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Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

Uma foto

31.05.18 | asal

Portalegre - carlos tav.jpg

PARA RECORDAR...

 

O Carlos Tavares (à frente, do lado direito) enviou-nos a foto desta meia-dúzia de felizes participantes no Encontro de Portalegre. Deve ter alguma razão especial. Assim, desafio-o a dizer mais alguma coisa, pelo menos no Facebook.

Realmente, a alegria pacífica dos rostos diz mesmo o que nós sentimos no dia 19 de Maio. AH

 

 

NOTA: Aqui vai o primeiro comentário, embora anónimo (importante escrever o nome no fim...), que eu acho que é do Carlos Tavares. Possivelmente outros se seguirão... AH

A EXPLOSÃO DA UTOPIA – MAIO DE 68

30.05.18 | asal

Aurora de um mundo novo

FLORENTINO.jpg

 

“É interdito, interdir. Não sabemos para onde vamos, mas isso não é motivo para não irmos”. Esta frase da romancista Marguerite Duras sintetiza bem o espírito utópico da luta dos jovens franceses imersos num forte movimento de contestação nas ruas de Paris, em maio de 1968. Já lá vai meio século. O epicentro desta “revolução-ficção” foram os liceus e as universidades de Nanterre e da Sorbone. O que parecia um movimento de jovens descontentes, numa França parada e cristalizada, tornou-se num acontecimento aglutinador de várias lutas que, correndo das universidades para as ruas, chegou às fábricas e ao mundo.

Nesta luta, se incluíam os anarquistas, marxistas antiestalinistas, maoistas e trotskistas. Esta salada russa não alvejava a conquista do poder político, mas uma radical mudança cultural, de mentalidades e de costumes. Frases como estas: ”é proibido proibir”, “sejam realistas, exijam o impossível”, “errado é haver violência”, traduzem bem a dimensão complexa deste movimento utópico. Todo o clima de revolta inspirava-se também em Che Guevara, morto na Bolívia no ano anterior, o qual se tornou num dos ícones dos estudantes que lutavam como “guerrilheiros” nas barricadas, com pedras na mão, contra a polícia.

Com esta revolução social, uma França adormecida e de bem- estar social que se seguiu à 2.ª guerra- mundial, acabou por sofrer um tal abalo que a levaria a ter de ceder a um conjunto de importantes reivindicações sociais dos estudantes e dos trabalhadores.

Em maio de 68, tudo começou a ser posto em causa: a sociedade tradicional, o estado burocrático, a família convencional, o autoritarismo da escola disciplinadora, o recalcamento sexual, a guerra, o racismo, a subordinação das mulheres e o consumo alienante.

Influenciados por estes ideais, uma vaga de movimentos revolucionários, inspirados em Paris, surgiram por quase todo o mundo. Da cidade do México a Tóquio, de Varsóvia a Berlim, da Bélgica ao Japão, de Praga a Roma, do Egito à América e, finalmente, até à Rússia. Todo este rastilho se propagava enquanto na China se dava a Revolução Cultural e, no Vietname, os americanos morriam ingloriamente. O Vaticano II (1962-1965), com o aggiornamento de João XXIII, e a teologia da Libertação, já anunciavam também novos tempos. Por sua vez, Espanha e Portugal acabaram por ser também atingidos, apesar das ferozes ditaduras de Franco e Salazar. Certamente, muitos de nós se recordam das revoltas e das greves nas universidades, com o governo a ter de enviar polícias de choque e cães, na década de 60, para dominarem os estudantes.

A maioria das lutas desta década não procurava a tomada do poder político, mas a mudança de uma sociedade tradicionalista, em aspetos limitativos da liberdade individual e social. O sistema político implantado na Europa, após a 2.ª guerra – mundial, começava já a entrar em crise, não respondendo aos anseios das novas gerações, sobretudo dos filhos das classes médias, que, ao contrário dos seus pais, já viviam envolvidos em abundância de bens materiais.

A festa acabaria com a derrota de De Gaulle em referendo, seguida da sua demissão, em Julho de 68. Assim se colocava um ponto final no regime francês do pós-guerra. Destes dias loucos, em que tudo foi posto em causa, o que sobrou desta festa, repleta de sonhos e utopias?

