A verdade acima de tudo. Um amigo fez-me chegar o Comunicado da Caritas Nacional, assinado pelo Prof. Eugénio Fonseca, cujo carácter e honestidade brilha sobre todas as atoardas que facilmente se ouvem. Os dinheiros recolhidos para ajudar as vítimas dos fogos merecem ser bem geridos e que cheguem mesmo aos necessitados deles. Por isso, acho que era bom que todos nós soubéssemos como a Cáritas está a funcionar. Por acaso, o Sr. Bispo D. Antonino já se referiu ao caso da Cáritas diocesana num texto aqui publicado. Publicar este comunicado é uma boa acção. AH
«Caros/as senhores/as,
Na sequência de suspeitas levantadas pelos presidentes das Câmaras Municipais de Pedrógão Grande, de Figueiró dos Vinhos e de Castanheira de Pera, fomos, hoje, instados por alguns meios de comunicação social a justificar o que estamos a fazer com os donativos que nos foram confiados.
Não sei o que irão informar, mas o que tenho dito, e só, é o seguinte:
No passado dia 17 de junho de 2017, face aos incêndios que devastaram a zona centro de Portugal Continental e que causaram danos pessoais e materiais que chocaram o país, a Cáritas Portuguesa tomou a iniciativa de abrir, nesse mesmo dia, uma conta de angariação de fundos para apoio às vítimas. Esta conta foi aberta, com autorização do MAI, na Caixa Geral de Depósitos, durante 30 dias e encerrou a 16 de julho de 2017 com um valor total de 1.262.104,18 euros. Ainda que encerrada, oficialmente, continuaram a chegar donativos a esta conta pelo que, à data de hoje, a conta totaliza 1.768.976,76 euros. Deste montante, 345.000,00 euros foram disponibilizados a partir de verbas próprias de 8 Cáritas Diocesanas e da Cáritas Portuguesa. Além disto, resultante de uma oportuna iniciativa da Conferência Episcopal, estão incluídos também 917 221,40 euros que resultam das dádivas dos cristãos católicos nos ofertórios das eucaristias de 2 de julho.
Desta verba, no dia 11 de agosto, saíram 100.000,00 euros, para a ajuda às vítimas dos incêndios do Concelho de Mação, à responsabilidade da Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco. A partir de 28 de julho, ficaram cativos 1.300.000,00 euros, para a Cáritas Diocesana de Coimbra cumprir os compromissos assumidos com o REVITA que indicou para intervenção, a esta Cáritas, 40 casas (21 reconstrução total e 19 parcial). Esta mesma Cáritas Diocesana, na sua conta solidária contabiliza a 1 de setembro o valor de 478.813,13 euros. A verba cativa da Cáritas Portuguesa e o montante angariado pela Cáritas Diocesana de Coimbra (1.778.813,13 euros) perfaz a verba prevista para dar resposta ao compromisso assumido.
Na última semana, iniciaram as intervenções da maioria das habitações de reconstrução parcial. O Presidente da Cáritas Diocesana de Coimbra, Pe. Luís Costa, acompanhado de uma equipa de arquitetos deslocou-se ao local para apresentar, individualmente e de forma detalhada, cada projeto aos seus beneficiários. Estiveram em 12 habitações, contando, durante a próxima semana, entregar os projetos às restantes. Prevê-se que, durante esta semana, sejam também elaborados os cadernos de encargos e se iniciem os pedidos de orçamento para execução das reconstruções totais. Registaram-se até ao final da semana passada 55.748 produtos angariados, os bens entregues às famílias e pessoas vítimas dos incêndios ascende às 13.644 unidades. (www.caritas.pt/coimbra)
A quando da abertura da conta solidária da Cáritas Portuguesa e antecipando, pela experiência do passado, que novas situações poderiam deflagrar noutras zonas do país, a Cáritas Portuguesa, conscientemente, designou a sua conta solidária de “Cáritas, com Portugal, abraça vítimas dos incêndios”. Assim, os donativos depositados nesta conta podem legalmente ser conduzidos para o auxilio a vítimas dos incêndios de Mação, Oleiros, Vila de Rei, Vila Velha de Rodão, Abrantes e Gavião. Em diálogo com as Câmaras Municipais respetivas a Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Branco assumiu o compromisso, neste momento, de reconstrução total de 5 casas, 10 de reconstrução parcial e aquisição de equipamento para duas empresas familiares. Destas necessidades estão já executadas a aquisição de material para uma empresa e a reparação de curto impacto numa casa em Mação.
Para a execução total deste compromisso serão necessários 562.761,65 euros. Como já referido no inicio, foram já entregues 100.000,00 euros e está cativa toda a restante verba existente na conta solidária que ascende a 368.976,76 euros, ficando a faltar 93.784,89 euros para a satisfação total dos compromissos. Perante esta situação, a 25 de agosto, a Cáritas Portuguesa reabriu a sua conta solidária que encerrará no dia 22 de setembro próximo para se poder alcançar a verba total.
Não nos sentimos atingidos pelas suspeições, hoje, levantadas. Todavia, é bom reforçar a informação, porque a forma generalista como foram avançadas, suscita dúvidas na opinião pública em geral.
Falar de férias no fim das férias... Sempre se aprende com o Sr. Bispo!
