Estamos a pagar a energia com o preço mais caro da Europa: a nossa gasolina, gasóleo, gaz e eletricidade, tomadas em conjunto, são os mais caros da União Europeia. O problema é que mais de metade dos custos são para pagar impostos e taxas. E dos lucros das empresas uma parte substancial dos dividendos são para os estrangeiros, especialmente chineses. No entanto, somos dos países onde o salário mínimo, e muita gente é o que ganha, é dos mais baixos, isso para não falar nas reformas e pensões, miseráveis muitas delas. Pode-se dizer que o carro é um luxo, o que em muitos casos não é verdade, pois trata-se de um instrumento indispensável de trabalho; não se poderá, contudo, dizer que a eletricidade ou o gaz são um luxo, pois eles hoje são indispensáveis mesmo para os pobres. O problema é que quem tem de utilizar o carro não paga só o imposto sobre os produtos petrolíferos, pois paga também as portagens, os estacionamentos, as multas, os seguros, as inspeções, o imposto único de circulação, os impostos vários da compra do carro, ou das peças necessárias e respetivos serviços. Não nos venham, pois, dizer que a austeridade terminou com a saída da Troika, porque os salários e pensões pouco ou nada aumentaram, e os impostos indiretos nunca estiveram tão elevados.
Sentíamos que valeria a pena pagar impostos, se houvesse o dinheiro necessário para a saúde, para e educação, para a segurança para investir, mas é o próprio 1.º ministro a dizer que não tem dinheiro para os professores, para a saúde, para fazer barragens julgadas indispensáveis, pois mesmo poupando a dívida pública não para de aumentar. O nosso dinheiro vai pagar juros, amortizar a dívida colossal e salvar bancos.
Somos um país adiado que não consegue contratar os trabalhadores necessários, em atualizar as carreiras daqueles que tem, apesar de cobrar tantos impostos… futebol nos valha, pois aí dinheiro não falta…
Mas o que é que tu fazes aí em pé, nessa mesa de uma sessão solene, com presidentes, vereadores e elementos da Junta de freguesia? Isto não é sonho, pois não, Antonieta?!
Pois é, nós realmente já fizemos muitas coisas na vida, quer quando trabalhávamos como dedicados professores de uma escola pública, quer já depois da aposentação, coisa que aconteceu há mais de 17 anos… E nestes anos não nos pusemos a olhar para trás a contemplar o que foi feito. Quisemos andar sempre para a frente, saber mais para fazer melhor e sonhar com a felicidade na dedicação aos outros, a começar pelas nossas famílias, em que tu és a aglutinadora dinâmica das relações pessoais, mesmo que isso te custe os olhos da cara com o trabalho que tal acarreta. Ainda me lembro de dizer, na inauguração da nossa casa, que esta só tinha sentido na sua amplidão de espaço com a presença dos amigos e familiares… E assim tem acontecido realmente, com a tua convocação oportuna das gentes para muitas e variadas festas, encontros ou simples acontecimentos diários em que alguém tem de resolver o caso com um bocadinho de sacrifício e sempre muita boa vontade…
Mas não nos ficámos na família. Entregámo-nos aos afazeres paroquiais na catequese, no Centro de Preparação para o Matrimónio, na Escola da Fé, nas reuniões de casais. Depois de aposentados, criámos, com outros voluntários, a dinâmica Casa do Educador do Seixal, com as suas valências - Universidade Sénior do Seixal e, por fim, a Cesviver, todas juntas a ser frequentadas por umas mil pessoas.
Chegou agora a vez de celebrar o X aniversário da CESVIVER. E lá foram os actuais responsáveis chamar à liça a fundadora e primeira Responsável deste projecto. Sim, foste tu que investiste nos contactos, na formação, na criação de estruturas e regulamentação implícita num projecto social voltado para a comunidade, especialmente para os idosos que se debatem na solidão e não têm ninguém a chamar-lhes pelo nome. Quando deparámos com tanta gente dedicada, capaz de se dar aos outros, voltámos a Casa do Educador do Seixal (CES) para o serviço comunitário. Depois da Unisseixal, foi a CESVIVER, que nada mais significa que a CES a querer dar vida aos que a estão a perder.
Os teus 10 minutos de intervenção calaram fundo, assim como a dos restantes oradores, porque foram histórias com vida, pormenores que poucos conhecem mas com os quais se tocou na vida de muita gente. A emoção perpassou por todos, o carinho e envolvimento pessoal que a Cesviver continua a dinamizar faz daquela gente toda gente feliz, alegre, agradecida. E como foi bonito homenagear as três responsáveis do projecto (Antonieta Henriques, Judite Bentes e Rosa Duarte, actualmente) com um ramo de flores… E gostei muito que tivesses falado do logótipo, nas suas cores dourada e rosa, símbolos de sabedoria e de afectividade e carinho, com que o seu “designer” quis batizar os nossos professores…
De tarde, ainda tivemos almoço e música, envolvidos todos (umas 60 pessoas) na mesma alegria do encontro, que permite adoçar os dias da velhice com amizade e colaboração.