Logo no ano seguinte, na América, a revolta da juventude acabou por resultar na produção do Festival de Woodstock, onde a loucura juvenil explodiu em comportamentos mais liberais nos costumes. Outra herança concretizou-se nos vários movimentos sociais que se empenharam nas lutas contra o sexismo, o racismo, pelos direitos civis, pelo ensino público e por novas relações entre professores e alunos, mais democráticas. Na política, as quotas das mulheres começaram a ser mais tidas em conta. Há ainda outros aspetos que esta década nos deixou como herança, nomeadamente, o narcisismo moderno e o sentido hedonista de vida, a exigência de direitos, sem os consequentes deveres e o nivelamento por baixo do nível cultural, o individualismo e o relativismo radical. Acresce ainda o niilismo da vida, sem perspetivas e uma revolução sexual, sem responsabilidade. Se os jovens de 68, exigiram mudanças, sobra aos jovens de hoje, com salários de miséria, sem estabilidade na vida e sem perspetivas de futuro, ter razões, mais que suficientes, para a pergunta: “gritam vocês, ou outros gritarão? ”, como desafiou o papa os jovens (24.03.18), por condições mais humanas, pacíficas e justas.

 

florentinobeirao@hotmail.com

Aniversário

30.05.18 | asal

Olha quem hoje passa para os setenta!amaro.jpg

 

O Francisco Silva Amaro, natural de Juncal do Campo e a viver há muito no Fundão...

Meu caro, já viste que há aí, nas redes sociais, um movimento a unir em força os naturais do Juncal, de modo a estarem todos presentes na Sertã no próximo ano? E desde Abrantes não mais te vimos...

De qualquer modo, força, aqui estamos nós a animar-te nos teus projectos, que sabemos que te ocupam o tempo...

Parabéns! E que a vida te coroe de saúde e muita felicidade pessoal e familiar.

Contacto: tel. 964 461 426

Relatório final sobre Portalegre

29.05.18 | asal

Avatar nosso.PNG

 

ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DOS SEMINÁRIOS DA DIOCESE DE

PORTALEGRE E CASTELO BRANCO

COMISSÃO ANTIGOS ALUNOS SPCB

(comasalpcb@gmail.com)

(asal.mail@sapo.pt)

 

 

BREVE RELATÓRIO E CONTAS DO ENCONTRO DE PORTALEGRE - 2018

Caros Associados e Amigos,

 

A Comissão Administrativa cessante, da nossa Associação, promoveu no Seminário de PORTALEGRE mais um Encontro dos seus membros e amigos, para o qual chegou a contar com 113 inscrições, tendo a final registado a presença de 90 antigos alunos e acompanhantes, por impossibilidade de comparência dos restantes, para além de 30 elementos do coral Stella Vitae, no total de 120 participantes. Demos o nosso melhor pela Associação, durante o mandato de três anos que nos conferiu a Assembleia Geral no Encontro de Abrantes, em 16 de maio de 2015, com um programa totalmente cumprido no que respeita ao número de Encontros realizados (em Linda-a-Pastora, na Diocese de Portalegre-Castelo Branco, e em Lisboa, pelo S. Martinho), e sempre com o propósito de dar prioridade aos antigos alunos na execução dos trabalhos, num espírito de cordialidade e de sã amizade.

Em Portalegre, tivemos o último Encontro do nosso mandato, no dia 19 de maio de 2018, com o seguinte

 

PROGRAMA

 

1.º - CONCENTRAÇÃO - Receção no Seminário, inscrições (25,00 € per capita), aperitivos, fotografias e convívio, a partir da 10H00, com oferta de uma embalagem de Tisanas do João Chambel a todos os participantes e do opúsculo "PROFESSORES III" aos antigos alunos.

2.º. – MISSA - Pelas 12H30, na capela do Seminário. No ato da inscrição será facultado um envelope para, quem quiser, entregar no ofertório uma dádiva para a Diocese.

3.º.– ALMOÇO - Pelas 13H30, no refeitório do Seminário.

4.º. – PASSEIO TURÍSTICO, pelas 15H00, à Casa Museu José Régio, para as acompanhantes e reunião com esta

 

ORDEM DE TRABALHOS

 

     - Ponto 1 –  Apreciação e votação do Relatório de Atividades e Contas, da Associação, referente a 2017.

