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Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

Palavra do Sr. Bispo

29.09.18 | asal

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EM DEFESA DA SENHORA ANASTÁCIA

 

Ainda em aquecimento para a entrada, em breve, na nova época do grande desafio de levar a Boa Nova a todos com novo entusiasmo, novas motivações e sincero fair play, hoje, porém, não posso deixar de dar um palpite sobre uma questão de supina elevação literária. Ora vejam só!... 
Um amigo leitor do facebook, a propósito do meu escrito de há duas semanas sob o título “Podem mandar-nos para o chilindró”, insinuou-me, com amizade, que era xilindró e não chilindró. Agradeci a amabilidade e expliquei que, em português, há, na verdade, as duas versões: com ch ou com x. Agora lá saber bem porquê, isso não sei, mesmo que o dicionário abra pistas ao nos apresentar uma abada cheia de sinónimos, e qual deles o mais sonante!... Mas, jogando sério com essa bola, vou dar um palpite sem esgarafunchar muito no sótão: pensar dá muito trabalho!... 
Cochicha-me a musa que a dualidade da escrita da referida palavra, chilindró ou xilindró, não deve ser por causa da maior ou menor qualidade de tal alojamento presidiário, nem pela divisão interna dos utentes: ricos e importantes aqui, pobres e desgraçados acolá. Seja qual for a categoria desses locais, para o povo que tem um forte sentido da desonra e da justiça, isso não deixa de ser uma pildra que humilha e envergonha. Envergonha e humilha tanto os engravatados que falam desde o alto dos poderes e das sacadas da república, como os de pé descalço ou da patuleia, como os que, de credo na boca, gastam a vida a dizer aos outros que se devem comportar bem. Como sabemos, as pessoas respeitam-se e amam-se. Os erros, porém, têm de se combater e rejeitar. A correção ou a reparação do mal feito, porém, implica, por vezes, e por tempo mais ou menos longo, a hospedagem, contrariada mas gratuita, nesses lugares de repouso, de sonhos desfeitos, de sol aos quadradinhos.
É verdade que, não raro, encontramos pessoas que nunca estiveram lá dentro, sempre viveram em liberdade, mas numa liberdade verdadeiramente encarcerada atrás das grades dum sofrimento amargo e terrível que as marcou, persegue, tortura e esmaga. As que, injustamente, de forma profusa e abusivamente reiterada, de forma leviana e sem dados credíveis, foram, por invejas, vingança, preconceitos mesquinhos ou para sacudir a água do capote de alguém, foram publicamente acusadas de crimes ou coisas que nunca cometeram ou fizeram. O Papa Francisco diz-nos que isso “é terrorismo”, são “bombas” que se atiram com efeitos devastadores. Mesmo quando julgadas e absolvidas como inocentes, os efeitos da calúnia não têm reversão. Por mais desmentidos que se façam dificilmente se consegue anular os danos pessoais, familiares, profissionais e sociais causados a essas vítimas. E quem propagou a calúnia, se era isso o que pretendia, também não estará disposto a retratar-se, a pedir perdão e desculpa, a reparar o mal feito. Já o Livro da Sabedoria alude com veemência a estes detratores da fama alheia, cegos que estão pela terrível doença da sua maldade: “Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas obras…” (Sb 2, 12).
Mas se isso, infelizmente, acontece, também é capaz de haver gente que está lá dentro, mas já ou até devia estar cá fora. É por esses meandros que passa o meu inspirado e científico palpite. Para essa gente, qualquer desses abrigos, seja um hotel altamente estrelado ou um boteco por onde a zelosa ASAE nem passa, é sempre um aborrecimento, um enfado, uma adversidade!... Talvez um chilindró, uma chatice chata, chatíssima, com ch, pois!... Chilindró!...
Outras pessoas haverá que sob a certeza ou a possibilidade de virem a estar lá dentro, andam por aí, dando ares de xilofone marimbas. Será com x. Xilindró!... Dão música, sabem usar bem as baquetas no teclado, trabalham bem e de forma bastante elaborada a sua melodia musical. As portas dos grandes palcos são lhe facilmente escancaradas para que deem espetáculo, provem a sua arte e valia e desmontem os esquemas de que dizem estar a ser vítimas. O auditório, porém, logo se vê a escabichar os ouvidos porque a melodia é rasca, soa a teatro de robertos desafinados. Ao executar a peça, ao manejar as baquetas, ao tocar esse xilofone marimbas, deixam transparecer que se estão mesmo marimbando para tudo e todos, continuando contentes em ouvir os aplausos do ridículo. Dostoevskij afirmava que “quem mente a si mesmo e escuta as próprias mentiras, chega a pontos de já não poder distinguir a verdade dentro de si nem ao redor…” (Os Irmãos Karamazov, II, 2).
Fazem lembrar a americana Florence Foster Jenkins e a portuguesa Natália de Andrade que se tinham como grandes divas. Não se apercebiam que os aplausos que recebiam das plateias que se enchiam, para, por diversão e gozo, as ouvir, afinal não passavam de gargalhadas e troça humilhante. Em tempos, a jornalista Catarina Mendes, a propósito do filme sobre a vida de Florence Foster Jenkins, escreveu assim, no jornal Público, falando da portuguesa Natália de Andrade: “Fora do ambiente protegido da sua casa foram poucos os que disseram a Natália a verdade cruel, a de que a fama que obteve não vinha do talento musical. Pelo contrário, a convicção da sua pretensa qualidade foi sendo estimulada”. E de tal forma que, quando já decrépita, “era só o som de Puccini que conseguia que Natália abrisse a boca para comer a sopa”. Há vítimas estimuladas no seu ego por bajuladores hipócritas. Sem coragem para lhes dizer a verdade, tudo fazem a pretexto de amizade e admiração: adulando, manipulando, mentindo, exaltando. Dizem-lhes e fazem o que não sentem nem pensam para logo se rirem ao vê-las cair no ridículo e enxovalho. 
Incapaz de bajular era a Senhora Anastácia em relação ao seu marido, o Senhor Manuel dos andaimes, um trepante bajulador de alto gabarito. Essa sim, uma grande mulher, verdadeira, transparente, merecedora de uma grande estátua e de uma elevada peleja parlamentar em busca de unanimidade para uma esquininha num panteão nacional:
- Manel, veio cá o Sr. Joaquim da Encosta da Serra para levar o burro... 
- E tu que lhe disseste?
- Ora, que lhe havia de dizer, disse-lhe que tu não estavas, que viesse mais tarde.