Parabéns, Antonieta, por este dia nos trazer tantas recordações envolvidas em amor, como disseste no teu testemunho. Mais podia dizer, mas ficam algumas coisas só para o nosso remanso familiar.
Aos amigos e colegas que me lerem, peço desculpa por esta invasão familiar, mas quem há três semanas se sente incapacitado por umas indecentes e ciumentas canadianas que me protegem o joelho operado e me impedem de colaborar em casa, tenho razões de sobra para olhar para a minha companheira, cozinheira, enfermeira, vigilante, motorista e, porque o filho pede, ainda empresária de obras em casas para arrendar!
A foto da praxe, conforme os cânones, dos presentes no almoço convívio de hoje na Parreirinha. Descontando os lesionados/doentes e os que gozam merecidas férias à boa maneira de um reformado, ainda nos juntámos seis.
Aos nossos amigos que não puderam comparecer um forte abraço com os votos de boa recuperação e de boas férias, respectivamente.
Um abraço para todos.
Manel Pires Antunes
R. Da minha parte, um abraço para quem se lembrou das minhas ciumentas canadianas. AH
De 21 a 26 de agosto próximo, terá lugar, em Dublin, o IX Encontro Mundial das Famílias, desta vez sob o tema: "O Evangelho da Família: alegria para o mundo". Na verdade, tudo quanto se possa fazer em favor da família e do matrimónio é sempre muito pouco tendo em conta tudo quanto são e merecem. A propósito deste Encontro Mundial, já em março de 2017, o Papa Francisco dera algumas indicações para que as famílias pudessem, ao longo deste tempo, “aprofundar a sua reflexão e a sua partilha sobre o conteúdo da Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia”. O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, por sua vez, ofereceu-nos também, a toda a Igreja, um excelente itinerário de reflexão em sete catequeses baseadas em Lc 2, 41-52. Estão publicadas em português para que todas as pessoas e comunidades cristãs as possam usar. Se a família é um bem do qual a sociedade não pode prescindir, se ela continua a ser uma boa notícia para o presente e o futuro da comunidade humana, se ela está firmemente baseada no plano do Deus, ela não pode ser ferida e maltratada pela falta de amor. Tem, isso sim, é de se fomentar a cultura do amor e de se fazer tudo para que a família seja respeitada, cuidada e protegida, também no âmbito jurídico e económico, social e fiscal. E, como cristãos, não podemos deixar de propor o ideal do matrimónio, mesmo contrariando a sensibilidade e a moda atual. Se o deixarmos de fazer, estaremos a privar o mundo dos valores que podemos e devemos oferecer (cf. AL35). Para isso, porém, não basta, de facto, “limitarmo-nos a uma denúncia retórica dos males atuais, como se isso pudesse mudar qualquer coisa. De nada serve também querer impor normas pela força da autoridade. É-nos pedido um esforço mais responsável e generoso, que consiste em apresentar as razões e os motivos para se optar pelo matrimónio e a família, de modo que as pessoas estejam melhor preparadas para responder à graça que Deus lhes oferece” (AL35). Sabemos que o matrimónio não é um ideal abstrato, muito menos um fardo a carregar. É um caminho dinâmico de crescimento e realização, um caminho a construir e a percorrer na confiança e na abertura à graça (cf. AL 37). Francisco sublinhava a importância de as famílias se perguntarem muitas vezes “se vivem baseadas no amor, para o amor e em amor”. E reiterava um modo muito prático de concretizar e expressar este desejo e atitude, um estilo já por ele anunciado várias vezes e referido na Amoris Laetitia: “Quando numa família não somos invasores e pedimos “com licença”, quando na família não somos egoístas e aprendemos a dizer “obrigado”, quando na família nos damos conta de que fizemos algo incorreto e pedimos “desculpa”, nessa família existe paz e alegria” (AL133). De facto, há sempre fragilidades e fraquezas a urgir constantemente humildade e delicadeza, cortesia e misericórdia em busca da vida autêntica e feliz, vivendo juntos, envelhecendo juntos, cuidando-se a apoiando-se mutuamente, sem silêncios nem ruturas que entristecem e destroem. A maturidade chega a uma família “quando a vida emotiva dos seus membros se transforma numa sensibilidade que não domina nem obscurece as grandes opções e valores, mas segue a sua liberdade, brota dela, enriquece-a, embeleza-a e torna-a mais harmoniosa para bem de todos” (AL146). Sabemos que o Evangelho da Família é resposta às expectativas mais profundas da pessoa humana e que os jovens, à partida, desejam constituir uma família estável e perene, apoiada em valores. Mas também sabemos que o amor humano não acontece nem se constrói ao jeito das redes sociais. Não é fruto da banalização nem de arrufos autorreferenciais. Não se pode “conectar ou desconectar ao gosto do consumidor e inclusive bloquear rapidamente”. Tampouco se pode transpor “para as relações afetivas o que acontece com os objetos e o meio ambiente: tudo é descartável, cada um usa e deita fora, gasta e rompe, aproveita e espreme enquanto serve; depois…adeus”. Na verdade, o narcisismo “torna as pessoas incapazes de olhar para além de si mesmas, dos seus desejos e necessidades”. Mas a história também nos vai dizendo que “quem usa os outros, mais cedo ou mais tarde acaba por ser usado, manipulado e abandonado com a mesma lógica” (AL39). Redimidos por Cristo, a família e o matrimónio recebem d’Ele, através da Igreja, a graça necessária para testemunhar o amor de Deus e viver a vida de comunhão. É Cristo que vem ao encontro dos esposos cristãos com o sacramento do matrimónio, permanecendo com eles. O sacramento não é um mero momento que começa a fazer parte do passado para recordar ao olhar as fotografias na gaveta. Ele exerce a sua influência sobre toda a vida matrimonial, de maneira permanente. Os esposos são de certo modo consagrados e, por meio de uma graça própria, constituem uma pequenina igreja doméstica a fazer crescer. É um dom do Senhor concedido às pessoas unidas em matrimónio, mas tudo o que é dom implica tarefa, implica colaboração humana. Por isso, “querer formar uma família é ter a coragem de fazer parte do sonho de Deus, a coragem de sonhar com Ele, a coragem de construir com Ele, a coragem de se unir a Ele nesta história de construir um mundo onde ninguém se sinta só” (AL321).