     - Ponto 2 – Apresentação do opúsculo " PROFESSORES III ", antecedida da recitação da "Toada de Portalegre" de José Régio, pelo João Oliveira Lopes.

     - Ponto 3 –  Eleição da Comissão Administrativa para o triénio 2018/19 – 2020/21

     - Ponto 4 –  Marcação do lugar do Encontro de 2019.

     - Ponto 5 –  Diversos. Temas Livres.

 

5.º-LANCHE, pelas 17H00, no refeitório do Seminário.

 

O Encontro decorreu num ambiente de grande alegria, sendo de realçar:

 

            - As palavras do Padre Bonifácio, na eucaristia a que presidiu, concelebrada também pelos nossos companheiros e antigos alunos, Pe Tarsício e Pe Manuel Mendonça.

Respigámos da sua homilia a ideia de que o tempo festivo subsequente à Páscoa girando à volta do Mistério Pascal de Jesus Cristo, da sua paixão, morte, ressurreição e regresso ao Pai, que O enviara para realizar o seu desígnio de salvação, a favor dos homens, continua presente na Igreja pela sua ressurreição e pelo testemunho dos apóstolos Paulo, o modelo de evangelizador de Jesus ressuscitado e fundador de tantas comunidades cristãs e Pedro a quem Jesus prenunciara o fim próximo da sua vida.

Estava a encerrar-se um ciclo da vida da igreja, disse, mas um novo tempo se abriria, com novos caminhos à luz da fé em Cristo e da Palavra de Deus.

Como os ciclos da vida da igreja, também nas nossas vidas os ciclos acontecem, sendo diferentes os caminhos da realização de cada um, como muitos dos presentes, antigos alunos dos seminários, que assumiram o compromisso de constituir família e outros o compromisso de ser padres.

Terminou por expressar o desejo de que o senhor Jesus ilumine os caminhos de cada um a ser sua testemunha em todas as situações, pessoais e sociais;

 

- A brilhante atuação do coral Stella Vitae solenizando a missa e cantando no final um solene e sublime Te Deum, e mais alguns cânticos, em homenagem aos nossos professores falecidos. A presença do Stella Vitae no Encontro deveu-se, sobretudo, ao empenhamento de dois dos nossos associados, Alexandre Pires e Martins da Silva, que integram o coral, a quem endereçamos abraços de felicitações extensivas a todo o grupo, com votos de continuação de grandes êxitos. Foi um concerto inesquecível que ficará na memória dos presentes e marcará, de forma indelével, a história dos nossos Encontros;

 

            - A edição do opúsculo com o título “ PROFESSORES III” de homenagem aos nossos professores já falecidos, sob o lema “Honra e Gratidão”, coordenado por Joaquim Mendeiros, com capa do João Lucas e com os seguintes colaboradores dos textos alusivos a 37 professores: Alexandre Lourenço Nunes, António Dias Henriques, António Gil Martins Dias, António Rodrigues Lopes, Padre Bonifácio dos Santos Bernardo, Florentino Vicente Beirão, João Luís Coelho Alves Portela, João Oliveira Lopes, João Torres Heitor, Joaquim Dias Nogueira, Joaquim Mendeiros Pedro, José Eduardo Alves Jana, Manuel Carrilho Bugalho e Padre Manuel Lopes Mendonça, aos quais foi entregue um «Pergaminho» de reconhecimento pela sua colaboração; 

            - A recitação da "Toada de Portalegre", pelo João Oliveira Lopes que, de forma superior, nos fez revisitar a poesia de José Régio, e a visita guiada à Casa Museu José Régio pelos acompanhantes, durante a qual se foram dizendo poemas de Régio; 

            - O reconhecimento, com aplauso, do trabalho da Comissão ao longo do seu mandato com destaque para as iniciativas da criação e dinamização do Blogue “Animus Semper”, e da Página do Facebook “Animus Semper Antigos Alunos”, da responsabilidade do António Henriques, e da edição dos Opúsculos “Olá, Professores I” e “Olá, Professores II” de homenagem aos nossos professores vivos, em 2016 e 2017 e “Professores III”, de homenagem aos professores falecidos, que teve lugar neste Encontro de 2018, coordenados e editados pelo Joaquim Mendeiros; 

