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Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

Outro aniversariante

29.03.18 | asal

É a vez do Paulo Alves!

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Nasceu em 30-03-1973 e hoje vive no Carregado. Casado com a Maria José Costa, com dois rebentos muito felizes pelos pais que têm, do Paulo não sabemos mais. 

Assim, aqui deixo ao Paulo os PARABÉNS deste grupo com raízes nos seminários de Portalegre e Castelo Branco, desejando-lhe as maiores felicidades por uma longa vida.

E não esqueças, Paulo, que melhor que as relações virtuais são os encontros reais com os outros que viveram as mesmas experiências. Pensa ir até Portalegre em 19 de Maio.

Contacto: tel. 966 080 422

As tentações e o Diabo

29.03.18 | asal

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E não digam que não têm pecado!... AH

 

1 - Também por influência do Papa Francisco, está-se a rever, em várias línguas, a tradução do "Pai Nosso". A tradução portuguesa, pedindo a Deus: "Não nos deixeis cair em tentação", está de acordo com a mudança que o Papa quer fazer. Noutras línguas - alemão: "führe uns nicht in Versuchung", inglês: "lead us not into temptation", francês: "ne nous soumets pas à la tentation" -, está o pressuposto erróneo de que Deus é responsável pelas tentações que levam ao pecado, pois seria ele que nos conduz ou submete à tentação. Ora, se Deus é amor, não tenta as pessoas. Na Carta de São Tiago lê-se: "Ninguém diga, quando for tentado para o mal: "É Deus que me tenta." Porque Deus não é tentado pelo mal, nem tenta ninguém. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e seduz." Deus nada tem que ver com o mal, pois é o Bem e o Anti-Mal.

2 - Fica a pergunta: é o diabo que nos tenta? O Papa Francisco disse recentemente que "Satã é uma pessoa, e muito manhosa, que entra com os seus modos sedutores". Ele tenta, pois é o seu ofício.

Penso que, aqui, é I. Kant que tem razão, ao colocar na boca de um catequizando iroquês a pergunta: Porque é que Deus não acabou com o diabo? E: Se os diabos nos tentam, quem tentou os anjos, para, de anjos bons, se tornarem maus e demónios? Colocar o diabo ao lado de Deus, no quadro de um dualismo maniqueu, é uma contradição. O diabo não faz parte do Credo. O diabo não explica nada. O mal é inevitável por causa da finitude. Não é preciso o diabo para explicar as tentações. O ser humano, dada a sua natureza finita, carente, tensional, será sempre tentado, isto é, seduzido pelas "vantagens" aparentes do mal e pode cair na tentação e praticar o mal e o pecado. E o que é o pecado? Aquilo que, pelo mau uso da liberdade, nos faz mal, a nós e aos outros.

Exemplos de tentações. Não há a tentação de comer e beber de modo irracional, prejudicando a saúde? E a tentação da preguiça, que leva jovens a não estudar convenientemente? E os pais que dão coisas, imensas coisas, aos filhos, mas lhes não dão o mais importante, decisivo: o seu tempo? E a tentação do prazer desregrado, usando outros e envenenando a própria vida? A tentação da corrupção activa e passiva, sufocante, que corrói a sociedade. A tentação da fuga aos impostos. A tentação da mentira com a máscara da verdade. A tentação do ódio, da vingança e da loucura. A tentação de nadar no egoísmo e na negligência nas diferentes profissões, que levam a prejudicar estudantes, doentes, empresas, o bem público. E a tentação da calúnia e da destruição do bom nome de alguém, em proveito próprio ou do partido ou da empresa? A tentação da arrogância e da ostentação, que humilham. A tentação de exercer o poder político em conluio com interesses outros que não o bem comum, por exemplo, interesses partidários. A tentação da gestão de notícias segundo o timing das eleições. A tentação de legislação manhosa, enganadora (gestação de substituição, cannabis...). A tentação da indiferença, de não estar para isso, quando uma palavra ou um gesto poderiam ser redentores de alguém perdido. A tentação de condução na estrada, com desprezo pelas regras de trânsito, a velocidades loucas, colocando em risco a vida própria e a dos outros. E a tentação do luxo e da ganância, que conduzem à idolatria do dinheiro, levando ao roubo descarado e tantos à miséria e à desgraça sem fim? E a incompetência na gestão e o suborno e a vaidade? A tentação da falta de compaixão activa. A tentação de palavras agrestes para alguém que não nos é simpático. A tentação de controlo dos meios de comunicação social, a favor de interesses próprios, familiares, partidários. E a tentação de engenharias financeiras, para encobrir a real situação da economia e levar a ilusões? E a tentação de legislar em proveito próprio, sem esclarecimento público? A tentação de impor um laicismo agressivo, contra a sã convivência e um futuro melhor, com sentido e sentido último. A tentação da luxúria, que pode levar ao abuso e exploração de menores e inocentes. A tentação da injusta distribuição dos bens e recursos. A tentação do contágio pela ignorância podre. A tentação da infidelidade e do atropelo da lealdade. A tentação da falta de atenção à natureza, à mãe Terra. A tentação do menosprezo pelos mais débeis. A tentação de arruinar o tempo em coisas e programas mesquinhos e idiotas, sem ficar tempo para o mais importante e até essencial: a família, a beleza, a música, a leitura de obras fundamentais da literatura, a oração, Deus...

Afinal, a arte da existência boa e digna, capaz de realizar adequada e plenamente a pessoa humana, depende também, se é que não sobretudo, do saber viver com os três impulsos fundamentais: prazer, ter, poder, em cujo campo se encontram as fontes das tentações.

3 - O que é que se pede a Deus? Que não nos deixe sucumbir à tentação, portanto, que não pratiquemos o mal. Ao rezar, o crente toma consciência de que Deus é Pai e Mãe, Amor e Anti-Mal, que nos criou por amor e cujo único interesse é que todos os seres humanos se possam realizar plenamente. Deus é Força infinita de criar, infinitamente presente à criação, de tal modo que, se ele se retirasse, tudo voltaria ao "donde" veio, o nada. Portanto, quando se reza, não se está a pedir a Deus que intervenha, pois ele já está presente, infinitamente presente, fazendo tudo para que o bem se realize, de tal modo que não faz sentido, por exemplo, pedir-lhe para que chova. Quando se reza, estamos a exprimir as nossas fragilidades e dores diante de Deus e a pedir a nós, se houver uma correcta compreensão da fé no Deus criador ex nihilo e ex amore, a partir do nada e por amor, que tomemos consciência do que temos que fazer: realizar o bem com todas as nossas forças, não cedendo às tentações.

Anselmo Borges, in "Diário de Notícias" (com a devida vénia)

Aniversário

29.03.18 | asal

VIVA O CIPRIANO!

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 É bom fazeres parte deste grupo, daqueles para quem o Gavião foi marcante nas nossas vidas, como também tu reconheces na tua página do Facebook!

Reformado de motorista nos "Horários do Funchal", o Cipriano Pires vive agora em Castelo Branco. Da idade não falo, pois não sei quuantos anos tem, mas pela foto está bem conservado.

Meu amigo, PARABÉNS por mais um, com votos de longa vida cheia de felicidade. Vê lá quando te juntas ao grupo. Conviver na realidade é melhor que olhar para uma foto, não concordas?

Contacto: tel. 966 273 574