Pires da Costa, mais uma vez publicamos o teu texto com todo o gosto. AH
Bom amigo
É natural que fiques surpreendido como recebimento desta carta. Mas compreenderás, por certo, a razão desta minha atitude, quando terminares a sua leitura. E, para que avances com menos ansiedade, informo-te, desde já, que não há razões para alarme, antes pelo contrário, tenho a convicção de que, após a leitura, continuaremos mais amigos do que passámos a ser há cerca de um mês.
Era minha primeira intenção deslocar-me de novo a Portalegre para falar contigo directamente, se quiseres até posso dizer pessoalmente, mas a distância a que nos encontramos e compromissos de vária ordem a que não podemos furtar-nos, têm-me impedido de realizar o meu projecto. Daí que tenha optado por escrever-te, não só para descansar a minha consciência, mas também para que entre em contacto contigo, como hoje se diz muito, em tempo útil e apropriado, de acordo com o meu desejo.
Antes de mais, cumpre-me informar-te que nunca frequentei as tuas instalações enquanto fui seminarista, pois passei a minha vida, enquanto tal, nos teus irmãos diocesanos do Gavião e Alcains. Aliás, quando tu nasceste, já eu não me encontrava na vida de seminarista. Se fiz bem ou mal por passar a essa condição, tomo tal facto à conta dos desígnios de Deus que, como sabes, são insondáveis pela capacidade humana. O que posso revelar-te é que jamais me arrependi de ter sido aluno seminarista e, antes pelo contrário, ao longo de toda a minha vida me senti reconfortado com todos os ensinamentos que lá recebi e que bastante úteis foram para a minha formação humanística que, sempre o senti e continuo a sentir, foi muito enriquecida com tudo o que lá aprendi. Acrescento ainda que, para além do que citei, quero salientar as muitas amizades que criei nesse período da minha vida e que permaneceram indelevelmente na minha memória, o que é deveras consolador..
Caro Seminário, terminemos o exórdio, que já vai longo, e passemos às razões fundamentais que me levaram a endereçar-te esta missiva.
Inteligente, culto e perspicaz como és, já calculas o motivo fundamental que determinou esta minha atitude. Isso mesmo, o encontro dos ex-seminaristas da nossa Diocese no inesquecível dia 19 de Maio.
Quando, nesse dia, transpus o portão que dá acesso aos teus domínios territoriais e olhei de frente para a tua fachada, uma emoção estranha me penetrou o espírito, dir-se-ia que produto da recordação do primeiro dia em entrei no teu irmão do Gavião, acompanhado pelo meu saudoso pai e envolvido pela ansiedade dos meus onze anos vividos na minha distante aldeia situada lá para as bandas albicastrenses. Só que desta vez, o meu à vontade foi outro, talvez devido ao espaço largo e abrangente que, ao receber-nos, nos faz sentir como que envolvidos num abraço fraterno, amigo e acolhedor. Depois, ao olhar a tua imponente frontaria pareceu-me ver nela um certo sorriso que me convidava a entrar com confiança, como que a dizer-me que sim, que era ali a entrada onde pretendias oferecer inolvidáveis momentos dum prazer extensivo a mais duma centena de companheiros, desejosos, como eu, de também te proporcionar um dia diferente, diria mesmo festivo, fora do teu habitual diário, aliás comum à vida de todos nós. Depois, de tudo o que aconteceu ao longo do dia em que foste nosso generoso anfitrião, sabes tão bem ou até melhor do que eu, como tudo aconteceu.
Assim, não sendo possível, como atrás referi, ter a desejada conversa contigo, limitar-me-ei a convidar-te para um breve retrospectiva do que de melhor aconteceu naquele inesquecível dia de Maio.