          - A homenagem, mediante a entrega de um «Pergaminho» de participação, aos seguintes antigos alunos octogenários presentes no Encontro,: Alberto Duque, Pe Alberto Jorge, Pe Américo Agostinho, António dos Reis, Pe António Escarameia, António Pires da Costa, Fernando Leitão Miranda, Francisco Cristóvão, João Heitor, Joaquim Nogueira, José Figueira, José Maria Lopes e Manuel Inácio; 

          - A aprovação do Relatório de Atividades e Contas, da Associação, referente a 2017; 

          - A eleição da Comissão Administrativa que ficou assim constituída: João Torres Heitor, Joaquim Dias Nogueira, António Dias Henriques, João Oliveira Lopes, Florentino Vicente Beirão, António Martins da Silva e Joaquim Mendeiros Pedro.

           - A marcação do Encontro na diocese, em 2019, para o dia 18 de maio, na SERTÃ.

          - A dedicada colaboração do Senhor Cónego Bonifácio, que nos acompanhou durante os trabalhos preparatórios, no Seminário, e do Senhor Diniz do restaurante “Lagarteiro”, de Gáfete, que nos forneceu os aperitivos e o almoço de excelente qualidade; 

- A boa vontade do Pe Escarameia, que disponibilizou o seu órgão pessoal, facultando-o ao coral Stella Vitae e o trabalho do nosso fotógrafo de serviço, José Ventura e os vídeos do António Henriques. 

- O trabalho de inscrição dos participantes, do Joaquim Nogueira e do José Figueira, durante a viagem de autocarro e do António Henriques e do José Andrade na receção em Portalegre. 

- A resposta ao nosso apelo, dos nossos escritores Florentino Beirão e António Lopes, com livros da sua autoria e dos produtores agrícolas João Chambel e Saúl Valente que apresentaram os seus chás e azeite, respetivamente, muito apreciados pelos seus adquirentes . 

Todos estão de parabéns e merecem a nossa gratidão, assim como todos aqueles que não puderam comparecer, mas que nos mandaram mensagens de felicitações e estiveram irmanados connosco no mesmo espírito. 

A título informativo, damos conhecimento das contas, pela forma seguinte:

 

R E C E I T A

 

Inscrições                                                                                                 1.925,00 €

Autocarro                                                                                                    299,00 €

Quotização/Portalegre (art.º 6.º dos Estatutos)                                           191,00

Donativos                                                                                                      36,00 €

Quotização em Caixa (art.º 6.º dos Estatutos)                                             750,00 €

 

                                                                                               Soma          3.201,00 €

D E S P E S A

 

Aperitivos, Almoço e gratificação             2. 100,00 €

Lanche                                                            110,50 €

Autocarro                                                        525,00 €

Livro “Professores III”                                   240,00 €

Tisanas                                                              60,00 €

CTT – Envio de Circulares                               11,66 €

Papel pergaminho/homenagem                         58,00 €

Visita à casa Museu José Régio                         41,00€

 

 

                           Soma                                3. 146,16 €

 

SALDO POSITIVO                                                                               +54,84 €

NOTA:- Donativo (Ofertório na Missa) já transferido para a Diocese           1 747,00 €

 

 

Saudações Associativas

 

A Comissão Administrativa cessante, em 26 de Maio de 2018)

OS FRESCOS DA CAPELA DO SEMINÁRIO....

28.05.18 | asal

Seminário - capela.png

 

O FLORENTINO DESAFIOU E O JOÃO LOPES SECUNDOU !

 

Há dois dias, num post aqui publicado, o Florentino lançou um desafio aos antigos alunos para um esforço a favor do restauro das imagens da capela do seminário de Portalegre, feridas pelo desgaste do tempo. O João Lopes, num comentário a esse propósito, secundou a ideia expressando o voto de que ela comece a agitar os nossos corações, reivindicando para nós o papel de angariadores de fundos. A Animus Semper, sempre atenta às boas ideias, aqui a semeia, lançando-a à terra, figurada no campo de visão dos seus leitores, para ver se germina...

 

Boa sorte, IDEIA !

 

JMendeiros

 

 

 

O "RECONQUISTA" INFORMOU!