OS FOGOS-DE-ARTIFÍCIO
Alguns, não sei se muitos se poucos, tiveram férias. É de crer que outros, por necessidade financeira e sem qualquer outra hipótese, tenham permanecido, forçados, no trabalho. Outros haverá que, movidos pela neurose de enriquecer, preferiram renunciar ou vender as férias, não lhes sobrando tempo para a festa, o encontro, o repouso, a gratuidade... Haverá outros que gostariam de ter férias tal como as imaginam ou delas ouvem falar, mas isso não lhes passa duma miragem. Outros haverá que, gabando-se de terem tido férias (e que férias!...), não as gozaram, foram por elas gozados. Toda a gente imagina as férias como um mar de rosas, mesmo quando de mão dada com o cão, o gato, a chuva, o calor aquecido pelos incêndios, a carteira a sofrer de anorexia, o banco a reclamar o empréstimo, a polícia a intervir na velocidade, as filas a testarem a paciência de qualquer um, os noctívagos que não deixam dormir, as festas artificializadas ou institucionalizadas que perderam a sua graça e valor, as correrias em roda-viva, mal dormidas e comidas, para estar em todos os festivais de música, a exaustão física e psíquica... Enfim, toda uma “tralha” que embora simpática, entope, parece que engasga, que cansa mais, que não liberta. No entanto, dificilmente se entende que alguém chegue de férias ao trabalho mais cansado e deprimido do que quando partiu do trabalho para férias. Mais se aborrecerá esta maleita quando aqueles que não foram de férias notam, nos que foram, ao chegarem, que trazem cara de vinagre, manifestam silêncio incómodo, adormecem à secretária, deixam transparecer nervosismo atarefado e ordenam em voz lacónica e rabugenta. Antes não tivessem tido férias, levarão a pensar! João Batista Libânio, no seu livro sobre “A Ética do Quotidiano”, também escreve sobre essa coisa a que chamamos “Férias”. Começa por dizer que o termo férias tem diferentes origens etimológicas. O francês (vacances) e o italiano (vacanze) inspiram-se no termo latino “vacatio”, reflete ambiente de vazio, de desocupação. O alemão, sempre mais disciplinado que um tropa indisciplinado, entende as férias (urlaub, do verbo erlauben, permitir) como um tempo de permissão, sem permissividade, claro. O inglês, talvez piedosamente mais finório, entende-as como se fossem dias santos prolongados (holiday). Nós, os portugueses, sempre com coragem para ir além da Taprobana, encontramos o termo férias em dois contextos bem diferentes. Um, inspirado em “feriae” que, no plural do latim clássico, evocava os dias de descanso, de festejo, de interrupção do trabalho. Outro, inspirado na liturgia católica, em que féria se opõe a Domingo, a dia Santo, a dia de festa, é o tempo comum. Juntando toda esta ciência em jeito de artimanha, parece que o português estará sempre de férias: ao Domingo, nos dias Santos e à semana, descansando depois da medonha tarefa de nada fazer. Sabemos bem que não é assim, e se eu ainda pudesse falar disto, e assim, à minha avó paterna, logo ela me retorquiria bem-disposta: “vai-te, estás a mangar comigo!...” Como refere o autor citado, as férias situam-se “no universo semântico e real do descanso, do desfrutar o “ócio”, do escapar ao stress, do interromper o quotidiano pesado e laboral (…) aproxima-se mais da contemplação, do silêncio, do repouso, do que da agitação, do ativismo, do barulho. Fala-nos à dimensão espiritual, pedindo que o corpo se disponha para ela através da calma e do sossego (…) vão além da simples necessidade psicobiológica; inscrevem-se na estrutura criadora do ser humano”. Sem dúvida que o tempo de descanso é necessário. O próprio Jesus sentiu necessidade de convidar os seus discípulos ao descanso, pois eram tantos os que iam e vinham que nem sequer os deixavam comer (Mc 6, 31). E noutra ocasião também desafiou: «Vinde a mim, todos vós que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso» (Mt 11, 28). O Senhor dirige este convite a todos, a “todos” quantos estão sobrecarregados com o peso da vida. Como afirmava o Papa Francisco em 9 de julho passado, a primeira palavra de Jesus é um convite, um convite a mover-se e a reagir: «Vinde». O “vinde” implica sair, sair de si mesmo. Mas “sair de si mesmo não é suficiente, é necessário saber para onde ir. Porque muitas metas são ilusórias: prometem alívio e distraem só um pouco, garantem paz e proporcionam divertimento, deixando depois na solidão anterior, são “fogos-de-artifício”.
Soube por terceira pessoa que faz anos hoje o P. António Martins Cardoso, da Maljoga, um dos seniores que por cá continuam a espalhar alegria e paz.
Esteve connosco em Marvão, recebeu o seu diploma de aluno da "Universidade do Calhau" e todos gostámos de olhar para esta figura dinâmica, agora mais parada de acordo com a idade. São oitenta e ...
Não temos o seu n.º de telefone, mas quem o souber avance para lhe dar os PARABÉNS merecidos e votos de vida muito feliz.
Chegou-nos a notícia de que o José Castiço está a passar por dificuldades devido sobretudo aos graves problemas por que passa a mãe, internada no hospital (da Cuf, creio...) numa situação deveras complicada.
Uma palavra de estímulo e de amizade faz bem a todos nós. Aqui estamos a pedir que os mais chegados o contactem para ele se sentir mais confortado e que todos pela oração e pela força interior da nossa amizade o ajudem a ultrapassar esta fase difícil.
O apoio à mãe tem sido uma forte razão para ele não poder estar connosco. Esta foto é do último encontro em que ele marcou presença.
Os números de telefone que temos são: 966 393 347 e 960018638, este último o mais recente.