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Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

A propósito de Alfragide

05.02.19 | asal

Muito curioso: o Jorge Calhas acaba de participar pela primeira vez nos nossos encontros (o que saudamos efusivamente, sabendo nós as difíceis condições de saúde que suporta!), e logo se debruça sobre a realidade da Igreja nos tempos atuais. Aqui deixamos o seu texto, eivado de uma terminologia científica a que nós não estamos habituados, o que mais diversifica a visão cultural deste blogue. Obrigado, Jorge! Gostei muito de o ver em Alfragide... AH 

 

ALIMENTO PARA O CORPO E PARA A ALMA

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Um grupo de gente interessante que tem por elo unificador o facto de todos terem querido, numa idade de diferenciação da respectiva personalidade, servir os desígnios de Deus conforme a definição da Igreja Católica. Foi unificador de interesses numa adolescência em que fervilham realidades múltiplas recebidas pelos jovens com ar bem vincado de quem está pronto a receber tudo o que vier, para tudo está preparado desde que não conheça o sabor da desilusão por incompatibilidade entre o sonho e a realidade. Ao contato com as primeiras contrariedades que mostram mundos diversos, alguns revestindo alguma hostilidade, mesmo que façam parte da rotina de servir a Deus... que fazem os jovens adolescentes? Questionam-se e as questões que colocam não têm a filtragem bem treinada do adulto que com facilidade consegue reverter a seu favor e da comunidade em geral, as contrariedades que levam o adolescente a fugir.

E estas palavras porquê? Porque no Sábado, no almoço do Seminário de Nª Senhora de Fátima em Alfragide, foi notório que dos seminaristas que iniciaram o período de formação em 1961 no Seminário de Gavião, apenas estava um Revº Padre que já o era na minha entrada no Seminário e mantém a convicta vocação que o empurrou vida fora no exercício de funções que exigem uma vocação sólida e empenho, que ele descrevia na mesa de refeição onde se desfaziam algumas costeletas para abrilhantar um reencontro, que, mais não fosse, era o rastreio do que em 1961 aconteceu no Seminário de Gavião. De todos os envolvidos no 1º ano de Seminário em 1961 ( professores, perfeitos e alunos candidatos ao exercício da atividade religiosa como Ministros da palavra de Deus), restava um (todos os outros debandaram), que já o era em 1961 e mantinha a sua dura vocação, empenhando-se ainda em atividades de apoio a colegas dele que por motivos de saúde ou por necessidade de férias teriam de ser substituídos na ausência.

E havia, nas palavras do Revº, algumas paróquias cheias de atividade que desgastavam a resistência física de alguns que solicitaram a cobertura da justificada ausência (por férias ou motivos inadiáveis não agendados) do pároco titular. O Revº falava num tom de voz que não revelava amargura ou revolta sindical, mas que deixava adivinhar que a atividade a desenvolver era dura e que, na comparação com as regalias do foro sindicalista, a realidade de educar as almas da paróquia nos bons costumes com as normas, delimitando o permitido e o interdito para manter um grupo coeso e unificado com as regras desenhadas pela autoridade maior, a de Deus, para o "Povo de Deus". E lá confidenciava que o Seu Bispo queria tudo bem feito com as atividades catequísticas e outras bem ensinadas nos preceitos orientadores. Aparentava o Revº alguma amargura nos seus 88 anos de idade, por serem tão poucos os escalonáveis para esta nobre missão que, embora do foro religioso, é tão importante na sociedade atual desagregada por pulverização de interesses e ameaçada com os "nativos digitais", que desconhecem o bom relacionamento interpessoal direto com os diálogos a todo o tempo adaptados ao sentir de um grupo que sente, se emociona e reage em função do interesse geral.