26.05.18 | asal

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Para que conste, o "Reconquista", cujo Diretor é o Padre Agostinho Dias, antigo aluno dos SDPCB, publicou, na sua edição de 24 de maio de 2018, a seguinte notícia:

 

"Antigos alunos dos seminários

Como estava previsto, os antigos alunos dos Seminários diocesanos reuniram no Seminário de Portalegre no dia 19 de maio. Estiveram 120 pessoas e tudo decorreu como previsto: presidiu à Eucaristia solenizada pelo coral Stella Vitae, o cónego Bonifácio, representando o Sr. Bispo que não pôde estar presente por serviço já agendado. De tarde, foi a Assembleia Geral com aprovação do Relatório e Contas de 2017, apresentação do livro de homenagem a cerca de 40 professores já falecidos, homenagem aos maiores de 80 anos presentes, constituição da nova comissão para o próximo triénio e escolha da Sertã como local de encontro do próximo ano".

Agradecemos ao "Reconquista" a informação prestada aos seus leitores, na pessoa do seu Diretor, a quem felicitamos, com os votos de que possa participar no nosso próximo Encontro da Sertã...

Um abraço,

JMendeiros

 

 

NA PARREIRINHA COM O JOÃO LUCAS

26.05.18 | asal

Almoço de 25.05.2018.JPG

Para além de alguns habituais amigos, hoje, tivemos um conviva muito especial, na Parreirinha. Nem mais nem menos do que o ilustrador da capa dos 3 livrinhos de homenagem aos nossos professores, João Lucas, de seu nome. É o terceiro a contar da esquerda, a olhar para o abismo, distraído, como costumam fazer os artistas depois de almoço, com um envelope que guarda no seu interior o «pergaminho» com que o homenageámos também. Parabéns e obrigado, João! Um grande abraço para ti, de todos os que apreciaram as tuas ilustrações!

Dali, segui para o Hospital da Luz, onde visitei o António Henriques e nos divertimos a recordar Portalegre e as minhas peripécias no Blogue. O António está pasmado com o meu jeito para isto...e eu também. E também estou pasmado com a sua recuperação física e mental. É bem verdade que uma puxa a outra e vice-versa. Gostou do meu texto anterior sobre a sua condição de dançarino, mas disse-me que dançar já não é com ele. Discordei, claro está, porque nunca se sabe...

Saí quando lhe vieram aconchegar o estômago com o chá das quatro e foi exatamente nessa altura que me lembrei de um erro meu, lamentável: tinha-me esquecido de lhe comprar uns bolinhos, como costumamos fazer quando cumprimos aquela obra de caridade de visitar os enfermos. Já no corredor, dou de caras com o Manuel Inácio que ia também visitar o António. Depois de um abraço apertado, diz-me ele: olha, comprei uns bolinhos para o António, mas deixei-os no carro, e agora? - Agora, meu caro, faz como eu, não lhe fales em bolos que eu também me esqueci, e ele não deu por nada!  

Saudações associativas,

JMendeiros

 

 

 

UM MISTO DE SAUDADE E DE MÁGOA...E UM DESAFIO

26.05.18 | asal

       Um misto de saudade e de mágoa...e um desafio do Florentino.sample

                     Ousado...ou talvez não!

                     Só que as obras são sempre um bico de obra!

  

 

Encontro de Portalegre

…em Portalegre cidade…

Já alguns amigos se referiram ao nosso último encontro no seminário de Portalegre. A todos agradeço a sua preciosa partilha, recordando este inesquecível dia.

Por mim, destacaria alguns momentos altos que mais me tocaram nesta grande confraternização entre alunos mais novos e mais idosos.

Inicio pelo livro que me foi dado a conhecer, logo que cheguei, onde se recordam os nossos estimados professores, já falecidos. Páginas repassadas de saudade, relativas à valorização que cada aluno guarda, da sua formação global. A leitura e releitura destas preciosas páginas serão sempre uma fonte inesgotável e duradoura de prazer. Escrito a várias mãos, mas unidos no mesmo propósito, o que nele se ressuscita são momentos marcantes nas nossas memórias juvenis.

Destaco ainda o maravilhoso coral “Stella Vitae” que animou a celebração da Eucaristia, na capela do seminário, onde tantas vezes nos reunimos, para cantar e rezar em gregoriano, nas missas solenes dominicais. Quão lindíssimas peças ainda permanecem na nossa memória! Só lamentamos que a acústica da capela nos privasse da homilia do padre Bonifácio, sempre tão profundo e oportuno.

