma passagem do Antigo Testamento, onde se narra a destruição de Sodoma e Gomorra, devido aos pecados dos seus imorais habitantes. Semelhante interpretação foi pregada após o terramoto de Lisboa em 1755. Uma visão que já então foi severamente condenada por Voltaire, como sendo uma interpretação supersticiosa deste acontecimento. Embora, ainda possa haver alguns adeptos a pensar o mesmo, julgamos que, para a maioria das pessoas, esta já não será aceite.

Seja como for, tentemos analisar desta vez como têm sido compreendidos os fenómenos naturais das epidemias, que desde o séc. XIV ao XVIII, foram atingindo os nossos antepassados.

Uma das mais documentadas foi a “Peste Negra”, ocorrida entre 1347 - 1352. Estima-se que ao longo dos anos, tenha dizimado entre um terço e metade da população da Europa. As consequências demográficas, económicas e sociais desta “pestenença” acabaram por ter profundas repercussões durante os dois séculos seguintes, ficando uma grande parte da Europa paralisada, a partir de 1348.

Tempos depois, outros surtos se seguiram. Assim em 1481com D. João II, e em 1521 com D. Manuel, regressariam novas epidemias, atingindo sobretudo Lisboa. Nesta altura, já os reis se queixavam dos atrasos que havia no combate às epidemias. Para que não se propagassem rapidamente, quando morria alguém, a habitação e os móveis do falecido eram lavados, com vinagre e perfumados, com o cheiro de alecrim. Como medida profilática, D. Manuel chegou mesmo a mandar encerrar as escolas do reino, “onde os moços aprendiam a ler e a escrever.

Outra das medidas tomadas foi proibir ajuntamentos, excetuando procissões e missas em honra de São Sebastião, protetor contra as doenças e as epidemias. Segundo a historiadora Rita Sampaio, as cerimónias dedicadas a este Santo eram essenciais “para garantir a intervenção divina na dissipação da doença e para expiar os pecados que tinham sido a causa original da epidemia”. O rei D. Manuel em 1506 chegou mesmo a ordenar a evacuação de Lisboa e a mandar construir “casas de pestíferos”, cemitérios e valas comuns fora do castelo de Lisboa, para receber os doentes e os mortos desta peste. Aos escravos falecidos eram-lhes destinados poços profundos, cobertos de cal.

Como se desconhecia a origem das pestes, tentava-se encontrar um responsável. Deste modo, em 1506, foram os cristãos - novos (judeus convertidos) que carregaram com as culpas. Por tal acusação, as suas habitações foram saqueadas e os seus haveres roubados.

Na tradição da igreja do nosso país, para os fiéis lidarem com as epidemias, encontramos santos a quem se recorria. No período que abordámos, encontramos São Sebastião e São Roque, como os maiores protetores. Não é por acaso, que o dia de S. Sebastião, em 20 de janeiro, era celebrado como Dia Santo e, na maioria das povoações da Beira Baixa, encontramos muitas capelas dedicadas a este santo. Como sabemos, ainda hoje nesta região se fazem festas em honra de S. Sebastião, com os seculares bodos, oferecidos à população. As suas raízes mergulham nos tempos em que as epidemias desta região resultavam das fomes e das pestes, de pragas de gafanhotos, oriundos de Espanha.

Quanto à devoção a S. Roque, foi muito acarinhada pelos jesuítas a partir de Lisboa, onde se encontra a sua artística Igreja, junto à Misericórdia.

Aqui deixamos uma oração popular desses tempos: “Bem-aventurados S. Sebastião e S. Roque intercedei por nós a Nosso Senhor Jesus Cristo, para que sejamos livres de toda a epidemia e doenças contagiosas e de toda a moléstia do corpo e da alma”.

florentinobeirao@hotmail.com

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