Hoje, ameaçados pela guerra dos nativos digitais, aguardamos a destruição do que resta de um espírito unificador de mentes. Numa idade da evolução marcada pela velocidade, com os sobressaltos do desencanto que emergem fluindo pelas vias e becos não censurados de uma comunicação livre através de meios disponibilizados pelas redes sociais que fragmentam a opinião, pulverizando-a e ameaçando o espírito unificador de princípios, normas e regras aglutinadoras do bom conviver que preserva o respeito mútuo, é mesmo importante não esquecer algumas palavras desta Sociologia de Jesus Cristo, enformada por diversa alegoria objetivamente difusora dos seus princípios, o maior dos quais "amai-vos uns aos outros como eu vos amei".

Jorge Calhas

 

Aditamento pedido pelo António Henriques:

«O uso de "nativos digitais" é prática corrente em neurociência e designa os nascidos pós 1990 que por qualquer motivo se tornaram viciados no uso de internet e todas as ferramentas digitais a ela associadas com o sobredimensionamento da visão e audição e com empobrecimento do relacionamento interpessoal direto. Situação esta que peocupa deveras os serviços de saúde de todo o mundo sobre as consequências que daí possam advir. Onde li pela primeira vez essa designação foi num livrinho de Susan Greenfield titulado "Um dia na vida do Cérebro". Susan Greenfield é uma investigadora de gabarito, inglesa da esola de Oxford. Tem a tutela por ter sido a principal autora da teoria sobre as redes neuronais muito credibilizada atualmente. Um abraço António.»

Aniversário

05.02.19 | asal

Festeja hoje mais uma primavera o P. João Pires Coelho, nascido em 1944.

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Presentemente, trabalha como pároco de Vila de Rei e Fundada.

Sei que já trabalhou nos arquivos da diocese. E há uns anos atrás ( aí por 2005 ou 2006), fazia eu uma perninha de jornalista, também encontrei este amigo em Fátima num encontro sobre imprensa regional. Ainda existia o "Distrito de Portalegre", pelos vistos. As voltas que o mundo dá!

Aqui te deixamos os nossos PARABÉNS, com votos de saúde e realização dos teus projetos com alegria e muita felicidade pessoal.

Página do Facebook, ele abriu, mas até hoje ainda não a usou. Vá lá, João!

Contacto: tel. 917 885 721

NOTA: Nem sempre conseguimos acertar! O que é verdade é que este amigo abriu duas páginas no Facebook, uma ativa e outra ainda com zero de participação. Eu fui consultar a inativa; por isso disse o que está escrito em cima. Peço desculpa. AH

Mais uma visão do Encontro

04.02.19 | asal

ENCONTRO…

Tó Manel.jpg

 

Ontem, 02/02/2019, participei num encontro de antigos seminaristas dos seminários diocesanos da diocese de Portalegre-Castelo Branco. 
Aconteceu em Alfragide e além da Eucaristia concelebrada pelos Cónego Lúcio e P.e António Cardoso, almoçou-se, debateu-se a entrada na União das Associações dos Antigos Alunos dos Seminários de Portugal (UASP), preparou-se o grande encontro de 18 de Maio na Sertã e falou-se de Manuel Antunes, s.j. natural da Sertã- brilhante palestra pelo João de Oliveira Lopes, professor jubilado, e também ele fortemente ligado à diocese. No final da tarde, a merenda forneceu combustível para o regresso.
No que me toca, foi especialmente gratificante encontrar dois antigos professores da minha adolescência, o Cónego Lúcio e o P.e António Lopes, e ouvir outro professor meu, João de Oliveira Lopes, falar de forma entusiasmada e sábia, do melhor professor que tive no meu percurso universitário, o P.e Manuel Antunes que vamos homenagear em Maio, na Sertã. Ali estavam um, dois, três, quatro professores, de uma só penada, que contribuíram para a minha estruturação como Homem e Cidadão.
Assim…

António Manuel M. Silva                                                                clicar no link

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Sobre o P. Manuel Antunes

04.02.19 | asal

João Lopes1.pngTEMAS DO ENCONTRO DE ALFRAGIDE

 

O Encontro de Alfragide no passado sábado, dia 2 de Fevereiro, em sintonia com os propósitos que animam esta Comissão que anima a Associação de Antigos Alunos dos seminários da diocese de Portalegre e Castelo Branco, revestiu-se de momentos de fraternidade, muita conversa, memórias da juventude e ainda um pouco de formação. 

