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Perder e ganhar em Alcácer-Quibir...
MUDAM-SE OS TEMPOS?
No dia 04 de Agosto de 1578, nos campos de Alcácer Quibir, D. Sebastião tinha milhares de mouros armados e zangados prontos a “tratarem da saúde” aos cristãos que rodeavam o seu rei.
No dia 18 de Setembro de 2018, os cristãos tiveram a ajuda, a recepção no salão nobre da autarquia e direito a um sublime e refrescante chá quente de hortelã.
Há 440 anos os cristãos foram a cavalo e a pé, agora chegaram de autocarro com ar condicionado e até poderiam ter ido de comboio. Na época, o chão era deserto. Agora, com água chegada nos canais, a agricultura vai-se fazendo.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades… E as tecnologias.
Afinal, talvez mesmo em tempos de antanho a inimizade entre os povos mouros e cristãos não fosse tão estrutural como agora se diz. E se fosse apenas a ambição das elites a levarem os povos para as guerras? (Tal como agora…)
Aos dezoito dias do mês de setembro de 2018, finalmente no sítio da batalha de Alcácer Quibir! (Afastado da cidade de A. Quibir.)
Custou, mas foi! Em vez dos exércitos “mouros”, as autoridades locais, com muita criançada, desta vez brindaram os “cristãos infiéis” com simpática recepção, com chá de hortelã, no salão nobre do município.
Ao chegar, veio-me à lembrança a letra da conhecida canção de José Mário Branco: “Eu vim de longe, de muito longe. O que eu andei pr’aqui chegar!”
Brevemente mais notícias …
António Manuel Silva