Comecemos pelas emoções sentidas logo no teu átrio, com encontros e reencontros com velhos e novos amigos Ele foram abraços, ele foram sorrisos, ele foram palavras emocionadas! Foi tudo o que costuma acontecer em situações idênticas onde prevalece, acima de tudo, a amizade pura e bela, baseada no princípio de que tudo ali era natural e espontâneo, tudo como que emanado de um estado de alma enraizado em nós quando ainda éramos crianças, mesmo sem estarmos sujeitos à contemporaneidade da frequência. Ali todos éramos simplesmente ex-seminaristas. Esta a nossa força mística, tão bem descrita pelo nosso companheiro João Lopes, na brilhante evocação feita poucos dias após o encontro e publicada no blog da nossa Associação, Animus Semper, que sei que lês quase diariamente e com grande interesse, não pode resultar da mera coincidência de um grupo de pessoas que foram condiscípulos em determinada fase da sua vida escolar, com o devido respeito que todas elas nos merecem. Tal mística resulta dum não sei quê, fácil de sentir mas difícil de explicar, mas que sabemos que existe, afinal o que nos interessa. Convicto de que concordarás comigo – podia lá ser doutra maneira! – avancemos.
Como sabes, seguiu-se a celebração da Eucaristia, na tua acolhedora Capela. Cerimónia simples e dentro dos cânones litúrgicos tradicionais. Mas abrilhantada, de forma superior e encantadora, pelo consagrado coral Stella Vitae, em tão boa hora convidada pela Direcção para colaborar na nossa festividade. E a seguir, com toda a mestria a que já nos habituou, ofereceu-nos ainda, no mesmo local uma pequena audição que constituiu um dos momentos altos do nosso encontro. Faço votos para que esta actuação te tenha reconfortado, não digo do desgosto, mas das saudades que deves ter dos cânticos litúrgicos que durante muitos anos e quase diariamente ecoaram no teu interior. Se assim foi, podes crer que fico contente.
E, já agora, não resisto a citar aqui a crónica do companheiro Florentino Beirão, também publicada no blog do Animus, portanto do teu conhecimento, acerca dalgumas mazelas que o tempo provocou na zona do teu altar, sugerindo uma onda de solidariedade para se fazerem as recuperações necessárias conducentes a melhorar as pinturas desgastadas, restituindo-te assim toda a dignidade que mereces. Oportuna e óptima ideia que, estou certo, produzirá eco favorável em todos nós e que, unidos, poderemos concretizar a sugestão do nosso companheiro. Força Florentino!
Passemos agora para o teu amplo e maravilhoso refeitório, onde imagino o ambiente que diariamente ali viveste com a animação de muitas e muitas refeições lá servidas. Estou certo de que no dia do nosso encontro terás rejubilado com todo aquele ambiente. Se me perguntares pela comida que nos foi servida, dir-te-ei que tenho a ideia de que estava boa. Mas, não posso deixar de te informar que, apesar disso, acima da qualidade da comida tenho que salientar o sabor maravilhoso do ambiente que todos ali vivemos, numa comunhão de sentimentos que se evidenciaram de forma clara pelas conversas que transversalmente atravessaram todo o espaço cheio de comensais que se alimentavam, acima de tudo, estabelecendo contactos indiferenciados, na evocação dos tempos passados em comum ou relatando episódios marcantes que jamais se apagaram das suas mentes. Uns com mais e outros menos idade, todos pareciam transfigurados em crianças que transbordavam emoções de todos os matizes e onde apenas a alegria pura, sincera, esfuziante, dir-se-ia até inocente, pela naturalidade com que as palavras e os gestos surgiam naquele inolvidável ambiente.
Evoquemos agora caro Amigo, a Assembleia Geral, efectuada na ampla sala que nos proporcionaste.
Mais do que uma assembleia, aquilo mais parecia uma reunião de família, onde os assuntos constantes da ordem de trabalhos foram tratados com boa disposição, responsabilidade, liberdade e elevação. Com o Joaquim Mendeiros a «comandar as operações» não poderia ser doutra maneira. A sua espontaneidade, a sua capacidade de comunicação, a sua permanente boa disposição e o seu talento, conseguiram, naturalmente, contagiar todos os participantes, de tal modo que, livre e responsavelmente, todos marcámos presença numa assembleia quase festiva e de proveito evidente. Com a justiça devida, cumpre registar também a postura responsável e a serenidade da presidência da Mesa e a sempre útil e disponível presença do António Henriques, para mostrar a todos que quem percebe da «poda técnica» é ele… e, enquanto tal, sempre disposto a colaborar.
Caro Seminário, sinto que te estás a sentir preocupado, imaginando que a referência à nossa Assembleia Geral está terminada. Podia lá ser! Não, não me esqueci do ponto mais alto que todos ali vivemos. É isso mesmo que estás a pensar: a inesquecível recitação da “ Toada de Portalegre” do teu amigo José Régio, dita com aquela elevação, com aquele sentir poético, direi mesmo, sem exagerar nada, com aquela postura artística do nosso companheiro João Lopes. Por aquele momento cultural que nos proporcionou, ele merece bem a nossa gratidão, que aqui registo com o maior prazer, pedindo-lhe que aceite um beirão « BEM-HAJA» sincero e amigo.