Como dizia o programa, de tarde, tivemos uma sessão sujeita especialmente a três temas:

- uma perspetiva sobre o Encontro da Sertã em 18 de Maio;

- uma abordagem inicial sobre a UASP na mira de uma possível adesão;

- uma conversa sobre o P. Manuel Antunes, ilustre sertanense, a retomar em 18 de Maio.

Deste terceiro tema encarregou-se o professor João de Oliveira Lopes, um dos nossos valores bem conhecidos, de conhecimentos cimentados, ainda com a vantagem de ter lidado com o mundo dos jesuítas e há muito estudando o pensamento deste pensador, que inundou as páginas da revista "Brotéria" sobre os mais diversos assuntos.

Pretendia eu gravar toda a sua intervenção, mas a falta de espaço no meu celular apenas me permitiu registar o trecho que se segue... Mesmo assim, acho que vale a pena lidar com o pensamento visionário do P. Manuel Antunes e com a lucidez do conferente. Obrigado, João!

AH 

 

 

 

Reflexos de Alfragide

03.02.19 | asal

Na vida deste blogue, é costume passar para o Facebook as mensagens que aqui aparecem. Agora, vamos fazer o contrário: fomos colher ao Facebook algumas reflexões muito pertinentes para que os que não usam aquela rede social possam também ler e replicar estes testemunhos. AH

 

PERTO DO PRINCIPIO

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O felicitante reencontro com o Pe. Cardoso, meu querido professor de Francês no Seminário Menor de Gavião, entre 1963 e 1965.

O reencontro, propriamente dito, após tantos anos em que cada um seguiu o seu caminho, deu-se o ano passado, mas a magia, diria antes, o privilégio de poder estar, apenas por algumas horas, é certo, perto daqueles que nos viram crescer, como que nos devolve, num afortunado e filmico rebobinar, frame a frame, o guião de quase toda uma vida.

E esta Tabórica sensação não tem preço.

Depois do recente avc, decidi tudo fazer para não faltar a nenhuma iniciativa que os meus colegas que estão à frente da Associação dos Animus Semper Antigos Alunos esforçadamente levam por diante.
Não posso inventar um outro passado. É com os meus colegas de ano, por um lado, e com os de outros anos por outro, que consigo perceber o presente que ainda me resta para viver.

Durante muitos anos tudo fiz para ajudar a fazer todas as pontes entre as diversas gerações de antigos alunos e creio que o que me motivava era a sensação que hoje voltei a experimentar com o reencontrado Pe Cardoso, - que apenas recentemente apareceu e com que genica nos seus muitos oitenta e tais - de querer "agarrar o tempo", como dizia a saudosa pintora Lucília Moita.

Consegui superar a sentida e continuada ausência de alguns nomes ainda vivos, quer de colegas do meu próprio ano, quer de outros anos, lamentando que não valorizem ou se mantenham pura e simplesmente à margem da corrente de afectos que tal filosofia de vida implica.
Questiono-me, hoje, quem sairá a perder mais com esta ausência.
Não duvido que alguns desses, que tanto gostava de reencontrar, muitos deles por Lisboa e que porventura tropecem nesta desajeitada prosa, lá no íntimo dêem por si a desejar, "para a próxima é que é"!

No passado recente, outros houve, poucos, felizmente, que viram nestes encontros, um palco privilegiado quer para ajuste de contas, quer trampolim fácil para uma insaciavel vontade de protagonismo, a todo o preço, vá lá saber-se com que objectivos.

