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Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

Lurdes Pintasilgo

02.05.18 | asal

Com a devida vénia, copio de "O Público" um fragmento sobre o "Terra Justa – Encontro Internacional de Causas e Valores da Humanidade", realizado em Fafe uns dias antes do 25 de Abril. AH

Pintasilgo, cometa e caleidoscópioResultado de imagem para LOURDES PINTASILGO FOTOS

....«Na mensagem vídeo, o Presidente Marcelo referiu-se à importância dos valores éticos, para sublinhar: “Se há personalidade que norteou a vida pela preocupação ética, ela foi Lourdes Pintasilgo”. Fundadora do ramo português do movimento católico de mulheres Graal, tendo-se destacado no desempenho de vários cargos internacionais, Pintasilgo “cumulava um conjunto excepcional de qualidades: a inteligência, o brilho, a cultura, a capacidade de doação, o sentido do serviço, a noção do Estado e uma visão indissociável da sua fé, que a colocava sempre num caminho de salvação com os outros e pelos outros”, acrescentou. “Foi militante da vida. Dela não se poderá dizer que cultivou a vidinha, no sentido que Alexandre O’Neil lhe atribuía: a vida pacata, a vida acomodada, a vida aburguesada, a vida sem sentido nem causa”.

Pelo contrário: ela foi um “caleidoscópio” que revelava uma “insatisfação e desinstalação permanente”, dizia, na homenagem de sexta à noite, a sua companheira no Graal e antiga directora-geral da Educação (1996-99) Teresa Vasconcelos. Pintasilgo manifestava ainda uma grande “alegria, sentido de humor, paixão e convicção”. E, sempre, uma enorme “capacidade de escuta – fosse do Papa, de um governante ou de uma pessoa simples”. E era uma utópica, como tantas vezes era acusada depreciativamente, mas “no sentido de ter sempre diante de si um horizonte de transformação da realidade”.

...... Também companheira de Pintasilgo em vários grupos católicos, a economista Manuela Silva destacou que, para Maria de Lourdes, “ser cristão não era um dado adquirido”. Para ela, cada crente deveria deixar-se interpelar em permanência pela sua fé, acrescentou. Uma atitude que vinha também do facto de ela “ler muito, conversar muito e fundamentar muito bem todas as suas intervenções”, como recordava Margarida Amélia Santos, presidente da Fundação Cuidar o Futuro (FCF), instituída por Maria de Lourdes Pintasilgo – e que recebeu a distinção alusiva à homenageada...»

  

NOTA: Amanhã sairá a entrevista sobre o Graal.

Festa do Santo Lenho

02.05.18 | asal

Obrigado, Tó Manel, por relevares a nossa terra. Puxando a brasa à nossa sardinha!... AHTó Manel.jpg

 

PROENÇA A NOVA. PEDRO DA FONSECA E A SANTA CRUZ.

 

O Largo Pedro da Fonseca, em frente à Igreja Matriz, em Proença-a-Nova, será o local da recriação histórica da Lenda do Santo Lenho e do Mercadinho Quinhentista que se realizará a 3 e 5 de Maio.
Pedro da Fonseca é uma das figuras históricas de destaque do concelho e esta recriação histórica celebra a sua chegada com o Santo Lenho, o pedaço da cruz onde Jesus Cristo foi crucificado, recebido por Pedro da Fonseca pelos seus préstimos enquanto conselheiro do Papa Gregório XIII em Roma, numa iniciativa inserida no projecto “Beira Baixa Cultural” - cofinanciado no âmbito do Centro 2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional da União Europeia, promovido pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB).

Pedro da Fonseca ofereceu o Santo Lenho à Misericórdia de Proença-a-Nova que anualmente o expõe na Capela da Misericórdia, no dia de Santa Cruz, a 3 de Maio. Neste dia, que foi durante anos feriado municipal, mantém-se a feira anual e a devoção que faz parte da história e da cultura do concelho.
Esta iniciativa realiza-se na manhã de 3 de Maio, quinta-feira, e na tarde de 5 de Maio, sábado, e arranca com uma arruada de Bombos e Gaitas de Foles e com uma palestra com o professor António Manuel Silva que fará a contextualização histórica e relembrará os factos mais importantes da vida e obra de Pedro da Fonseca. No largo decorrerá a recriação histórica, seguida da peça de teatro Commedia Dell’Arte e a animação que inclui danças e coreografias a cargo do grupo de teatro Vaátão e da Universidade Sénior de Proença-a-Nova.
No dia 5 de Maio, além da palestra, animação de rua e da recriação histórica haverá ainda um mercadinho quinhentista com artesãos locais, bem como uma peça de teatro infantil “O Pirata Zécarias: aventuras e tropelias”, um espectáculo com fogo, música coral e tabernas à época.
Pedro da Fonseca, filósofo e teólogo jesuíta, que ficou conhecido por Aristóteles Português, é natural da vila de Proença onde nasceu em 1528, e regressou, vindo de Roma, a Proença-a-Nova com esta dádiva tornando-a num símbolo de culto e fé, ao qual a população pedia protecção em situações de intempéries, secas, pragas e outras dificuldades.
A história/lenda do Santo Lenho também se cruza com outro marco da história de Proença-a-Nova: a passagem das tropas comandadas pelo general Junot, durante as invasões francesas. Diz a lenda que o Santo Lenho caiu em poder dos franceses, mas que por milagre se transformou em lata e eles o abandonaram.
Ver cartaz! O convite para aparecer está feito!

