São sempre agradáveis os momentos que desfrutamos na Parreirinha de Carnide, do Sr. Manuel da Sertã, terra que vai ficar na nossa história com o Encontro de Maio/2019, no terceiro sábado.
Ontem, dia 14 de Setembro, não foi diferente. Éramos sete os convivas que apareceram. De novidade, a presença do casal Adelina e Joaquim Mendeiros, que há algum tempo não víamos, eles que se entretêm com os netos e com a casa do Alentejo, no Monte da Pedra. E não só, que o resto é trabalho e não vale a pena insistir nele...
Para consolo dos presentes, os nossos amigos também trouxeram uma carrada de figos pingo-mel e capa rota, colhidos fresquinhos nos terrenos do Zambujal e que nos deliciaram.
Quem mais apreciou a prenda foi o Figueira, o Zé Figueira, este octogenário de nome de árvore mas sem figos. Bem nos rimos com a falta de produção do rapaz, ele que aproveitou o momento para encher os espaços vazios do estômago com tão gostosa iguaria, tão próxima de si, mas só etimologicamente.
Continuando, a presença do Mendeiros traz sempre motivos de sobra para darmos uns passos mais na preparação das próximas actividades do nosso grupo. Novembro é já próximo. Vamos tratar do Magusto na Senhora da Rocha ou noutro local que melhor nos sirva. Aquele espaço obriga a muito trabalho e talvez seja melhor optarmos por melhores instalações... Começámos a ver onde poderá ser...
E uns almoços extra? Falou-se há tempos numa ida às enguias... Haverá interessados?
Também há gente com vontade de dar por aí uns passeios de fim de semana. Diz o Mendeiros que autocarro e guia turístico se arranjam com facilidade.
Os dias de praia estão a esgotar-se... Podemos agora virar-nos para outros interesses. Boa-tarde!
Após umas prolongadas férias de verão, os alunos estão de volta à escola, após um fim de ano letivo algo turbulento. A greve às avaliações dos docentes e a trapalhada da saída das notas provocou na comunidade educativa um forte ataque de nervos. A tomada de decisões excecionais tomadas pelo executivo, como o recurso aos serviços mínimos, no caso das reuniões de avaliação, conseguiram perturbar o fim do ano letivo. A continuação de tão musculada e inaudita confrontação, entre sindicatos e governo, poderá reacender-se e recriar um novo ambiente conflitual. Deste modo, a justa luta dos professores, pela contagem de todos os anos de serviço, poderá regressar a qualquer momento. Tudo dependerá de uma decisiva reunião marcada para sete de setembro, entre sindicatos e o governo.
Junte-se a estas dificuldades o contínuo aumento de atestados médicos, na maioria por depressão e ainda a mobilidade por doença, a nível do pessoal docente e não docente, com as Juntas Médicas a não darem vasão às necessidades do sistema. A tudo isto acrescente-se a escassez de assistentes operacionais que se poderá manter, como em anos anteriores, apesar de terem sido colocados mais algumas centenas.
Como novidade, a iniciativa de implementar, no próximo ano letivo, a “Descentralização da Educação”, aprovada no passado dia três de julho, após dois anos de negociações. Este acordo, entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios, poderá ainda fazer correr muita tinta, uma vez que alguns municípios já começaram a contestar tal documento, por o considerarem muito vago. Falta, segundo os críticos, definir uma correta e rigorosa definição da matriz de competências a nível central, municipal e escolar.
Quanto à tão propalada autonomia das escolas, por vezes uma palavra vã, face à centralidade do todo-poderoso ministério da Educação, oxalá que, no próximo ano letivo, o “Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular” que tão bons resultados tem dado, sobretudo no ensino básico, se vá mantendo, com a mesma capacidade educativa.
Como novidade, destacamos ainda o “Novo Diploma da Educação Inclusiva”, publicado no passado dia seis de julho, após larga discussão em consulta pública. No próximo ano letivo, segundo mesmo documento, “a maior preocupação será de adaptação à mudança de paradigma de intervenção e de procedimentos de atuação, aplicando o envolvimento de toda a comunidade educativa”. Deste modo, o grande objetivo a alcançar será focado nos alunos que apresentem mais dificuldades na aprendizagem, respeitando a sua singularidade. Prevê-se que os alunos que tiverem problemáticas graves e severas, deverão manter o acompanhamento que usufruem no tempo de aulas, em contexto extraescolar, uma vez que as dificuldades subsistem nas pausas letivas e nas férias.
Uma das questões em aberto que continuará a ser debatida será certamente a problemática relacionada com o uso ou não do telemóvel, no contexto da sala de aula. Entre os prós e os contras, tem predominada a orientação que responsabiliza cada professor na sua respetiva disciplina. Caberá ao docente determinar o uso ou não desta ferramenta pedagógica.
Uma medida positiva que também irá ser tomada no próximo ano, mas apenas para os anos iniciais de ciclo, tem a ver com a redução do número alunos por turma, a um nível semelhante ao período anterior à troika. Recorde-se que tem sido muito contestada a decisão do atual governo em manter o elevado número de alunos por turma, tornando impraticável um ensino individualizado. Os alunos com maiores dificuldades têm sido os grandes prejudicados. Por esta razão, as explicações extra escolares continuam a ser o porto de salvação só para os alunos com maiores possibilidades económicas. Aos outros, por vezes, resta-lhes o insucesso, marcando passo, ano após ano.
Toda esta problemática irá desenvolver-se num contexto em que os professores, os maiores responsáveis pelo ensino dos nossos filhos e netos, segundo estatísticas recentes, 60% dos docentes, do pré-escolar ao secundário, têm 45 e mais anos de idade, mais de metade dos atuais docentes. Apenas 3% tem idade inferior a 35 anos. Sendo assim, o futuro do nosso sistema de ensino mostra-se muito pouco risonho. Entre as novidades e as ansiedades do novo ano letivo que vai arrancar, a bandeira da luta pela recuperação do tempo de serviço dos professores, levantada bem alta, poderá vir a determinar um arranque de ano escolar calminho ou muito conflituoso. Que se imponha e prevaleça o bom senso entre as partes.
Nasceu no Vergão Fundeiro, Proença-a-Nova, em 1943. Correu seca e maca, enamorou-se pelos Açores, especialmente pela Ilha Terceira e vive há muitos anos em Setúbal. O notariado era o seu forte, mas agora foi obrigado a aposentar-se (os setenta obrigaram-no a fechar a porta!...). Isto não quer dizer que tenha parado, pois eu sei muito bem como ele continua a aconselhar muita gente em questões de direito. Até já me disseram que os profissionais de Setúbal quase todos lhe devem obrigações, tal não foi a multidão de gente a quem ele "desenrascou"...
Mas eu tenho-o visto pouco e tenho pena! João, por onde andas? Os teus não são os meus caminhos e bem perto estamos. Temos de desembaraçar a corda! Mas que nós temos entre nós?
Registo aqui os PARABÉNS DO GRUPO nos teus 75 anos, que é um modo de nos lembrarmos uns dos outros e desejarmos felicidades. Que vivas muito e sejas feliz.
Mas tens de te juntar a estes moços... Faz bem à saúde!