Meu querido Padre Cardoso, como desejaria que os meus artriticos dedos de hoje ainda pudessem limpar-lhe o motor do seu Fiat 500, tal como fiz ao Fiat do nosso então director Padre Eusébio. Que importa que já não se lembre de mim, de cada um de nós, se o que importa, agora, é que continuemos a importarmo-nos uns com os outros ainda por muitos anos. 
Obrigado.

António Colaço

 

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António Henriques Eu sei, meu caro amigo, que muito fizeste para arregimentar malta para os nossos encontros. Na verdade, todos desejamos ter ao nosso lado aqueles com quem vivemos os anos belos da nossa juventude. Mas a realidade fala por si. Na verdade, temos de nos habituar a reconhecer que não somos grandes mensageiros nem somos capazes de salvar o mundo. No entanto, por mim falo, no fim de cada encontro, sinto-me rejuvenescido com as caras que aparecem... E ver a idade de alguns, como o P. Cardoso, que belo exemplo nos dá para serenamente, alegremente, olhar a vida e o nosso futuro, seja ele qual for. Obrigado, Colaço, pelo teu exemplo de trabalho e de renovação pessoal. Só posso dizer-te: FORÇA!

 

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Joaquim Mendeiros Pedro Dois belos momentos que testemunham a grandeza de dois grandes  amigos de muitos Encontros que sentem no convívio dos companheiros de agora a força com que superaram os tantos e tão variados desencontros de dezenas de anos, longe uns dos outros. É por isso que me dá um gosto especial continuar a contribuir para a realização destes convívios e é com este espírito que vamos estar na Sertã, no próximo dia 18 de maio. É muito bom sentir o António Colaço rejuvenescido e ver como o António Henriques nunca se cansa de nos ensinar a partilhar as notícias que lhe chegam de cada um de nós, no Blogue e no Facebook, obrigando-nos a pensar e a comunicar.

 

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Antonio Pires da Costa Fiz o o possível para ir, mas o impossível venceu. Agradeço ao companheiro Colaço o trabalho que me permitiu acompanhar parte do convívio.Foi apenas um lenitivo, mas amenizou a frustração da ausência.

 

 

 

 

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Manel Pires Antunes Caro amigo Colaço, apreciei as tuas considerações acerca dos nossos encontros. Mas não estranhes as ausências que, quanto a mim, são mais devidas ao facto de ainda haver agora mais um Encontro para além do que se fazia anteriormente. Com a ausência da Buraca, tentámos não esquecer esse local e, desta maneira, apareceu esta solução que iniciámos em Linda a Pastora. 

Com o anúncio dos dois Encontros, este ficou um bocado resumido, por assim dizer, como um Encontro regional. Assim o penso. Por outro lado, estamos todos mais velhos sem ninguém para nos substituir. Eu próprio fui, mas um pouco adoentado. Outros talvez tivessem desistido. 
Não percamos a esperança e a boa disposição. Tive pena de não me ter despedido de alguns colegas que já há muito não via.

Reportando Alfragide

03.02.19 | asal

RECORDAÇÕES DE ALFRAGIDE

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Meus amigos, sai agora mais uma boa mão-cheia de rostos iluminados pela amizade, que fomos cultivar em Alfragide, no Seminário dos Dehonianos, neste sábado de N.ª Senhora das Candeias - 2 de Fevereiro de 2019.

O José Ventura esmerou-se e traz-nos para aqui o registo fotográfico do que foi o nosso dia. Parabéns!

 

À medida que puder, espero apresentar mais fotos e mais textos acerca desta jornada, um marco valioso da nossa associação. AH

 

Entre os presentes, estava a Mary Horta e o seu marido José Manteigas Martins. Há pouco tempo, apresentou um livro de poemas. É dela que eu "roubei" esta joia, por vir mesmo a propósito:

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Aniversários

03.02.19 | asal

PARABÉNS AOS DOIS!

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- O Fernando Alves Martins nasceu em 1952 e vive em Proença-a-Nova.

Não temos outras informações.