Para culminar este trabalho associativo, não posso deixar de registar a entrega de diplomas aos companheiros que contribuíram para a elaboração do «Professores III », livro onde podemos evocar os já falecidos professores dos seminários diocesanos e cuja memória representa para todos nós uma saudade que transcende a própria morte numa espécie de ressurreição simbólica e gratificante de todos os beneficiários da sua acção pedagógica, no mais amplo significado da palavra. Nele, muitas e variadas evocações daqueles que, em período tão significativo das nossas vidas, nos ensinaram, educaram, orientaram e nos marcaram para sempre.
E como sabes, – eu sei que tu viste tudo, mas gosto de me associar a ti nestas recordações – numa atitude simpática e gratificante, mais alguns diplomas foram atribuídos aos antigos alunos com mais de, repara, digo, reparemos bem, oitenta anos. Numa ousada classificação, os diplomas destinaram-se catalogar os jovens mais distintos, não só nas brincadeiras como ainda nos estudos, mais naquelas do que nestes. Resta-me formular votos para que todos os companheiros que ainda não chegaram à « idade adulta» venham a receber o mesmo canudo que ora nos foi atribuído. Então, todos com os oitenta feitos, rejubilarão. E mesmo tu, caro Seminário, jovem sexagenário, terás direito a ser contemplado, pela grande obra que já realizaste em prol da Igreja e da sociedade em geral. E, a propósito, tomo a ousadia de te informar, mas em segredo, que o Senhor Bispo, D. Antonino, acompanhado por outros colaboradores, se encontra muito interessado na recuperação das tuas instalações para que possam ser utilizadas com maior amplitude ao serviço, não só da Igreja mas também de toda a comunidade. Formulemos votos para que, com a brevidade possível, sejam concretizadas as soluções desejadas.
Finalmente, aconteceu aquele inesquecível encontro do encerramento, de novo, no teu refeitório. Sobre este, porque a carta vai longa e não quero enfadar-te, vou limitar-me a uma pergunta com resposta óbvia: tu reparaste bem naquela « Gaiatada» cheia de fôlego, barulhenta e animada como se tudo fosse começar de novo naquele lugar e naquela hora?! O que todos mereciam bem eu sei, era um forte chamamento de atenção dum prefeito à boa maneira, que lhes lembrasse que ali terminava a festa e eram horas de partir. E, com benévola firmeza, lembrar-lhes que para o ano há mais. Todos à Sertã!...
Num caminhar lento, assim como alguém que não tem pressa, acompanhado da minha esposa, caminhámos para o carro que ficara lá ao fundo, perto do portão. Num último gesto de despedida olhei-te e fiquei contente porque senti que ficavas sereno. E, disfarçadamente, ousei ainda um gesto de despedida com ligeiro levantar dum braço. E, milagre, - que outra coisa poderia ser? - que observo eu através da janela do lado direito do teu semblante? Por detrás da vidraça, eu vi, vi mesmo e sem qualquer dúvida, que um braço erguido me saudava também. Tomei este episódio como o selo da nossa amizade e jurei a mim mesmo que, se Deus quiser, um dia hei-de voltar para conversar contigo. Até lá, um abraço amigo do teu
A.Valentim Pires da Costa
PS – Nesta coisa do novo acordo ou desacordo ortográfico, estou quase como aqueles que tanto escrevem com a mão esquerda como com a direita. Ora escrevo com o dito novo, mais brasileiro, ora me vou com o dito antigo, mais português. Calculo que te agradaria mais o segundo, como acontece comigo.
Neste dia 14 de Junho, celebra o seu aniversário o Francisco Pedrógão Pousadas, natural de Alter do Chão e a viver em Lisboa, segundo diz o seu Facebook.
Queremos desejar-lhe um dia de anos muito feliz, na companhia de familiares e amigos.
E votos de longa vida com saúde. Quando aparece, Francisco?
Não pretendendo monopolizar o nosso Animus, com espaço para todos, aí te envio mais esta peça. Penso que a temática poderá interessar a uma grande parte dos nossos amigos, oriundos destas ignoradas e desprezadas paragens. Tomar consciência da doença poderá já ser um princípio da sua cura. Já basta o sofrimento de tantos pobres inocentes... Com a amizade de sempre, as melhoras. f.b.
NOTA: Sabe bem receber estes textos. Venham mais! Quem avança agora? AH
Já basta de desprezo
“Há males que vêm por bem”, lá diz o ditado popular, na sua ancestral sabedoria. Aplicado ao interior do país, assenta-lhe que nem uma luva. Caso não acontecesse a tragédia de que foi vítima, nos incêndios do passado verão, provavelmente, tudo permaneceria como dantes. Os mais de cem de mortos, vítimas dos largos anos de incúria no tratamento das florestas, de tal modo chocou o país, que finalmente o governo tocou as campainhas, convocando os responsáveis, para se tentar evitar tão angustiante flagelo. Jamais o país se poderá tornar novamente, num novo manto negro de carvão e cinzas.
