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Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

Palavra do Sr. Bispo

24.01.20 | asal

A ÚNICA PALAVRA SEMPRE ATUAL E ATUANTE

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Com a Carta Apostólica “Apperuit illis", o Papa estabeleceu que, doravante, o III Domingo do Tempo Comum “seja dedicado à celebração, reflexão e divulgação da Palavra de Deus”. Mas deseja que este dia não seja “uma vez por ano, mas uma vez por todo o ano”, caso contrário, “o coração fica frio e os olhos permanecem fechados, atingidos, como somos, por inumeráveis formas de cegueira”. A propósito, o Conselho Pontifício para a promoção da Nova Evangelização publicou o “Subsídio litúrgico-pastoral 2020” para se viver este Domingo da Palavra de Deus, o qual - para além do logotipo baseado na passagem dos discípulos a caminho de Emaús em que Jesus aparece como Aquele que Se aproxima e caminha com a “Humanidade”-, traz também propostas celebrativas, formativas e recreativas para que se possa favorecer a perceção da Bíblia como “dom” de Deus.
Francisco publicou a referida Carta Apostólica no dia litúrgico de São Jerónimo, conhecido biblista que afirmava que “A ignorância das Escrituras é a ignorância de Cristo”. Nascido na Dalmácia em 347, toda a sua vida foi marcada por um grande amor às Escrituras, amor que sempre procurou despertar nos fiéis. A ele se deve a "Vulgata", o texto "oficial" da Igreja latina, que foi reconhecido como tal pelo Concílio de Trento.
A Carta Apostólica começa com a seguinte passagem do Evangelho de São Lucas: “Encontrando-se os discípulos reunidos, Jesus aparece-lhes, parte o pão com eles e abre-lhes o entendimento à compreensão das Sagradas Escrituras. Revela àqueles homens, temerosos e desiludidos, o sentido do mistério pascal, ou seja, que Ele, segundo os desígnios eternos do Pai, devia sofrer a paixão e ressuscitar dos mortos para oferecer a conversão e o perdão dos pecados; e promete o Espírito Santo que lhes dará a força para serem testemunhas deste mistério de salvação” (Lc 24,45).
Em seguida, e entre outras coisas, o Papa
RECORDA que o Concílio Vaticano II deu um grande impulso à redescoberta da Palavra de Deus com a Constituição Dogmática Dei Verbum; que Bento XVI, “para incrementar esta doutrina”, convocou o Sínodo sobre “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”, do qual resultou a Exortação Apostólica Verbum Domini que “constitui um ensinamento imprescindível para as nossas comunidades”;
SUBLINHA que estabeleceu tal iniciativa nesta altura do ano por ser nela que somos convidados a rezar pela Unidade dos Cristãos. A Palavra de Deus “convida a reforçar os laços com os judeus e a rezar pela unidade dos cristãos", expressa “uma valência ecuménica”, indica “o caminho a ser percorrido para alcançar uma unidade autêntica e sólida”;
EXORTA a que se viva o Domingo da Palavra como um dia solene e com sinais apropriados: “será importante que, na celebração eucarística, se possa entronizar o texto sagrado, de modo a tornar evidente aos olhos da assembleia o valor normativo que possui a Palavra de Deus”;
INDICA aos bispos a possibilidade de poderem “celebrar o rito do Leitorado ou confiar um ministério semelhante, a fim de chamar a atenção para a importância da proclamação da Palavra de Deus na liturgia”, sendo fundamental “preparar alguns fiéis para serem verdadeiros anunciadores da Palavra”;