Contacto: Tel. 968 252 716

 

 

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- O José Maria Calvário Antunes, do Sardoal, nasceu em 1953, estudou Direito em Coimbra, onde vive e cumpre a sua missão de Juiz-Desembargador, se ainda não se aposentou. 

Contacto: tel. 917 531 215

 

Aos dois damos os mais sinceros PARABÉNS, COM VOTOS DE MUITA SAÚDE E ALEGRIA.

Pode ser que nos vejamos na Sertã, em 18 de Maio. Só depende de vós...

Primeiras imagens

02.02.19 | asal

Cansados mas felizes!

As redes sociais hoje permitem estas comunicações quase instantâneas. Graças ao labor do António Colaço, vamos respirar um pouco do ambiente que vivemos em Alfragide.

Basta clicar no link.

https://www.facebook.com/animo.diasmaisleves/videos/2487448974661164/UzpfSTE0NDY4NzA0MDU6MTAyMTM1OTEzMDAwODM5NjM/ 

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E agora outro directo, do Eduardo Oliveira, da reunião da tarde. Basta clicar no link:

https://www.facebook.com/EduardoOliv/videos/10213590539904959/UzpfSTE0NDY4NzA0MDU6MTAyMTM1OTE1ODk4OTEyMDg/?__tn__=%2Cd*F*F-R&eid=ARAFUT4MdfjAIGmK4LUEBvL8Gbo8HmCsE_cHisCRSYiBNImtkyX8-4GCwvpqvs_uaG3ibv_CJqfKavKv&tn-str=*F 

Palavra do Sr. Bispo

02.02.19 | asal

SANTO MISSIONÁRIO DE PAIS ALENTEJANOS

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No dia 4 de fevereiro celebramos a memória de São João de Brito, filho de Dona Brites de Portalegre e de Salvador de Brito Pereira, de Vila Viçosa, Alcaide-Mor de Alter do Chão e Governador do Rio de Janeiro. João de Brito nasceu na cidade de Lisboa a 1 de Março de 1647, o mais novo de 3 irmãos. Foi educado na corte de D. João IV. Ao completar 15 anos de idade, pediu a admissão ao noviciado da Companhia de Jesus. Cumprido o noviciado, partiu para Évora onde, durante cinco anos, estudou Humanidades e Filosofia. Em Coimbra, no Colégio das Artes, estuda Filosofia. É neste período da sua vida que, impulsionado pelo exemplo de São Francisco Xavier, se deixa atrair pelas missões da Ásia, nomeadamente na Índia. Após terminar o curso de Filosofia, leciona gramática no colégio de S. Antão, atual Hospital de S. José, em Lisboa. Entre 1671 e 1673, estuda Teologia. Ordenado sacerdote em 1673, em Março embarca para Goa, onde chega a 14 de Setembro desse ano. No início do ano seguinte, parte para Ambalacata, onde se situava um colégio e um seminário. Em Abril, segue para a missão de Madurai como Superior da Comunidade. Dirigia-se assim para junto da mais baixa das castas da Índia, os párias. Era gente desprezada pelas outras castas. O próprio facto de os párias lidarem com os missionários era uma afronta que levava ao desprezo e a serem considerados como inimigos. Percebendo que a única forma de conquistar a classe mais alta, os brâmanes, era identificar-se com eles, João de Brito veste-se como eles, deixa crescer o cabelo, aprende a sua língua e costumes: “ele foi tão longe nos seus métodos de adaptação quanto era possível, mas não era o seu método que fazia as conversões, mas sim a sua alegria, a sua personalidade amiga, a sua abnegação, a sua evidente santidade”. No entanto, se o fruto do seu incansável testemunho e zelo iam crescendo, a perseguição bramânica também não deixava de crescer. E não tardou que missionários e catequistas, atados uns aos outros durante dois dias, fossem intimados a clamar pelos deuses hindus e, como o não fizessem, fossem açoitados e torturados, juntamente com João de Brito. Seguiram-se outras torturas e mais espancamentos, sem que aceitassem as exigências dos oficiais hindus. Condenados à morte, a sentença não foi confirmada, dadas as inesperadas alterações políticas. João de Brito foi intimado a comparecer diante de uns hindus para, em disputa com eles, expor e defender teologicamente a sua fé. Expôs e argumentou tão sabiamente que todos os seus foram libertados. Porque as notícias também chegavam a Portugal, o Provincial Manuel Rodrigues chamou João de Brito a Lisboa. Contrariado, João obedece, parte de Goa em viagem atribulada com escala forçada no Brasil. Chega a Lisboa a 8 de setembro de 1687. É recebido por D. Pedro II, percorre todos os Colégios da Companhia, nomeadamente os de Santarém, Coimbra, Porto, Braga, Évora, Monforte e Portalegre, desperta grande entusiasmo falando sobre a missão do Madurai, atrai pessoas, consegue fundos para a missão. 

