Caríssimo amigo António Henriques, Aqui vai a foto do pessoal que hoje compareceu no almoço convívio. Tivemos a visita do Rui Teixeira Lopes, mas não pôde demorar-se devido aos problemas de saúde que, também, o impediram de viajar a Portalegre. Foi-lhe entregue o livro “Professores III” que foi feito para o Encontro de Portalegre. Os presentes no almoço mandam-te um grande abraço com os votos de rápido restabelecimento. Um abraço.
Manel Pires Antunes
NOTA: Muito obrigado, amigos! É um conforto a vossa palavra. E a minha prisão continua, com recuperação lenta, como estava previsto... AH
1 "A perseguição é um pouco "o ar" do qual o cristão vive ainda hoje, porque também hoje há muitos, muitos mártires, muitos perseguidos por amor a Cristo. Em muitos países os cristãos não têm direitos. Usar uma simples cruz (crucifixo) leva à cadeia. E há pessoas na cadeia; há hoje pessoas condenadas à morte por serem cristãs. Houve pessoas assassinadas e o número hoje é maior do que o dos mártires dos primeiros tempos. São mais. Mas isto não é notícia. Isto não tem lugar nos noticiários, nos jornais, eles não publicam estas coisas. Mas os cristãos são perseguidos."
Quem, mergulhado em tristeza, fez estas declarações foi o Papa Francisco no dia primeiro deste mês de Junho.
2 Como é o Papa, poderia não dar-se muita atenção. "Afinal, está a defender os seus", dirão muitos. Mas há uma jornalista catalã, Pilar Rahola, bem credenciada, que acaba de escrever uma obra de grande investigação, com o título desta crónica - S.O.S. Cristians - e o subtítulo: "A perseguição dos cristãos no mundo de hoje, uma realidade silenciada." Tanto mais credenciada quanto escreve: "O meu racionalismo militante impede-me de acreditar em Deus, mas a minha ética não me impede de respeitar os crentes", "o livro não aborda a moral de um grupo religioso, mas a ética de toda a humanidade. Precisamente por isso, não fala dos cristãos pela sua condição religiosa, mas pela sua condição de vítimas. E é neste ponto que o livro assume um compromisso solidário, uma vontade de arrancar o véu que oculta o sofrimento de centenas de milhares de pessoas perseguidas, maltratadas e assassinadas em pleno século XXI só pelo facto de seguirem a Cristo". Tratando-se de uma perseguição com objectivos de extermínio em vários países, é uma questão de decência ética acabar com o muro do silêncio que se abateu sobre esta tragédia. Como disse o prémio Nobel da Paz, Elie Wiesel, judeu sobrevivente dos campos de extermínio nazis, "O contrário do amor não é o ódio, é a indiferença. O contrário da fé não é a heresia, é a indiferença. E o contrário da vida não é a morte, mas a indiferença entre a vida e a morte".
Os dados são avassaladores. De facto, ignora-se ou esquece-se que os cristãos são "o grupo humano mais perseguido no mundo". Cita John Allen: "O cristianismo é hoje a religião com maior número de agressões em todo o mundo." Em cada ano, há cem mil cristãos mortos por causa da sua fé. Compreende-se a enorme dificuldade em ser meticuloso com os números, mas, apesar da diferença na indicação da magnitude da violência, Thomas Schirrmacher informa que 270 cristãos são assassinados diariamente, se atendermos ao número mais pessimista; uns 20 por dia, se atendermos ao mais optimista. "Em ambos os casos, uma autêntica tragédia humana."
De qualquer modo, segundo a organização Open Doors, o mapa da perseguição de 2017, que apresenta os piores países do mundo para se ser cristão, confirma as previsões pessimistas, resumidas nos seguintes dados: 215 milhões de cristãos (1 em cada 12 cristãos no mundo), repartidos por 50 países, sofrem um altíssimo nível de perseguição que, longe de baixar, piora exponencialmente, como confirmam os números: a anterior lista de 100 milhões que se consideravam em situação de alto risco aumenta 115 milhões; em 21 dos 50 piores países da lista da violência, 100% dos cristãos são gravemente perseguidos; os países onde a situação dos cristãos piorou exponencialmente são: Índia, Bangladesh, Laos, Butão e Vietname; dos dez países que encabeçam o ranking de perseguição, nove estão sujeitos a regimes islamistas; Índia, Nigéria, China e Etiópia concentram metade dos 215 milhões de cristãos perseguidos; o aumento do extremismo islamista na África subsariana foi um elemento-chave para o recrudescimento da perseguição.
