Aconteceu um fenómeno... Nunca tínhamos tido tantas visualizações.
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Alguém nos tem procurado de novo...
Será por termos errado no aniversário do Tobias Delgado? Será por termos apresentado um pequeno texto para reflexão?
Como não temos notícias frescas, vamos reflectir mais um pouco. AH
Para reflexão
2 - «Há pessoas que têm um autoconceito pouco complexo, baseado num número reduzido de autorrepresentações. São pessoas que apostam toda a ideia de si em poucos atributos. Por exemplo, uma pessoa extremamente religiosa, que organiza toda a sua vida à volta do serviço da sua fé: as suas opções para férias, para a alimentação, para a vida social estão associadas ao ciclo religioso e aos preceitos religiosos. Ou uma pessoa que vive em função do facto de ser mãe, totalmente dedicada às necessidades e desejos dos filhos. Nestes casos a complexidade do autoconceito é baixa e, por isso, as pessoas têm maior dificuldade em adaptar-se a mudanças e a situações complicadas da sua vida».
In “Nós e os Outros”, de Maria Luísa Pedroso de Lima, Fundação Francisco Manuel dos Santos, págs. 18/19
«Somos as experiências que vivemos e é o que levamos delas que nos faz pessoas únicas. De facto, a memória é o que permite a continuidade de uma imagem sobre nós próprios, o que faz com que todos os dias nos reconheçamos ao espelho como a mesma pessoa da véspera (embora às vezes as diferenças sejam grandes…). A nossa identidade pessoal alimenta-se das recordações de diversos episódios da nossa vida {…} em todos esses episódios, construímos um sentimento de continuidade que corresponde a um “eu” que só nós conhecemos».
In “Nós e os Outros”, de Maria Luísa Pedroso de Lima, Fundação Francisco Manuel dos Santos, págs. 17/18
Abrantino de longa data, ali ensinou e ali vive, numa missão de ensino e bem-fazer que chega a muitos.
É o José Eduardo Alves Jana, que hoje completa os 66 anos.
Neste tempo pascal, em que se fala de renovação, damos-te os PARABÉNS e deesejamos-te uma vida renovada em opções e motivos de alegria e paz interior. Muita saúde e "Ad multos annos"!
Nesta quadra pascal, em que Jerusalém se encontra no centro dos eventos relacionados com a paixão e morte de Cristo, pensamos ser oportuno, revisitar a longa e atribulada história de Jerusalém, espaço onde decorreram os últimos momentos da vida de Cristo, rejeitado e condenado à morte, pelo poder religioso (Templo) e político (Império Romano). De mãos dadas, tudo fizeram, para evitar distúrbios na cidade durante a Páscoa, para colocar um ponto final na vida de um novo líder espiritual, filho de um carpinteiro, oriundo da zona da Galileia. Numa altura em que a cidade acolhia multidões de judeus, para celebrar a sua grande festa anual da Páscoa, os poderes da cidade não podiam dar espaço a uma nova doutrina que podia dividir e exacerbar mais os judeus, com disputas entre os vários grupos de crentes. A todo o custo, era necessário manter-se a paz, durante estes festejos. Neste ambiente de cortar à faca tornava-se imperioso, preventivamente, prender e julgar o líder de uma nova doutrina e sentenciá-lo. A narração dos quatro evangelistas contam-nos o resto. Como se chegou a este episódio trágico, é o que sucintamente nos propomos explanar.
A história da cidade de Jerusalém, pela sua longa e atribulada longevidade, não é fácil de contar em poucas palavras. Apesar disso, tentemos revisitar alguns dos seus momentos mais significativos que foram marcando esta cidade, três vezes santa e maldita. Espaço de oração e de guerra. De construção e destruição. De liberdade e de opressão. De riqueza e de pobreza. Paradoxalmente, cidade dita de paz, mas em guerra. De Deus e do diabo. Compreender Jerusalém e as suas contradições, não é tarefa fácil.
Por isso, revisitar momentos da sua história, poderá ajudar-nos a compreender melhor a sua situação atual, onde cada pedaço da sua terra é disputado, palmo a palmo, pelas três religiões monoteístas: cristãos, judeus e muçulmanos.
A primeira ocupação humana desta Jerusalém remonta a 3.500 a.C.. No séc. X a.C., o poderoso rei David escolheu-a para ser capital e, pouco depois, seria o opulento rei Salomão a construir o seu primeiro majestoso Templo, centro da vida espiritual dos judeus.
Este seria destruído em 586 a. C. por Nabucodonosor, rei da Babilónia que deportou os judeus para o seu país. Só regressarão com o rei Persa, Ciro, que lhes permitiu a reconstrução de um novo Templo. No ano 63 a.C., são os romanos a conquistar a cidade, transformando-a numa província romana. No ano 20 a. C, sob este domínio, o rei Herodes, sujeito aos romanos, fez do Templo um monumento de novo importante e grandioso. Cerca do ano 30, Jesus de Nazaré foi crucificado sob a ordem de governador romano Pôncio Pilatos, o tal que lavou as suas mãos.
No ano 70, os romanos destruíram, novamente, o Templo de Jerusalém. Em 325, Constantino construiu a Igreja do Santo Sepulcro. Chegados a 636, Jerusalém será conquistada pelo califa Omar, que construiu em 691 a casa do Rochedo e 10 anos depois, a esplendorosa mesquita al-Aqsa, sobre a esplanada do antigo Templo de Salomão. Séculos mais tarde, disputam a cidade os cristãos – as Cruzadas - em ação, conquistando a cidade em 1.099. Massacrados e dispersos os judeus, só regressariam em1187 som o domínio muçulmano do sultão Saladino o qual autorizou o seu regresso. Seguiu-se o domínio Mongol e Otomano, antes de ser colocada sob mandato britânico em 1917, após a 1ª guerra mundial. Em 1947, a Palestina é partilhada por dois Estados – Israelita e Palestiniano. Em 1967, com a guerra dos seis dias, Israel tomou posse de Jerusalém. Em 1980, Israel faz de Jerusalém (zona oeste e este) a sua capital. Esta decisão não foi aceite pela comunidade internacional. Apesar disso, em 2017, Donal Trump, presidente da USA, reconheceu Jerusalém capital de Israel, contra o aviso da ONU, ameaçando transferir a embaixada americana de Telavive para Jerusalém. A polémica continua em aberto.
Hoje, neste pequeno espaço, vivem católicos, ortodoxos (em maioria) vindos sobretudo da Rússia, siríacos, etíopes, coptas e caldeus, embora seja uma minoria da população, com apenas 3%. A maioria é muçulmana, com 72%. A restante é judaica, sobretudo ortodoxa. Este ambiente, por vezes, torna-se escaldante, com pedras e balas a voarem pelos ares, resultando mortos e feridos, de ambos os lados da contenda.
Agora, podemos compreender melhor as palavras de Cristo proferidas quando se aproximou da cidade, chorando sobre ela, proclamou: “ai de ti, Jerusalém!”.