E se antes fora a sua família a reagir contra a sua partida para a Índia, desta vez era o rei e a coroa quem o não queria deixar partir. Nada o removendo, regressa à Índia, levando consigo um grupo de missionários destinados à Índia meridional e que ele preparara dando-lhes a conhecer o país, a religião hindu e a sua experiência missionária. 
João Paulo Azevedo de Oliveira e Costa, no seu trabalho sobre a missão de João de Brito, conta-nos que “Chegado o momento da partida sucederia um último episódio rocambolesco, que nos serve hoje para melhor compreendermos a determinação que sempre animou João de Brito. Depois de um adiamento devido a uma tempestade, a armada de 1690 partiu a 8 de abril. Um tiro de canhão avisou todos os que iam partir de que chegara a hora de embarcar. João dirigiu-se de imediato para o cais, mas no caminho encontrou o Conde de Marialva, que lhe pediu insistentemente para que se fosse despedir novamente do Rei. Contrariado, o jesuíta acedeu; D. Pedro e a rainha retardaram-lhe sucessivamente a partida até que ressoou novo tiro de canhão - era o sinal de que a armada acabava de partir. João deixou rapidamente a companhia do monarca e correu para o cais; os navios já vogavam em direção ao Atlântico; o jesuíta viu então um pequeno navio à vela, cujos tripulantes se dispuseram a levá-lo até à armada; mas a embarcação era menos veloz que as grandes naus e estas continuavam a distanciar-se; em pleno rio João conseguiu mudar para outro navio mais rápido e este pôde alcançar as naus da Índia. Foi desta forma algo caricata que João de Brito deixou definitivamente Portugal”.
De novo entre os Indianos, o missionário, mesmo a semear com lágrimas, reencontra a felicidade, como ele próprio reconhecia numa carta de 20 de abril de 1692. “Não há perseguição que me possa roubar a alegria que sinto em pregar, mais uma vez, o Evangelho aos gentios. Nos últimos quatro meses tenho estado escondido numa floresta, vivendo debaixo de uma árvore com tigres e cobras. Até agora ainda não fui atacado.”
A conversão de um príncipe hindu da casa real do Maravá, é que fez cair o carmo e a trindade. Foi uma provocação demasiado forte. O rei, furibundo, chamou o príncipe, destruiu tudo quanto era dos cristãos, mandou prender João de Brito. Os amigos de João ainda pensaram em planos de fuga, ele recusou-os: “estava num dilema, em que muitos mártires futuros se haviam de encontrar: se fogem, são cobardes; se ficam, estão a arriscar temerariamente a própria vida. Brito ficou, porque estava convencido no Espírito que devia ficar; e, humanamente falando, a sua fuga teria sido um escândalo para os cristãos que ele deixava a enfrentar sozinhos a perseguição”. Preso e espancado, é julgado e condenado à morte. Para evitar motins populares, levam-no para Oriyur. Aí, sobre um outeiro, com dois ou três golpes, é decapitado. As mãos e os pés também lhe são amputados. Era o dia 4 de Fevereiro de 1693. O local tornou-se lugar de peregrinação, a sua morte e os milagres que lhe eram atribuídos fez aumentar o número de conversões. Mais tarde, as relíquias foram levadas para Goa e guardadas no Colégio de S. Paulo. Foi canonizado no dia 22 de Junho de 1947. A 14 de Maio de 1982, São João Paulo II, no Parque Eduardo VII, em Lisboa, afirmava: “Como não lembrar o exemplo de S. João de Brito, jovem lisboeta que, deixando a vida fácil da corte, partiu para a Índia, a anunciar o Evangelho da salvação aos mais pobres e desprotegidos, identificando-se com eles e selando a sua fidelidade a Cristo e aos irmãos com o testemunho do martírio?”
Neste Ano Missionário a caminho do “Mês Missionário Extraordinário”, a viver em outubro próximo, não podemos esquecer que a proclamação do Evangelho continua a ser o melhor serviço que a Igreja pode prestar a cada pessoa e à sociedade. 
Reitero o desafio do Papa Francisco: “Na escola dos santos, que nos abrem para os vastos horizontes de Deus, convido-vos a perguntar a vós mesmos em cada cicunstância: “Que faria Cristo no meu lugar?”