SUGERE aos párocos que “poderão encontrar formas de entregar a Bíblia, ou um dos seus livros, a toda a assembleia, de modo a fazer emergir a importância de continuar na vida diária a leitura, o aprofundamento e a oração com a Sagrada Escritura”;
ADVERTE que a Bíblia não é monopólio de ninguém, não é “património só de alguns”, não é “uma coletânea de livros para poucos privilegiados”. É “o livro do povo do Senhor”, o livro que os Pastores “têm a grande responsabilidade de explicar e fazer compreender a todos”, em linguagem “simples e adaptada” à assembleia e falando “com o coração para chegar ao coração” de quem escuta e lhes fazer “captar a beleza da Palavra de Deus e a ver referida à sua vida diária”.
REPETE que “não se pode improvisar o comentário às leituras sagradas” nem se deve alongar o tempo “com homilias enfatuadas ou sobre assuntos não atinentes”.
FRISA a estreita relação que existe entre a Sagrada Escritura e a Eucaristia, bem como salienta a principal “finalidade inscrita na própria natureza da Bíblia”: a nossa salvação pela fé em Cristo. E se o Espirito Santo foi fundamental na formação da Sagrada Escritura, ela deve ser lida, interpretada e rezada com o mesmo Espírito com que foi escrita, para que permaneça sempre nova. Se assim não for, estará “sempre iminente o risco de ficarmos fechados apenas no texto escrito, facilitando uma interpretação fundamentalista, da qual é necessário manter-se longe para não trair o caráter inspirado, dinâmico e espiritual que o texto possui”. O Espírito Santo continua a atuar, “continua a realizar uma sua peculiar forma de inspiração, quando a Igreja ensina a Sagrada Escritura, quando o Magistério a interpreta de forma autêntica e quando cada fiel faz dela a sua norma espiritual”.
Não se trata, pois, de uma palavra do passado. É sempre atual e atuante. Tem profundo vínculo com a fé, com a esperança e a caridade dos crentes. É inseparável dos sacramentos, ensina, refuta, corrige e educa na justiça, como diz Paulo. Dirige-se a cada um de nós e faz-nos compreender o que o Senhor nos quer dizer. Constrói a Igreja, transcende os tempos, tem em si a eternidade, a vida eterna. É capaz “de abrir os nossos olhos, permitindo-nos sair do individualismo que leva à asfixia e à esterilidade enquanto abre a estrada da partilha e da solidariedade”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-01-2020.

Aniversário

24.01.20 | asal

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Faz hoje 70 anos o João Barata Serrasqueiro, Diácono Permanente a viver em Castelo Branco.

Na pastoral da Igreja, o João é adstrito ao serviço das Paróquias de São Miguel da Sé, São José Operário (Castelo Branco) e Benquerenças. Desempenha ainda a função de Notário do Tribunal Eclesiástico.

A este aniversariante damos os PARABÉNS e desejamos-lhe muitos anos de vida com saúde e felicidade.

Contacto: tel.  966 827 221

A serra de S. José

23.01.20 | asal

Com o intuito de ir apreciar um Concerto de Reis num dos últimos domingos, entrámos na Igreja de S. Mamede, ali perto do Largo do Rato. 

Pudemos cumprimentar vários amigos, alguns de longa data e que não víamos há muito. Apreciámos igualmente os dois coros musicais que nos deliciaram. Mas também pudemos olhar para aquela igreja na multidão de motivos que nos convidam a conciliar a nossa vida com tantos convites. 

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Foi o teto, com uma pintura bem conservada a convidar para a adoração ao SS. Sacamento, foram os muitos azulejos a acompanhar cada quadro da Via Sacra (embora notasse alguma pobreza, pois quase todo o conjunto se repetia 14 vezes, sendo apenas diferente o pequeno quadro da Via Sacra que encima cada um dos conjuntos), foi ainda a beleza da capela-mor com belas e grossas colunas marmoreadas e uma pintura que não consegui identificar.

Foram ainda as imagens, mas houve uma especial: S. José, com o Menino ao colo e com o lírio da castidade, costuma ver-se por aí em muitas igrejas. Mas com uma serra de carpinteiro e ali bem pronunciada, não é costume. Mas é a imagem que ali se oferece aos fiéis. 

O trabalho é importante, o trabalho é digno, o trabalho glorifica o homem e santifica-o.

Para onde me deu hoje! Mas eu tive tempo de parar e pensar!...

AH

Vá lá, inscrevam-se para o Encontro do dia 1/02 em Alfragide. Não é trabalho. É encontro de amigos.

Aniversários

23.01.20 | asal

HOJE, DAMOS PARABÉNS A DOIS AMIGOS:

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- Ao Florentino Vicente Beirão, que nos habituámos a ver e ler nestas páginas, sempre muito oportuno nos seus temas, grande investigador, atento à vida da nossa associação e elemento activo desta Comissão que assumiu em Portalegre trabalhar pela animação do grupo dos antigos alunos dos seminários de Portalegre e Castelo Branco, neste segundo triénio. Neste momento, prepara o livro sobre o Seminário de Alcains a apresentar em Maio, com a colaboração de quem quiser escrever episódios da sua passagem por lá.

Nasceu em 23-01-44 em Alcains, formou-se e viveu do ensino, gozando a sua jubilação na sua terra natal.