António Manuel M. Silva

 

Foto de António Manuel M. Silva.Foto de António Manuel M. Silva.

A UASP informa e convida

02.05.18 | asal

“Por Mares Dantes Navegados”- IV Etapa: Madeira e Porto Santo

 

Com o verão a declinar, uma embaixada representativa da UASP (União das Associações dos Antigos Alunos dos Seminários Portugueses) aportará nas Ilhas da Madeira e do Porto Santo, digamos que integrando, de alguma forma, a comemoração dos 600 anos da sua descoberta, com objetivos bem diferentes dos que motivaram o desembarque de Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo por aquelas terras, no já longínquo século XV. Diríamos que, naqueles dias, compreendidos entre 15 e 22 de Setembro, iremos conferir o que ainda persiste do ímpeto conquistador e evangelizador que animou os descobridores portugueses, além da busca de alguns momentos de descontração e lazer que aquelas paragens proporcionam a quem as visita, tendo componentes culturais de vária ordem, histórica, cultural, eclesial, espiritual, ambiental e paisagista.

Embora já cientes do vasto e minucioso programa alojado em www.uasp.pt, elaborado pelo Manuel Gama, antigo aluno do seminário do Funchal, para bem preencher esta IV Etapa do projeto da UASP “POR MARES DANTES NAVEGADOS” não seria fácil enquadrar todo o seu conteúdo, caso não escutássemos a erudição do próprio sobre o assunto.

Mais fácil seria ainda, se o tempo o permitisse, analisar o conteúdo do magnífico “Dicionário das Festas, Romarias e Devoções da Madeira” editada por BNP – PORBASE, que o Manuel da Encarnação Nóbrega da Gama escreveu e ilustrou.

Não sendo possível tudo abarcar e escalpelizar, dá-se nota que a abrir, logo após a instalação no hotel escolhido, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, nos acolherá para uma celebração eucarística. É de facto uma igreja de conceção e construção carmelita, mas dos Carmelitas Descalços, um ramo diferente dos carmelitas que integram, neste momento, a UASP. Teve pouca expressão a atividade dos Carmelitas da Antiga Observância na ilha, que se resumiu a uma única fundação, já extinta há muitos anos, com a instalação de um convento mais por necessidade do que por devoção, digamos assim, para servir de logística, então primordial nas deslocações entre Portugal e Brasil onde fundaram variadíssimos conventos e cidades. Ali aportavam, descansavam, aguardavam que os temporais passassem e se refugiavam dos ataques dos corsários. Ora, não havendo instituições próprias na ilha ficava dispendiosa a estadia. Foi assim que nasceu o convento Carmelita do Funchal.

Mas, no dizer do Manuel Gama, a Madeira é franciscana! De facto foram os franciscanos que acompanharam os primeiros povoadores em 1420, e foi-lhes depois entregue a assistência espiritual nos primeiros anos do povoamento, tendo mesmo acompanhado o Cap. João Gonçalves Zarco que lhes deu agasalho no Funchal, numas casas em lugar ermo, de onde depois se transferiram para o edifício que construíram.

Além da inclusão no programa de todos os pontos turísticos mais visitados de natureza paisagista e ambiental, considerados pelas agências de viagem como os melhores e mais populares (Marginal do Funchal, Porto Santo, Piscinas Naturais de Porto Moniz, Pico do Areeiro, Cabo Girão, Jardim Botânico, Levadas, Santana e Curral das Freiras, entre outros) há que realçar outros aspetos:

– Históricos e Culturais: – Com visitas a vários museus e igrejas que, elas próprias, são autênticos museus. Destaca-se em especial a visita à Igreja e à Torre do Colégio, bem como a Capela do Senhor dos Milagres, um templo reconstruído sobre a ermida inicial que ali existia e que ocupava o espaço onde, no dia seguinte à descoberta da ilha, foi celebrada uma missa em altar improvisado. Foi no decurso do grande aluvião de 1803 que a então ermida desapareceu e com ela a imagem de Cristo Crucificado que três dias depois haveria de ser descoberta e resgatada por um navio norte-americano, tendo a sua tripulação sido obrigada a refugiar-se na ilha de imediato, na sequência de novo temporal, resgatando-se assim definitivamente a imagem; visita ao Mercado e à Casa de Colombo;

– Eclesiais e espirituais: – Visita ao Bispo do Funchal, bem como à Catedral, com celebrações de eucaristias em vários templos:

– Gastronómicos: – Também as refeições serão tomadas em variados locais que visam o contato com os pratos mais apreciados na ilha, bastante diversificados.

Não será por falta de conteúdo que esta IV etapa do projeto “POR MARES DANTES NAVEGADOS” não constituirá mais um marco nas realizações da UASP, pois abrange a quase totalidade das necessidades humanas, designadamente, culturais, espirituais, gastronómicas e paisagistas, resultado de um programa muito bem elaborado pelo Manuel Gama, ou não fosse, ele próprio, um expert na matéria, a quem estamos muito gratos.

Vamos lá! As inscrições caducam a 28 de Maio. Quanto mais cedo te inscreveres, mais cedo fica garantida a participação.

Américo Lino Vinhais
Gabinete de Comunicação

Programa

Ficha de Inscrição