QUANTA DOR...
Os últimos dias têm sido marcados pela tragédia dos fogos e das muitas dezenas de mortos... Mas nem só!
Mesmo entre nós, acontecem situações dolorosas de que vamos tendo conhecimento.
Foi a morte da mãe do José Castiço, que todos nós sentimos que o abalou muito. É agora a situação clínica do José Figueira, um dos "habitués" do almoço na Parreirinha de Carnide, que tem faltado para ser acompanhado pelos médicos cardiologistas, ele que lá para o fim do mês tem de ser operado a um problema na válvula mitral.
Mas, o que me chocou mais e me deixou sem palavras foi a situação do amigo Rogério Roque de Almeida, de Castelo Branco, que há poucos dias celebrou o seu aniversário. Ontem, num momento de pausa, resolvi telefonar-lhe para o saudar, lhe dar um abraço e perguntar como tem passado, pois já há muito que nada sabia dele.
E fui confrontado com a dor forte que o tolhe ainda: disse-me que o ano está a ser muito duro para ele, não só porque lhe morreu a mãe como ainda, surpreendentemente, lhe morreu também o filho de 26 anos...
E nós não soubemos... Ele disse-me que é muito reservado nestas coisas e não disse nada... Mas eu senti que tinha obrigação de comunicar esta tristeza aos amigos, para o mal diminuir com a amizade solidária de muitos.
Rogério, desde que uma vez nos encontrámos num almoço de lampreia, senti uma empatia com a tua pessoa que nunca mais desapareceu. A tua vontade de colaborar humildemente com o grupo marcou o conhecimento que tenho de ti.
Já te dei um abraço a sentir a dor da tua família e agora rezo para que tu continues a encontrar razões para viver e ultrapassar o que na vida não tem explicação, ou, como te disse ontem, "somos tão fortes como montanhas e tão fracos como passarinhos"... E vá lá mudar a triste e dura realidade...
AH