Este forte apelo, felizmente não tem caído em saco roto, e tem vindo a conseguir despoletar energias no governo, nas autarquias e nas populações, para enfrentar novas investidas do fogo neste verão. Convenhamos que neste aspeto, hoje o interior do país, já se encontra melhor preparado, comparado com o passado.
Quando se começa a olhar para os números, o país estremece, face à realidade que se nos apresenta. O diagnóstico já conhecido revela-nos realidades bem distintas quando se compara o interior com o litoral. Tudo radica na ausência de políticas que não têm sido implementadas pelos diversos governos. Se é verdade que um dos nossos primeiros reis - o Povoador - já se preocupava em povoar o interior - após a Reconquista - logo a partir dos séc.s XV e XVI, com os descobrimentos, a atração para o litoral tornou-se imparável. Mais perto de nós encontramos, nas décadas de 30/50, um novo surto migratório, constituído por minhotos, beirões e alentejanos que se foram concentrando nas periferias das grandes cidades do litoral. Este grande contingente de operários e suas famílias foram sugadas ao interior, onde viviam numa situação social próxima dos servos da gleba, mal remunerados, pela aristocracia fundiária abstencionista.
Ao procurarem melhores condições de vida, acabaram por se instalar em promíscuas barracas, onde viviam miseravelmente. As pessoas que resistiram a este dilúvio populacional, na década de 60, uma maioria acabou por fazer as malas e rumar para o estrangeiro, sobretudo para França. “Ei-los que partem, novos e velhos”, cantava-se então. Noutra direção, se dirigiram os jovens, para lutar nas guerras das colónias: “já e em força”, Salazar dixit. Quase sem se notar, muito de mansinho, quando se começou a deitar contas aos que restavam no interior, os números revelavam então, que 70% da população vivia numa faixa de 50 quilómetros, a partir do mar. Neste espaço do litoral, concentravam-se 82% dos menores de 25 anos. Acontecia ainda que era aqui que se produzia 83% da riqueza do país e viviam 89% dos alunos universitários. Um país, que foi empurrando a sua população para uma pequena faixa, acorda agora para um vasto interior desabitado, quase sem nascimentos, com poucos jovens, com elevada mortalidade e com uma população isolada, pobre, envelhecida e com os serviços sociais longe das suas casas.
É verdade que o poder central já acenou aos médicos, convidando-os a rumarem para estas terras. Porém, os resultados têm-se revelado escassos. Ultimamente, até se criou uma Comissão pró-Interior, para apresentar propostas que minorassem as gritantes diferenças entre o interior, quase desértico, e um litoral repleto de problemas urbanísticos e sociais, originados por uma população muito concentrada e excessiva.
Face a este complexo panorama, importa agora promover políticas que tentem inverter esta problemática situação. Sabemos que não será tarefa fácil. Porém, se ficarmos parados, as futuras gerações muito irão sofrer com a nossa incúria. Dentro de um espírito construtivo, o Governo até já iniciou alguns passos para minorar esta situação. Ao Executivo se juntou o ainda o referido Movimento pelo Interior, que recentemente apresentou algumas medidas prioritárias. Mudança de serviços públicos, de Lisboa para capitais de distrito, com compensações financeiras. Aplicação uma taxa de IRC de 12,5%, para as empresas aqui sediadas e ainda a atribuição ao interior de benefícios fiscais, para investimento acima de 25 milhões de euros. Medidas que, a serem concretizadas, serão um princípio de conversa. Com esta intenção, para o próximo ano, o Governo já decidiu fixar mais estudantes nas universidades do interior. Veremos se ainda vamos a tempo de salvarmos o interior. Basta de desprezo.
Amigos, com imenso prazer, tenho vindo a acompanhar a reação de alguns antigos alunos dos nossos seminários no “Animus Semper” que têm respondido, afirmativamente, ao desafio que lançámos, em relação à conservação das pinturas murais da capela do seminário de Portalegre. A todos agradecemos o interesse demonstrado, por esta tão nobre e premente causa. A sensibilidade artística de alguns têm desafiado a generosidade de muitos que desejam colaborar, nem que seja com o óbulo da viúva do Evangelho. Grão a grão…. A nossa estimada e solidária Associação também se poderá virar para causas nobres às quais possamos dar algum apoio. Avanço, desde já, com algumas sugestões para irmos alimentando a concretização desta iniciativa. Quero informar os antigos alunos que já conversei com o responsável diocesano pela gestão das verbas diocesanas, o nosso amigo P. Castanheira, que reside entre a Lousa e o seminário de Alcains. Garantiu-me que as obras do restauro das pinturas desta capela encontra-se hoje como uma das prioridades diocesanas. Estas poderão arrancar, após consulta a empresas especializadas que trabalham em restauros desta complexidade. Logo que as consultas terminem, este sacerdote comprometeu-se a fornecer-nos o resultado da verba envolvida na concretização desta intervenção. Entretanto, já poderíamos começar a desafiar os nossos associados que tiverem elementos informativos acerca da interpretação teológica das pinturas, bem como o nome do (s) artista (s) que as pintaram. Qual terá sido a verba gasta na sua feitura. Identificar as figuras representadas. A leitura crítico-artística do conjunto destas imagens. Qual a sua mensagem catequética, contextualizada no tempo da construção da capela do seminário…. Penso que a nossa Associação se poderá empenhar, em ir mantendo esta chama, para que esta iniciativa não venha a cair em saco roto. O que não acredito.