Contacto: tel. 964 819 423

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- Também faz anos o Francisco Ferreira Martins, nascido em 23-01-49. Sabemos que trabalhou na Caixa Geral de Depósitos e vive em Oleiros, passeia como benfiquista por aí fora e pertence à Confraria Gastronómica do Cabrito Estonado.

Contacto: tel. 249 311 590

PARABÉNS AOS DOIS ANIVERSARIANTES. Sejam felizes na vida pessoal e familiar e que não vos faltem amigos e muitas razões de viver.

Estímulo a escrever

22.01.20 | asal

João Lopes.jpegLer e escrever

Hoje apetece-me escrever para o Animus Semper!  Como podem ver, não o faço sem intenção! E vou ao meu Diário disperso por mil folhas e de lá saco coisas velhas que aprendi e ensinei. Senhoras, sabem o que é a leitura? (   Uh. Uh uh…)  Pois, recorrendo ao velho Aristóteles, autor da teoria da recepção (não me dá jeito o novo/encanecido (des)acordo ortográfico!),  vejam bem: Quando alguém lê está a criar novas imagens, a apreender novos conceitos, a partilhar emoções e corações, e, até, a exercitar a fala. Enquanto lemos, os músculos da língua mexem-se quase imperceptivelmente.

 Outro dado a ter em conta: legere significa colher, recolher sentidos, logo interpretar, isto é, actividade de Hermes, o deus–pirata e mensageiro dos  deuses, daí  Hermenêutica, arte ou técnica de procurar significações do texto lido, que podem não coincidir com as do texto escrito. Certo? Logo também se diz haver criatividade na leitura. Importa é que a interpretação, apreendendo embora o lastro, a estrutura do texto  primeiro, o de um suposto autor, que nunca é só dele, como aqui já foi explicado pela Júlia Kristeva, vislumbre o que ele não disse, mas quis dizer, sem deixar de clarificar  o que é dito sem querer. ( Podem ler Freud, mas é mais acessível  Graciela Reyes  e a  Professora J. Kristeva.

  Conhecem este caso de F. Pessoa? Um dia, num hotel, pegou na Bíblia e  leu a 1ª carta aos Coríntios (Ó Prof. , isso de quem é?  -Bem, se eu não fosse tão bom para vocês, dava-lhe meia hora para consultar a Biblioteca. – E há lá disso? – Mas é o livro berço da civilização ocidental! Harold  Bloom.  – Eu vou, prof., mas se você diz que é  um berço, lá por isso eu vou com gosto. ( Risada geral, mas esta  Senhorinha, meu Deus!   Diz o poeta :

 “ Reli-a à luz de uma vela subitamente antiquíssima/ E um grande mar de emoções ouviu-se dentro de mim… (..) “ Se eu não tivesse a caridade”  E a soberana voz manda, do alto dos séculos,  a grande mensagem em que a alma é  livre… Se eu não tivesse a caridade!

    Meu Deus, e eu que não tenho a caridade!”

 

     E , agora, para um poeta que aqui já muito boa poesia publicou:

    “Tenho uma grande constipação/ E toda a gente sabe como as grandes constipações/Alteram o sistema do universo/ Zangam-nos contra a vida / fazem espirrar até à metaphysica. ((… )   

       Não estarei bem se não me deitar na cama.

       Nunca estive bem se não deitando-me no universo.

       Excusez du peu…Que grande constipação physica!

        Preciso de verdade e de aspirina.” A. De CAMPOS

 

    Torga dizia: a velhice é isto: ou se chora sem motivo, ou os olhos ficam secos de lucidez. Ficamos velhos e o gosto na boca de ser mudos!” Aqui lembrei-lhe uma vez que na Bíblia há um profeta que põe os velhos a sonhar como se o mundo pudesse nascer de novo das suas mãos encardidas, do seu coração apaixonado de 18 anos. Olhava-me, furava-me a alma e sorria como uma criança!  Hoje, estou tão constipado, que queria dedicar-vos estes pedaços de linguagem para que vocês continuem – é só continuar e não largar a charrua, passar com o arado, semear com a mão funda do semeador da Comenda, do Grande nosso PADRE Horácio. E lá vai a obra que Deus quer  para honrar o Seminário que nos encheu as manhãs com o feijão frade do Ti Manel, o melhor cozinheiro que o Ritz  conheceu…      Quem não será capaz de reproduzir uma experiência, um encontro, uma lição, uma sentença, non in ipsis verbis, uma polémica com  sal ou insossa, o comentário a uma foto que tem por lá esquecida… Nesta idade, até conseguimos fingir que é verdade a vida mais sonhada que vivida. Depois, quem quiser entender qu entenda,  como quiser, que ninguém lhe vai pedir contas de um passado que já não existe porque o que conta é o futuro. Um futuro de amizade, e de união para o pouco ou muito que nos falta.  Só que podemos fazê-lo numa linguagem limpa de insultos ou insinuações ofensivas.   “ Trigo joeirado na Beira/ pelo vento suão lavado./  Ai quem me dera na eira/ no azul de Junho deitado.” 