Antonino Dias 
Portalegre, 28-09-2018

Mais figos e convívio

29.09.18 | asal

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NA PARREIRINHA

 

Mais um almoço convívio na Parreirinha de Carnide. Faltam uns, aparecem outros, e lá vamos continuando. 
Também não faltaram os figos das figueiras da Adelina (não está na foto, mas esteve no almoço) e do Mendeiros  que estão a beneficiar deste calor de verão no outono. 
Na próxima sexta, por ser feriado, não vai haver almoço. Ninguém almoça,...... claro, na Parreirinha. 
Neste domingo, dia 30, teremos festa na “aldeia” de Carnide. Haverá procissão da Senhora da Luz que percorrerá as ruas desta “aldeia”, abrilhantada por banda de música. 
Muitas Associações e outras Agremiações se farão representar nesta manifestação religiosa que, muitas vezes, é presidida por Bispo. 
Quem estiver interessado apareça por lá na tarde de domingo. Eu não perderei esta interessante manifestação. 
Com este acontecimento dá-se for finalizada a Feira da Luz que, há um mês, tem assentado Arraial  no Largo da Luz. Não conhecem? É altura para se deslocarem e apreciarem ...

Manel Pires Antunes

 

Um acrescento no Facebook:

Joaquim Mendeiros PedroHoje, voltámos a ter figuinhos frescos que eu colhi de manhã, para voltar a ter o prazer de satisfazer os nossos apreciadores da Parreirinha. Foi uma delícia como facilmente se adivinha ! Falámos sobre o próximo São Martinho e foi sugerido pelo Pires Antunes um bom local para esta habitual festividade, e que ele próprio vai tentar concretizar por estes dias. Estejam atentos porque a notícia pode muito bem ser divulgada daqui a alguns dias. Há sempre um reencontro à nossa espera...

Parabéns...

29.09.18 | asal

Desta vez é só um! E mesmo em férias, aqui deixo o anúncio:

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Faz hoje 37 anos (viva a juventude!) o P. Alberto Jorge Porfírio D. Tapadas, que é pároco de Longomel e Ponte de Sor e, ao mesmo tempo, é o Assistente Diocesano do Renovamento Carismático Católico, que arrasta muita gente com o seu dinamismo espiritual.

Sabemos também que ele manifesta uma relação próxima com as aparições da Senhora em Medjugorje, no seguimento da fé do nosso querido P. Álvaro, que muitas vezes ia à Bósnia e falava destas aparições.

Aqui registo, em nome dos antigos alunos, os PARABÉNS DE ANIVERSÁRIO ao amigo P. Alberto, desejando-lhe muita saúde e a realização dos seus projectos.

Contacto: tel. 965 167 984