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 01-02-2019.

Almoço de véspera!

01.02.19 | asal

Mais levados pelo vento que pela chuva!

 

Hoje levei o Manel Inácio, de Almada (ou de Alcaravela1-02-19.JPG?), até Carnide para o costumeiro almoço das sextas. O vento soprava forte, mas a ponte, graciosamente, deixou-nos passar sem ai nem ui!

Pior estava o trânsito às três da tarde no nosso regresso, com filas paradas de Corroios até à ponte. Não sei se foi o vento se algum acidente...

E o almoço? Diz o Manel Inácio que estes almoços fazem-nos bem. Não é só o sair de casa; é sobretudo estar com pessoas da nossa índole, com mentalidade igual, com quem conversamos sem desconfiança. Já nos conhecemos há muito e a amizade salta à vista...

Mas hoje também se falou de doenças... Com um raio, elas andam a chagar-nos dia sim dia não! Umas vezes sobe a tensão, fazendo tenção de nos abater! Outras vezes é o médico que não regula bem o aparelho (como se chama ele, Manel?) e nós é que sofremos com os delírios do médico, que acha que estamos bem...

E amanhã estamos em Alfragide. Seremos 61? Começo já a duvidar... Ainda por cima, dizem para aí que vai estar mau tempo... Mentira, hoje é assim e amanhã vai estar um sol lindo, apenas com umas pitadas de frio! Vão por mim, que o meu telemóvel não costuma enganar-se. AH

 

Aniversários

01.02.19 | asal

Primeiro dia de Fevereiro! E mais dois a festejar outra primavera.

 

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O nosso amigo, P. Manuel Lopes Mendonça, nascido em Alcains no ano de 1948, faz hoje 71 anos. Na plenitude das suas faculdades, o P. Manuel desempenha as funções de Pároco in solidum de Alvega, Bemposta, São Facundo e Vale das Mós, e é ainda o Assistente Diocesano do Centro de Preparação para o Matrimónio (CPM).

É um dos habitués dos nossos encontros e esperamos vê-lo na Sertã. Foi também professor dos nossos seminários, de Biologia e outras disciplinas. 

PARABÉNS e um grande abraço com votos de muita saúde e felocidade.

Contacto: tel. 963 081 311

 


Lourenço Buxo.png

 

Nascido em 1952, também hoje  temos o Lourenço António Barreiros Buxo, a viver em Alter do Chão.

PARABÉNS, AMIGO! Votos de muita felicidade e muita saúde por longos anos.

Em 18 de Maio, estamos todos na Sertã. E tu vais estar connosco?

Contacto: tel. 919 697 123

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