Não esqueço ainda o agradável convívio, proporcionado por uma magnífica refeição, servida no majestoso refeitório, onde nos deliciou uma sopa de cação, tipicamente alentejana, com cheiro e sabor tão agradável.

Realço ainda a declamação do tão conhecido poema de José Régio, sobre a cidade de Portalegre, na voz do exímio declamador e estimado amigo, João de Oliveira Lopes. Saboreando cada palavra do poema, soube deliciar o nosso grupo que o aplaudiu exuberantemente. Será difícil esquecer este tão elevado momento poético.

Recordo ainda a revisitação que me foi dado fazer a cada canto, daquela “velha casa, grande e bela, onde morámos nela”. Um sentimento, misto de saudade e de alguma mágoa, devido ao mau estado de conservação em que encontrei o vetusto edifício, a rondar os 70 anos.

Sublinho ainda o trabalho meticuloso e hercúleo do Pe. Bonifácio, no que diz respeito à sua missão de arquivista da diocese. Embora ainda não finalizado o trabalho, já dele se pode usufruir muitos benefícios, relacionados com futuros trabalhos de investigação relativos à história diocesana.

Por último, gostaria de lançar um desafio a todos os antigos alunos que aqui viveram e ainda amam este edifício neogótico, de sabor medieval, para um esforço, a favor do restauro das imagens da principal capela do seminário. Sentimos alguma dor, ao observarmos alguns dos anjos acrobatas e outras figuras dos santos, já feridos pelo desgaste do tempo. Aqui fica o nosso desafio.

Florentino Beirão

 

OS OSSOS DO OFÍCIO...

24.05.18 | asal

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O nosso editor, António Henriques, foi ontem operado, com sucesso, ao joelho direito. Já hoje falámos sobre o assunto, e, pela conversa, está desejoso de aviar o esquerdo. Até aqui, andava um pouco curvado como um dançarino do rancho folclórico da Camacha, mas, depois do esquerdo, creio que aparecerá, por aí, garboso e direitinho, como um autêntico bailarino de fandango. Ainda há pouco tinha sido operado ao pulso direito, calculem! Pelos vistos, não resultaram os banhos de sol e iodo com que costumava consolar-se, todos os anos, na praia da Consolação, nem o Calcitrin, o Cálcio +, ou a graviola, se é que tomou estes ingredientes de largo espectro, nem, porventura, a farinha amparo ou a farinha 33. São, como é costume dizer-se, os ossos do ofício, uma vez que, em rapaz, era um grande jogador de futebol, mas pouco cuidava das cartilagens. Tenciono visitá-lo, amanhã, para ver se ele se apresenta com o ar jovial da foto de hoje. Eu, como editor substituto, não terei outro remédio senão substituí-lo nestas andanças, até que ele, por sua vez, me possa substituir a mim. 

Mudando de assunto...

Já ultimei as contas do nosso Encontro de Portalegre e, por estes dias, publicarei um breve relatório circunstanciado dos acontecimentos do dia e as continhas. Posso já adiantar que ainda ficámos com uns dinheiritos para o que der e vier, para minha alegria e do Joaquim Nogueira, o nosso homem das contabilidades. Como é que nós conseguimos fazer isto? Mistério? Não! Critério!

Saudações associativas,

JMendeiros

 

 

 

IN MEMORIAM JOSÉ MANUEL ESTEVINHA

23.05.18 | asal

Encaminhámos para o nosso Blogue, o vídeo que o António Colaço gravou em 2011 com o Zé Manuel Estevinha para o Encontro de Gavião. Está lá tudo o que há para dizer, tornando presente, o passado de um pouco das nossas vidas. O nosso adeus ao Estevinha fica aqui perpetuado, graças ao Blogue Animus60 que durante tantos anos o António Colaço editou e tem à nossa disposição para que nada do que é nosso se esqueça com os anos que já não voltam. Obrigado, António! Adeus Estevinha! Descansa em paz! Os nossos sentidos pêsames à Fernanda Estevinha e ao Rui Calafate, esposa e filho, a quem enviamos um beijo e um abraço, com toda a nossa solidariedade.