Esta é a lista negra dos países da perseguição em 2017: Coreia do Norte, com 92 dos cem pontos negros possíveis; Somália, com 91; Afeganistão, com 89; Paquistão, com 88; Sudão, 87; Síria, com 86; Iraque, com 86; Irão, com 85; Iémen, com 85; Eritreia, com 82, seguindo-se a Líbia, a Nigéria... Deve-se acrescentar que o mais problemático é que a maior parte da violência se realiza no quadro de leis "ordinárias" de países homologados pela ONU: "A maioria dos cristãos que sofrem um grave perigo por causa da sua fé, e que vivem numa situação de "normalidade anticristã", residem em países onde não há nenhum conflito. Isto é, o conflito nasce de um sistema político que deveria contemplar o seu direito à liberdade religiosa. Na absoluta maioria dos casos, trata-se de países islâmicos." A Arábia Saudita constitui um caso paradigmático: "Tanto a apostasia como a blasfémia são castigadas com a pena de morte. Os cristãos não podem ter a nacionalidade do país. Oficialmente, não há cristãos sauditas. Todos os símbolos (crucifixos, Bíblias, escapulários) e as manifestações públicas das festas cristãs estão proibidas e relegadas para a vida privada, sob penas capital."
Há outra situação clamorosa neste drama dos cristãos: a da Terra Santa. Em sentido amplo, ela inclui todo o Estado de Israel, os territórios da Palestina (Judeia e Samaria), algumas zonas da Síria e a antiga Caldeia iraquiana, terra de Abraão, e ainda o Egipto, a terra prometida. No uso comum dos crentes, refere-se essencialmente ao lugar onde Jesus nasceu, morreu e ressuscitou e onde surgiu a Igreja cristã, actualmente dividido entre Israel e os Territórios Palestinianos. Ora, lá, a população cristã tem caído vertiginosamente: se em 1948 os cristãos eram 10% da população, actualmente não vão além dos 2% tanto em Israel como na Palestina. Como disse o actual administrador apostólico de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, dentro de 20 anos, quase não haverá cristãos: "Seremos muito poucos, uma reserva de índios."
Numa próxima crónica, tentarei explicar as razões da situação e a muralha de silêncio sobre ela.
É o António Luís Fernandes Domingos Martins, mais um proencense, a viver e trabalhar em Coimbra como quadro superior das Finanças e irmão do Zé Ventura, nosso profissional da fotografia.
Há algum tempo que ele não aparece, mas talvez a Sertã chame por ele no próximo ano.
Cabe-nos saudar os 63 anos do nosso amigo, dar-lhe os PARABÉNS e desejar-lhe uma vida boa de acordo com os seus desejos.
Ainda andou em Portalegre, que este ano nos encheu de alegria...
Tem uma relação especial com a Alemanha, mas só ele saberá dizer, caso queira comunicá-lo ao grupo. O ANIMUS SEMPER está à sua disposição.
E vive na Sertã! Um achado... Aqui está alguém que nos poderá apoiar nessa terra para o Encontro do próximo ano. Sugere coisas para ocupar com gosto o nosso dia, vá lá...
Para já, os PARABÉNS DO NOSSO GRUPO, com votos de muita saúde e felicidade, junto de família e amigos.
Aos seis dias do mês de junho do ano dois mil e dezoito, a Comissão Administrativa da Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre - Castelo Branco, eleita por unanimidade na Assembleia Geral realizada em 19 de maio de 2018, no Encontro de Portalegre, reunida informalmente na sua sede natural (Internet), com a participação de todos os seus membros, designou para os cargos de presidente e de vice-presidente, respetivamente, os antigos alunos, João Torres Heitor e Joaquim Dias Nogueira.
Assim, a Comissão Administrativa, com o mandato para o triénio 2018/19–2020/21, tem a seguinte composição:
Presidente: João Torres Heitor
Vice-Presidente: Joaquim Dias Nogueira
Vogais: António Dias Henriques
António Martins da Silva
Florentino Vicente Beirão
João Oliveira Lopes
Joaquim Mendeiros Pedro
Para constar, foi lavrada a presente acta que vai ser assinada por todos os membros da Comissão.
Foi ali que eu rebentei com os meus joelhos, depois de um primeiro grande aviso num jogo na Sobreira entre estudantes e "trabalhadores".
Era ali que o Sr. Milhinhos, treinador do "Estrela de Portalegre" e nosso treinador em regime de voluntariado, me mandava atirar a bola para fora em vez de a mandar para a frente quando estava acossado pelo adversário. E usava um argumento bem teológico: «atire para fora, que não é pecado!»
O Pires Antunes, avançado, queria que eu "salvasse" os adversários para a bola aparecer nas costas dos defesas e ele marcar golos limpinhos...