J. Lopes

Notas rápidas

21.01.20 | asal

1 - Hoje foi um dia péssimo. Pois, o Sporting perdeu... Mas, sinceramente, não é isso que me faz classificar de péssimo este dia. As razões são outras:

a) Estava à espera de receber umas respostas positivas para acabar com a tarefa de juntar 2.200 € para o Zeca levar a Estrasburgo a exposição do Colaço e nada. Ninguém avançou!

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b) Estava à espera de receber mais umas inscrições para o Encontro de Alfragide em 1/02 e ninguém avançou... É lá que vamos falar do Seminário de Alcains, dizer ou ouvir dizer o que nós vivemos naquelas paredes em episódios pitorescos. Eu já pensei num... E nada... Em conversa telefónica com o Francisco Cardosa, que hoje fez anos, ainda falámos desta amizade virtual que é a única que liga muitos de nós. Até quando?

c) Quando do Seminário dos Dehonianos nos perguntarem daqui a poucos dias quantos almoços vão preparar para os Antigos Alunos dos seminários da diocese de Portalegre e Castelo Branco, vamos ficar envergonhados, por certo. 

d) Lamúrias? Não... Acordem, rapazes!

AH

Aniversários

21.01.20 | asal

HÁ FESTA EM DUAS CASAS!padre adelino.jpg

Celebra hoje o seu aniversário o P. Adelino Américo Lourenço, nascido em 1940;  é Pároco de Idanha-a-Nova, Idanha-a-Velha, Alcafozes, Monsanto e Oledo. É ainda Diretor do Jornal «Raiano» e, para além das suas funções religiosas, tem-se dedicado também à história e cultura da zona raiana, onde exerce a sua actividade há muitos anos. 

A este amigo deixamos os PARABÉNS do grupo, com votos de saúde e longa vida, para concretizar os seus objetivos de vida.

Contacto: tel. 966 310 864

 

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Também hoje faz anos o Francisco Lourenço Cardosa, que nasceu nas Sarzedas em 1945.

Estudou no seminário e na Faculdade de Direito, trabalhou e trabalha para sua realização pessoal e familiar, vivendo agora em Linda-a-Velha, a dois passos de Alfragide, onde muitos de nós vamos participar no Encontro de 1 de Fevereiro, no Seminário dos Dehonianos. Lá te esperamos, Francisco!

Aqui ficam os PARABÉNS do grupo no teu aniversário e que sejas muito feliz ao longo da vida.

Contacto: tel.  966 619 941

Falar de Estrasburgo

20.01.20 | asal

Já por algumas vezes aqui escrevi a palavra Estrasburgo, a cidade aonde o Zé André quer levar a obra de arte do nosso amigo Colaço. Até já vi uma foto do célebre Palácio Josefine, onde se fará a exposição, se não estou em erro.

Ora, hoje no "Expresso" li que foi em Estrasburgo que o Dr. Medeiros Ferreira, na qualidade de ministro dos Negócios Estrangeiros, assinou em 1976 (22/09) a Convenção Europeia dos Direitos Humanos. E é em Estrasburgo que funciona o Tribunal que tanto tem contribuído para a defesa desses direitos, mormente a condição feminina, as minorias étnicas e religiosas, a igualdade substantiva e a justiça social. E eu não conheço a cidade... Todos os dias a aprender!

Penso em Estrasburgo e penso também nos 700 € que faltam para o Zeca cumprir o sonho a que se atirou de, pela arte do Colaço, levar também novidade aos portugueses da sua cidade e a todos os que a visitarem.