JMendeiros

IMPRESSÕES DE UM ENCONTRO ENTRE AMIGOS

22.05.18 | asal

O TESTEMUNHO DO JOÃO LOPES

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    A reunião dos antigos alunos no Seminário de Portalegre, no abençoado dia 19 de Maio de 2018, vésperas do Pentecostes, vai perdurar por muitos e felizes anos na memória dos nossos afectos. Em cada mão estendida, em cada abraço ou numa simples troca de olhares, ou, de outra maneira,  na magnífica execução musical do Stella Vitae,  um eflúvio de beleza, encanto e  amizade sincera se desprendia com naturalidade,  criando aquela atmosfera cordial  de  simpatia e amor a que se referem no prefácio do livrinho os nossos companheiros  Heitor/Nogueira.

    Não fomos ali para cumprir uma simples obrigação rotineira ou para não parecer mal.  Estivemos ali por prazer, porque gostamos de estar juntos, de falar das nossas vidas e ouvir  pedacinhos  das vidas dos outros a quem tratamos, já não como meros associados, mas como irmãos  que se estimam do fundo do coração. Os psicanalistas ainda têm muito que estudar se quiserem compreender a raiz profunda deste fenómeno. Como explicar o milagre que a simples frequência do Seminário realiza em nós? Terão que dar voltas ao miolo para captarem a especificidade espiritual e cultural  da realidade viva e vibrante  que o ter vivido “em seminário”, em última análise, significa.   Não será demais acentuá-lo:  o que vimos fazendo anualmente não se confunde com uma simples romagem de saudade, que tantos colegas do liceu e da faculdade realizam ciclicamente.  Antes sugere algo de  indefinível, que até nos ultrapassa, inexplicável em termos conceptuais  e que corre  fundo   nas pregas da alma.  Um não  sei quê  de divino e transcendente nos une, com a força dos laços  da afectividade, que resiste à erosão do tempo e que não se gasta como as palavras do Eugénio. “Já gastámos as palavras pela rua, meu amor, /e o que nos ficou não chega/ para afastar o frio de quatro paredes”

    Sim, amigos. Como ler coisas tão simples, mas radiantes de humanidade, como as do Jana  a respeito do Àlvaro: “ Há  50 anos publiquei o meu primeiro texto num jornal, o Reconquista, em resultado do desafio que nos fizera o nosso professor de Português, o Padre  Álvaro …. E não mais parei”  e o mesmo “ Tenho a clara certeza de que o José Rolo, como lhe chamávamos,  nos marcou mais do que temos consciência.”  Ou esta luminosa expressão  (precisamos “de dar visibilidade ao Ressuscitado” como escreve o Pe Mendonça, citando o Pe. Sebastião. Como ler estas e outras  pérolas da mais genuína poesia, que brota da água viva da    autenticidade e ficar indiferente?  

   Meu querido  Mendeiros,  hoje tenho a consciência plena da grandeza real e simbólica do projecto dos livrinhos   PROFESSORES I,II, III. Sem a tua sábia orientação, tua e do António Henriques,  e sem a vossa generosidade infinita,  nunca teríamos realizado esta proeza literária  de 80 pp., recheadas de informação e de afectos,  e que merece figurar nos anais da História dos Seminários da nossa querida Diocese de Portalegre e Castelo Branco.  E tenho a certeza de que o nosso Bispo, D. Antonino,  a saberá  acolher como  uma grinalda perfumada a coroar o brasão da sua amada diocese, que tão belos e viçosos rebentos gerou.   

   Este também é um gesto da” santidade  ao pé da porta”, enaltecido pelo Papa Francisco, na sua  GAUDETE et EXULTATE!!!

    João Lopes

Encontro de Portalegre em fotos

22.05.18 | asal

Mais sobre Portalegre

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Acabo de receber as fotos do Zé Ventura, uma significativa bateria de perto de 150 imagens, que espelham bem o ambiente de festa, alegria e camaradagem que nos envolveu.

Ao mesmo tempo, vai fazer-vos companhia o Aleluia de Handel.

AH

 

 

 

Aniversário

21.05.18 | asal

PARABÉNS, JOÃO!

João Antunes1.jpg

Nascido em 22-05-1946 na bem conhecida Penha Garcia, vive hoje aqui perto, em Sacavém, onde se esmera no trabalho paroquial como elemento activo no serviço da comunidade.

O João Pires Antunes é presença assídua nos nossos encontros, no nosso blogue como articulista e nos almoços da Parreirinha, razão pela qual é bem conhecido da malta.

