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Animus Semper

Associação dos Antigos Alunos dos Seminários da Diocese de Portalegre e Castelo Branco

UM COZIDO COSENDO MAIS ENCONTROS

11.08.16 | asal

"SALVAR O CORPO QUE A ALMA JÁ ESTÁ PERDIDA"

(A matar a fome de "encontro", lá vai o Colaço até ao Godinho. A pedir mais "encontro", trago-o para aqui... Pode ser que alguém se lembre de sair do quentinho e vá refrescar-se na alegria de algum rosto perdido... AH)

 

maç.jpg1. O Quico estreou-se ontem no COZIDO à portuguesa do Godinho, Paulo Godinho.
Um "Godinho" cheinho de pessoal esfomeado pelo semanal cozidinho.
De facto, as quartas no Godinho, são uma tentação para o corpinho.
Como dizia um amigo maçanico "venho tratar do corpo que a alma, essa, já está perdida!".
(Luís Pinheiro de Almeida, toma bem nota desta máxima, rapaz!!)
Dizia eu, então, que o melhor é aparecer bem cedinho!!!

 

maç1.jpg2. Ontem reencontrei no Godinho (quem sabe se fruto destes despretensiosos textos...), o meu querido amigo e antigo

vereador laranjinha na Câmara Municipal de Abrantes, de seu nome António Roseiro.
A "ânimo" definiu-se, desde sempre, como um lugar de encontro.
Há que multiplicar os Godinhos da nossa vida, seja em torno da gastronomia, da arte, do simples trabalho do campo ou dos encontros culturais na Grande Cidade (ainda ontem constatei que o meu querido amigo António Henriques assistiu a mais um dos fabulosos Ciclos de Órgão, nos Jerónimos, iniciativa do grande animador e seu organista titular, António Esteireiro, fruto da divulgação que por aqui se vai fazendo.

maç3.jpg3. Nunca dispenso a sopinha do cozido e, muito menos, a farta ramagem da imprescindível hortelã.
Porque a vida precisa de todos os aromas que a tornem mais leve!!!
Claro que para fechar as hostilidades, e para que a dita salvação do corpo fique completa, a espessa mousse de chocolate que a torna uma das mais cremosas da região.

 

4. Fica um desafio aos leitores das redondezas para que não seja acusado de chauvinismo:
-Venham de lá informações sobre outros santuários de boa comida e bom ambiente!!!

 

António Colaço

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maç4.jpg

 

LEMBRANDO COLEGAS

11.08.16 | asal

Dias da Costa, na palavra de Manuel Pereira

 

(Apresentamos hoje o segundo testemunho acerca do Dias da Costa, colega do Doutor Freire.

E M.Pereira.jpgesperamos mais. Quem se segue?)

 

Convivi com o Dias da Costa em várias ocasiões. Logo no Gavião, era eu caloiro e ele já teólogo. Apesar do fosso a separar-nos em idade e em sabedoria, havia coisas que davam nas vistas, mesmo aos mais descuidados. Uma delas era a maneira como ele tocava o órgão da capela. Convém esclarecer que se tratava de um frágil órgão, suportado por quatro barras de madeira que vibravam por todos os lados. As suas mãos trémulas dedilhavam as teclas com tamanha energia que eu dizia, cá para os meus botões: este tipo qualquer dia deixa o órgão perneta. Este exemplo serve apenas para explicar a energia que dele emanava.

Também recordo a maneira brincalhona como ele abordava os mais novos, deixando-nos assim mais próximos e confiantes com a sua atitude protectora.

Ele sobressaía em várias facetas: era músico, filósofo, poeta dotado de uma cultura geral extraordinária, como também disse o Pires Antunes… Para mim, que me situava numa décalage muito inferior, ele era quase eléctrico, duma exuberância que dava nas vistas. Às vezes exagerava mesmo numa explosão descontrolada, como naquela vez que, em Castelo Branco, tira o chapéu da cabeça e atira-o ao chão com veemência.

Sei que vivia lá para Carnaxide e foi vizinho do João Heitor durante muitos anos. Terminou o curso, mas não se ordenou vá lá saber porquê! Cada um tem as suas razões de viver e as suas opções em consciência, naturalmente respeitáveis.

Manuel Pereira