Estou a contar com os amigos. AH

Seguem estas fotos de Mação, aonde se deslocou o Zeca para combinar pormenores com o artista:

São Sebastião nas Beiras

20.01.20 | asal
Meu Bom e caro Henriques
Escrevi este simples texto, motivado pela recente revitalização da secular devoção a São Sebastião, nestas terras beirãs. Nestes últimos fins de semana, aconteceram por estes lados, alguns "bodos", partilhados que foram em várias paróquias da nossa diocese e da diocese da Guarda, nossa vizinha.
Filhós, vinho, chouriças, tremoços, papas de milho e outras iguarias foram partilhadas, gratuitamente, por todos os que quiseram participar nestes festejos, em honra do Mártir São Sebastião. Foi lindo de ver, acredita.
Cordialmente, um grande abraço e um sincero voto para que o próximo Encontro de fevereiro seja um sucesso, como tem acontecido no passado. Estarei convosco, desta vez, em espírito. António, Se o texto não puder entrar, amigos como sempre. Fica à tua inteira liberdade.
Forentino Beirão

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Devoção a São Sebastião nas Beiras

S.Sebastião, segundo relatos antigos, terá nascido cerca de 256, sendo martirizado em 286, na perseguição ordenada pelo imperador Dioclesiano (284-311). Sendo um cidadão de Milão, apesar de ter nascido em França, Sebastião integrou-se no exército imperial romano.

Os mesmos relatos dizem-nos que ele terá chegado a Roma, através de uma caravana de emigrantes, pelas costas do mar mediterrâneo.

Segundo um documento tardio, atribuído a Santo Ambrósio (340), mestre de Santo Agostinho, ambos doutores da Igreja, Sebastião era um soldado que se alistou no exército romano, por volta de 283, com a intenção de apoiar os cristãos torturados e desanimados, pelas perseguições imperiais.

O Imperador, devido às suas qualidades, deu-lhe o cargo de capitão da sua Guarda Pretoriana.

Por volta de 286, Dioclesiano começou a notar a sua conduta muito branda na perseguição aos cristãos, não lhes impondo os severos castigos decretados. Julgado por esta sua conduta, foi considerado traidor às leis do imperador. Depois de denunciado e julgado, o imperador romano mandou-o martirizar com um feixe de flechas. Tendo sido dado como morto pelos seus assassinos, foi lançado às águas de um rio. Porém, conta a tradição, aconteceu que Sebastião já moribundo, não se encontrava totalmente morto.

Nesta situação de grande sofrimento, à beira da morte, seria encontrado num rio, por uma bondosa senhora, de nome Irene, que conseguiu ainda reabilitá-lo e salvar-lhe a vida. Porém, ao ter conhecimento deste facto, o imperador, muito irritado com o sucedido, mandou-o novamente assassinar com violência tal que Sebastião, desta vez, acabaria por não resistir aos atrozes sofrimentos dos seus algozes.

Depois de morto, em vez de ser sepultado com dignidade, como tinha sido desobediente às leis imperiais, teria sido lançado dentro dos enormes e profundos esgotos de Roma.

Porém, uma senhora romana de nome Luciana, encontrando ali o cadáver de Sebastião, limpou-lhe as feridas e decidiu sepultá-lo nas Catacumbas de Roma, onde se reuniam os cristãos às escondidas, para não serem notados.

Toda esta história é hoje, por muitos historiadores, considerada mais como uma piedosa alegoria do que uma realidade histórica comprovada. Apesar disso, ela foi atravessando muitos séculos, chegando até nós.

Coube à arte na Idade-Média representar este jovem soldado mártir, amarrado a uma estaca, perfurado por setas (flechas). Apresentado nu e amarrado nas suas imagens, pode representar uma semelhança com Cristo crucificado, com dolorosos e mortíferos pregos.

O que sabemos como certo é que a devoção ao Mártir São Sebastião, através das grandes manifestações da religiosidade popular, é que ela nasceu bem cedo, nos alvores do cristianismo, no séc. IV, já depois da paz de Constantino (313). Porém, o seu expoente máximo foi atingido ao longo da Idade Média, tempos de guerras, de fomes e de pestes.

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Esta devoção secular, ao longo dos tempos, tem dado origem à construção de igrejas, capelas e ermidas, em quase todas as aldeias da região da Beira Baixa, antiga diocese da Guarda.

Esta devoção estende-se ainda ao norte e ao centro do país, bem como às regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Podemos encontrá-la ainda, em grandes regiões brasileiras e em território espanhol, nomeadamente, no célebre Festival do Pão, na zona da Andaluzia. Não esquecendo ainda a vasta América Latina e os Estados Unidos (Califórnia), onde S. Sebastião é patrono dos veteranos de guerra.