E as meninas acorriam, em grande número, aos jogos que ali se realizaram com equipas locais, para ver as pernas dos seminaristas, nós que já jogávamos de calções e camisolas azuis.
Ó tempo, volta para trás!
Isso queria eu, que aos 19 anos fazia operação ao menisco e agora, aos 78, me vejo coladinho a umas ciumentas canadianas que não me deixam fazer nada. Agora, incómodo é estar tanto tempo sentado, tanto tempo deitado, tanto tempo a olhar para a TV sem nada que me interesse... Ainda por cima, o Bruno de Carvalho nunca mais se demite para tratar das suas quatro filhas...
Mas tenho de ter esperança, pois o plátano de Portalegre está com mais"espeques" que eu e subsiste com toda a pujança...
Ao longo de toda a história da humanidade, de muitos modos, mesmo que, por vezes, cheios de ambiguidades, o homem exprimiu a sua busca de Deus em crenças e comportamentos religiosos. Sempre foi entendendo, com mais ou menos clarividência, que é em Deus “que vivemos, nos movemos e existimos” (At 17, 28). O Concílio Vaticano II afirma que “a razão mais sublime da dignidade humana consiste na sua vocação à comunhão com Deus” que não está longe de cada um de nós (cf. GS19). E o Catecismo da Igreja Católica confirma-nos que o homem, “com a sua abertura à verdade e à beleza, com o seu sentido do bem moral, com a sua liberdade e a voz da sua consciência, com a sua ânsia de infinito e de felicidade”, sempre se interroga sobre a existência de Deus, detetando que só em Deus pode ter origem (cf CIgC.28.33). E se ele, o homem, se reconhece superior ao mundo material e a elevar-se sobre o próprio universo como senhor e centro da criação, também reconhece que ele e “os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento proclama a obra das Suas mãos (Salmo 19/18, 2). “O mundo intriga-me – dizia Voltaire – e não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro”. De facto, o mundo e o homem, assim o cremos, não têm em si mesmos, nem o seu primeiro princípio, nem o seu fim último. Participam do Ser-em-si, sem princípio nem fim, a quem, uns e outros, chamamos Deus. Apesar de “a razão humana poder, verdadeiramente, pelas suas forças e luz naturais, chegar a um conhecimento verdadeiro e certo de um Deus pessoal”, apesar de poder descobrir, no fundo da sua própria consciência, “uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer” (GS16), apesar disso, há obstáculos “que impedem esta mesma razão de usar eficazmente e com fruto o seu poder natural, porque as verdades que dizem respeito a Deus e aos homens ultrapassam absolutamente a ordem das coisas sensíveis”. Por isso, e embora o homem esteja capacitado para “conhecer a existência de um Deus pessoal”, Deus, para que ele pudesse entrar na sua intimidade, “quis revelar-se ao homem e dar-lhe a graça de poder receber com fé esta revelação” (CIgC33-35). Razão e fé não se excluem, não se opõem, ajudam-se mutuamente para realizarem a sua natureza e missão, mesmo que as verdades reveladas possam parecer obscuras à razão e à experiência humanas (cf. Spe Salvi, 23). O mesmo Deus “que revela os mistérios e comunica a fé, também acendeu no espírito humano a luz da razão. E Deus não pode negar-se a si próprio, nem a verdade pode jamais contradizer a verdade” (CIgC159). Bento XVI referia que “o verdadeiro problema do nosso tempo é a “crise de Deus”, a ausência de Deus, camuflada por uma religiosidade vazia”. E acrescentava que “só em Cristo e através de Cristo o tema Deus se torna realmente concreto: Cristo é o Emanuel, o Deus connosco, a concretização do Eu sou”. Numa pedagogia de condescendência sem igual, de despojamento, Deus revela o seu mistério e o seu desígnio de amor enviando o seu Filho Jesus Cristo, que se apresenta entre nós como o Caminho, a Verdade e a Vida. Segui-l’O sem omitir a cruz leva-nos à união com Deus. E digo: “sem omitir a cruz”, porque a cruz continua a ser escândalo para uns, loucura para outros, sem significado para mais alguns: “Numa interpretação burguesa, torna-se um acidente em si evitável, sem valor teológico; numa interpretação revolucionária torna-se a morte heroica de um rebelde. Mas a verdade é outra. A cruz pertence ao mistério divino, é expressão do seu amor até ao fim (...) Quem omite a cruz, omite a essência do cristianismo” (cf. Bento XVI, no Congresso dos Catequistas e dos Professores de Religião, 2000). Martin Heidegger afirmava que o mundo, cada vez mais pobre, já “se tornou tão pobre que não consegue reconhecer