Assim, aqui te deixamos os sinceros PARABÉNS DO GRUPO, com votos de muita saúde e longa vida (72 é muito pouco ainda, não achas?!), na felicidade e alegria familiar e dos amigos.

Contacto: tel. 919 757 160

Em Portalegre - Seminário

21.05.18 | asal

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E o Encontro aconteceu...

As minhas impressões

 

Já imaginaram o que é entrar numa casa, habituada ao silêncio de poucos residentes, em instalações vazias na maior parte do tempo, e acomodar ali um batalhão de 120 invasores, uns 90 "encontristas" e mais 30 artistas que vieram iluminar o nosso dia de arte musical?

Esta foi a primeira grande dificuldade, ultrapassada com êxito...

Precisávamos de capela, instalações sanitárias, refeitório (e estava lindo!), espaços de convívio... Tudo decorreu sem grandes constrangimentos, graças a Deus... É verdade que o Seminário denota o cansaço próprio da idade, precisa de obras de reparação, umas mais urgentes que outras. Mas continua a ser um projecto imponente, marcante na época, embora hoje esteja à espera de utilização adequada. AIMG_20180519_105409.jpgli se acomodam alguns sacerdotes no gozo da sua terceira ou quarta idade, o que é muito pouco...

Com as poucas fotos que tirei, vejam os primeiros invasores, no hall de entrada, a conversar com o P. Alberto Jorge, um dos residentes.

 

Na Capela, a denotar a urgência de obras, tivemos o primeiro momento do dia, depois dos abraços, beijos e petiscos iniciais. A celebração eucarística, solenizada pelo Coral Stella Vitae, marcou o nosso dia.

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Presidiu o Sr. Cón. Bonifácio, ladeado pelos padres Manuel Mendonça e Tarsício.

 

O Sr. Bispo, pelo Sr. Cón. Bonifácio,  apresentou as suas saudações e desculpas ao grupo por não poder estar presente, ele que no ano passado passou todo o dia connosco.

 

 

Estes dois minutos de video mostram imagens iniciais, com um trecho do Salmo Responsorial.

 

De tarde, enquanto as nossas acompanhantes visitavam o Museu José Régio, tivemos a Assembleia Geral, com aprovação do Relatório e Contas de 2017, apresentação do Livrinho de homenagem a 40 professores já falecidos, com palmas para os redactores destas páginas, homenagem aos maiores de 80 anos presentes e finalmente a constituição da nova comissão para o próximo triénio e escolha do local do próximo encontro. Optámos pela Sertã, uma terra acolhedora e encantadora, com condições para um ajuntamento destes.

Apresento uns flashes do encontro da tarde, para poderem observar o tom, o sentido alegre e bem disposto que reinou nesta assembleia de amigos. A Comissão cessante mereceu os maiores encómios. E o Mendeiros Pedro recebeu uma salva de palmas especial.

Obrigado, amigos, por me lerem. Durante uns dias (longos para mim...) vou estar ausente destas páginas.

A todos deixo um abraço e a minha amizade.

António Henriques

 

 Mais uma pequena peça (1,30m) de um virtuosismo extraordinário:

 

 

Aniversário

21.05.18 | asal

Ora aqui está um homem especial a quem saudamos de modo especial neste seu dia de anos!

Manel Inácio.jpg

 

Natural de Alcaravela, terra de muitos seminaristas, o Manuel Augusto Inácio faz hoje 89 anos!

Já repararam bem nos números?

Pois o Manel Inácio lá esteve em Portalegre, como é seu timbre há muitos, muitos anos, a testemunhar a força deste grupo e a dizer a todos como o Seminário lhe enriqueceu a vida.

Eu sei que a sua idade já não liga a estas redes sociais... Mas são agora estas redes sociais que publicitam o seu aniversário com muita alegria e elogiam o seu exemplo de homem íntegro, que sofre quando as coisas não estão correctas.

Na foto, ali está ele em Marvão, de fato e gravata, em conversa com outro grande pilar do nosso movimento, o Joaquim Nogueira.

Assim, meu caro Manuel, aqui deixamos os PARABÉNS DO GRUPO e os nossos votos de longa vida e muita saúde, junto da tua Fernanda, da tua família e dos amigos. Sê feliz!

Contacto: tel. 966 264 567

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