Em Portugal, é venerado como o grande padroeiro dos pescadores, dos militares, arqueiros e ourives. No período em que as guerras da Restauração (1640) e as pestes mortíferas do séc. XVII atacaram as populações raianas, os fiéis recorriam a S. Sebastião, sobretudo contra a cólera e ainda contra as numerosas pragas dos gafanhotos. Desses tempos restam ainda hoje, em algumas terras da Beira Baixa e no norte do país, no final da quadra natalícia, finais de janeiro, os seculares bodos dos pãezinhos, papas, filhós, tremoços e até de fitas ao pescoço das crianças, tidas como protetoras contra as febres.

A Igreja Católica festeja este santo no dia 20 de Janeiro, fim do ciclo natalício, e os cristãos ortodoxos da Grécia, no dia 18 de Dezembro.

florentinobeirao@hotmail.com

Sim, vamos ajudar

19.01.20 | asal

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Última hora

Andam vocês a passear por Mação, olhando as belezas da terra (que inveja! Tenho de ir aí e passar pelo Godinho...), antevendo as belezas de outra terra - a longínqua Estrasburgo - e nós por aqui moirejando a ver se descobrimos o que falta para custear a viagem dos materiais a serem expostos no palácio Josefine...

Fiquem descansados. Os amigos estão aderindo em força à campanha e vocês podem à vontade programar as coisas para em Junho marcarem presença por terras de França.

Mas têm de escolher outro transporte. A Chaimite não se mexe desse lugar. Nem o presidente Estrela deixava sumir-se o património do seu concelho.

Ontem anunciei mais 100 €. Hoje anuncio mais 200 €, o que perfaz a quantia de 1500 €. É como está a recolha de fundos. Faltam agora 700 euros. Há 10 dias atrás, tínhamos zero!

Vamos ajudar? Sim, vamos ajudar...

AH

Aniversário

19.01.20 | asal

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  Agora, a fazer anos, é o Lúcio Serras Lobato, meu vizinho a viver em Vale de Milhaços, Corroios. Avô amorudo, estudante da Usalma - Universidade Sénior de Almada, amigo de passear, eis aqui o que sabemos. Não é muito, mas é bom...

Amigo Lúcio, aqui deixamos os nossos MELHORES PARABÉNS por mais uma primavera. Que o dia se repita muitas vezes e tu vivas com muita saúde e alegrias, especialmente familiares. Vê se vais ali perto, a Alfragide, em 1 de Fevereiro. É bom encontrar os amigos com quem já fomos felizes durante anos. 

Contacto: tel. 916 758 106

De "7 Margens"

18.01.20 | asal

Parlamento unânime na “condenação e pesar por cristãos perseguidos”

7Margens | 18 Jan 20 | BrevesÚltimas

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O Parlamento português aprovou por unanimidade um voto de condenação e pesar pelos “mais de 1000 cristãos assassinados em 2019 na Nigéria pelo Boko Haram e radicais fulani”.

 

“A Assembleia da República manifesta o seu pesar pelos mais de 1.000 cristãos mortos em 2019 na Nigéria, vítimas de ataques do Boko Haram e de radicais Fulani e condena a perseguição religiosa feita aos cristãos por estes movimentos”, pode ler-se no texto proposto pelo grupo parlamentar do CDS e aprovado por unanimidade no dia 10 de Janeiro.

A proposta cita o relatório da organização inglesa Humanitarian Aid Relief Trust, sobre as vítimas de 2019, mas recorda que em 2018 foram mortos, pelo menos, 2.400 cristãos e diz que se calcula que, “desde 2015, tenham sido assassinados mais de seis mil cristãos e cerca de 12 mil pessoas tenham sido deslocadas das suas aldeias e do seu país”.

O texto defende que “todas as perseguições religiosas e todos os ataques à vida de pessoas por motivos de fé são condenáveis, independentemente da religião professada”, de acordo com uma notícia divulgada pela Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Vamos ajudar?

18.01.20 | asal

Umas vezes é devagar, devagarinho! Outras vezes, é bem depressa! VAMOS AJUDAR?

Eu gostava de terminar esta tarefa até ao Encontro do dia 1 de fevereiro. Com a vossa ajuda, com certeza! Hoje anuncio mais 100 € para a conta. Temos 1300 €... 

JÁ SÓ FALTAM 900 €... QUEM DÁ MAIS!

AH