a falta de Deus como falta”. Aqui ou ali, com um certo ar de libertação e de pinote civilizacional, vai-se notando uma espécie de snobismo cultural autossuficiente a rejeitar Cristo e o Cristianismo como se de malfeitores se tratasse ou Deus fosse um títere a dedilhar por quem quer que seja. E em relação à Europa, a esta Europa que no dizer de Paulo VI nasceu “da cruz, do livro e do arado”, Dostoievski denunciou que ela, a Europa, “renegou Cristo. Por isso, e só por isso, está a morrer”. E Thomaz Eliot sintetiza assim o que todos sabemos: “um cidadão europeu pode não acreditar que o Cristianismo seja verdade e, no entanto, aquilo que diz e faz brota da cultura cristã da qual é herdeiro”. Na verdade, sempre há quem lhe custe entender que Deus é a garantia da nossa dignidade e grandeza, não um concorrente que atropela a nossa vida. É óbvio que estes posicionamentos têm as suas causas. O Catecismo da Igreja Católica alerta que “esta relação íntima e vital que une o homem a Deus, pode ser esquecida, desconhecida e até explicitamente rejeitada pelo homem. Tais atitudes podem ter origens diversas: a revolta contra o mal existente no mundo, a ignorância ou a indiferença religiosas, as preocupações do mundo e das riquezas, o mau exemplo dos crentes, as correntes de pensamento hostis à religião e, finalmente, a atitude do homem pecador que, por medo, se esconde de Deus e foge quando Ele o chama” (CIgC29). Pode, na verdade, alguém esquecer ou rejeitar Deus, pode alguém pensar que Ele o diminui e d’Ele tentar fugir. Deus, porém, na Sua bondade e sabedoria infinitas, é que nunca deixa de chamar o homem à felicidade, à comunhão com Ele, jamais deixará de lhe falar como se fala a amigos e de, de muitos modos, dialogar com ele (cf. DV2). Somos seres de esperança, “e precisamos de esperanças - menores ou maiores – que, dia após dia, nos mantêm no caminho”. A nossa grande esperança, porém, “só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir… Deus é o fundamento da esperança – não um deus qualquer, mas aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até ao fim: cada indivíduo e a humanidade no seu conjunto. O seu reino não é um além imaginário, colocado num futuro que nunca mais chega; o seu reino está presente onde Ele é amado e onde o seu amor nos alcança”(Spe Salvi, 31).
"Caríssimo amigo Editor, Como ainda não entregaste a pasta, aqui vai a memória do nosso almoço -convívio de hoje, a fim de publicares com as “legendas” que adicionares. Um grande abraço.
Aquando do Encontro de Portalegre, em 19 de Maio, tive oportunidade de ir a Marvão e degustar mais uma vez aquelas paisagens maravilhosas e sua gastronomia.
Aproveitei o momento para gravar pouco mais de um minuto de imagens com uma particularidade local: a estrada na Escusa parece uma catedral verde em que os pilares laterais são troncos de árvores e o tecto é adornado pela frondosa copa das mesmas árvores.
Era jovem quando ouvi dizer que foi a população que exigiu ao Sr. Ministro que ali tivessem também uma "estrada de luto (alcatroada!) e árvores com cuecas".
Uma saudação a todos os amigos que quiseram celebrar a amizade nos encontros de Marvão e Portalegre. Daquela zona, lembro o Zé da Luz, que hoje faz anos, o Manuel Bugalho e o João de Deus, sem esquecer o dinâmico pároco de Marvão, P. Marcelino Dias Marques.
Também faz anos neste primeiro dia de Junho o José da Luz de Carvalho, ali dos lados da Escusa, junto de Marvão, que goza a sua aposentadoria depois de ter sido quadro superior do Ministério do Trabalho e Segurança Social.
Este nosso amigo nasceu em 1942 e tem presença assídua nos nossos Encontros. Neste de Portalegre, até facilitou bem a vida a amigos com o seu turismo rural. Que o digam o João Lopes e o Assis...
Para atestar o que digo, junto uma foto do casal no refeitório do Seminário de Portalegre, bem dispostos e a celebrar a amizade.
Meu caro José da Luz, com um grande abraço, damos-te os PARABÉNS DO GRUPO, desejando-te as maiores felicidades e muitos anos de vida, na companhia da família e amigos.
Hoje é o dia do José Martins Duarte, que entrou no seminário em 1965-66, com outros colegas como o Cón. António Assunção, o Aníbal Henriques, o Alves Jana ou Tobias Delgado.
Nascido em 01-06-52, temos apenas do José Martins Duarte o seu n.º de telefone: 965 869 818.
Pode ser que alguém se lembre dele, nos envie uma foto e diga mais...
Ficam registados os PARABÉNS O GRUPO, com votos de muita saúde e felicidade. AH