O Cónego Bonifácio poderá ser uma das pessoas mais sábias para nos apoiar nesta aventura. Vamos desafiá-lo. Esta causa só poderá ir para a frente, certamente, com o apoio e o empenho de todos os que frequentaram os nossos seminários. Sobretudo, o de Portalegre. Nesta altura – questão sentimental - encontrava-me eu no seminário de Gavião e tive a alegria de assistir e participar, sobre a mestria do padre Milheiro, na inauguração deste super-seminário diocesano, por D. Agostinho Moura, o bispo construtor. Alimentar a chama desta causa, segundo penso, poderá ser o modo mais eficaz de termos um dia a alegria de vermos restauradas estas degradadas pinturas. Pergunto, porque não inaugurá-las, numa futura reunião anual da nossa Associação? O “Stela Vitae” poderá então acompanhar-nos novamente, fazendo dançar os anjos, ágeis acrobatas, já com as suas novas vestes celestiais. “O sonho pula e avança”, lá diz o poeta. Florentino Beirão
Manuel Mendes Carloto da Trindade, natural de Tolosa, entrou no Gavião em 1957/58.
Veio para Lisboa com os pais e irmãos. Era uma família numerosa, com nove filhos. O Manuel empregou-se num Sindicato. Do seu casamento nasceram dois filhos, um rapaz e uma rapariga.
Agora estava a gozar a reforma e com saúde razoável. Mas uma dor forte na garganta impedia a respiração, o que lhe provocou lesões cerebrais que o levaram ao coma de uma semana no hospital, onde faleceu.
Está agora na Igreja do Bairro da Serafina e, depois da missa, vai às 13 h para o cemitério dos Olivais.
Mais um a descansar depois das labutas da vida. Que o Pai o receba em paz.
Após a III Assembleia Extraordinária, em outubro de 2014, e a XIV Assembleia Geral Ordinária, em outubro de 2015, do Sínodo convocado pelo Papa Francisco para tratar das situações que hoje afetam a família e desafiam a evangelização, fomos presenteados com a Exortação Apostólica Amoris Laetitia. Sem a pôr de parte, este Documento não trata tanto da doutrina sobre o matrimónio e a família. Propõe-se, isso sim, tratar de quatro pontos considerados urgentes na missão pastoral da Igreja, tendo sempre presente que a família não é um ideal abstrato, mas uma tarefa artesanal. É uma mensagem de fé e de esperança num tempo em que se tornou algo complexo comprometer-se na vida familiar. Os quatro pontos aí apontados são: a preparação para o matrimónio, o acompanhamento dos casais jovens, o apoio à família na transmissão da fé e a maior integração eclesial dos divorciados a viver em nova união. Ao falar sobre este último ponto, isto é, sobre a necessidade de uma maior integração eclesial dos divorciados a viverem em segunda união, o capítulo VIII trata, todo ele, da necessidade de acolher, acompanhar, discernir e integrar estas pessoas. Chama a atenção para o dever que os pastores têm de acompanhar as pessoas interessadas em fazer este caminho, o caminho do discernimento segundo a doutrina da Igreja, as orientações do Bispo diocesano e a Palavra de Deus como companheira de viagem. É, pois, dentro desta determinação que acabo de apresentar à Diocese uma Carta Pastoral com uma proposta de atuação, um método a seguir e algumas metas a atingir, à qual dei o título de “A bem da família”. Apresenta alguns passos positivos, passos a desenvolver no tempo, sem respostas rápidas, não há receitas simples e imediatas. Oferece orientações que terão sempre de ser adaptadas a cada situação e a cada pessoa, tendo presente o percurso histórico de cada pessoa e não apenas um momento da sua vida. E não há casos iguais. Neste percurso, olha-se para os critérios que a Exortação nos oferece para diferenciar as diversas situações e dão-se pistas para acompanhar os interessados em ordem ao discernimento da sua história, da sua situação. Realça a importância de um elemento externo ao casal ou à pessoa, pois o confronto com essa pessoa, em encontros regulares, é essencial, ajudará a desbloquear processos internos pessoais e a libertar-se de outras feridas que anulem a realidade. A missão de quem acompanha, como sabemos, não é julgar nem decidir, não é ser controlador, é, sim, escutar e ajudar a que as pessoas tomem consciência da sua situação e consigam tomar uma decisão que as aproxime de Deus e da Sua Palavra, confiando n’Ele e aproximando-se dos irmãos na vivência da fé, descobrindo a beleza da novidade cristã. Se não é possível mudar uma situação, é sempre possível percorrer um caminho de maior integração eclesial e descobrir cada vez mais e melhor que o amor de Deus não desiste de ninguém. E não se trata de adequar a pastoral à doutrina, trata-se sim, de não arrancar à doutrina o selo pastoral que lhe é original e constitutivo, sem esquecer que a linguagem da misericórdia incarna na vida e que o matrimónio é um caminho dinâmico de crescimento e realização, como nos afirma a Exortação. O diálogo em busca da verdade ajudará à formação de um juízo correto sobre aquilo que dificulta a possibilidade de uma participação mais plena na vida da Igreja e sobre os passos que a podem favorecer e fazer crescer nesse sentido, sem rigorismos nem laxismos. Este caminho exige empenho e verdade, tanto aos pastores como aos fiéis. Assim nos diz o Papa Francisco: “Convido os fiéis que vivem situações complexas a aproximar-se com confiança para falar com os seus pastores ou com leigos que vivem entregues ao Senhor (...). E convido os pastores a escutar, com carinho e serenidade, com o desejo sincero de entrar no coração do drama das pessoas e compreender o seu ponto de vista, para ajudá-las a viver melhor e reconhecer o seu lugar na Igreja” (AL, 312). A estes casais que sinceramente querem viver cristãmente, como membros da Igreja, convidamos, pois, a fazer este itinerário com coragem e alegria, em busca da paz interior e da construção da sua felicidade”. Depois de abordada a situação e não havendo qualquer fundamento para introduzir a causa de declaração de nulidade do matrimónio, então, a quem deseja viver a fé cristã em Igreja é-lhes pedido um itinerário de responsável discernimento pessoal e pastoral, de forma a que possam chegar à melhor meta possível, sem gerar angústia pela mera insistência em questões doutrinais, mas sentindo a proximidade compassiva de quem as quer ajudar a fazer caminho caminhando. Não se trata de procurar que Deus faça a vontade de quem está a discernir, mas que quem está a discernir possa ir descobrindo e aceite aquilo que verdadeiramente vai percebendo ser o melhor. Claro que não se trata de querer exceções, privilégios ou dupla moral. Não se trata de garantir uma certa “ética da situação”, nem tampouco satisfazer um certo individualismo que remete todo o critério ético à consciência individual, ciosamente cerrada em si mesma, tornada árbitro absoluto das suas determinações. O fazer memória e reconciliar-se interiormente com tudo o que foi vivido no matrimónio sacramental, a avaliação dos fatores atenuantes ou agravantes relativos à responsabilidade, culpabilidade e imputabilidade da situação, bem como a avaliação da relação atual, suas forças e fraquezas, perigos e potencialidades, levará a uma tomada de decisão e à melhor maneira de a pôr em prática, nomeadamente em relação ao acesso aos sacramentos. Se a integração é sempre possível, a decisão em relação ao acesso aos sacramentos pode ser “sim”, pode ser “não”, ou pode ser “para já não, porque reconhecemos que há passos ainda a dar”, voltando, neste caso, a discernir mais tarde, pois o processo de discernimento é dinâmico e deve permanecer aberto para novas etapas (cf. AL, 303). Não compete ao orientador espiritual tomar a decisão. Compete-lhe assegurar que todo o processo decorra como deve, compete-lhe manifestar a todos a bondade e a misericórdia de Deus que não abandona ninguém, compete-lhe reconhecer o papel da consciência das pessoas, já que “somos chamados a formar as consciências, não a pretender substituí-las (cf. AL37). As próprias pessoas é que, após um percurso sério em busca da verdade, pois só a verdade nos libertará, tomarão a decisão sincera e justa, procurando encontrar “os caminhos possíveis de resposta a Deus e de crescimento no meio dos limites”, como refere a Exortação em causa.
Pois, o Facebook e o Zé Ventura vão cobrindo as nossas lacunas e enriquecendo a nossa lista!
É verdade, também hoje faz anos o José Manteigas Martins. Natural de Penha Garcia, vive em Cascais e ainda vai fazendo uma perninha de advogado, não obstante os seus 71...
Este ano não esteve em Portalegre, mas é um dos habitués dos nossos encontros, com a sua esposa, a poetisa Mary Horta.
Caro amigo, MUITOS PARABÉNS por este dia. Votos de longa vida com saúde e muita alegria.
Fomos apanhar o nosso aniversariante, ladeado por dois colegas do mesmo tempo, a celebrar a amizade naquele dia 19 de Maio...
Hoje, meu caro amigo, Carlos Filipe Marques, celebras muito mais que a amizade. Celebras a vida!
Foi em 1953 que olhaste pela primeira vez para este mundo, já lá vão 65 anos. Muito se passou, tantas experiências negativas e positivas, mas aqui estamos nós a saudar-te neste dia em que se olha para trás e para a frente, quer a agradecer o passado, quer a desejar um bom futuro...
PARABÉNS! Que Deus te abençoe e te cumule com muitos anos, cheios de saúde e alegria.